Em um mundo onde a água se torna cada vez mais escassa, especialmente nas regiões áridas e esquecidas pela infraestrutura, um homem solitário decidiu enfrentar a seca com ciência, criatividade e coração.
Sergio Jesús Rico Velasco, engenheiro mexicano formado pelo Instituto Politécnico Nacional, observava de perto o sofrimento dos pequenos agricultores em seu país, terras rachadas, colheitas perdidas, famílias inteiras lutando por algumas gotas de água.
Foi ali, entre a poeira e a urgência, que ele criou algo que muitos chamaram de milagre da ciência: os Silos de Água.
Mas ele não inventou água.
Ele criou um modo inteligente de guardá-la.
Sergio desenvolveu um polímero superabsorvente, chamado acrilato de potássio biodegradável. Uma espécie de “água em pó” que, quando entra em contato com a chuva ou irrigação, incha e se transforma em gel, capaz de reter até 200 vezes o próprio peso em água.
Esse gel é enterrado ao lado das raízes das plantas.
Lá, ele guarda a água com carinho e libera aos poucos, exatamente no ritmo que a planta precisa.
Quando a água acaba, ele seca, vira pó novamente, esperando a próxima chuva.
Resultado?
Uma economia de até 90% no uso de água na agricultura, e a possibilidade de plantar até onde o solo antes gritava por vida.
Desde meados dos anos 2000, Sergio tem aplicado sua invenção com sucesso em diversas regiões secas do México. Sua tecnologia já ajudou comunidades indígenas, pequenos agricultores, hortas comunitárias e projetos de reflorestamento.
Tudo isso com um produto: biodegradável: sustentável e acessível.
E testado ao longo de quase duas décadas.
Seu sonho? Que sua criação chegue aos desertos da África, aos sertões da América Latina, aos campos ressecados do mundo inteiro.
Porque, como ele mesmo diz: “A água está aí... só precisamos aprender a guardá-la com sabedoria.”
Crédito: Tchê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário