sexta-feira, 11 de abril de 2008

É o que dizem por aí. Você concorda?

TEMPO DO ONÇA - No Rio de Janeiro do século 18, havia um chefe de polícia muito rigoroso. Por isso, foi apelidado de Onça. O xerifão fez fama. Mesmo com outros chefes de polícia mais tolerantes, falava-se nele. Quando se reclamava contra as transgressões da lei, diziam:
— Isso era no tempo do Onça.
Com o passar dos anos, o significado mudou. Hoje designa coisas antigas, de anos idos e vividos. Do tempo do Onça''.
QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO - O correto é: - Quem não tem cão, caça como gato... Ou seja, sozinho!!!
FEITO NAS COXAS - As primeiras telhas dos telhados nas casas aqui no Brasil eram feitas de argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido aos diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.
VOTO DE MINERVA - Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento,houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favordo réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
CASA DA MÃE JOANA- Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
CONTO DO VIGÁRIO - Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de um burro. O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
FICAR A VER NAVIOS - Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
NÃO ENTENDO PATAVINAS- Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.
DOURAR A PÍLULA - Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
SEM EIRA NEM BEIRA - Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
BICHO CARPINTEIRO - Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.
Dito original: Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
QUEM TEM BOCA VAI A ROMA - Dito original: Quem tem boca vaia Roma (do verbo vaiar).
LUA-DE-MEL – Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilônia comemoravam a lua-de-mel durante o primeiro mês de casamento. Nesse período, o pai da noiva precisava fornecer ao genro uma bebida alcoólica feita da fermentação do mel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio de um calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.
BODE EXPIATÓRIO – A expressão significa que alguém recebeu a culpa de algo cometido por outra pessoa. A origem está num rito da tradição judaica. Simbolicamente, o povo depositava todos os seus pecados num bode, que era levado até o deserto e abandonado. Dessa forma, acreditava-se que as pessoas estariam livres de todos os males que tinham feito.

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