30 abril 2025

Bateria eterna?

Cientistas desenvolveram uma bateria capaz de alimentar dispositivos por até 5.700 anos, transformando resíduos nucleares em energia.
Pesquisadores da Universidade de Bristol e da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido apresentaram uma inovação revolucionária: uma bateria de diamante com carbono-14, que pode funcionar por milênios sem precisar ser recarregada.
Essa bateria capta a energia gerada pela decadência radioativa natural do carbono-14, extraído de blocos de grafite de reatores nucleares desativados, e a incorpora em uma estrutura semelhante ao diamante. O resultado é uma corrente elétrica contínua, embora extremamente pequena.
Apesar de gerarem apenas microwatts de potência — insuficientes para celulares ou veículos — essas baterias têm enorme potencial em áreas que exigem energia duradoura e livre de manutenção, como implantes médicos, sondas espaciais, sensores remotos e sistemas de segurança em locais de difícil acesso.
Além do avanço tecnológico, essa bateria também enfrenta dois grandes desafios de forma simultânea: reaproveitar o lixo nuclear e fornecer uma fonte de energia praticamente eterna. Ao transformar um material radioativo em algo útil, essa inovação representa um princípio fundamental que frequentemente impulsiona o progresso humano: reimaginar o desperdício como um recurso.
Com o avanço dessa tecnologia, abre-se caminho para um futuro onde até mesmo os materiais mais perigosos podem ser convertidos em ativos valiosos, alimentando novas gerações de conquistas científicas e tecnológicas.

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