Veja o que o iPad permite fazer para aqueles que são criativos.
The iPad Orchestra from Alex Shpil on Vimeo.
Veja o que o iPad permite fazer para aqueles que são criativos.
The iPad Orchestra from Alex Shpil on Vimeo.
Meu amigo, viva bem a vida que tem, com coragem e valores próprios. As outras pessoas, são as outras. Cada uma tem seus príncpios, valores e objetivos particulares. Seja cada vez mais você. Não esqueça! Veja o vídeo e boa sorte!
A Thomson Reuters, autoridade em análise de pesquisa e dados de citação de suporte à decisão por mais de meio século, anunciou hoje que coletou dados em centenas de instituições e centros de pesquisa em todo o mundo. O resultado é o Global Institutional Profiles Project (Projeto global de perfis institucionais), a visualização orientada por dados mais avançada de universidades significativas e instituições de pesquisa já disponível.
Incorporando produção científica, padrões de citação, níveis de financiamento e características do corpo docente, os dados do Global Institutional Profiles Project podem ser personalizados de acordo com as diferentes especificações do usuário, permitindo que universidades e organizações de pesquisa analisem informações de acordo com suas próprias necessidades específicas. Logo, as instituições terão a possibilidade de acessar esse recurso único que remodelará o modo como os administradores abordam as comparações institucionais.
"Nós desenvolvemos um sistema de dados e análise que proporciona o melhor e mais eficaz recurso para a construção de perfis de universidades e instituições ao redor do mundo", afirmou Jonathan Adams, diretor de avaliação de pesquisa na Thomson Reuters. "Fornecer às instituições um perfil completo de suas atividades permiti-lhes comparar-se com seus pares, em vez de com médias globais. Isso converte os dados em informações de gerenciamento verdadeiramente úteis."
A Times Higher Education, revista seminal londrina que cobre questões do ensino superior, é a primeira a usar um conjunto de dados personalizado a extraídos do Global Institutional Profiles Project para produzir uma versão melhorada de sua Classificação Universitária Mundial anual a ser publicada em 16 de setembro de 2010. Em busca da melhor qualidade de dados, a publicação recorreu à Thomson Reuters por sua experiência e expertise interna.
O Global Institutional Profiles Project é um processo contínuo de várias etapas que coleta e valida dados factuais sobre o desempenho institucional acadêmico em diversos aspectos e múltiplas disciplinas. Fundamentando-se nesta base sólida de dados abrangentes e robustos de alta qualidade, a Thomson Reuters proporciona uma interpretação especial para apresentar análises de maneira significativa a fim de que os usuários não somente identifiquem os principais indicadores de desempenho de uma instituição, mas também localizem rapidamente onde essa instituição está inserida em um universo de instituições semelhantes.
Para maiores informações sobre o Global Institutional Profiles Project, acesse
http://science.thomsonreuters.com/globalprofilesproject. Contato: Susan Fitzpatrick, gerente, relações públicas e comunicações, saúde e ciência, +1-215-823-1840, susan.fitzpatrick@thomsonreuters.com .
O título do blog, Aposentar e viver bem!, pode ser uma afirmativa questionável por alguns. Sempre dependerá de quem lê e interpreta, conforme sua situação particular.
No Brasil, aposentadoria parece ser sinônimo de pouco dinheiro, uma vez que os benefícios da Seguridade Social, por aqui, são muito baixos, mesmo para quem contribuiu com valores altos, proporcionais às suas rendas. E mesmo assim, o deficit da seguridade é elevadíssimo.
Se considerarmos o dito popular de que "dinheiro não traz a felicidade", o brasileiro aposentado poderia ser considerado bastante feliz com a situação. No entanto, o que encontramos é o oposto, uma gritria geral. O que parece ser com razão, principalmente após conclusões de recentes estudos realizados pelo economista Angus Deaton, do Centro para Saúde e Bem-estar da Universidade de Princeton, nos EUA. Pelo estudo, o bem-estar emocional das pessoas é diretamente proporcional à sua renda.
Muito bem. Então, para aqueles que ainda não se aposentaram, vai aqui uma sugestão que me parece ser compatível com o velho "chover no molhado". É altamente conveniente que a aposentadoria seja planejada, que se tenha grande disciplina quando da preparação para o momento em que será deixado o emprego.
A aposentadoria é um acontecimento inexorável na vida de todos os trabalhadores. Princiipalmente nos tempos modernos, no Brasil, onde um trabalhador na faixa de 50 anos de idade, é considerado "velho" pelas empresas, que procuram profissionais mais jovens, não devido a boas ideias, fidelidade à empresa, ou outro qualquer fator que queiram atribuir aos mais novos no mercado de trabalho. Simplesmente porque os mais jovens aceitam condições, muitas das vezes aviltantes, em termos de salários, de sub-emprego e não estão muito preocupados com o futuro, pois sempre aparece uma oportunidade de trocar o emprego atual por outro que oferece maior salário. Aqui vai um ponto interessante. O salário é muitas das vezes, maior, mas, mesmo assim, não é compatível com o grau de conhecimento demandado pelo cargo.
Então, voltando ao assunto, faz-se necessário um adequado planejamento para a aposentadoria, enquanto se tem algum tipo de renda favorável. Este planejamento passa obrigatoriamente por constituir uma base de reserva para o futuro. É neste ponto que o assunto começa a ficar complicado. Como pensar em atender as demandas do emprego, da família e ainda conseguir tempo para pensar no futuro, planejando-o?
Existem diversas alternativas para os mais novos pensarem de modo a atender às suas demandas futuras, principalmente com relação à aposentadoria. Não adianta dizer "eu ainda tenho trinta anos, ainda falta muito para a aposentadoria". É cedo que se começa, já dizia a vovó!
Quais alternativas existem? Um bom plano de previdência privada? Um VGBL, ou PGBL? Aplicar em caderneta de poupança? Aplicar em ações?
Pois é, existe um belo leque de alternativas, que pretendo abordar neste blog, sem, no entanto, transformar o que for apresentado, em uma verdade absoluta. Irei publicar, ouvir comentários e trocar ideias, para que todos possam crescer e atingir os objetivos de forma menos dolorida. Vamos em frente. até o próximo post.
As fezes de aves como as do cormorão guanay, do piquero e do pelicano, chamadas de guano, na costa do Peru, transformaram-se em negócio lucrativo.
O processo de coleta de guano permanece o mesmo há séculos. Trabalhadores extraem as fezes do platô com pás e picaretas, e carregam mais de cem sacos de 50 quilos de guano para barcos à espera do produto, que vão suprir quase um milhão de pequenos fazendeiros de produtos orgânicos, em suas plantações .
Veja mais aqui e no vídeo da BBC, a seguir.
Esta é boa para as Secretarias de Segurança das grandes cidades brasileiras, que sempre alegam dificuldades para combater as diferentes categorias do crime organizado.
A empresa americana AM&E - American Science and Engineering projetou e produziu um veículo equipado com dispositivos similares aos disponíveis em aeroportos mundo afora à base de raios-X para fazer a varredura de pessoas, quando do embarque em aviões.
Os chamados body scanners evoluiram e agora são adotados pela empresa nos ZBV - Z Backscatter Van, ou seja, um furgão equipado com tais dispositivos, que, ao passar ao lado de um veículo suspeito permite identificar se o mesmo transporta armas, drogas, explosivos, ou qualquer outro conteúdo ilegal, fazendo a varredura completa, até das pessoas no interior do veículo suspeito. É o Big Brother à solta.
Mais de 500 veículos ZBV já foram fornecidos para governos de diversos países. Precisa chegar rápido por aqui.
Veja o vídeo.
Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, comendo brigadeiros e bolo de chocolate, dizer à minha neta e ao meu neto:
- Queridos, venham cá. Fechem a porta com cuidado e sentem-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra lhes contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração.
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Sejam valentes.
Sigam sempre o coração de vocês. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
E satisfaçam seus desejos, sem prejudicar os outros. Esse é um direito e obrigação.
Entendam que o tempo é um paciente professor que irá fazê-los crescer, mas escolham entre ser um(a) grande menino(a) ou um(a) menino(a) grande, vai depender só de vocês.
Tenham poucos e bons amigos. Tenham filhos. Tenham um jardim.
Aproveitem sua casa, mas visitem outros lugares e outras pessoas do mundo.
Cuidem bem dos seus dentes.
Experimentem, mudem, cortem os cabelos. Amem. Amem pra valer.
Não corram o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Tenham uma vida rica de vida.
Vivam romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Façam sexo, mas não sintam vergonha de preferir fazer amor.
E tomem conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se vocês derem chance, algumas delas inventam também detalhes desnecessários.
Se forem se casar, façam-no por amor e com sabedoria. Não o façam por segurança, dinheiro ou status.
Façam do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
Leiam de tudo e ouçam música sempre. Pintem, desenhem, escrevam. E por favor, dancem, dancem, dancem até o fim, se não por vocês, façam-no por mim.
Compreendam seus pais. Eles amam voês para além da sua imaginação,
sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre o farão.
Cultivem os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
Não cultivem as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso, minha querida e meu querido! Agora é a vez de vocês. Por favor, me dêem mais um pedaço deste delicioso bolo de chocolate e me contem: como vão vocês?
Há tempos não viajava de ônibus de casa para o centro da cidade. Costumava ir de automóvel, pois estava ocupado com atividades da secretaria do Distrito de Rotary e acompanhava minha mulher, quando ela ia pra seu trabalho voluntário na Casa da Amizade (das esposas de Rotrianos). Por sinal, um belo trabalho!
Desta vez, como iria para o centro sozinho, atender reunião na ASASTEL - Associação de Aposentados da Embratel, onde assessoro grupo de trabalho para implantação de um novo site, achei por bem utilizar o transporte coletivo, utilizando o que, aqui no Rio de Janeiro, chamamos de "frescão" (ônibus com ar refrigerado).
Por ser relativamente cedo, na parada onde pego o ônibus ele já chega com poucos lugares e só consegui o meu na penúltima fila de assentos. Acomodei-me, abri minha pasta e peguei o livro que estou lendo. Ao abrí-lo, observei que o pasageiro ao meu lado estava preso a seu smartphone, ocupado com as últimas (ou primeiras?) notícias do dia. Nada mais natural: um jovem, talvez com seus trinta e poucos anos;estar atualizado tecnologicamente.
Comecei (ou continuei) a leitura de meu livro, quando em uma parada por conta do engarrafamento, levantei meus olhos para inteirar-me do que poderia estar provocando a situação, quando percebi que a passageira na fila da frente, em minha diagonal, estava atenta a uma mini TV em suas mãos, e dizia ao passageiro à minha frente: houve um acidente na saída da Ilha (do Govenador); deu aqui no jornal". Esta passageira, já não parecia tão jovem e também possuia um gadget moderno.
Achei aquilo um tanto estranho, mas pensei: bem, no mundo tecnológico em que vivemos, é até natural que nos deparemos com pessoas utilizando as mais modernas facilidades de comunicação, disponíveis.
Resolvi voltar ao meu modesto livro em papel, antes que me deparasse com algum outro passaeiro lendo seu ebook favorito, num avançado iPad. Neste exato momento, o jovem ao meu lado saca um rádio e faz uma comunicação com seu escritório. Não tem jeito, voltei a ler meu modesto paper book. Assim fui até a parada onde deveria descer.
Quando o motorista preparava o ônibus para a parada, levantei-me e comecei a andar pelo corredor do ônibus, vagarosamente, observando os passageiros sentados mais à frente.
Foi entâo que conclui que estive viajando em um ônibus no qual um percentual bastante alto dos passsageiros, se utilizava de dipositivos eletrônicos modernos, em uma viagem, provavelmente, de casa para o trabalho. Pelo menos outros cinco passgeiros manipulavam smartphones (um total de seis, considerando o ilustre passageiro que estava ao meu lado; outros três, portavam mini TV; um, mais ousado estava com um laptop, apreciando um filme. Boa viagem tecnológica para os que ficaram. E por aí fui, até que cheguei próximo ao motorista para pagamento do bilhete pela viagem e ele, pacientemente, contemplava um tablóide, em papel.
De qualquer forma, senti-me em uma viagem curta, mas com companheiros altamente atualizados tecnologicamente. É evidente, e muito provável, que TODOS os passageiros do "ônibus tecnológico" deveriam portar telefone celular, ou outros smartphones, equipados com câmeras, acessos às redes sociais, possibilidades de acesso à internet, capacidade para enviar e recebr email e SMS.
Desci do ônibus, caminhei até o escritório da Associação e sobre o que fui tratar? TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO. Pode?
Pois é. A conclusão é simples, embora possa parecer um tanto absurda para alguns: nos dias de hoje, quem não estiver portando um moderno meio de comunicação não está inserido no contexto global. Está completamente OUT!
Há mais de um ano foi publicado artigo sobre uma invenção tida como revolucionária: a transformação de objetos de plástico em petróleo. Ou seja, a matéria prima virou produto, que virou matéria prima.
Nos dias de hoje, aparece no YouTube um vídeo viral sobre o asssunto, que já gerou mais de 115.000 vistas.
Acredito que a motivação para o vídeo viral vem do fato de a companhia japonesa Blest ter desenvolvido, em 2009, uma das menores e mais seguras máquinas para conversão de plástico em óleo, apresentada ao mercado e, só agora, ter despertado atenção, face às recentes recomendações contra o uso de objetos de plástico no cotidiano.
Vejam o vídeo.
Fernando Galembeck, da Unicamp apresentou suas descobertas históricas durante a reunião da American Chemical Society (ACS), em Boston, nos Estados Unidos.
Eletricidade do ar
Alimentar casas e fábricas com eletricidade coletada diretamente do ar pode ser possível: cientistas brasileiros resolveram um enigma científico que durava séculos sobre como a umidade na atmosfera torna-se eletricamente carregada, abrindo caminho para seu aproveitamento.
Imagine dispositivos capazes de capturar a eletricidade do ar e usá-la para abastecer residências ou recarregar veículos elétricos, por exemplo.
Da mesma forma que painéis solares transformam a luz do Sol em energia, esses painéis futurísticos poderão coletar a eletricidade do ar - a mesma eletricidade que forma os relâmpagos - e direcioná-la de forma controlada para alimentar qualquer equipamento elétrico, nas casas e nas indústrias.
Se isso parece revolucionário demais, mais entusiasmante ainda é saber que a descoberta que poderá tornar esses sonhos uma realidade foi feita por um cientista brasileiro.
"Nossa pesquisa pode abrir o caminho para transformar a eletricidade da atmosfera em uma fonte de energia alternativa para o futuro," disse Galembeck. "Assim como a energia solar está liberando algumas residências de pagar contas de energia elétrica, esta nova e promissora fonte de energia poderá ter um efeito semelhante."
Eletricidade atmosférica
A descoberta do professor Galembeck parece resolver um enigma científico que já dura séculos: como a eletricidade é produzida e descarregada na atmosfera.
No início da Revolução Industrial, os cientistas perceberam que o vapor que saía das caldeiras gerava faíscas de eletricidade estática - trabalhadores que se aproximavam dos vapores eram frequentemente atingidos pelos choques elétricos.
Mas essa eletricidade se forma também em locais mais amenos, quando o vapor de água se junta a partículas microscópicas no ar, o mesmo processo que leva à formação das nuvens - é aí que começam a nascer os relâmpagos.
Nikola Tesla ficou famoso pelas suas tentativas de capturar e utilizar essa eletricidade do ar, tentativas infelizmente nem sempre bem-sucedidas.
Mas, até agora, os cientistas não tinham um conhecimento suficiente sobre os processos envolvidos na formação e na liberação de eletricidade a partir da água dispersa pela atmosfera.
"Se nós soubermos como a eletricidade se acumula e se espalha na atmosfera, nós também poderemos evitar as mortes e os danos provocados pelos raios," estima Galembeck.
Higroeletricidade
Os cientistas sempre consideraram que as gotas de água na atmosfera são eletricamente neutras, e permanecem assim mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas nas partículas de poeira e em gotículas de outros líquidos.
Mas o professor Fernando Galembeck e sua equipe descobriram que a água na atmosfera adquire sim uma carga elétrica.
O grupo brasileiro confirmou essa ideia por meio de experimentos de laboratório que simulam o contato da água com as partículas de poeira no ar.
Eles usaram minúsculas partículas de sílica e fosfato de alumínio - ambas substâncias comumente dispersas no ar - para demonstrar que a sílica se torna mais negativamente carregada na presença de alta umidade, enquanto o fosfato de alumínio se torna mais positivamente carregado.
"Esta é uma evidência clara de que a água na atmosfera pode acumular cargas elétricas e transferi-las para outros materiais que entrem em contato com ela," explicou Galembeck. "Nós a chamamos de higroeletricidade, ou seja, a eletricidade da umidade."
Coletores de energia do ar
Painéis para capturar a energia higroelétrica poderão ser colocados no topo dos prédios para drenar a energia do ar e impedir o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios.
No futuro, segundo Galembeck, poderá ser possível desenvolver coletores - similares às células solares que coletam a luz solar para produzir eletricidade - para capturar a higroeletricidade e permitir seu uso em residências e empresas.
Assim como as células solares funcionam melhor nas regiões mais ensolaradas do mundo, os painéis higroelétricos vão funcionar de forma mais eficiente em áreas com alta umidade, uma característica das regiões tropicais, Brasil incluído.
Alta umidade significa altos níveis de vapor de água no ar - um vapor que se torna visível ao se condensar e embaçar os vidros do carro, por exemplo, e cuja baixa intensidade incomoda tanto nos dias secos de inverno.
Galembeck afirmou em sua apresentação que uma abordagem semelhante poderia ajudar a prevenir a formação de raios. Ele vislumbra a colocação de painéis higroelétricos no topo de prédios em regiões onde ocorrem muitas tempestades. Os painéis drenariam a energia do ar, impedindo o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios. Seu grupo de pesquisa já está testando metais para identificar aqueles com maior potencial para utilização na captura da eletricidade atmosférica e prevenção dos raios.
"São ideias fascinantes que novos estudos, nossos e de outras equipes de cientistas, poderão tornar realidade," disse Galembeck. "Nós certamente temos um longo caminho a percorrer. Mas os benefícios no longo prazo do aproveitamento da higroeletricidade podem ser substanciais."
Fenômenos eletrostáticos
Durante o século 19, houve vários relatos experimentais associando a interface ar-água e os fenômenos eletrostáticos da chamada "eletricidade do vapor".
O famoso Lord Kelvin idealizou um equipamento, que ele chamou de condensador de gotas de água, para reproduzir experimentalmente o fenômeno.
Contudo, até hoje ninguém havia conseguido descrever os mecanismos do acúmulo e da dissipação das cargas elétricas na interface ar-água. Isso pode dar a dimensão dos resultados agora obtidos pelos cientistas brasileiros.
O trabalho do professor Fernando Galembeck e sua equipe demonstra que a adsorção do vapor de água sobre superfícies de materiais isolantes (dielétricos) ou de de metais isolados - devidamente protegidas dentro de um ambiente blindado e aterrado - leva à acumulação de cargas elétricas sobre o sólido, em um intensidade que depende da umidade relativa do ar, da natureza da superfície usada e do tempo de exposição.
A pesquisa verificou ainda um aumento acentuado nas cargas elétricas acumuladas quando são usados substratos líquidos ou isolantes sólidos, sob a ação de campos externos, quando a umidade relativa do ar se aproxima de 100%.