Ramadã é o nono mês do calendário lunar islâmico e, por ser um mês sagrado, é marcado por práticas como o jejum, que se estende do nascer ao pôr do Sol.
As orações são uma das práticas realizadas no Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.
Ramadã é o nome pelo qual se conhece o nono mês do calendário islâmico, baseado nos ciclos lunares. Os muçulmanos acreditam que nesse mês, o profeta Muhammad recebeu a revelação da palavra de Allah, e, por isso, eles consideram esse período sagrado. Todo muçulmano deve cumprir o jejum desse período, que se inicia com o nascer do Sol e se encerra quando o astro se põe.
Trata-se de um período sagrado para a religião islâmica. Além do jejum, os muçulmanos precisam se livrar de qualquer prática pecaminosa, devendo também ampliar a leitura do Alcorão e realizar as orações diárias. O início desse período se dá quando a Lua crescente fica visível no fim de Shaaban, o oitavo mês.
Resumo sobre o Ramadã
O Ramadã é conhecido como o nono mês do calendário islâmico.
Seu início é determinado pela aparição da Lua crescente no final de Shaaban, oitavo mês do calendário islâmico.
Esse período é marcado pela realização de jejuns que se estendem do nascer ao pôr do Sol.
A observância do Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo.
Aqueles que não puderem observar os jejuns podem realizá-los em outro momento do ano ou então alimentar pessoas carentes.
O que significa o Ramadã?
O Ramadã (ou Ramadan) é o nome pelo qual se conhece o nono mês do calendário islâmico, um calendário diferente do gregoriano (usado no Ocidente). O calendário islâmico se baseia nos ciclos da Lua, tem 354 ou 355 dias de duração e 12 meses, com 29 ou 30 dias de extensão cada.
É um mês sagrado para os muçulmanos, pois na religião islâmica esse foi o mês em que o arcanjo Gabriel desceu dos céus com a palavra de Allah. Essa palavra, o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos), foi revelada a Muhammad (ou Maomé), o profeta do islamismo. Nessa ocasião, Muhammad estava retirado no deserto para meditar.
Os muçulmanos se referem a esse acontecimento como Noite do Destino e afirmam que ele aconteceu em 610, momento em que Muhammad tinha por volta de 40 anos. Durante a revelação, o profeta recitou um verso para Allah e então iniciou sua trajetória de pregação da palavra de Deus. Esse acontecimento transformou o Ramadã em um mês sagrado para os fiéis do islamismo.
Importância do Ramadã no islamismo
A importância da revelação do Alcorão tornou o Ramadã um mês sagrado para os muçulmanos. Por isso, esse período é dedicado à realização de jejuns, que se iniciam com o nascer do Sol e se encerram com o pôr do Sol. O jejum no Ramadã é uma prática obrigatória do islamismo e é um dos cinco pilares que sustentam essa religião.
Os muçulmanos chamam o jejum durante o Ramadã de Saum. Os outros pilares do islamismo são:
- a profissão de fé (Shahada);
- a peregrinação em Meca para aqueles que possuírem condição (Hajj);
- a doação para obras de caridade (Zacat);
- a realização das orações diárias (Salat).
Os jejuns são uma iniciativa da religião islâmica que visa à aproximação do fiel com Allah. Além deles, o muçulmano deve intensificar as leituras do Alcorão e as orações para Allah. Outro fato comum desse período é o aumento da prática de obras de caridade.
Quando começa o Ramadã?
O início do Ramadã ocorre quando se avista a Lua crescente no céu no 29º dia do mês de Shaaban (oitavo mês). Caso o céu não esteja aberto, realizam-se cálculos para concluir se a Lua crescente apareceu. Essa observação e os cálculos são feitos com muito cuidado, porque a aparição dessa Lua dura apenas 20 minutos.
Caso a Lua crescente não apareça, o dia seguinte será o 30º dia do mês de Shaaban, e o Ramadã se iniciará depois disso. No entanto, se essa Lua for avistada no 29º dia de Shaaban, o dia seguinte será o primeiro dia de Ramadã, e as celebrações e o jejum serão iniciados. Esse processo é repetido no 29º dia do Ramadã para determinar se haverá um 30º dia ou se o nono mês, chamado Shawwal, se iniciará.
Podemos perceber, portanto, que os ciclos da Lua são importantes para a celebração do Ramadã, pois, como vimos, o calendário islâmico é um calendário lunar, que tem 12 meses que podem ter 29 ou 30 dias cada um. Os meses que formam o calendário islâmico são estes:
1 - Muharram
2 - Safar
3 - Rabi al-Awwal
4 - Rabi al-Akhir
5 - Jamadi al-Awwal
6 - Jamadi al-Akhir
7 - Rajab
8 - Shaaban
9 - Ramadã
10 - Shawwal
11 - Dhu al-Qidah
12 - Dhu al-Hija.
Quais são as práticas do Ramadã?
Como mencionado, o Ramadã pode ter duração de 29 ou 30 dias. Esse é um período em que o muçulmano deve abster-se de atitudes consideradas pecaminosas e deve purificar-se por meio do jejum, da leitura do Alcorão e das orações. O jejum é uma prática que consta no Alcorão, assim como a sua observância durante o Ramadã.
Jejum do Ramadã
Como a realização do jejum é um dos cinco pilares do islamismo, isso significa que estamos falando de uma prática obrigatória a todo muçulmano. No entanto, há exceções previstas no texto sagrado. Os muçulmanos entendem que os seguintes grupos não precisam jejuar no Ramadã: idosos;
crianças; doentes; pessoas em viagem; mulheres grávidas; mulheres em amamentação; mulheres menstruadas.
Em todos esses casos, o jejum pode ser feito em outro momento do calendário islâmico, mas deve ocorrer antes do início do Ramadã do ano seguinte. Caso o jejum não possa ser observado de maneira alguma, a pessoa pode substituí-lo por uma prática de caridade. No caso, uma pessoa necessitada deve ser alimentada, e o ato deve ocorrer uma vez por dia, durante o período de extensão do Ramadã.
O jejum do Ramadã consiste em não consumir alimentos, nem bebidas, entre o nascer e o pôr do Sol. Há também a proibição do consumo de cigarros, das relações sexuais e da menção de palavras profanas (xingamentos), e não é permitido que as pessoas briguem, se desentendam ou mintam umas para as outras.
Por volta das quatro horas da madrugada, os muçulmanos realizam o Suhur, a primeira refeição do dia e, logo depois, a Fajr, a primeira oração do dia. Quando o Sol se põe, ocorre uma oração conhecida como Magrib e, em seguida, o Iftar, que é a refeição da noite. Essa última refeição é entendida como um momento de comunhão e, por isso, é feita coletivamente.
Outros costumes praticados no Ramadã
Somam-se à prática obrigatória do jejum a leitura do Alcorão e a realização das cinco orações diárias. Todas essas ações visam à aproximação do fiel com Allah e a seu crescimento espiritual. Como o Ramadã é entendido como o mês do perdão, todas as boas obras realizadas nesse período possuem relevância maior. O objetivo dessa época é, então, o crescimento de cada pessoa, para que cada uma se torne melhor.
No encerramento do Ramadã acontece o Eid al-Fitr, uma celebração que se estende por três dias. O termo pode ser traduzido como “festival de quebra de jejum”. Esses três dias são feriado nos países muçulmanos, e os banquetes e as trocas de presentes são comuns à celebração.
Fonte: Mundo Educação.
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