A prática de se curvar diante de um professor no Japão não é um gesto isolado, mas o reflexo de uma estrutura cultural profundamente enraizada nos valores do confucionismo, no respeito à hierarquia e no papel central da educação na construção da dignidade pessoal e do progresso coletivo.
Na educação japonesa, desde os primeiros anos, as crianças aprendem a saudar seus professores com um leve arco, chamado ojigi, não como formalidade vazia, mas como gesto concreto de reconhecimento. Curvar-se ao professor não significa submissão, mas uma forma de declarar: “eu reconheço em você alguém que me eleva”.
Essa reverência cotidiana é sustentada por um ethos nacional que entende a educação como missão coletiva, e não apenas dever escolar. O professor, nesse contexto, não é apenas um funcionário, é um agente da construção da pátria, um artesão do futuro.
Crédito: #RenatoCasagrande.
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