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24 maio 2019

As pessoas de 1ª qualidade, com alto QI, tendem a compartilhar

Nos meus piores dias, quando me sinto mais arrogante, relaciono-me horrivelmente com o garoto do Sexto Sentido, aprimorando sua famosa frase "Eu vejo pessoas estúpidas". A reação parece pior, no entanto, quando vejo pessoas tratando outras pessoas de maneira inadequada ou descaradamente se engajando em algum tipo de comportamento não ético. Eu geralmente me repreendo pelo pensamento e me lembro de que a humildade é uma virtude, e que nem sempre sou a ferramenta mais afiada no galpão.
Mas um novo estudo com mais de 1.000 pessoas, realizado no Reino Unido, diz que minha intuição sobre esses indivíduos pode ser um pouco mais precisa do que eu pensava inicialmente. A conclusão geral foi que as pessoas que apresentam menos comportamentos externos negativos - por exemplo, trapacear, roubar, quebrar regras ou assediar alguém de propósito - têm QI mais alto. Eles normalmente são menos agressivos e bem-comportados.
Curiosamente, a diferença parece ser um pouco pior se você for do sexo masculino. As mulheres antissociais que quebraram regras tiveram um QI 5 pontos mais baixos do que seus pares sociais. Mas para os homens, a diferença duplica e salta para 10 pontos, em média.
No entanto, o QI alto nem sempre é uma garantia de que você tomará boas decisões - você pode ser inteligente, mas ainda assim tomar o caminho mais fácil na solução de problemas, por exemplo, ou perder algumas informações ou estratégias para pensar de maneira mais racional. E as pontuações de QI tendem a ser uma medida pobre das ferramentas essenciais do pensamento racional; elas podem também medir sua capacidade de racionalizar, por exemplo, mas não se você está inclinado a fazê-lo em uma dada circunstância. Então, na verdade, isso não deveria nos surpreender tanto se uma pessoa "inteligente" faz algo estúpido, e nosso conceito de "inteligente" não deveria ser limitado ao QI em primeiro lugar.
Mas para decidir o que fazer ou como se comportar, você precisa estar ciente e capaz de entender cognitivamente todas as possíveis ramificações de comportamentos específicos. E apesar de estarmos sempre propensos a ser um pouco egocentricamente tendenciosos por razões de sobrevivência evolucionária, o sucesso também está ligado à capacidade de decifrar pistas sociais e interagir bem também. Assim, pode ser que as pessoas com QI mais baixo atuem com mais frequência simplesmente porque têm problemas com isso. Assim como pessoas incompetentes não são capazes de ver sua própria falta de habilidade ou conhecimento, indivíduos que não pontuam tão alto também podem não ter um senso tão grande sobre como a falta de conformidade, ética ou bondade pode ser problemática.
Como líder, o estudo sugere que, até certo ponto, você realmente pode ter uma ideia de QI baseada em como alguém age no trabalho, e que os funcionários bem-comportados também podem ter a energia extra de poder cerebral que você quer para melhor inovação. E embora o infrator de regras bem-comportado pareça um paradoxo, isso significa apenas que aqueles que são mais sociais podem ser mais cuidadosos com a implementação e são capazes de trazer suas novas ideias à tona de maneira a respeitar ambas as pessoas, processos e protocolos.
E isso não quer dizer que um funcionário mais "problemático" não possa se dar bem - eles podem precisar de mais orientação, e para você ser mais explícito sobre o que você quer que eles façam (ou não). Sua modelagem e paciência são importantes, e se os comportamentos inadequados, em última análise, se tornam aceitos como parte da cultura da empresa, em última análise, estão às suas custas.
Tenha em mente também que as pessoas podem se comportar de maneira muito diferente com base no que as rodeia. Dois trabalhadores normalmente bem-comportados podem apertar os botões uns dos outros, por exemplo, ou um funcionário pode participar de comportamentos questionáveis por pressão dos colegas. Então, ao tentar ajudar todos em sua equipe e avaliar informalmente a inteligência para colocá-los bem, leve isso em conta e procure o que geralmente é consistente para alguém no longo prazo.

PorWanda Thibodeaux - Inc.com .

20 dezembro 2017

Você tem inteligência emocional se exibir estas 4 habilidades

Inteligência emocional é uma competência mais complexa do que parece. Está (muito) longe de ser apenas simpatia, paciência e serenidade.
Um mal-entendido comum quando se fala em inteligência emocional é reduzir o significado dessa competência à facilidade para relacionamentos interpessoais. Como se bastasse ser sociável, sensível às necessidades alheias e capaz de acalmar os ânimos quando todos os demais estão nervosos.
A inteligência emocional vai muito além disso, explicam Daniel Goleman, autor de inúmeros best-sellers sobre o tema, e Richard Boyatzis, professor de psicologia da Case Western Reserve University, em artigo para o site da Harvard Business Review.
Não basta ser simpático, calmo e gentil: é preciso ter autoconhecimento, capacidade de dar feedbacks difíceis, facilidade para mediar conflitos e otimismo na hora de enfrentar adversidades, entre muitas outras características.
Ao cabo de 30 anos de estudos sobre o assunto, os especialistas chegaram a um resumo com 4 habilidades essenciais que compõem esse tipo de inteligência. “Ter uma combinação balanceada dessas capacidades específicas faz com que um líder esteja preparado para grandes desafios”, escrevem eles. São estas, descritas também no site oficial de Goleman:
1. Consciência de si mesmo
Descreve a capacidade de conhecer suas próprias emoções. Faça o teste: tente escrever numa folha de papel, com a maior quantidade possível de detalhes, o que você sentiu em um momento difícil da sua carreira. Quanto mais específicas, ricas e precisas forem as suas palavras, maior o seu autoconhecimento provavelmente é. Compreender as suas emoções mais íntimas é fundamental para usá-las ao seu favor. Ter consciência de si mesmo também significa saber quais são os seus limites e ter autoconfiança sobre os seus pontos fortes.
2. Gestão de si mesmo
Aqui estão presentes quatro habilidades: autocontrole emocional, capacidade de adaptação, orientação para os resultados e otimismo. Essas capacidades são essenciais para não se desesperar diante de situações adversas e manter o foco no trabalho, com a convicção de que tudo acabará bem. Quem tem essas competência não reage por impulso e consegue lidar mais facilmente com a mudança.
3. Consciência social
Ser dotado desta competência significa ter consciência organizacional, isto é, a aptidão de ler o estado emocional de um grupo e suas relações de poder. Outro componente deste pilar é a empatia, que descreve a capacidade de compreender os sentimentos e perspectivas das outras pessoas e colocar-se no lugar delas. Tudo isso ajuda a prever situações de conflito e se antecipar aos seus efeitos.
4. Gestão de relacionamentos
Aqui, estão incluídas as seguintes capacidades: influência, mentoria, administração de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora. Em resumo, descreve a capacidade de induzir atitudes desejáveis em outras pessoas. Pessoas com facilidade para gerir relacionamentos sabem como desenvolver seus liderados, dar feedbacks negativos, criar grupos de trabalho motivados, vencer negociações e dissolver mal-entendidos.
Descritos os pilares da inteligência emocional, fica clara a enorme distância desse conceito para a mera “simpatia”, afirmam Goleman e Boyatzis.
Imagine, por exemplo, que você tem um subordinado com uma personalidade ácida e quase agressiva.
O que um chefe simpático faria? Provavelmente conversaria com ele sempre “com jeito” e tentaria evitar conflitos a qualquer custo. Não haveria situações desconfortáveis, mas o problema continuaria latente.
Já um gestor com inteligência emocional usaria suas habilidades de autocontrole para conversar com esse funcionário sem deixar o nervosismo atrapalhar. Além disso, empregaria sua capacidade de influência e persuasão para dar um feedback negativo sobre sua postura e convencê-lo a mudar.
Você não precisa ter todas essas aptidões plenamente desenvolvidas para ser um bom líder: basta ter um pouco de cada uma, de forma equilibrada, dizem Goleman e Boyatzis.
Uma leitura atenta dos 4 pilares da inteligência emocional ajudará você a identificar quais são as suas lacunas e trabalhar para preenchê-las. Os especialistas também recomendam avaliações do tipo “360 graus”, que combinam as suas percepções sobre si mesmo com o olhar dos seus chefes, colegas e subordinados.
O olhar externo é extremamente útil para ter um quadro mais exato do seu nível de inteligência emocional, até mesmo para o pilar “Consciência de si mesmo” —  afinal, como você poderia ser autoconsciente de que não é autoconsciente?
“Busque uma dimensão das suas forças e fraquezas pedindo comentários de pessoas que trabalham com você”, recomendam Goleman e Boyatzis. “Quanto mais gente responder, mais preciso será o retrato final”.
Fonte: Exame - Por Claudia Gasparini