Mostrando postagens com marcador Colesterol. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Colesterol. Mostrar todas as postagens

25 novembro 2016

As taxas de demência estão caindo, nos EUA, mesmo com a população envelhecendo


Apesar do receio de que as taxas de demência estavam caminhando para explodir á medida que a população estava se tornando mais velha e mais gorda, e esta mesma população tem apresentado mais diabetes pressão arterial elevada, uma grande pesquisa nacional representativa encontrou o inverso. A demência está realmente em declínio. E mesmo quando as pessoas desenvolvem demência, ela está ocorrendo em idades cada vez mais avançadas. 
Estudos anteriores encontraram a mesma tendência, mas envolveram populações muito menores e menos diversificadas, como a população de maioria branca de Framingham, Mass., e moradores de algumas áreas na Inglaterra e no País de Gales. 
O novo estudo descobriu que a taxa de demência em americanos de 65 anos caiu de 24 por cento em 200, para 8,8 por cento em 2012. Essa tendência é "estatisticamente significativa e impressionante", disse Samuel Preston, demógrafo do Universidade da Pensilvânia, o qual não estava associado com o estudo. 
Em 2000, as pessoas receberam um diagnóstico de demência com uma idade média de 80,7 em 2012, a idade média foi 82,4. 
"A taxa de demência não é imutável", disse o Dr. Richard Hodes, diretor do Instituto Nacional sobre Envelhecimento. "Ela pode mudar." 
O que "é uma notícia muito boa", disse John Haaga, diretor de divisão do Instituto de Pesquisa Comportamental e Social. Isso significa, segundo ele, que "cerca de um milhão e meio das pessoas com idade de 65 ou mais velhos que não têm demência agora a teriam se a taxa observada em 2000 tivesse se mantido." 
Keith Fargo, diretor de programas científicos e de divulgação na Associação de Alzheimer, disse que o grupo tinha sido encorajado por algumas das pesquisas anteriores, mostrando um declínio, mas também tinha se sentido"um pouco nervoso" sobre tirar conclusões, porque as populações dos estudos anteriores eram bastante homogêneas. 
Agora, ele disse sobre os novos dados, "o que temos é um estudo nacional representativo. É uma notícia maravilhosa." 
Estima-se que quatro milhões a cinco milhões de americanos desenvolvem demência em cada ano. Continua a ser a doença mais cara da América - um estudo financiado pelo Instituto Nacional sobre Envelhecimento que em 2010 o custo foi de até US $ 215 bilhões por ano para cuidar de pacientes com demência, superando as doenças cardíacas ($ 102.000.000.000) e câncer ($ 77.000.000.000).
O estudo, publicado on-line segunda-feira (14/11/2016) pela revista JAMA Internal Medicine, incluiu 21.000 americanos acima de 65 anos em todos os níveis de raças, educação e renda, que participam do Estudo de Saúde e Aposentadoria, e que examina regularmente as pessoas e os acompanha à medida que envelhecem. O Instituto Nacional sobre Envelhecimento financiou o trabalho, mas não estava envolvido com a coleta de dados, análise ou interpretação. 
Para avaliar a demência, os participantes foram convidados, entre outras coisas, para recordar 10 nomes imediatamente e depois de passado algum tempo, para subtrair em sequência de sete de 100, e depois contar 20 deles. O teste foi baseado em extensa pesquisa indicando que isto era uma boa medida de avaliação das habilidades da memória e da forma de pensar. 
Os participantes também foram questionados sobre seus níveis de educação, renda e saúde. De certa forma, o declínio da demência pode parecer inesperado. 
Isso ocorreu apesar de um aumento da diabetes - a prevalência de diabetes entre os americanos mais velhos subiu para 21 por cento em 2012, contra 9 por cento em 1990. Ela começou a cair só muito recentemente. E, segundo o estudo, o diabetes aumenta o risco de demência em 39 por cento. 
Mais pessoas idosas nos dias de hoje também têm fatores de risco cardiovascular - níveis elevados de pressão arterial, glicemia e colesterol - o que aumenta o risco de demência. No entanto, um número crescente de pessoas está tomando medicamentos para essas condições, melhorando o controle, e talvez por isso esses fatores de risco estejam desempenhando um papel importante no declínio verificado de demência. 
Além disso, há a questão da educação. Em média, os americanos mais velhos em 2012 tinham mais um ano de escolaridade do que os americanos mais velhos em 2000. E anos de escolaridade foram associados com uma diminuição do risco de demência neste estudo, como em muitos outros. As conclusões sobre a obesidade foram especialmente intrigantes. Em comparação com pessoas de peso normal, as pessoas com sobrepeso e obesos tinham um risco 30 por cento menor de demência, concluiu o estudo. Pessoas com baixo peso tiveram um risco 2,5 vezes maior. No entanto, a imagem sobre a obesidade é confusa porque outros estudos descobriram que a obesidade na meia idade aumenta o risco de demência na velhice. 
Ainda não está claro exatamente porque a educação iria reduzir o risco de demência. Existe a hipótese de reserva cognitiva: que as mudanças de educação desenvolvem cérebros em uma boa forma, tornando-os mais resistentes à demência, e que as pessoas com mais educação têm cérebros que são mais capazes de compensar os danos da demência. 
Mas a educação também está ligada a mais riqueza. As pessoas com mais educação muitas vezes vivem em ambientes que diferem daqueles de pessoas que têm menos escolaridade, e eles tendem a ter uma saúde melhor sobre tudo. Eles também são menos propensos a fumar. 
Quanto aos negros americanos, o risco de demência foi maior, mas algumas possíveis razões - menos educação, menos riqueza, mais fatores de risco cardiovascular - não explicam totalmente a diferença. Uma possibilidade é que eles receberam uma pior qualidade de educação, em cada ano, o que ofereceria menos proteção contra a demência, disse o principal autor do estudo, o Dr. Kenneth Langa.
Em resumo, muito do que está acontecendo com as taxas de demência desafia a explicação, disse o Dr. Langa, um professor de medicina na Universidade de Michigan, em Ann Arbor, que também trabalha no sistema de cuidados de saúde do Veterans Affairs, por lá. 
O Dr. Denis Evans, professor de medicina no Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, pediu cautela em aceitar a conclusão de que as taxas de demência estavam em declínio e, se assim está ocorrendo, recomenda cuidado em aceitar as explicações possíveis. Embora ele não tenha nada além de elogios para a competência dos pesquisadores, ele observou que tais estudos eram extremamente difíceis de fazer. Decidir se um entrevistado é demente pode, inadvertidamente, ser facilmente enviesada, disse ele. 
"É muito complexo", disse o Dr. Evans. 
Mas o declínio é consistente com o que parece ser uma tendência de longo prazo, apesar do fracasso dos pesquisadores para encontrar alguma maneira eficaz para os indivíduos se protegerem da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Dr. Langa estima que, em comparação com a taxa no início de 1990, houve uma redução de 25 a 30 por cento nas taxas de demência entre os americanos mais velhos. 
Quanto ao futuro, é difícil de prever, disse o Dr. Langa. 
Mesmo com a menor prevalência de demência, haverá pessoas muito mais velhas nos Estados Unidos, mais nas próximas décadas, especialmente pessoas com 85 anos e mais velhos, que estarão em maior risco. Por essa razão, o número total de pessoas com demência deve subir, apesar de não tanto como tinha sido previsto. 
Existem forças que atuam contra a continuação da descida das taxas de demência. Mais pessoas que atingem a idade de 65 anos e acima, nas próximas décadas terão sido obesos na meia-idade, possivelmente aumentando o risco de demência. Além disso, a tendência de mais anos de escolaridade parece ter estabilizado, de modo que o efeito da educação pode não ser tanto um fator de peso. 
Mas os pesquisadores continuam otimistas. 
O estudo encontrou associações observou o Dr. Hodes. "Agora, o desafio real", disse ele, "é ver se podemos gerar evidências do que causa o quê."

Fonte: New York Times - Health

01 novembro 2014

Sobre o ovo, colesterol, diabetes, etc.


Informações do Dr. Victor Sorrentino

Vocês sabiam que é raro que uma universidade de medicina (eu pessoalmente não sei de nenhuma) tenha aulas sobre nutrologia?
Nós médicos costumamos saber tanto de alimento quanto qualquer outra pessoa (ou até menos na maioria das vezes), pois não existem professores específicos. Mas qual é a importância disto, se aprendemos a dar remédios, não é mesmo?
Pois é exatamente este tipo de pensamento que domina a mente de imensa maioria dos médicos.
Amigos, Hipócrates, considerado o pai da medicina moderna, 400 anos antes de Cristo já dizia: "Deixe que o alimento seja seu remédio e que seu remédio seja seu alimento."
E esta frase tem um impacto enorme na medicina atual, uma vez que cada vez mais estamos descobrindo que o caminho da cura não é o tratamento, mas sim a prevenção das doenças!
O fundamental é compreendermos que enquanto fazemos prevenção, ou seja, um programa preventivo de manutenção de saúde, temos um plano A, B, C, D, etc... A partir do momento em que se instala uma doença, aí não temos mais opções. A única opção é o plano A e aí uso de medicamentos, efeitos colaterais, sequelas.
Os três pilares da Antiaging Medicin são: Modulação Hormonal, Exercícios Físicos Moderados e justamente a Nutrigenética, por isto dedico grande parte de meu tempo à busca dos mais variados e importantes estudos sobre os alimentos.
O ovo é considerado o segundo alimento mais completo do mundo. Tudo que é necessário para que haja uma vida, está contido no ovo.
Para que você saiba, o primeiro é o leite materno, terceiro o coco, quarto a quinoa real.
Mas e por que já ouvimos tantas vezes algum "gênio" falar mal deste alimento? Infelizmente também não sei o motivo, mas vou fazer com que todos vocês que estão lendo tenham mais informações do que qualquer pessoa que seja contra o ovo e possa arguir com sabedoria para nunca mais ter dúvidas sobre o assunto.
Muito se fala a respeito do problema do colesterol relacionado ao ovo, mas saibam que até hoje, não houve NENHUM estudo que conseguiu comprovar esta teoria absolutamente furada.
A culpa pelo colesterol elevado vem de tempos meus amigos e se nós médicos estudássemos história da medicina, encontraríamos muitas respostas. Ainda escreverei sobre o mito do colesterol, mas posso lhes assegurar que colesterol é uma substância essencial à vida e a partir dele é que ocorre toda síntese de hormônios sexuais no corpo. Ele é considerado hoje pela medicina moderna internacional, como um biomarcador. Mas isto explicarei com detalhes em um outro artigo. O importante é que vocês saibam, médicos e não médicos, que não só eu, como qualquer médico que tenha estudado profundamente sobre o tema, colocamos à disposição inclusive nossos diplomas de médico, se alguém trouxer um, apenas um estudo comprovando que o ovo aumenta o colesterol!
Pois bem, o ovo é composto por: Ácidos Graxos Saturados; Ácidos Graxos Insaturados; 20 Aminoácidos; 14 Minerais; 12 Vitaminas e Carotenóides
Dentre os componentes, destacam-se principalmente: Vitamina B12, Folato, Vitaminas A, D, E, K; Aminoácidos/Proteínas (20% das proteínas que necessitamos diariamente é proporcionada por 1 Ovo); Fosfatidilcolina (também chamada de Lecitina) e Carotenóides Luteína / Zeaxantina*
* Estas substâncias em nosso corpo diminuem a incidência de doença cardiovascular, diminuem a degeneração macular nos olhos (relacionada com a idade), faz prevenção de catarata e de retinose pigmentar. Ou seja, melhora a visão e previne doenças oftálmicas degenerativas.
Em estudo publicado pela Nutrition and Metabolism em, 2008, foi escrito que o estudo evidenciou e comprovou que o ovo tem os seguintes benefícios: Ação Anti-Inflamatória (sendo capaz de diminuir a Proteína C Reativa); Emagrecimento (como efeito indireto, pois o ovo aumenta o hormônio mais abundante do corpo, Adiponectina - antigamente chamado de GBP28); Aumento do HDL (o colesterol chamado de "bom"); Diminui os níveis de Insulina (prevenindo diabetes, além de conferir melhor qualidade de vida às pessoas eu ingerem*)
* Insulina hoje é um exame imprescindível, mas que ainda não é solicitado como deveria na medicina. É isoladamente o exame que consegue predizer com maior fidedignidade a longevidade de uma pessoa, além de hoje ser o principal indicador de diabetes.
Fazer o quê pessoal? A medicina avança, os paradigmas são quebrados, o conhecimento evolui, então se você nunca realizou, saiba que deveria saber seus índices basais.
E se você é um colega médico, aproveite a informação e passe a utilizar esta medida como rotina.
Estude o assunto, pois glicose isoladamente já não tem valia nenhuma.
Bom, não preciso dizer que o melhor ovo é realmente o "caipira", mas melhor comer o "não caipira" do que ficar sem ovo. O ovo orgânico ou caipira, chega a ter de 10 a 20 vezes mais ômega 3 do que o não orgânico!
Também não preciso dizer que comer o ovo cru não é uma boa ideia, não recomendo devido ao problema da salmonellose, infecção que pode se instalar através de micro rachaduras na casca.
Outra coisa, busque guardar seus ovos dentro da geladeira e não naquele local da porta, que é de fato o pior local para se guardar, por causa da probabilidade de provocar rachaduras no abre e fecha da porta.
Por último, saibam que o ovo deve ser ingerido completo, não devemos comer só uma parte ou outra, isto não existe e não faz o menor sentido!
Percentagem de absorção de aminoácidos (proteínas) de cada alimento para que vejam que o ovo é além de tudo, uma fonte protéica melhor do que qualquer outra possível a nós:
· Leite Materno – 49% de absorção
· Ovo (clara+gema) – 48%
· Carne, peixe e frango – 32%
· Fórmulas de aminoácidos – as melhores não chegam a 30%
· Soja – 17%
· Produtos lácteos – 16%
· Clara de ovo – 17%
· Espirulina – 6%
E para que percam o medo, saibam que a Universidade de Harvard realizou um estudo onde estudantes de medicina ingeriram 25 ovos por dia durante 3 meses.
Querem saber o resultado?
O colesterol baixou... Pena que estas coisas não prosperam na medicina.
Se fosse a descoberta de uma nova medicação para que as pessoas devessem usar diariamente para tratar alguma doença, podem ter certeza de que no dia seguinte teríamos um representante laboratorial batendo em nossas portas em nossas clínicas oferecendo amostras grátis.
Isso quando não oferecem viagens, jantares, entre outros, meus amigos. O lado escuro da medicina...
Para finalizar, vou explicar como a Nutrigenética enxerga alimentos como possíveis remédios.
Olhem o exemplo do ovo:
· Bom para alergias devido à presença de Zinco
· Bom para Artrite devido à presença do antioxidante mais potente que existe no corpo, apelidado de guardião do nosso corpo: A Glutationa (que já tem para aplicação injetável e em breve terá também em gel com nanotecnologia lipossômica, ou seja, gel para passar na pele e através da pele a substância é absorvida diretamente para a circulação).
· Tem a presença desta que é a última Vitamina descoberta na Nutrologia, chamada PQQ (Pirrolo Quinonina Quinona) é benéfica para o crescimento e desenvolvimento corporal
· Atua na degeneração macular
Resumindo caros leitores, não tenho dúvidas de que provei a vocês que o ovo deveria fazer parte da dieta de todas as pessoas diariamente.
Eu procuro comer cerca de 5 ovos por dia e não tenho nenhuma alteração sanguínea. Pelo contrário, meus níveis sanguíneos estão dentro dos padrões ótimos, pois para mim não basta somente estar dentro da normalidade.
Trabalho buscando a otimização dos níveis das substâncias importantes no corpo, uma outra forma de examinar o metabolismo humano que é objetivo da medicina antiaging: não deixar que os níveis tenham quedas nem aumentos, mas mantenham-se estáveis dentro dos melhores índices para que não haja declínio metabólico corporal.
Levem a informação aos seus familiares, peçam que leiam o artigo e compreendam a importância fundamental do conhecimento correto na saúde das pessoas e das gerações futuras.
Você pode fazer a diferença em sua família e mudar o futuro das crianças.
Dos diversos estudos que pesquisei, acredito que o mais acessível e prático para a leitura de vocês todos, principalmente médicos é este livro magnífico escrito pelo Dr. Sérgio Pupin, que vocês podem comprar pela internet: "O Mito do Colesterol". Aliás, se você tiver um amigo ou familiar médico, seria um ótimo presente a qualquer um!

Dr. Victor Sorrentino*
*Médico formado pela Universidade Luterana do Brasil / * Pós-Graduado em Cirurgia Plástica e Reconstrutiva da Mama pela Santa Casa do Rio de Janeiro / * Pós-Graduado em Cirurgia Geral pela Santa Casa do Rio de Janeiro / * Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia / * Membro da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia Plástica Estética / * Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria Preventiva / * Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões / * Membro do Grupo Longevidade Saudável / * Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte * Membro da World Society Interdisciplinary Anti-aging Medicine / * Membro da "The International Hormone Society" / * Membro da American Academy of Anti-Aging Medicine.

27 novembro 2011

Consumo de vinho e saúde

Nosso companheiro rotariano Luiz Freitag, médico geriatra, com especialização na Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), foi o palestrante convidado para reunião almoço no Rotary Club de São Paulo. Aqui vai um resumo sintético da palestra, proferida com a competência científica de um dedicado estudioso. O tema escolhido, muito oportuno, prendeu a atenção dos presentes. Inicialmente citou uma frase de um poeta francês que viveu no século XIX - "Quem abusa de qualquer líquido não se mantém sólido por muito tempo". Este foi o mote da minha palestra, cujo resumo segue.

Desde a antiguidade o homem sabia que o vinho era um remédio para o coração. Se não era conhecido para as enfermidades cardíacas, com certeza era para as dores da alma. Isso está expresso em inúmeros poemas registrados pela literatura. Omar Kayan, poeta persa que morreu em 1.123, provavelmente autor do maior número de poemas relativos ao vinho, escreveu - "Vinho, eis o remédio que carece o meu coração doente. Vinho com perfume, almiscarado, vinho cor-de-rosa". Entretanto, essa relação vinho e coração só começou a ter maior importância quando em 1991, um programa da televisão americana da rede CBS abordou em detalhes o "paradoxo francês". Tratava de estudos realizados na Europa e nos EUA, cujos resultados evidenciavam uma inconsistência entre o estilo de vida e a incidência de doenças cardiovasculares na França. Em outras palavras, praticavam uma dieta diária rica em gorduras (manteiga, queijos, ovos) e poucos exercícios físicos. Ainda assim, os franceses tinham uma incidência de doenças cardíacas 40% menor que os americanos. O paradoxo, isto é, essa incompatibilidade existente entre uma dieta rica em gorduras e o baixo índice de doenças cardíacas, devia-se ao hábito dos franceses de ingerirem vinho diariamente durante as refeições. Aparentemente, haveria uma proteção cardiovascular. A partir dessa observação do paradoxo francês, mais de treze mil trabalhos foram publicados na literatura científica mundial, mostrando que o vinho tem as mais variadas virtudes terapêuticas. Vinho produzido a partir de uvas vermelhas escuras e roxas e não de brancas.
Continuando, o palestrante se referiu a vários estudos a respeito dos efeitos protetores do vinho que são atribuídos a flavonóides nele contidos que possuem propriedades antioxidantes, vasodilatadoras e antiagregantes. Falou que a ingestão moderada do vinho também pode ser associada aos níveis de exercícios físicos, aumentando 12% do HDL, o bom colesterol. A seguir falou sobre o resveratrol contido no vinho e no suco de uva. Disse que essa substância é altamente benéfica e capaz até de inibir as fases de iniciação de um tumor. O suco de uva deve ser ingerido o dobro do que se tomaria em vinho. O suco deve ser natural, sem açúcar, integral, sem conservantes químicos, não ingerido juntamente com outro alimento, em pequenas doses, para que se tenha uma sobrevida melhor. A dose ideal de vinho é de 127 ml, contida em pequenas garrafas à venda, ou 2/3 do copo para vinho tinto.
A seguir falou a respeito dos danos à saúde provocados pelo excesso do consumo de vinho e outras bebidas alcoólicas, que pode provocar câncer na laringe, faringe, esôfago, fígado e outros órgãos. Citou trabalhos e estudos feitos em 2009 pelo Instituto Nacional do Câncer, da França, e da Universidade da Califórnia, EUA. Citou mais um estudo feito pela Universidade de Harvard, EUA, e da Universidade de Atenas, publicado no British Medical Journal, onde por 8 anos, 23.349 pacientes, homens e mulheres, sem nenhuma doença prévia consumiram uma dieta mediterrânea muito conhecida e comum na Grécia. Nesse estudo ficou comprovado que o vinho foi um auxiliar efetivo na redução de doenças cardiovasculares.
Disse ainda, que o estilo de vida é um fator de grande importância para se manter a boa saúde. Além do vinho, é necessário que as pessoas pratiquem exercício físico, como uma caminhada de 30 minutos. São fatores importantes - Não fumar. Tratar diabetes existentes. Saber conviver com stress. Rir à vontade. O riso faz muito bem ao organismo. Manter amigos, como a gente mantém aqui no Rotary, e também descobrir atividades para o lazer. Se o indivíduo for aposentado, procurar uma ocupação para manter o cérebro ativo e a memória em dia. Ao terminar enfatizou - o vinho é bom, dependendo da quantidade que se tome.

09 agosto 2011

Colesterol não é o inimigo que você foi induzido a crer

O Dr. Lundell Dwight, MD, com mais de 25 anos em cirurgias cardíacas aponta tremendo erro médico. Estará certo? 
O Dr. Dwight Lundell é ex-Chefe de Gabinete e Chefe de Cirurgia no Hospital do Coração Banner, Mesa, Arizona. Sua prática privada, Cardíaca Care Center foi em Mesa, Arizona. Recentemente, Dr. Lundell deixou a cirurgia para se concentrar no tratamento nutricional de doenças cardíacas. Ele é o fundador da Fundação Saúde dos Humanos, que promove a saúde humana com foco na ajuda às grandes corporações promover o bem estar. Ele é o autor de "A Cura para a Doença Cardíaca e A Grande Mentira do Colesterol"
Veja o texto a seguir, escrito por ele.
Nós os médicos com todos os nossos treinamentos, conhecimento e autoridade, muitas vezes adquirimos um ego bastante grande, que tende a tornarmos difícil admitir que estamos errados. Então, aqui está. Admito estar errado...
Como um cirurgião com experiência de 25 anos, tendo realizado mais de 5.000 cirurgias de coração aberto, hoje é meu dia para reparar o erro de médicos com este fato científico. Eu treinei por muitos anos com outros médicos proeminentes rotulados como "formadores de opinião." Bombardeado com a literatura científica, sempre participando de seminários de educação, formuladores de opinião que insistiam que doença cardíaca resulta do fato simples dos elevados níveis de colesterol no sangue.
A terapia aceita era a prescrição de medicamentos para baixar o colesterol e uma severa dieta restringido a ingestão de gordura. Este último é claro que insistiu que baixar o colesterol e doenças cardíacas. Qualquer recomendação diferente era considerada uma heresia e poderia possivelmente resultar em erros médicos.
Ela não está funcionando! Estas recomendações não são cientificamente ou moralmente defensáveis. A descoberta, há alguns anos que a inflamação na parede da artéria é a verdadeira causa da doença cardíaca é lenta, levando a uma mudança de paradigma na forma como as doenças cardíacas e outras enfermidades crônicas serão tratados.
As recomendações dietéticas estabelecidas há muito tempo tem criado uma epidemia de obesidade e diabetes, cujas consequências apequenam qualquer praga histórica em termos de mortalidade, o sofrimento humano e terríveis consequências econômicas.
Apesar do fato de que 25% da população tomam caros medicamentos a base de estatina e, apesar do fato de termos reduzido o teor de gordura de nossa dieta, mais americanos vão morrer este ano de doença cardíaca do que nunca. Estatísticas do American Heart Association, mostram que 75 milhões dos americanos atualmente sofrem de doenças cardíacas, 20 milhões têm diabetes e 57 milhões têm pré-diabetes. Esses transtornos estão a afetar pessoas cada vez mais jovens em maior número a cada ano.
Simplesmente dito, sem a presença de inflamação no corpo, não há nenhuma maneira que faça com que o colesterol se acumule nas paredes dos vasos sanguíneos e cause doenças cardíacas e derrames. Sem a inflamação, o colesterol se movimenta livremente por todo o corpo como a natureza determina. É a inflamação que faz o colesterol ficar preso.
A inflamação não é complicada - é simplesmente a defesa natural do corpo a um invasor estrangeiro, tais como toxinas, bactéria ou vírus. O ciclo de inflamação é perfeito na forma como ela protege o corpo contra esses invasores virais e bacterianos. No entanto, se cronicamente expor o corpo à lesão por toxinas ou alimentos no corpo humano, para os quais não foi projetado para processar, uma condição chamada inflamação crônica ocorre. A inflamação crônica é tão prejudicial quanto a inflamação aguda é benéfica.
Que pessoa ponderada voluntariamente exporia repetidamente a alimentos ou outras substâncias conhecidas por causarem danos ao corpo? Bem, talvez os fumantes, mas pelo menos eles fizeram essa escolha conscientemente. O resto de nós simplesmente seguia a dieta recomendada correntemente, baixa em gordura e rica em gorduras poli-insaturadas e carboidratos, não sabendo que estavam causando prejuízo repetido para os nossos vasos sanguíneos. Esta lesão repetida cria uma inflamação crônica que leva à doença cardíaca, diabetes, ataque cardíaco e obesidade.
Deixe-me repetir isso. A lesão e inflamação crônica em nossos vasos sanguíneos é causada pela dieta de baixo teor de gordura recomendada por anos pela medicina convencional.
Quais são os maiores culpados da inflamação crônica? Simplesmente, são a sobrecarga de simples carboidratos altamente processados ​​(açúcar, farinha e todos os produtos fabricados a partir deles) e o excesso de consumo de óleos ômega-6 (vegetais como soja, milho e girassol), que são encontrados em muitos alimentos processados.
Imagine esfregar uma escova dura repetidamente sobre a pele macia até que ela fique muito vermelha e quase sangrando. Faça isto várias vezes ao dia, todos os dias por cinco anos. Se você pudesse tolerar esta dolorosa escovação, você teria um sangramento, inchaço e infecção da área, que se tornaria pior a cada lesão repetida. Esta é uma boa maneira de visualizar o processo inflamatório que pode estar acontecendo em seu corpo agora.
Independentemente de onde ocorre o processo inflamatório, externamente ou internamente, é a mesma. Eu olhei dentro de milhares e milhares de artérias. Na artéria doente parece que alguém pegou uma escova e esfregou repetidamente contra a parede da veia. Várias vezes por dia, todos os dias, os alimentos que comemos criam pequenas lesões compondo em mais lesões, fazendo com que o corpo responda de forma contínua e adequada com a inflamação.
Enquanto saboreamos um tentador pão doce, o nosso corpo responde de forma alarmante como se um invasor estrangeiro chegasse declarando guerra. Alimentos carregados de açúcares e carboidratos simples, ou processados ​​com óleos omega-6 para durar mais nas prateleiras foram a base da dieta americana durante seis décadas. Estes alimentos foram lentamente envenenando a todos.
Como é que um simples bolinho doce cria uma cascata de inflamação fazendo-o adoecer?
Imagine derramar melado no seu teclado, ai você tem uma visão do que ocorre dentro da célula. Quando consumimos carboidratos simples como o açúcar, o açúcar no sangue sobe rapidamente. Em resposta, o pâncreas segrega insulina, cuja principal finalidade é fazer com que o açúcar chegue em cada célula, onde é armazenado para energia. Se a célula estiver cheia e não precisar de glicose, o excesso é rejeitado para evitar que prejudique o trabalho.
Quando suas células cheias rejeitarem a glicose extra, o açúcar no sangue sobe produzindo mais insulina e a glicose se converte em gordura armazenada.
O que tudo isso tem a ver com a inflamação? O açúcar no sangue é controlado em uma faixa muito estreita. Moléculas de açúcar extra grudam-se a uma variedade de proteínas, que por sua vez lesam as paredes dos vasos sanguíneos. Estas repetidas lesões às paredes dos vasos sanguíneos desencadeiam a inflamação. Ao cravar seu nível de açúcar no sangue várias vezes por dia, todo dia, é exatamente como se esfregasse uma lixa no interior dos delicados vasos sanguíneos.
Mesmo que você não seja capaz de ver, tenha certeza que está acontecendo. Eu vi em mais de 5.000 pacientes que operei nos meus 25 anos que compartilhavam um denominador comum - inflamação em suas artérias.
Voltemos ao pão doce. Esse gostoso com aparência inocente não só contém açúcares como também é cozido em um dos muitos óleos omega-6 como o de soja. Batatas fritas e peixe frito são embebidos em óleo de soja, alimentos processados ​​são fabricados com óleos omega-6 para alongar a vida útil. Enquanto ômega-6 é essencial - e faz parte da membrana de cada célula controlando o que entra e sai da célula - deve estar em equilíbrio correto com o ômega-3.
Com o desequilíbrio provocado pelo consumo excessivo de ômega-6, a membrana celular passa a produzir substâncias químicas chamadas citocinas, que causam inflamação. Atualmente a dieta costumeira do americano tem produzido um extremo desequilíbrio dessas duas gorduras (ômega-3 e ômega-6). A relação de faixas de desequilíbrio varia de 15:1 para tão alto quanto 30:1 em favor do ômega-6. Isso é uma tremenda quantidade de citocinas que causam inflamação. Nos alimentos atuais uma proporção de 3:1 seria ideal e saudável.
Para piorar a situação, o excesso de peso que você carrega por comer esses alimentos, cria sobrecarga de gordura nas células que derramam grandes quantidades de substâncias químicas pró-inflamatórias que se somam aos ferimentos causados por ter açúcar elevado no sangue. O processo que começou com um bolo doce se transforma em um ciclo vicioso que ao longo do tempo cria a doença cardíaca, pressão arterial alta, diabetes e, finalmente, a doença de Alzheimer, visto que o processo inflamatório continua inabalável.
Não há como escapar do fato de que quanto mais alimentos processados e preparados consumirmos, quanto mais caminharemos para a inflamação pouco a pouco a cada dia. O corpo humano não consegue processar, nem foi concebido para consumir os alimentos embalados com açúcares e embebido em óleos omega-6.
Há apenas uma resposta para acalmar a inflamação, é voltar aos alimentos mais perto de seu estado natural. Para construir músculos, comer mais proteínas. Escolha carboidratos muito complexos, como frutas e vegetais coloridos. Reduzir ou eliminar gorduras omega-6 causadoras de inflamações como óleo de milho e de soja e os alimentos processados ​​que são feitas a partir deles. Uma colher de sopa de óleo de milho contém 7.280 mg de ômega-6, de soja contém 6.940 mg. Em vez disso, use azeite ou manteiga de animal alimentado com capim.As gorduras animais contêm menos de 20% de ômega-6 e são muito menos propensas a causar inflamação do que os óleos poli-insaturados rotulados como supostamente saudáveis.
Esqueça a "ciência" que tem sido martelada em sua cabeça durante décadas. A ciência que a gordura saturada por si só causa doença cardíaca é inexistente. A ciência que a gordura saturada aumenta o colesterol no sangue também é muito fraca. Como sabemos agora que o colesterol não é a causa de doença cardíaca, a preocupação com a gordura saturada é ainda mais absurda hoje.
A teoria do colesterol levou à nenhuma gordura, recomendações de baixo teor de gordura que criaram os alimentos que agora estão causando uma epidemia de inflamação.
A medicina tradicional cometeu um erro terrível quando aconselhou as pessoas a evitar a gordura saturada em favor de alimentos ricos em gorduras omega-6. Temos agora uma epidemia de inflamação arterial levando a doenças cardíacas e a outros assassinos silenciosos.
O que você pode fazer é escolher alimentos integrais que sua avó servia (frutas, verduras, cereais, manteiga, banha de porco) e não aqueles que sua mãe encontrou nos corredores de supermercado cheios de alimentos industrializados. Eliminando alimentos inflamatórios e aderindo a nutrientes essenciais de produtos alimentares frescos não-processados, você irá reverter anos de danos nas artérias e em todo o seu corpo causados pelo consumo da dieta típica americana.
O ideal é voltarmos aos alimentos naturais e muito trabalho físico (exercícios).

05 agosto 2011

O risco para doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são consideradas uma das principais causas de morte em todo mundo. Somente nos Estados Unidos, no ano passado, 450 mil pessoas morreram em decorrência dessa doença. No Brasil a taxa foi de 180 mil. Além da herança genética, o estilo de vida de cada pessoa – sedentarismo, fumo, estresse, entre outros – interfere na saúde cardíaca. O colesterol elevado é considerado o inimigo número um do coração. Mas, o verdadeiro vilão da história e a homocisteína.
Aminoácido natural, a homocisteína é produzida após a ingestão de carnes e laticínios. Ela surge em nosso organismo como um produto do metabolismo da metionina e é convertido em cistationa, um aminoácido. Esse é o caminho natural da homocisteína no organismo. Se esse ciclo não for corretamente seguido, pode haver prejuízo à saúde. O excesso da substância no sangue provoca o aumento do risco de coágulos e entupimento das artérias, e contribui para a formação de depósitos de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. É a homocisteína, e não o colesterol, a substância que dá início às lesões vasculares que causam o infarto.
O nível de homocisteína elevado no sangue, como o de colesterol alto, aumenta o risco de doenças cardíacas, podendo evoluir para um infarto, até mesmo em pessoas jovens. Só que o índice elevado de homocisteína é considerado um fator de risco para doenças cardiovasculares muitas vezes pior e mais preciso do que o colesterol. O que agrava ainda mais o aparecimento de doenças coronarianas é que a homocisteína acelera a oxidação do LDL (o mau colesterol) aumentando ainda mais os danos vasculares. Ou seja, a concentração de colesterol pode estar normal, mas se o nível de homocisteína no sangue estiver alto, o prejuízo ao coração acontece de forma mais rápida do que se acontecer o contrário.
Para que a homocisteína não cause danos são necessários elementos naturais que regulem as reações da substância no organismo. As vitaminas B6 e B12, betaína e acido fólico são responsáveis em manter a concentração de homocisteína normalizada. Estudos apontam que os altos níveis de homocisteína no sangue podem estar relacionados com a deficiência dessas substâncias. Uma dieta alimentar adequada, rica em frutas cítricas, vegetais – especialmente os de folhas verdes – cereais, lentilha, aspargo, espinafre, feijão pode evitar os altos níveis da substância inimiga do coração.
Pessoas com doenças coronarianas têm o risco 10 a 15 vezes maior de sofrer um infarto se a concentração da homocisteína estiver elevada e cerca de 10% a 20% dos casos de doença cardíaca também são causados pelos altos índices da substância. A homocisteína é medida por meio de um simples exame de sangue. O nível saudável está entre 5 e 15 micromoles por litros (mmol/l). Nos países desenvolvidos esse tipo de exame se tornou obrigatório. A homocisteína ainda é desconhecida por grande parte da população, principalmente no Brasil. Os riscos que os altos índices da substância podem causar são sérios, e está provado que ela é bem pior que o temido colesterol.

Fonte: Blog SOS Ortomolecular