sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Por que ficamos mais esquecidos com a idade?

Como é que somos capazes de lembrar alguns eventos em grande detalhe, enquanto outros parecem desaparecer ao longo do tempo?

Um aspecto importante da formação e retenção de memória são as associações que construímos entre as informações que mais tarde tentamos lembrar – e outros detalhes, como quando e onde o evento ocorreu, quem estava lá, ou os sentimentos da época. Esses detalhes não só nos ajudam a buscar a memória, mas também permitem a viagem mental ao tempo em que ela foi formada, de modo que sentimos como se pudéssemos reviver uma experiência em nossas mentes.
O método mais provável para ajudar é simplesmente praticar mais exercício físico, particularmente aeróbicos, que usam o oxigênio no processo de geração de energia dos músculos. Os benefícios do exercício não são somente para a saúde física, mas também para a sua saúde mental e habilidades importantes no treinamento do cérebro.
Isso não significa que deve ser um exercício extenuante como correr maratonas, mas algo simples como uma caminhada comum, ou qualquer coisa que faça seu coração bombear mais sangue e seu corpo transpirar. Isso tem grandes benefícios para o seu desempenho de memória.  Uma pesquisa indicou que as áreas do cérebro – como o hipocampo – que são importantes para a memória mostram aumento de volume como resultado do exercício aeróbio. Portanto, o melhor conselho para melhorar sua memória é usar fazer meia hora de uma boa caminhada.
Os cientistas referem-se a esta experiência como recolhimento, e alguns a distinguem da familiaridade, que se refere ao sentimento geral de que experimentamos algo antes, mas não somos capazes de detalhar especificamente o evento. Por exemplo, você vê alguém no supermercado ou no transporte público que instantaneamente parece muito familiar, mas você não se lembra de quem ele é. A experiência de familiaridade é muito rápida. Você pode rapidamente detectar que você conhece a pessoa, mas tem dificuldade para lembrar os detalhes de que ela é. Este é um exemplo de como os processos diferem em nível subjetivo, o que é chamado de fenomenológico.
O que acontece no cérebro
Além das diferenças comportamentais e fenomenológicas que fazem a familiaridade versus a lembrança de um rosto parecerem distintas entre si, a pesquisa também indicou que diferentes áreas do cérebro disfarçam os fenômenos. O hipocampo, dentro dos lobos temporais medianos do cérebro, está fortemente envolvido na formação das associações que ajudam a dar origem ao recolhimento, enquanto que os cortex perirrinal e entorrinal próximos parecem ser mais importantes para a familiaridade.
A pesquisa mostrou que a capacidade de recuperar detalhes de um evento e a experiência fenomenológica de recolhimento diminuem quando as pessoas envelhecem, enquanto a familiaridade permanece relativamente a mesma, independentemente da idade. Estudos também mostraram que a integridade estrutural do hipocampo diminui com o aumento da idade, enquanto que o córtex entorrinal apresentou alterações mínimas de volume.
Em outras palavras, áreas do cérebro como o hipocampo que são importantes para a recolher dados tendem a diminuir em volume, enquanto que as áreas que suportam a familiaridade permanecem mais intactas à medida que as pessoas envelhecem. Os cientistas também sabem que a memória não funciona como um gravador de fita perfeito: muitas vezes não só esquecemos a informação, mas também a não lembramos, mesmo que sentimos que nos lembramos de uma experiência vividamente e com precisão.
Os adultos mais velhos ficam cada vez mais incapazes de recuperar detalhes específicos de um evento e isso significa que eles poderiam ser mais suscetíveis a experimentar uma memória falsa. 
Como impedir que isso aconteça?
Então, o que pode ser feito para dissuadir ou reverter essas mudanças na idade avançada? Embora não haja nenhuma pílula mágica ou superalimento que possa nos proteger, a pesquisa sugere uma série de estratégias que podem ajudar a melhorar alguns dos impactos mais difíceis do envelhecimento em nossas memórias. Uma solução popular sugerida é fazer o maior número de palavras cruzadas e sudoku possível. É uma ideia perfeitamente intuitiva: se pensarmos no cérebro como um músculo, devemos exercitar esse músculo para mantê-lo afiado e ajustado. No entanto, até agora existem poucas evidências para sustentar essa hipótese.
Na melhor das hipóteses, você pode ficar muito bom em fazer palavras cruzadas e sudoku, mas a transferência dessas habilidades para outros tipos de habilidades que estão mais longe – como ser mais capaz de raciocinar de forma abstrata ou lembrar mais informações – é menos sustentada pela pesquisa. Então, você deve certamente continuar fazendo palavras cruzadas se você gostar de fazê-las. É muito bom treinar o cérebro, mas isso pode não ajudar a afastar a diminuição cognitiva ou a perda gradual de memória.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

As diferentes formas de celebrar o Natal nos cinco continentes

A comemoração do nascimento de Jesus é uma festa mundial.
O Natal é um período muito mais longo do que os dois dias em que se concentram todas as reuniões e refeições familiares. De fato, na tradição cristã que comemora o nascimento de Jesus, o Advento e o Natal somam entre 21 e 28 dias antes de 25 de dezembro, e depois até o domingo seguinte à festa da Epifania (6 de janeiro). Mas, além da tradição e da religião, a publicidade e o marketing já se encarregam todos os anos de antecipar uma época consumista no mesmo instante em que as fantasias do Halloween são guardadas para o ano seguinte.
É por isso que também consideramos Natal os preparativos de montar a árvore e o presépio, fazer compras natalinas, as comemorações escolares, logicamente a loteria de fim de ano, as canções natalinas, as festividades do Dia de Reis, os almoços e jantares da empresa, o 13º salário, as reuniões familiares, a cesta de Natal, comer uvas e romã e, claro, todos os cartões com votos de Boas Festas a torto e a direito.
No entanto, o Natal não é celebrado apenas dessa maneira, e se expandiu tornando-se uma festa mundial na qual cada país, mesmo aqueles distantes da tradição cristã, traz suas conotações, tradições, cores e até sabores para uni-la à virada de ano.
Para as populações dos países ao norte, é difícil imaginar um Natal sem frio e com Papai Noel de sunga, sem árvore de Natal ou sem os Reis Magos, mas é assim que a data é comemorada em muitos países. Por exemplo, no hemisfério sul, o Natal coincide com o início da temporada de verão e, em cada país, esta época do ano tem suas peculiaridades.
No México, os dias mais importantes são de 16 a 24 de dezembro, datas em que todas as noites são realizadas as famosas Posadas, com as quais se comemora a peregrinação de José e Maria a Belém em busca de alojamento para o nascimento de Jesus. Esta comemoração também é realizada em outros países da América Central, nos quais grupos de crianças vão de casa em casa cantando as posadas, um tipo de canções natalinas. A festa termina com uma grande piñata(brincadeira feita com um recipiente cheio de doces coberto por papel crepom) para as crianças enquanto os adultos comem nozes, pinhões, amendoim e doces.
No Chile, o Natal chega quando o ano letivo termina. Lá, os presentes de Natal são entregues pelo Viejo Pascuero (no Chile, os termos natalinos têm em sua raiz a palavra Pascua = Páscoa), equivalente ao famoso Papai Noel, e as crianças também aguardam a chegada de 6 de janeiro, o dia conhecido como Páscoa dos Negros.
No Peru, durante o último dia do ano, as lojas ficam abertas até tarde da noite para facilitar as compras de presentes e roupa interior amarela como símbolo de boa sorte.
Na Venezuela, tal é a importância do Natal que, em 2015, o presidente Nicolás Maduro decretou a antecipação da comemoração a partir de 1º de novembro "porque queremos a felicidade para todas as pessoas, e o Natal antecipado é a melhor vacina para qualquer um que queira inventar tumultos e violência".
Na África, o Natal também é acompanhado de temperaturas muito altas e, em muitos países costeiros, é celebrado inclusive na praia. Na Libéria, a maioria das casas tem uma palmeira como árvore de Natal, que são decoradas com sinos. O jantar festivo é feito ao ar livre, todos sentados em círculo para compartilhar a refeição de arroz, carne e biscoitos. Há jogos para os pequenos e fogos de artifício nas grandes cidades.
Na Etiópia, onde vivem mais de 90 milhões de pessoas, o Natal é comemorado porque a maioria da população é católica. No entanto, a festa é mais austera, sem presentes para as crianças e, em muitos casos, os idosos fazem jejum.
A Igreja Copta Ortodoxa, no Egito, reúne na véspera de Natal todos os seus fiéis muito elegantes e com roupas novas para um ato religioso que termina à meia-noite, antes de retornarem às suas casas para jantar a fata, o prato mais popular que consiste em um ensopado com pão, arroz, alho e carne fervida. Muitos egípcios também decoram seus carros com folhas de palmeira.
Os judeus, por outro lado, celebram nessa época o Hanukkah, a purificação do templo de Jerusalém no ano 165 a.C. Há muitas semelhanças entre o Natal hebreu e o cristão, uma vez que ambos têm caráter familiar, presentes para as crianças, símbolos da comemoração em lugares visíveis e a importância dada ao elemento da luz.
Na Ásia, apesar de os cristãos serem minoria, o período natalino se une à celebração do fim de ano. No Japão, por exemplo, em dezembro toda a população se apressa para liquidar suas dívidas e limpar suas casas como símbolo da mudança de ano. O dia 24 de dezembro não é uma celebração familiar porque coincide com o Dia dos Namorados. Em 31 de dezembro, no entanto, os japoneses comemoram o Omisoka, o grande dia do fim do ano. Nesse dia, fazem uma limpeza especial da casa antes de provar com toda a família as tradicionais tigelas de macarrão, símbolo de longevidade. Os sinos dos templos das cidades tocam 108 vezes e, assim, acredita-se que cada pessoa poderá se livrar da mesma quantidade de problemas. Então, todos começam a rir para afugentar os maus espíritos.
Na Índia, 25 de dezembro é um feriado nacional, mas o início do ano é comemorado de acordo com o calendário hindu, entre março e abril, com multidões que se banham no rio Ganges ou em poços e lagoas consideradas sagrados. A festividade hindu com uma estética mais próxima do Natal, exceto pela diferença religiosa, é o Diwali.
Nessa comemoração, Lakshimi, deusa da riqueza e da prosperidade, é adorada, e presentes são trocados em reuniões familiares onde também se jogam cartas.
Em nossas antípodas, na Austrália, o Natal não está coberto de neve, muito pelo contrário. Amigos e familiares geralmente se reúnem na praia no dia de Natal, e é tradição ver os fogos de artifício na baía de Sydney. Os presentes são trazidos pelo Papai Noel, mas seu trenó é conduzido pelos Six White Boomers (os seis cangurus brancos).
Na Europa, as tradições natalinas também variam de acordo com o país. Dois exemplos disso são a Noruega e a Rússia. Na Noruega, o Natal está associado à luz de velas e ao fogo em um canto da casa. No dia 13 de dezembro, dia de Santa Lucia, começam os atos pré-natalinos e, nessa mesma noite, os animais domésticos desfrutam do primeiro jantar especial de Natal. Depois, a árvore é iluminada e as crianças aguardam a chegada de Julenisse, o duende natalino que, na véspera de Natal, se transforma em Papai Noel.
Na Rússia, as festividades seguem o calendário ortodoxo e, por essa razão, as comemorações ocorrem alguns dias depois. Nos lares russos, o jantar da véspera de Natal é composto por 12 pratos, um para cada apóstolo. No dia de Ano Novo, as crianças russas recebem a visita do Avô de Gelo, também conhecido como Maroz, que, como Papai Noel, também tem barba branca, usa roupas vermelhas largas e botas pretas. Viaja acompanhado por uma assistente, a Menina de Neve, e apenas as crianças ganham brinquedos, bolos de gengibre e matrioskas, as tradicionais bonecas que contêm outras menores em seu interior.
Agora que a tecnologia nos permite conhecer o mundo com o toque da tela do celular e que viajar também faz parte do Natal, a oferta para viver e comemorar essa época tão tradicional em nosso calendário é tão diversificada quanto atraente. Como em muitas outras situações, a variedade é o tempero da vida...

Fonte: El País, por Alberto López

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Você tem inteligência emocional se exibir estas 4 habilidades

Inteligência emocional é uma competência mais complexa do que parece. Está (muito) longe de ser apenas simpatia, paciência e serenidade.
Um mal-entendido comum quando se fala em inteligência emocional é reduzir o significado dessa competência à facilidade para relacionamentos interpessoais. Como se bastasse ser sociável, sensível às necessidades alheias e capaz de acalmar os ânimos quando todos os demais estão nervosos.
A inteligência emocional vai muito além disso, explicam Daniel Goleman, autor de inúmeros best-sellers sobre o tema, e Richard Boyatzis, professor de psicologia da Case Western Reserve University, em artigo para o site da Harvard Business Review.
Não basta ser simpático, calmo e gentil: é preciso ter autoconhecimento, capacidade de dar feedbacks difíceis, facilidade para mediar conflitos e otimismo na hora de enfrentar adversidades, entre muitas outras características.
Ao cabo de 30 anos de estudos sobre o assunto, os especialistas chegaram a um resumo com 4 habilidades essenciais que compõem esse tipo de inteligência. “Ter uma combinação balanceada dessas capacidades específicas faz com que um líder esteja preparado para grandes desafios”, escrevem eles. São estas, descritas também no site oficial de Goleman:
1. Consciência de si mesmo
Descreve a capacidade de conhecer suas próprias emoções. Faça o teste: tente escrever numa folha de papel, com a maior quantidade possível de detalhes, o que você sentiu em um momento difícil da sua carreira. Quanto mais específicas, ricas e precisas forem as suas palavras, maior o seu autoconhecimento provavelmente é. Compreender as suas emoções mais íntimas é fundamental para usá-las ao seu favor. Ter consciência de si mesmo também significa saber quais são os seus limites e ter autoconfiança sobre os seus pontos fortes.
2. Gestão de si mesmo
Aqui estão presentes quatro habilidades: autocontrole emocional, capacidade de adaptação, orientação para os resultados e otimismo. Essas capacidades são essenciais para não se desesperar diante de situações adversas e manter o foco no trabalho, com a convicção de que tudo acabará bem. Quem tem essas competência não reage por impulso e consegue lidar mais facilmente com a mudança.
3. Consciência social
Ser dotado desta competência significa ter consciência organizacional, isto é, a aptidão de ler o estado emocional de um grupo e suas relações de poder. Outro componente deste pilar é a empatia, que descreve a capacidade de compreender os sentimentos e perspectivas das outras pessoas e colocar-se no lugar delas. Tudo isso ajuda a prever situações de conflito e se antecipar aos seus efeitos.
4. Gestão de relacionamentos
Aqui, estão incluídas as seguintes capacidades: influência, mentoria, administração de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora. Em resumo, descreve a capacidade de induzir atitudes desejáveis em outras pessoas. Pessoas com facilidade para gerir relacionamentos sabem como desenvolver seus liderados, dar feedbacks negativos, criar grupos de trabalho motivados, vencer negociações e dissolver mal-entendidos.
Descritos os pilares da inteligência emocional, fica clara a enorme distância desse conceito para a mera “simpatia”, afirmam Goleman e Boyatzis.
Imagine, por exemplo, que você tem um subordinado com uma personalidade ácida e quase agressiva.
O que um chefe simpático faria? Provavelmente conversaria com ele sempre “com jeito” e tentaria evitar conflitos a qualquer custo. Não haveria situações desconfortáveis, mas o problema continuaria latente.
Já um gestor com inteligência emocional usaria suas habilidades de autocontrole para conversar com esse funcionário sem deixar o nervosismo atrapalhar. Além disso, empregaria sua capacidade de influência e persuasão para dar um feedback negativo sobre sua postura e convencê-lo a mudar.
Você não precisa ter todas essas aptidões plenamente desenvolvidas para ser um bom líder: basta ter um pouco de cada uma, de forma equilibrada, dizem Goleman e Boyatzis.
Uma leitura atenta dos 4 pilares da inteligência emocional ajudará você a identificar quais são as suas lacunas e trabalhar para preenchê-las. Os especialistas também recomendam avaliações do tipo “360 graus”, que combinam as suas percepções sobre si mesmo com o olhar dos seus chefes, colegas e subordinados.
O olhar externo é extremamente útil para ter um quadro mais exato do seu nível de inteligência emocional, até mesmo para o pilar “Consciência de si mesmo” —  afinal, como você poderia ser autoconsciente de que não é autoconsciente?
“Busque uma dimensão das suas forças e fraquezas pedindo comentários de pessoas que trabalham com você”, recomendam Goleman e Boyatzis. “Quanto mais gente responder, mais preciso será o retrato final”.
Fonte: Exame - Por Claudia Gasparini

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Robô faz em segundos o que demorava 360 mil horas para um advogado realizar

Possibilitado graças a investimentos em machine learning e uma nova rede particular de nuvem, o COIN é apenas o começo para o maior banco norte-americano.
No JPMorgan, uma máquina está analisando acordos financeiros, que uma vez mantiveram equipes jurídicas ocupadas por milhares de horas. 
O programa, chamado COIN (Contract Intelligence), interpreta acordos de empréstimo comercial, atividade que normalmente consumia 360 mil horas de advogados por ano. O software revê os documentos em segundos, é menos propenso a erros e nunca pede férias. 
Possibilitado graças à investimentos em machine learning, o COIN é apenas o começo para o maior banco norte-americano. A empresa recentemente criou centros de tecnologia para equipes especializadas em big data, robótica e infraestrutura em nuvem. Tudo isso para encontrar novas fontes de receita, reduzindo despesas e riscos. 
Assim como essa, teremos vários avanços na área da advocacia. Criamos o Lawtech Conference, um evento exclusivo em São Paulo para tratar do assunto. Clique no link e não perca a oportunidade de participar. 
O projeto é supervisionado pelo Diretor de Operações Matt Zames e pela Diretora de Informação Dana Deasy. 
Embora o JPMorgan tenha saído da crise financeira como um dos poucos vencedores, seu domínio está em risco se não buscar agressivamente novas tecnologias.  Essa é a mensagem que Zames trouxe à Deasy quando se juntou ao JP no fim de 2013 e é aplicável a todas as empresas diferentes (ensinamos grandes companhias a inovarem através deste e-book). 
“Matt disse: lembre-se de uma coisa acima de todas as outras: nós precisamos ser os líderes em tecnologia para serviços financeiros”, comenta. “Tudo que fizemos desde então surgiu dessa reunião”. 
Depois de visitar empresas como a Apple e o Facebook para entender como seus desenvolvedores trabalhavam, o banco decidiu criar sua própria rede em nuvem chamada Gaia, que entrou em operação no ano passado. Os trabalhos com machine learning e big data agora são rodados através da plataforma privada, que tem efetivamente capacidade ilimitada para suportar sua sede por poder de processamento. O sistema já está ajudando o banco a automatizar algumas atividades de codificação e tornar seus 20 mil desenvolvedores mais produtivos, economizando dinheiro, segundo Zames. Quando necessário, a empresa também pode acessar serviços de nuvem externos da Amazon, da Microsoft e da IBM. 
O orçamento total de tecnologia do JPMorgan para este ano representa 9% da sua receita projetada – o dobro da média da indústria, de acordo com a analista do Morgan Stanley Betsy Graseck. Um terço desse orçamento é destinado a novas iniciativas, algo que Zames quer elevar para 40%. Ele acredita que economizar com automação e aposentar as velhas tecnologias o permitirão canalizar mais dinheiro ainda em inovações. Nem todas as apostas do banco compensarão, mas segundo o executivo “tudo bem”. 
“Estamos dispostos a investir para ficar à frente da curva. Mesmo que, em última análise, parte desse dinheiro vá para produtos ou serviços que não eram necessários”, disse Marianne Lake, Chefe de Finanças. “Isso porque não podemos esperar para saber os resultados. O ambiente está em extrema mutação constante, por isso temos que ir tentando”. 
Quanto ao COIN, o programa ajudou o JPMorgan a reduzir os erros de manutenção de empréstimos, a maioria resultante de erro humano na interpretação de 12 mil novos contratos por ano. O banco está buscando maneiras de implantar a tecnologia, que aprende através da ingestão de dados para identificar padrões e relacionamentos. O banco planeja usá-lo para outros tipos de arquivamentos legais, como seguro contra calote e contratos de custódia. Algum dia, a empresa pode usá-lo para ajudar a interpretar os regulamentos e analisar as comunicações corporativas. 
Enquanto um número grande de pessoas se preocupam que tais avanços podem algum dia tomar seus empregos, muitos funcionários de Wall Street estão mais focados em benefícios. Um levantamento feito pelo Options Group, com mais de 3.200 profissionais da área financeira, descobriu que a maioria espera que novas tecnologias melhorem suas carreiras. 
“As pessoas sempre falam sobre isso como um demérito. Eu falo sobre isso como liberar pessoas para trabalhar em coisas de maior valor. Razão pela qual é uma oportunidade tão fantástica para a empresa”, comenta Deasy. O fato é que a tecnologia está mudando a forma como as empresas funcionam – e quem ficar para trás vai morrer.

Fonte: StarSe - Por Lucas Bicudo

sábado, 9 de dezembro de 2017

Imagens do Brasil - Erechim - Rio Grande do Sul


Erechim é um município do estado do Rio Grande do Sul, na Região Sul do Brasil. A cidade foi uma das primeiras cidades brasileiras
modernas planejadas. O planejamento viário da cidade havia sido inspirado em
conceitos urbanísticos usados nos traçados de 
Washington (1791), Paris (1850), Buenos
Aires(1580) e Belo Horizonte (1897), porém foi recentemente alterado para
facilitar o fluxo viário, caracterizando-se por ruas muito largas, forte
hierarquização e criação, através de ruas diagonais ao xadrez básico, de pontos
de convergência. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha
perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de
dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro.



Etimologia - O
município, quando emancipado, em 30 de abril de 1918, recebeu o nome de
"Erechim", termo de origem caingangue que significa "campo
pequeno", através da junção dos termos rê, ou erê, ("campo")
xim("pequeno"). Esse nome foi dado provavelmente
por a cidade ser rodeada de florestas na época. Chegou a receber outras
denominações, como Paiol Grande, Boa Vista, Boa Vista de Erechim e José
Bonifácio, mas prevalece até os tempos atuais "Erechim". Segundo
as 
normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria
ser grafado Erexim, pois prescreve-se o uso da letra "
x"
para palavras de origem 
caingangue. Entretanto, o nome do município está
registrado em documentos oficiais com "ch", que aparece em todas as
placas de trânsito e de automóveis, bem como em documentos.

Em um
dos shows relizados pelos festejos de cinquenta anos do
município de Erechim, em 1968, Rubem Safro, popular e localmente conhecido como
Buja, animava a festa e chamou a cidade de "Capital da Amizade". Logo
alcunha foi
adotada pelo município, devido à diversidade das etnias que compunham a sua
população e à harmonia de sua convivência.

História.


Origens - De acordo com estudos realizados
pela Eletrosul, o território que constitui, hoje, a
região do 
Alto
Uruguai
 já
era habitada pelo homem há pelo menos 10 000 anos atrás. Nos últimos três
séculos, a região foi habitada principalmente pelos 
indígenas da etnia caingangue. No entanto, muitos grupos guaranis também ocuparam as regiões de
menor altitude. É provável que os primeiros povoadores não indígenas da região
do atual município de Erechim tenham sido 
paulistas descendentes de bandeirantes que obtiveram a concessão de
tratos de terra requeridos ao governo do estado. Em 1908 foi fundada a Colônia
Erechim, planejada pelo diretor de Terras e Colonização 
Carlos
Torres Gonçalves
,
atendendo aos 
princípios
positivistas
 para
tornar-se modelo de 
colonização. O empreendimento teve
rápido 
progresso econômico, facilitado não só
pela presença de uma 
ferrovia, mas também pelas estradas planejadas durante a concepção da
colônia e que foram construídas de acordo com os traçados previstos.

Pioneirismo e imigração - A região foi colonizada basicamente
por 
imigrantes de origem polonesa(1918), alemã (1912),  judaica (1911) e, principalmente, italiana. As primeiras famílias italianas
chegaram na cidade por volta de 1910 através da ferrovia

Formação
administrativa -
Com o crescimento do povoado e de sua
economia - agricultura, pecuária, comércio e serviços - o município de Erechim
foi elevado à categoria de município com a denominação de Erechim, pelo decreto
estadual nº 2342, de 30 de abril de 1918.



Economia -

Setor
primário -
A agricultura em Erechim,
apesar de ser a atividade que é menos representada no PIB municipal, é de
grande importância pela diversidade de sua produção. O município possui
rebanhos de
bovinos, suínos, equinos, mulas, caprinos, ovelhas e aves. Na lavoura temporária
são produzidos principalmente o 
milho, a soja e o trigo.
Setor
secundário -
setor secundário é o que mais tem destaque na cidade. São
aproximadamente 700 empresas de porte variado que produzem 37.96% da
arrecadação municipal. O Distrito Industrial é a principal fonte de riqueza no
setor.
Setor
terciário -
O setor terciário atualmente é
uma importante fonte geradora do PIB erechinense.



Educação - A cidade de
Erechim têm uma universidade federal própria, que é a 
Universidade Federal da Fronteira
Sul
 (UFFS), tem ainda um campus da Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul
 (UERGS), e a privada Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
(URI). O município conta com escolas em
todas as regiões de seu território.

Saúde - Erechim
apresenta um bom desempenho do sistema de 
saúde. O município possui quarenta estabelecimentos de saúde. 
Alguns
dos principais hospitais de Erechim são: Fundação Hospitalar Santa Terezinha
de Erechim; Hospital de Caridade de Erechim e Unidades Básicas de Saúde.

Turismo - Entre os pontos turísticos mais
visitados estão os museus, como a 
Catedral São José, o Pólo da Cultura e o Mercado Popular. 
Outros
importantes pontos turísticos da cidade são:
Parque Longines Malinowski; Castelinho (o prédio
mais antigo da cidade); Centro Cultural 25 de Julho; Vale Dourado; Praça da
Bandeira (marco zero de Erechim).

Arquitetura - Erechim, em especial a região central
do município, se caracteriza pela presença de um conjunto arquitetônico
diversificado e de significativa relevância. Segundo a prefeitura, o estilo
arquitetônico de maior relevância na configuração da paisagem urbana da cidade
é o art déco, apresentado pela primeira vez na
Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas realizada
em 
Paris, em 1925.


Costumes, artes e eventos - Recentemente Erechim recebeu o
apelido de "Capital do Teatro Amador Gaúcho", por sediar
diversos eventos relacionados. 
O
município possui também uma razoável tradição em seu artesanato e
na 
culinária. Normalmente pratos regionais - que vão
desde 
tortas e bombons até
pequenas refeições caseiras, como 
arroz e feijão - e
peças artesanais são vendidas em barracas e feiras da cidade ou em eventos
recorrentes ao longo do ano. Na cidade também existe a Associação de Artesãos
de Erechim, com objetivo de dar condições de trabalho aos artesãos da cidade e
região. Erechim realiza também uma feira multi setorial conhecida como Frinape.



Fonte do
texto: Wikipedia
.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Quanto vale o tempo para você?

Quem ainda não ouviu falar que o tempo é valioso? E a palavra tempo pode ter vários significados, dependendo do contexto. Para alguns, é um luxo; para outros, representa dinheiro. Tema recorrente nas discussões entre amigos e também no âmbito profissional, já foi debatido até em filmes. Um exemplo é O Preço do Amanhã, uma ficção que retrata, em um futuro próximo, como o tempo se torna a principal moeda de sobrevivência das pessoas. Metáforas e debates à parte, voltando para a nossa realidade, vemos que, em casa, no trabalho, na faculdade, na vida pessoal e no relacionamento a dois, devemos não só organizar o que vamos fazer com o tempo, mas também encontrar maneiras para que as tarefas diárias possam ser feitas da melhor forma, na tentativa de nos colocarmos à frente do tempo.
Organize-se
Algumas informações podem contribuir nesse sentido. Organizar o seu dia com antecedência, ter uma rotina e listar os compromissos, é um bom começo. Hoje há aplicativos de celular com essa finalidade. Se não tiver essa possibilidade, use uma agenda de papel mesmo. À medida que for cumprindo as tarefas, verifique quais serão as próximas. Leve na sua mochila ou bolsa aquilo que será útil para a sua atividade profissional e para atender aos seus compromissos. No trabalho, coloque sua mesa em ordem para visualizar facilmente tudo o que procura sem perder tempo. Isso vale para documentos, pastas, relatórios e arquivos no computador: mas, antes, organize as coisas em sua casa também. É o ponto de partida para ter disciplina em tudo. 
Estabeleça prioridades
Você pode ter mil compromissos no seu dia a dia, por isso, é importante dar prioridade às obrigações mais urgentes. Faça uma lista definindo o tempo que vai usar para realizar cada uma delas. Comece pelas mais dóceis e vá se desincumbindo, deixando as que você tem mais habilidade se cumprir para o final do dia. Para não desperdiçar tempo, evite distrações.
Mantenha o foco e deixa para entrar em redes sociais, por exemplo, quando tiver terminado suas tarefas principais. Se você contabilizar cada perdido com a desconcentração, verá que se trata de um tempo.
A menos que você  poderia usar para outras coisas maís produtivas. Perceba que isso vai ajuda-lo até no planejamento da sua vida como um todo e nas suas escolhas para o futuro. 
Prepare-se
Contudo, não adianta planejar todas as tarefas e não ter disposição para realizá-las. Para não se tornar escravo do tempo é extremamente importante que você programe intervalos para desocupar a mente. Separe algumas horas para o lazer, nem que seja no fim de semana, e procure dormir bem para não sobrecarregar a mente. Conhecer sua rotina, organizar suas tarefas e administrar o seu tempo são ações que vão ajudá-lo não só no trabalho, mas também lhe trarão mais qualidade de vida e momentos para aproveitar com quem ama.
O tempo é, sem dúvida, uma das coisas que mais passam rápido na vida, mas quem encontra propósito e tem clareza quanto às suas prioridades consegue gerenciar a sua agenda com facilidade, mesmo não tendo artefatos tecnológicos para isso. Não existem ferramentas que compensem a falta de objetividade, mas há um belo prêmio para quem consegue unir motivação, direcionamento e foco. Por isso, é preciso perceber que, na época em que vivemos, lidar com o tempo é algo fundamenta! e precioso. Com ele, podemos fazer praticamente tudo. Então, melhor não perdê-lo.

Fonte: Rotary RJ Ilha do Governador - Boletim nº21 - Ano LII

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

6 desvantagens de ser extremamente inteligente

Você pode pensar que a vida seria mais fácil e mais feliz se você pudesse subir alguns pontos de QI. Mas nem tudo são flores para quem é mais inteligente que a média.
Pessoas com alto nível de QI escreveram sobre como são as altas expectativas sobre elas e outros problemas causados pela sua inteligência. Confira os mais evidentes:

1 – Pensar em vez de sentir
O usuário do Quora, Marcus Geduld, disse que ele geralmente entende suas emoções muito bem e consegue explicá-las – mas ele nunca sente o alívio de expressá-las.
 “Este é um problema comum para as pessoas inteligentes, especialmente para os altamente verbais. Eles usam palavras como uma cortina de fumaça, e é ainda mais eficaz quando suas palavras são verdadeiras. As pessoas menos articuladas tendem a evacuar através da fisicalidade. Eles gritam, socam, dão pontapé, gritam, soluçam, dançam, saltam de alegria…  quando eu terminar de explicar, tudo o que eu já expliquei ainda está preso dentro de mim, só que agora com um rótulo“.
A observação de Geduld destaca a distinção entre as competências cognitivas e emocionais.
Os cientistas não podem dizer com certeza se esses dois fatores estão relacionados, mas uma pesquisa sugere que alta inteligência emocional compensa a baixa capacidade cognitiva, pelo menos no local de trabalho. Em outras palavras, as pessoas que são superinteligentes podem não precisar contar com habilidades emocionais para resolver os problemas.
2 – As pessoas esperam que você tenha uma ótima performance
Está previsto, automaticamente, para ser o melhor, não importa no que seja“, contou Roshna Nazir. “Você não tem ninguém para conversar sobre suas fraquezas e inseguranças. E isso te faz ser tão cauteloso sobre seus defeitos que você não pode se dar ao luxo de assumir riscos, apenas por temer o que acontecerá caso perca“, escreve Saurabh Mehta.
Em um trecho de “Smart Parenting for Smart Kids” (algo como “Paternidade inteligente para filhos inteligentes”), publicado na PsychologyToday.com, os autores escrevem que os pais são geralmente mais preocupados com a desenvoltura de seus filhos quando eles são inteligentes e vão bem na escola. “Porém, às vezes isso pode focar mais no que elas fazem do que no que elas são.
3 – Você pode não aprender o valor do trabalho duro
Um número de pessoas com alto nível de QI disseram que se sentem como se pudessem conviver com menos esforço do que outras pessoas. Mas um alto QI nem sempre leva diretamente ao sucesso, e pessoas muito inteligentes podem nunca desenvolver a perseverança necessária para ter sucesso.
De acordo com Kent Fung, “Inteligência se torna um problema quando logo percebem que não precisam trabalhar tão duro para viver e por isso, nunca desenvolvem uma boa e forte ética de trabalho“.
Um estudo descobriu que capacidade de trabalhar duro tem, de fato, uma correlação negativa com certos tipos de inteligência. Os pesquisadores propõem que as pessoas altamente inteligentes podem sentir que não precisam trabalhar tão duro para conseguir o que querem.
4 – As pessoas podem ficar irritadas caso você as corrija
Quando você sabe que alguém acabou de dizer algo completamente errado, é difícil de reprimir o desejo de esclarecer.
Mas você tem que ser extremamente sensível ao fato de que outras pessoas podem se sentir constrangidas e ofendidas por suas ações.
Raxit Karramreddy disse que ser inteligente é uma chatice. “Quando você corrige as pessoas, elas param de andar ou falar com você“.
5 – Você tende a pensar demais
Um tema comum foram as armadilhas de gastar muito tempo pensando.
Por um lado, você pode chegar a ser piegas quando tenta encontrar o significado existencial de cada conceito e experiência. “Você percebe como tudo é e repara que nada possui um significado. Você procura respostas que te levam a loucura“, escreveu Akash Ladha.
Um estudo publicado em 2015 descobriu que a inteligência verbal realmente está ligada à preocupação ou ruminação. Isso significa que as pessoas inteligentes podem achar que é impossível fazer uma escolha.
Compreender as possíveis ramificações de suas decisões, especialmente a tendência ao excesso de analisar essas consequências, faz com que a decisão nunca seja tomada“, disse Tirthankar Chakraborty.
6 – Você tem consciência do quanto você não sabe
Ser superinteligente, muitas vezes, significa a apreciação dos limites de sua própria cognição. Você pode tentar, mas nunca vai ser capaz de aprender ou compreender tudo.
Inteligência é uma maldição, pois quanto mais você sabe, mais você sente que menos conhece“, disse Mike Farkas.
A observação de Farkas lembra um estudo clássico feito por Justin Kruger e David Dunning, que constatou que as pessoas menos inteligentes são as que mais vão superestimar suas habilidades cognitivas – e vice-versa.

Fonte: Jornal da Ciência - Por Julia Moretto