21 maio 2016

5 dicas para uma aposentadoria confortável



Não há nada como o sonho de uma aposentadoria confortável. Estar com a areia da praia entre os dedos, com uma bebida bem gelada e assistindo o pôr do sol, são todas as imagens que têm sido conjuradas quando refletimos sobre uma futura aposentadoria. Mas há um problema. Muitas pessoas aos seus 50, 60 anos e até mais não podem desfrutar de uma aposentadoria tão luxuosa. Em vez disso, eles acabam trabalhando em tempo parcial ou simplesmente continuam em suas posições de tempo integral. Para garantir que o pesadelo de ter que trabalhar em sua velhice não se torne uma realidade, existem alguns truques que você pode aprender para melhorar consideravelmente suas chances de alcançar a aposentadoria dos seus sonhos.
1. Economize mais, gaste menos
Durante seus anos de trabalho, era importante ganhar tanto quanto possível e ao mesmo tempo gastar o mínimo possível. Você sabe disso. O que você pode não ter pensado é onde você ganha e onde gasta o seu dinheiro. Se você trabalha em uma cidade grande, onde o custo de vida é relativamente alto, você pode ganhar mais dinheiro do que se você viver numa pequena cidade, mas seus gastos quase necessariamente tenderão a corresponder a sua renda. Isso é a má notícia.
A boa notícia é que, devido as maravilhas da internet, você pode ser capaz de trabalhar remotamente e viver em uma área onde o custo de vida é relativamente baixo (você pode ganhar dinheiro blogando, por exemplo). Este contraste entre ganhar mais e gastar menos do que seria o caso contrário, aumenta seu potencial para economizar mais dinheiro — um ingrediente importante para um plano de aposentadoria bem sucedida.
2. Lenta e firmemente invista para a aposentadoria.
Esse é um assunto que deve ser enfrentado: investir para a aposentadoria pode parecer uma tarefa assustadora. Em vez de pensar que você precisa investir uma grande soma de dinheiro para ver algum progresso, lembre as maravilhas dos juros compostos ao longo do tempo. Mesmo investindo R$100 aqui e R$100 ali, lentamente, mas quase certamente terá uma aposentadoria saudável.
Invista lentamente e com firmeza, e você vai fazer bom uso do poder da do resultado alcançado.
3. Evite olhar para seu investimento frequentemente
Durante os primeiros anos de investimento, progresso pode parecer sombrio. Quando isso acontece, não faça o que tantos investidores fazem: desistir do investimento de longo prazo. Em vez disso, mantenha o curso. Na verdade, deve ser de seu interesse investir e não olhar para o desempenho de seu investimento frequentemente. Se você tem uma carteira de investimentos em ações e a olha uma vez por ano, durante anos, o início pode não ter feito sentido, uma vez que o mercado de ações não estava favorável. No entanto, um bom consultor financeiro pode ajudar a tranquilizá-lo durante a baixa dos mercados, uma vez que se você está investindo por conta própria, você não poderá se convencer de que estas quedas são temporárias.
4. Mantenha as despesas em mente
Planejamento financeiro não termina com a aposentadoria. Em vez disso, ele deve continuar. Na verdade, o tempo é de crise. Embora seja inteligente ficar ocupado durante a aposentadoria com bons amigos, família e diversão, muitas vezes essas atividades envolvem gastos desnecessários. É criticamente importante pensar como está sua situação financeira durante a aposentadoria. Novamente, um bom consultor financeiro pode ajudá-lo a determinar quanto você pode gastar confortavelmente a cada mês, sem arriscar sua segurança financeira em seus últimos anos.
5. Repense seu estilo de vida na aposentadoria
Enquanto muitas pessoas preveem uma continuação de seu atual estilo de vida na aposentadoria, lembre-se de que você pode repensar sua aposentadoria para otimizá-la para caber suas necessidades. Por exemplo, talvez você gostaria de reduzir o tamanho de sua casa, em um espaço mais agradável que requer menos manutenção. Talvez você pode querer voltar para onde você cresceu e se reunir com amigos de infância. Certifique-se de que faças o que fizeres, que seja apropriado para sua situação financeira.
Conclusão
Embora não seja nenhuma surpresa dizer que você deve economizar tanto quanto possível, uma ótima maneira de obter o máximo proveito de sua poupança de aposentadoria é mudar sua ideia de como a aposentadoria deve ser. O que você espera da aposentadoria aos 40 pode ser muito diferente do que o que você quer aos 65 anos de idade; prepare-se para ser flexível.

Fonte: Jeffrey Rose


10 maio 2016

Cérebro muda de acordo como é usado, diz neurocientista


Quando o assunto é neuroplasticidade, não há como deixar de mencionar os estudos pioneiros conduzidos por Michael Merzenich, professor emérito da University of California, San Francisco (UCSF).
Desde os anos 1960, quando ainda predominava entre neurocientistas a ideia de que o cérebro seria um órgão estático, pré-moldado sob estrita ordenação genética, Merzenich defende que é possível, ao longo de toda a vida, criar novos circuitos e conexões neuronais em resposta a estímulos e experiências, o que resultaria em mudanças funcionais.
As teorias sobre a neuroplasticidade formuladas por Merzenich e outros neurocientistas contemporâneos abriram perspectivas revolucionárias – tanto para crianças com dificuldades de aprendizado como para pessoas com lesão cerebral decorrente de trauma ou de doenças como acidente vascular cerebral (AVC).
Nas décadas de 1970 e 1980, por meio de experimentos com animais, Merzenich demonstrou que os circuitos neuronais e as sinapses se modificam rapidamente de acordo com a atividade praticada. Em um dos ensaios, rearranjou os nervos na mão de um macaco e observou que as células do córtex sensorial do animal rapidamente se reorganizaram para criar um novo mapa mental daquele membro.
No fim dos anos 1980, Merzenich integrou o grupo da UCSF que desenvolveu o implante coclear.
Em 1996, fundou a Scientific Learning Corporation, empresa que desenvolve softwares voltados a aprimorar o aprendizado infantil com base em modelos de plasticidade cerebral.
Também foi um dos fundadores, em 2004, e é atualmente cientista chefe na empresa Posit Science, que desenvolve softwares para treinamento cerebral com base nos resultados de suas pesquisas. O programa é conhecido como BrainHQ.
Nos últimos anos, Merzenich tem se dedicado a verificar se a prática de exercícios intelectuais pode ajudar a remodelar as funções cerebrais, possibilitando recuperar habilidades perdidas por causa de doenças, lesões ou envelhecimento.
Seus estudos já foram publicados em mais de 150 artigos científicos – muitos deles em revistas de grande impacto, como Science e Nature. Ele também recebeu diversos prêmios acadêmicos, como o Russ Prize, o Ipsen Prize e o Zülch Prize.
Em 2013, Merzenich publicou o livro Soft-Wired: How the New Science of Brain Plasticity Can Change Your Life, no qual apresenta estratégias para que pessoas comuns possam assumir o controle dos processos de plasticidade cerebral e, assim, melhorar sua qualidade de vida.
Merzenich esteve no Brasil no início de abril para apresentar uma palestra no 3rd BRAINN Congress, organizado pelo Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP e sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Na ocasião, concedeu uma entrevista à Agência FAPESP na qual falou sobre como mudanças positivas e negativas podem ser direcionadas no cérebro. Leia os principais trechos a seguir.
Agência FAPESP – Como o senhor define o conceito de neuroplasticidade? 
Michael Merzenich – O cérebro foi construído para mudar de acordo com as experiências vivenciadas e a forma como é usado.
A esse processo contínuo chamamos de neuroplasticidade.
Quando trabalhamos para aprimorar uma habilidade, ocorre uma mudança na “fiação cerebral” (nas sinapses ou conexões neuronais), ou seja, são selecionadas as conexões que dão suporte ao comportamento ou à habilidade que estamos desenvolvendo.
Assim como quando exercito meu corpo obtenho uma série de benefícios e altero a regulação de uma série de processos bioquímicos, quando exercito meu cérebro altero todo o seu funcionamento, seu suprimento de sangue e de energia, bem como a força de suas operações.
Portanto, não apenas melhoro uma habilidade em si, mas todo o maquinário cerebral. Quando jogo pingue-pongue pela primeira vez, sou muito desajeitado.
Após um ano de prática intensa, fico muito habilidoso, consigo ver e acertar a bola com alta acurácia.
Por meio de mudanças físicas e químicas incrivelmente complexas, criou-se um cérebro com esse recurso.
Nosso cérebro será diferente daqui a uma semana e muito mais diferente ainda daqui a uma década. Pode ser uma mudança para frente ou para trás, ganhando ou perdendo habilidades. Depende do uso.
Agência FAPESP – O treinamento de uma habilidade favorece mudanças positivas, mas como as mudanças negativas são direcionadas? 
Merzenich – Fazemos coisas ao longo da vida que degradam nossa habilidade de extrair informações úteis do mundo a nossa volta.
Por exemplo: como um humano moderno, passo várias horas por dia olhando para uma tela na qual coisas importantes para mim acontecem. Tudo que está fora daquela tela é desimportante, inútil, uma distração.
Estou sistematicamente treinando minha visão, estreitando meu ponto de vista, de modo que somente aquilo que está à frente de meu nariz é importante.
Fazendo isso, vou perdendo progressivamente a habilidade de processar a informação visual daquilo que está ao redor.
O cidadão médio em meu país, e isso foi bastante estudado por lá, já perdeu em torno de 30% do seu campo visual aos 60 anos e mais de 50% aos 80 anos.
As coisas acontecem e ele não vê porque o cérebro rejeita aquele estímulo.
Essa é uma das razões pelas quais os idosos sofrem mais acidentes de trânsito. Eles gradualmente vão regredindo a um campo visual mais estreito e, ao mesmo tempo, quando conseguem enxergar algo, respondem a esse estímulo de forma mais lenta.
Agência FAPESP – Mas é possível treinar uma pessoa de modo a fazê-la perder uma habilidade já adquirida, como entender a fala em outro idioma? 
Merzenich – Sim. Posso treiná-la usando formas modificadas de som não articulado, que não correspondem à fala.
Treino o cérebro a mudar sua capacidade de processamento de sons, de forma que esse perde a capacidade de interpretar os elementos que se modificam rapidamente no fluxo acústico formado pela estrutura fonêmica, a estrutura elementar das palavras.
Essa interpretação é necessária para extrair o sentido das palavras.
Assim como posso refinar essa habilidade, posso destruí-la. Posso desafiar você a fazer distinções cada vez mais acuradas do que ouve, detalhadamente, em alta velocidade.
Posso treiná-la a fazer essa distinção mesmo quando a voz está baixa, ou o discurso está anormal e distorcido.
Ou posso fazer o oposto e degradar essa sua habilidade. Dar-lhe um cérebro que opera somente quando as coisas ocorrem morosamente.
Fazer com que não consiga mais interpretar os detalhes do som em determinadas frequências. Fizemos experimentos de treinamento não virtuoso com macacos e ratos e mostramos que isso é possível.
Agência FAPESP – Como o envelhecimento influencia as mudanças no funcionamento cerebral? 
Merzenich – O cérebro opera de forma muito limitada quando somos crianças e, progressivamente, vai aperfeiçoando seu maquinário de modo a operar com cada vez mais precisão.
Os diferentes sistemas vão se tornando mais coordenados em suas ações e isso vai melhorando até o auge da vida – que no humano médio ocorre entre o 20º e o 40º aniversário.
Uma alta performance persiste um pouco mais nas mulheres, mas, quando entram na menopausa, ocorre uma rápida deterioração em decorrência das mudanças hormonais e elas alcançam o nível masculino por volta de 60 ou 65 anos.
Portanto, temos esse período da vida, de cerca de duas décadas, em que nosso cérebro opera em alta performance e depois deteriora.
Se aos 30 anos uma pessoa está operando abaixo da média da performance da população (no auge de seu funcionamento cerebral, atingiu 100% de sua capacidade), aos 60 anos ela pode estar só com 16% de sua capacidade e, aos 80 ou 85 anos, com 10%.
Ora, ninguém quer estar aos 85 anos com apenas 10% da capacidade cerebral e o que demonstramos é que essa deterioração é reversível.
De maneira simplificada, o cérebro do idoso é mais lento em suas decisões e menos fluente em suas operações do que na juventude porque lida com as informações de forma mais confusa e degradada. Vicissitudes ocorrem ao longo da vida, causam ruído no cérebro e podem acelerar o declínio.
Pode ser uma queda de bicicleta e uma pancada na cabeça, uma infecção cerebral ou exposição a toxinas.
Mas podemos treinar o cérebro velho e fazê-lo recuperar muitas de suas habilidades. Fizemos estudos com diversas populações e mostramos que é possível reverter esse declínio com treinamento.
Agência FAPESP – Como funciona o treinamento que o senhor desenvolveu? 
Merzenich – O treinamento aplicado pela BrainHQ busca primeiramente exercitar os mecanismos cerebrais que controlam a neuroplasticidade.
Esses mecanismos também são plásticos e podem ficar subutilizados com a idade ou em decorrência de doenças. Mostramos que é possível treinar uma pessoa por 15 ou 20 minutos e, assim, regular processos bioquímicos nesse maquinário.
Como consequência, tudo que ela aprender ou fizer na hora seguinte será potencializado.
Vai aprender mais rapidamente, como se eu tivesse lhe dado uma droga que aumenta o nível de atividade cerebral.
Mas, ao contrário do que acontece com a droga, se eu aplicar o treinamento todos os dias, durante 15 dias, a mudança é duradoura.
A performance do maquinário cerebral é aprimorada e, quando olhamos um ano depois, o cérebro ainda está mais alerta, mais vivo, mais predisposto a mudar.
Em segundo lugar, o treinamento busca melhorar a maneira como o cérebro processa os detalhes daquilo que vemos, ouvimos e sentimos.
À medida que o cérebro fica ruidoso, vai mudando a forma como ele processa informação.
Vai perdendo a capacidade de interpretar de forma nítida os detalhes que se modificam rapidamente.
O treinamento visa reverter essa mudança negativa, pois todas as demais operações cerebrais dependem disso.
O limite da performance de qualquer operação mental complexa, como, por exemplo, a memória, será determinado pela claridade com que o cérebro representa a informação.
Se estou tentando gravar uma informação, quanto mais fielmente ela for representada no cérebro, mais facilmente eu consigo lembrar.
O cérebro é uma máquina de fazer previsões. Ele acumula informações ao longo do tempo e, continuamente, faz previsões do futuro e associações com o passado. Posso melhorar essa capacidade simplesmente aumentando a clareza das operações.
Para isso, treinamos o cérebro a manipular informações. Para elevar o nível de suas operações, posso dar uma tarefa em que o cérebro precisa não apenas vir com uma resposta certa, mas com várias possibilidades de resposta em uma alta velocidade e de maneira fluente.
Posso treinar o cérebro a rapidamente classificar informações, a rapidamente mudar as regras de suas operações quando as condições do meio exigirem isso.
Todas essas coisas são válidas de serem praticadas. O que comumente fazemos é avaliar em cada indivíduo onde estão as falhas: no controle de atenção, na habilidade de gravar informação, na forma como ele representa informação em sequência ou como manipula e organiza cadeias complexas de informação. Todas essas coisas são passíveis de treinamento.
O software que usamos lembra alguns jogos para celulares, pois propõe tarefas isoladas que devem ser cumpridas em 1 ou 2 minutos e oferece um certo número de tentativas.
O nível de dificuldade vai rapidamente se ajustando na medida em que o indivíduo vence uma etapa, um nível mais difícil se abre e o desafia para aumentar essa habilidade a um nível maior.
Agência FAPESP – O programa de treinamento pode ser usado para tratar doenças neuropsiquiátricas, como Alzheimer ou esquizofrenia? 
Merzenich – Temos diversos estudos que mostram que portadores de doenças como Alzheimer, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade ou depressão podem ser beneficiados.
Não estou falando de cura, mas de melhorar a qualidade de vida. Mas, pelas leis do meu país, não podemos lidar diretamente com condições médicas. O treinamento, nesse caso, precisa ser intermediado por um médico ou terapeuta.
Também temos estudos que mostram benefícios para pessoas com lesão cerebral causada por AVC ou por trauma, pessoas expostas a veneno, infecções cerebrais e estresse.
Sempre conseguimos obter uma melhora – em alguns casos bastante significativa e, em outros, mais limitada por causa da magnitude da lesão.
Em um dos estudos, aplicamos o treinamento em uma população grande de voluntários que tinham sofrido uma concussão.
Após dois meses, o cérebro havia voltado ao normal, enquanto o grupo que não passou pelo treinamento ainda apresentava alterações neurológicas um ano após a lesão. Também já testamos em pessoas sadias que desempenham funções em que a tomada de decisão pode envolver questões de vida e morte, como policiais e soldados. 
Estatísticas indicam que policiais, de maneira geral, fazem más escolhas em 50% dos casos e isso causa grande impacto em uma cidade.
Nossos resultados mostram que com o treinamento é possível melhorar o processo de tomada de decisão.
Em uma pesquisa feita em parceria com uma empresa de seguros, treinamos 20 mil motoristas profissionais ou informais, nesse segundo caso, idosos, e reduzimos pela metade o número de acidentes de trânsito. Já treinamos cerca de 600 mil pessoas ao todo.
Agência FAPESP – Assim como acontece com os músculos, o cérebro perde os benefícios adquiridos quando o treinamento é interrompido? 
Merzenich – Fizemos quase 30 ensaios clínicos para avaliar a duração do efeito e vimos que há sempre alguma duração significativa, em alguns domínios bem mais do que em outros.
Se você treina e muda a forma como o cérebro trabalha a atenção, isso é mais duradouro, pois é uma habilidade usada em muitas situações da vida real.
Já quando você treina a habilidade de ouvir, a deterioração é mais rápida.
Mas, certamente, se você atinge um nível de alta performance em alguma habilidade, algum tipo de treino de manutenção será necessário para manter o alto nível.
Em algumas populações em que o funcionamento do cérebro está mais propenso a se deteriorar, como é o caso de pessoas com pré-Alzheimer (prejuízo cognitivo leve) ou com doença de Huntington, o declínio ocorre mais rapidamente quando o treino é interrompido e logo retornam ao nível que teriam se nunca tivessem treinado.
Enquanto estiverem treinando, porém, conseguem se manter relativamente estáveis, mas não sabemos ao certo por quanto tempo.
É um grande desafio porque temos que mantê-los engajados e o treino precisa ser intenso, pois todas as habilidades do cérebro estão em risco.
Agência FAPESP – Como evitar que esse conhecimento seja usado de forma errada? 
Merzenich – O cérebro pode ser treinado a operar de forma destrutiva e há potenciais formas de abuso.
Muitos teriam interesse em manipular a plasticidade cerebral para propósitos egoístas.
Então é um desafio para nós pensar como isso pode ser controlado e como ter certeza de que esse conhecimento será usado para o bem-estar humano e não para a destruição.
Por exemplo, é possível tirar de casa um garoto de 10 ou 12 anos, um bom estudante, e transformá-lo em um assassino, um monstro.
O que ocorre nesse caso é a plasticidade cerebral direcionada para a destruição.
Agência FAPESP – É possível fazer o caminho reverso nesse caso? 
Merzenich – É difícil e requer muito treinamento, mas é possível e esse é um dos meus esforços.
Tratar crianças com longo histórico de abuso e negligência, condições que danificam o maquinário cerebral que controla o aprendizado.
Essas crianças, ao mesmo tempo em que têm o maquinário cerebral de aprendizagem prejudicado, têm acesso a um repertório pobre, que não as prepara para a vida.
Claro que acabam malsucedidas. A menos que façamos algo para ajudá-las do ponto de vista neurológico, não há esperança para elas.
Mas o que a sociedade em geral faz? Culpa-as pelo seu mau desempenho.

Culpamos massivamente as crianças com infâncias terríveis por suas experiências. Isso é estúpido. 

Fonte: Karina Toledo, da AGÊNCIA FAPESP, Exame.com/Tecnologia

Quatro maneiras simples de manter seu cérebro jovem


Adquirir novos conhecimentos, fazer exercícios físicos e até tocar um instrumento musical são formas simples de manter a vitalidade desse órgão essencial.

Em teoria, é fácil manter o corpo em boas condições: basta seguir uma dieta saudável e fazer exercícios.
Tais princípios básicos deveriam ajudar a manter o cérebro saudável também. Mas pesquisas científicas recentes revelam segredos sobre outras formas de manter o cérebro jovem por mais tempo. Veja abaixo algumas dicas.
1. Cérebro ativo
É fundamental manter seu cérebro trabalhando. Mas é bom esclarecer que ler um pouco ou fazer palavras cruzadas não é o bastante.

Aprender algo novo pode fazer uma diferença enorme, por exemplo. Pode até paralisar a deterioração do cérebro.
O programa da BBC How to Stay Young ("Como Permanecer Jovem", em tradução livre) reuniu um grupo de pessoas com mais de 60 anos para fazer aulas de tênis de mesa. O programa descobriu que o esporte teve um efeito poderoso em seus cérebros - para alguns deles o córtex cerebral ficou até maior.
Ao começar um novo hobby que testava seus reflexos e a coordenação entre mãos e olhos, eles conseguiram estimular o cérebro para criar novas conexões entre os neurônios.
Tocar um instrumento musical também pode ser útil, já que a tarefa envolve diferentes partes do cérebro - áreas responsáveis pela coordenação motora fina, audição e visão.
Pelo fato de tantas áreas diferentes trabalharem ao mesmo tempo, a parte do cérebro que conecta os dois hemisférios - o corpo caloso - também se exercita.
E vale lembrar que nunca é tarde demais para aprender a tocar um instrumento. Um estudo americano concluiu que aprender a tocar piano melhorou a memória e outras funções cognitivas de um grupo de pessoas com idades entre 60 e 85 anos.
Atividades físicas também são boas para o cérebro. Uma pessoa pode criar mais células na área cerebral que é importante para a memória - o hipocampo - se exercitando.
E não é preciso correr uma maratona ou levantar muito peso para obter estes benefícios.
O programa da BBC descobriu que uma caminhada vigorosa durante uma hora, duas vezes pode semana, pode liberar substâncias que estimulam o crescimento de novos neurônios no hipocampo.
2. Alimentação
A alimentação correta também pode ter um papel fundamental na juventude do cérebro.

Um exemplo é a ilha japonesa de Okinawa, um local onde há um número alto de pessoas que passaram dos cem anos de idade e as taxas de demência podem ser até 50% mais baixas do que nos países ocidentais.
Alguns cientistas acreditam que um dos alimentos preferidos dos moradores da ilha tem um papel muito importante para toda esta saúde: a batata-doce roxa (que tem essa cor em seu interior e não apenas na casca).
Cientistas afirmam que esses legumes ajudam os moradores da ilha a manter uma boa circulação sanguínea, o que faz com que seus cérebros recebam bastante oxigênio.
Levando em conta que deve ser muito difícil encontrar esse tipo de batata em qualquer supermercado, o que devemos comer para ter tanta saúde?
Existem outros alimentos com essa cor púrpura e que têm este mesmo ingrediente "mágico", as antocianinas, pigmentos vegetais com poder antioxidante que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas.
Todas as frutas e verduras frescas vão ajudar a manter a saúde, mas frutas roxas como a amora ou verduras roxas como a berinjela podem trazer ainda mais benefícios.
Outro alimento a ser levado em conta - e muito popular na cozinha japonesa - é o peixe.
Alguns especialistas afirmam que o ômega 3, um ácido graxo encontrado em alguns peixes, pode proteger as pessoas contra demência.
A dieta mediterrânea também inclui os peixes que têm ômega 3 e a organização britânica especializada em pesquisa e tratamento do Alzheimer, a Alzheimer Society, recomenda uma dieta neste estilo como uma das formas de reduzir o risco de desenvolver demência.
Já os suplementos alimentares com ômega 3 são mais polêmicos. Alguns médicos afirmam que são necessárias mais pesquisas para provar que estes suplementos oferecem tantos benefícios como o consumo de peixes.
3. Progressos na medicina
O futuro parece promissor em termos de tratamentos para o cérebro.

Por exemplo: pesquisadores conseguiram melhorar a memória de ratos idosos injetando neles o sangue de ratos jovens. Esta pesquisa já está em fase de testes em humanos.
Cientistas da Força Aérea dos Estados Unidos afirmam que uma pequena carga elétrica aplicada no couro cabeludo parece fortalecer conexões entre os neurônios.
E, também nos Estados Unidos, pesquisadores trabalham na criação de um implante que seria colocado no cérebro para ajudar as pessoas com demência a formar novas memórias.
4. Socialização
Humanos são animais sociais; precisamos uns dos outros para sobreviver.

Atividades sociais estimulam o cérebro de uma forma parecida com a de atividades como ler e fazer palavras cruzadas.
Assim como aprender coisas novas ou ser fisicamente ativo, atividades sociais ajudam a desenvolver conexões entre os neurônios em diferentes áreas do cérebro.

E as pesquisas também sugerem que as pessoas solitárias têm o dobro de chances de desenvolver o mal de Alzheimer e outros tipos de demência.

Fonte: BBC

05 maio 2016

A Magia da Liderança


Acho que isso vem sendo discutido desde os primórdios da evolução humana. O líder nasce pronto porque tem um dom (MÁGICO) ou aprende a ser líder com o passar dos tempos e da suas experiências de vida? 
 Para começar vamos arriscar uma definição de líder. Líder é aquele capaz de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que ele pede ou o que é necessário fazer. Uma boa definição, mas ainda incompleta. Vale pela simplicidade e pelo pragmatismo. Líder é aquele que antecipa o futuro. 
Líder pode ser definido também por aquele que faz as pessoas sonharem juntas e sugere ações para tornar sonhos em realidade. A liderança é a capacidade de orientar, controlar, dirigir, analisar e influenciar pessoas em direção a um objetivo, um resultado. 
O que é importante nessa discussão é que se a liderança não é dom e pode ser aprendida, então por que alguns nunca serão líderes? 
Uma pessoa tem que ter perfil especial para ser líder. Alguns pressupostos, habilidades e competências. Não vou escrever sobre as habilidades e as competências. Nessa parte tantos já escreveram que ficaria repetitivo. Vamos refletir juntos sobre alguns pressupostos. 
O primeiro pressuposto é o do querer ser líder. Se uma pessoa não quer, jamais será. Você, assim como eu, conhecemos pessoas que tem uma excelente capacidade técnica ou são detentoras de algumas habilidades excepcionais, mas que se recusam a serem líderes. Simplesmente não querem. 
Usando a primeira definição de líder – quem determina se uma pessoa é líder ou não, são as pessoas que por ele são influenciadas. Se não aceitamos a influência, a liderança não existirá. 
Um segundo pressuposto é o que diz respeito ao saber liderar. Aprender pela observação, pelo estudo, pelas tentativas, pelas próprias experiências ou as de outros líderes, como se deve fazer para liderar. 
A liderança não consiste em fazer igual ao que um outro líder faz, mas em fazer como o outro fez ou faz. Aplicar o que aprendeu: as estratégias, habilidades, comportamentos e atitudes, na sua realidade para atingir os resultados pretendidos. 
Outro pressuposto é o que diz respeito ao líder sentir-se merecedor da liderança. Acreditar que é um prêmio a ser conquistado junto com outros. 
É um delicado equilíbrio entre razão e emoção. Entre o prático e o sonho. Um líder quer ser, aprende como e sente-se capaz, porque é merecedor da liderança. 
Observe como um líder (quem você considera líder) age. Observe suas posturas, a forma de falar, a maneira como ele passa as ideias de formas diferentes para as pessoas. Veja que todo líder tem um objetivo, um resultado muito claro a ser atingido e as pessoas que ele influencia conseguem ver isso e agir. Usa as palavras adequadas para cada situação por que as estuda. Estudar é aprender. Alguns fazem isso intuitivamente. 
Ao perguntar para ele como ele sabia o que fazer ou dizer, naquele momento, ele poderá responder que não sabe explicar, apenas que sabia que tinha que ser daquele jeito. 
Outros são capazes de explicar todo o cenário que eles observaram, o que aprenderam, antes, durante e após as ações. O primeiro é intuitivo, ou que chamamos, popularmente, do líder que nasceu feito, que tem o dom, aprende por intuição, sem se dar conta. Os segundos são os líderes que aprenderam pela razão e colocam a emoção para trabalhar junto. 
Ambos se emocionam primeiro para depois emocionar as pessoas. Observe que os líderes, muitas vezes, param por alguns instantes e retomam as ações de uma maneira diferente, com mais emoção ou com outra diferente da anterior. Parece que são bambus verdes, vergam de um lado para outro, mas não se quebram.
Isso é uma técnica que os líderes utilizam. Alguns usam-na instintivamente ou intuitivamente, outros fazem isso por que aprenderam. 
Passe a observar no seu dia-a-dia quem você acha que é líder e veja como ele respira, como ele age, como ele passa a emoção para as pessoas que estão à sua volta. Verifique que, algumas vezes, as palavras saem no ritmo de sua respiração. Veja se isso realmente acontece. 
Se você chegou até aqui teve uma das primeiras lições para se tornar líder. Sem os pressupostos não adianta aprender habilidades e estratégias de liderança. Sinto desapontar alguns, não é mágica. 
Será que isso pode explicar as razões de encontrarmos gerentes, supervisores e lideres de equipes sem nenhum perfil para o exercício da liderança? Acredito que sim. Ainda hoje, os DRHs de algumas organizações, apesar de saberem a diferença entre líder e “chefe”, promovem cursos e mais cursos de técnicas e estratégias para liderança, convocam esses “chefes” e não avaliam os resultados práticos. Não percebem que os pressupostos acima não estão sendo atendidos adequadamente. Em outras palavras, deixaram de perguntar se as pessoas querem ser “chefes” ou líderes. Não verificam se o aprendizado é colocado em prática e se as pessoas escolhidas se veem como lideres. 
Conheci um gerente que foi escolhido pela sua capacidade técnica. No intimo ele nunca gostou de liderar pessoas, gostava mesmo de trabalhar quieto no seu canto. A partir do dia que foi efetivado no cargo, começaram os problemas para ele e para a sua equipe. Participou de dezenas de cursos de estratégias e ferramentas para liderança, entretanto, os resultados na prática nunca apareciam. Certo dia ele resolveu se aposentar. Final da triste história: ele saiu doente e sentindo-se frustrado e a equipe mal preparada tecnicamente e com um relacionamento interpessoal deprimente. Se vocês estão pensando que o RH e a Diretoria dessa empresa escolheram uma pessoa com perfil de líder para substituir o anterior, enganaram-se. Foi escolhido o melhor técnico, o que tinha maior tempo de casa.
Considerações importantes podem ser feitas a partir deste ponto. A primeira diz respeito à participação do DRH no aconselhamento e acompanhamento efetivos na escolha dos líderes. A segunda é verificar quais são as técnicas, ferramentas e estratégias que devem fazer parte do aprendizado de cada líder em particular. A última é: depois do gol marcado, correr para galera e comemorar intensamente os resultados da Organização. 
Não é mágica, nem utopia.

Fonte: Armando Pastore Mendes Ribeiro - http://pensareweb.com.br/artigos/lideranca_magica.htm

Imagens do Brasil - Mariana - Minas Gerais



Mariana é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Com cerca de 58 mil habitantes (2015), a economia local depende principalmente do turismo e da extração de minérios.
Mariana foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. No século XVII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para o Império Português. Tornou-se a primeira capital mineira por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.
Em comparação com outros municípios do estado, Mariana detém uma posição econômica de destaque, sendo que o seu produto interno bruto (PIB) é o maior da microrregião de Ouro Preto e o 10º maior entre os 853 municípios do estado.
A origem da cidade remonta ao final do século XVII. A região em que hoje se encontra o território das Minas Gerais pertencia à Capitania de Itanhaém, porém encontrava-se completamente inexplorado e sem colonização portuguesa. Assim, sob ordens dos Donatários da capitania de Itanhaém, bandeirantes oriundos de Taubaté, primeira cidade do Vale do Paraíba, começaram a explorar o sertão após a Serra da Mantiqueira chegavam à região em busca do ouro. Ainda na segunda metade do Século XVII, fundaram o primeiro núcleo colonial em território das futuras Minas Gerais, a primeira Vila mineira, sendo que a designação de Mariana veio mais tarde, em homenagem à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Em 8 de abril de 1711 o governador do Rio de Janeiro Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho criou no arraial do Ribeirão do Carmo, a vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, confirmada por Carta Régia de 14 de abril de 1712 com o nome mudado para Vila Real de Nossa Senhora mudará de nome outra vez em 23 de abril de 1745 para Cidade Mariana, homenagem do rei D. João V de Portugal a D. Maria Ana de Áustria sua esposa.
O governador, em cerimônia, escolheu o lugar da praça pública, no seu centro o pelourinho, símbolo da autonomia administrativa recém-adquirida. Nos dias seguintes, os “homens bons”, cheios de dinheiro e mulheres se reuniram para a eleição da Câmara e a nomeação de diferentes oficiais municipais. No caso do Carmo, foi escolhido o arraial que conhecia mais forte crescimento, o arraial de Cima. A descrição da cerimônia estipulava que não somente os habitantes do lugar, mas todos que doravante dependeriam da jurisdição do novo distrito, se encarregariam segundo seus meios da construção da Igreja, da Câmara, da prisão.
Foi desta maneira que a primeira vila criada e posteriormente seria a primeira cidade em Minas. 

Referência do texto: Wikipedia

03 maio 2016

Sobre o Estatuto do Idoso


Alguns tópicos do Estatuto do Idoso que é conveniente ter em mente.

TÍTULO VI
Dos Crimes
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.
        Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)
CAPÍTULO II
Dos Crimes em Espécie
        Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
        Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
        Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        § 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.
        § 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
        Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
        Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
        Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
        Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
        § 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
        Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
        § 2o Se resulta a morte:
        Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

Conhece-te a ti mesmo



400 a.C. quando Sócrates chegou ao Oráculo de Delphos encontrou escrito na entrada: Conhece-te a Ti Mesmo. 

Dois mil e quatrocentos anos depois a frase continua tão atual como naqueles dias. O ser humano vai à lua, mas não atravessa a rua para pedir desculpas ao vizinho da frente. Se ontem à noite alguém fez algo que a consciência cobra, 
e hoje cedo ele for à missa, quando ajoelhar para sua oração e lembrar do que ele fez ontem, ele abre os olhos e fica olhando os vitrais da igreja.
O ser humano tem dificuldade de enfrentar a si mesmo. Porque ele aprendeu a viajar para fora, mas não aprendeu a viajar para dentro. 
Estamos em novembro, e alguns já estão programando suas férias de fim de ano. Como já estão estressados, as férias é a oportunidade de voltar ao trabalho no próximo ano mais leves. Ledo  engano! Três meses depois já estarão tendo as mesmas atitudes agressivas que estão agora. 
A solução não é viajar para fora, mas para dentro de si mesmo.


Fonte: Luiz Antônio Pharol

Inteligência Emocional


Enquanto muitos continuam a ter os olhos somente no ter, outros tantos enxergam que é hora de investir no ser. 

Enquanto muitas empresas e instituições insistem em treinamentos apenas técnicos, outras já perceberam que o momento é de trabalhar também a área comportamental. Enquanto uma grande maioria insiste no foco apenas racional, técnico, linear, financeiro, outros já enxergam que desenvolver a intuição, a sensibilidade, a percepção, para trabalhar o comprometimento é fundamental. 
Enquanto para muitos tudo o que fazem é valorizando o sentido financeiro, para muitos outros o ser humano é prioritário. 
Enquanto ainda se valoriza em primeiro lugar o visual, já temos muitos que ser sinestésico é a meta. 
Enquanto se tem a impressão que ser imediatista é o que importa, muitos estão despertando para uma visão de longo prazo. 
Pense nisso, e uma ótima semana para você.


Fonte: Luiz Antônio Pharol

Imagens do Brasil - Presidente Prudente - São Paulo



Presidente Prudente é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à mesorregião e microrregião homônimas, distante 558 quilômetros da capital estadual, São Paulo. Ocupa uma área de 562,107 km², sendo 16,56 km² são de área urbana, e sua população no ano de 2014 era de 220 599 habitantes, sendo o 36º mais populoso de São Paulo e primeiro de sua microrregião. Está a 979 km de Brasília, capital federal.
O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,806 (2010), considerando como alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e um dos maiores do estado de São Paulo.
O município de Presidente Prudente foi emancipado de Conceição de Monte Alegre (hoje Paraguaçu Paulista) na década de 1910. Seu nome é uma referência ao ex-presidente brasileiro Prudente de Morais, que foi um advogado e político brasileiro, tornando-se o primeiro governador paulista (1889-1890). Hoje é formado pela distrito sede, além dos distritos de Ameliópolis, Eneida, Floresta do Sul, Montalvão e a Sede, subdivididos ainda em 220 bairros. Atualmente é um dos principais polos industriais, culturais e de serviços do oeste de São Paulo, tanto é que passou a ser conhecida como a "Capital do Oeste Paulista".
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicada na revista Você S.A., Presidente Prudente é a 27ª colocada no ranking das cidades mais promissoras para se construir uma carreira profissional.
A área em que hoje está localizada a região oeste do estado de São Paulo era ocupada, primeiramente, por índios caiuás, xavantes, caingangues e guaranis. O território era coberto por matas nos terrenos de terra roxa e por campos em outros tipos de solos. Com a vinda de principalmente mineiros, atraídos depois da decadência das minas e que deslocavam-se e fixavam-se na área para a utilização das manchas de campos, apropriadas às suas atividades de criação de gado, surgiram conflitos pela posse da terra.

Referência do texto: Wikipedia

01 maio 2016

Imagens do Brasil - Olinda - Pernambuco




Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente pela chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos caetés. Localizada no atual estado de Pernambuco, é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho.
Duarte fez tudo pelo desenvolvimento da terra: fundou o primeiro engenho de açúcar, desenvolveu a agricultura e estabeleceu um livro de tombo.
O povoado foi elevado a vila em 12 de março de 1537. Duarte Coelho ordenou a construção de um edifício destinado ao funcionamento da Câmara do Senado de Olinda, prédio este doado, em 1676, ao primeiro bispo de Olinda, dom Estevam Brioso de Oliveira, que o converteu em um palácio episcopal, até hoje bem conservado. Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a
sede foi transferida para o Recife.
Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses, que a incendiaram no ano seguinte; em 1654 os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda voltou a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem em Recife.
Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes.
Olinda é um município brasileiro do estado de Pernambuco, situado na mesorregião Metropolitana do Recife e na Microrregião do Recife, Região Nordeste do país. Pertence à Região Metropolitana do Recife, distando sete quilômetros da capital pernambucana.
Mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, Olinda foi o segundo centro histórico do país a receber tal título, em 1982, após Ouro Preto. É considerada uma das localidades coloniais mais bem preservadas do Brasil.
Olinda foi eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura, após concorrer com as cidades de Salvador e João Pessoa.
Um mito popular diz que o nome "Olinda" teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco (ou de um de seus colonos) – "Oh, linda situação para se construir uma vila!". O historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, porém, considerava "ridícula" essa etimologia, preferindo a hipótese de uma referência a alguma localidade de Portugal (como Linda-a-Velha ou Linda-a-Pastora), ou a Olinda, personagem feminina do romance de cavalaria Amadis de Gaula, romance este muito lido na época da fundação da cidade.[
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente pela chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos caetés. Localizada no atual estado de Pernambuco, é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho. Duarte fez tudo pelo desenvolvimento da terra: fundou o primeiro engenho de açúcar, desenvolveu a agricultura e estabeleceu um livro de tombo.
O povoado foi elevado a vila em 12 de março de 1537. Duarte Coelho ordenou a construção de um edifício destinado ao funcionamento da Câmara do Senado de Olinda, prédio este doado, em 1676, ao primeiro bispo de Olinda, dom Estevam Brioso de Oliveira, que o converteu em um palácio episcopal, até hoje bem conservado. Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.
Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses, que a incendiaram no ano seguinte; em 1654 os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda voltou a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem em Recife. Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes.

Referência para o texto: Wikipedia