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10 maio 2016

Cérebro muda de acordo como é usado, diz neurocientista


Quando o assunto é neuroplasticidade, não há como deixar de mencionar os estudos pioneiros conduzidos por Michael Merzenich, professor emérito da University of California, San Francisco (UCSF).
Desde os anos 1960, quando ainda predominava entre neurocientistas a ideia de que o cérebro seria um órgão estático, pré-moldado sob estrita ordenação genética, Merzenich defende que é possível, ao longo de toda a vida, criar novos circuitos e conexões neuronais em resposta a estímulos e experiências, o que resultaria em mudanças funcionais.
As teorias sobre a neuroplasticidade formuladas por Merzenich e outros neurocientistas contemporâneos abriram perspectivas revolucionárias – tanto para crianças com dificuldades de aprendizado como para pessoas com lesão cerebral decorrente de trauma ou de doenças como acidente vascular cerebral (AVC).
Nas décadas de 1970 e 1980, por meio de experimentos com animais, Merzenich demonstrou que os circuitos neuronais e as sinapses se modificam rapidamente de acordo com a atividade praticada. Em um dos ensaios, rearranjou os nervos na mão de um macaco e observou que as células do córtex sensorial do animal rapidamente se reorganizaram para criar um novo mapa mental daquele membro.
No fim dos anos 1980, Merzenich integrou o grupo da UCSF que desenvolveu o implante coclear.
Em 1996, fundou a Scientific Learning Corporation, empresa que desenvolve softwares voltados a aprimorar o aprendizado infantil com base em modelos de plasticidade cerebral.
Também foi um dos fundadores, em 2004, e é atualmente cientista chefe na empresa Posit Science, que desenvolve softwares para treinamento cerebral com base nos resultados de suas pesquisas. O programa é conhecido como BrainHQ.
Nos últimos anos, Merzenich tem se dedicado a verificar se a prática de exercícios intelectuais pode ajudar a remodelar as funções cerebrais, possibilitando recuperar habilidades perdidas por causa de doenças, lesões ou envelhecimento.
Seus estudos já foram publicados em mais de 150 artigos científicos – muitos deles em revistas de grande impacto, como Science e Nature. Ele também recebeu diversos prêmios acadêmicos, como o Russ Prize, o Ipsen Prize e o Zülch Prize.
Em 2013, Merzenich publicou o livro Soft-Wired: How the New Science of Brain Plasticity Can Change Your Life, no qual apresenta estratégias para que pessoas comuns possam assumir o controle dos processos de plasticidade cerebral e, assim, melhorar sua qualidade de vida.
Merzenich esteve no Brasil no início de abril para apresentar uma palestra no 3rd BRAINN Congress, organizado pelo Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP e sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Na ocasião, concedeu uma entrevista à Agência FAPESP na qual falou sobre como mudanças positivas e negativas podem ser direcionadas no cérebro. Leia os principais trechos a seguir.
Agência FAPESP – Como o senhor define o conceito de neuroplasticidade? 
Michael Merzenich – O cérebro foi construído para mudar de acordo com as experiências vivenciadas e a forma como é usado.
A esse processo contínuo chamamos de neuroplasticidade.
Quando trabalhamos para aprimorar uma habilidade, ocorre uma mudança na “fiação cerebral” (nas sinapses ou conexões neuronais), ou seja, são selecionadas as conexões que dão suporte ao comportamento ou à habilidade que estamos desenvolvendo.
Assim como quando exercito meu corpo obtenho uma série de benefícios e altero a regulação de uma série de processos bioquímicos, quando exercito meu cérebro altero todo o seu funcionamento, seu suprimento de sangue e de energia, bem como a força de suas operações.
Portanto, não apenas melhoro uma habilidade em si, mas todo o maquinário cerebral. Quando jogo pingue-pongue pela primeira vez, sou muito desajeitado.
Após um ano de prática intensa, fico muito habilidoso, consigo ver e acertar a bola com alta acurácia.
Por meio de mudanças físicas e químicas incrivelmente complexas, criou-se um cérebro com esse recurso.
Nosso cérebro será diferente daqui a uma semana e muito mais diferente ainda daqui a uma década. Pode ser uma mudança para frente ou para trás, ganhando ou perdendo habilidades. Depende do uso.
Agência FAPESP – O treinamento de uma habilidade favorece mudanças positivas, mas como as mudanças negativas são direcionadas? 
Merzenich – Fazemos coisas ao longo da vida que degradam nossa habilidade de extrair informações úteis do mundo a nossa volta.
Por exemplo: como um humano moderno, passo várias horas por dia olhando para uma tela na qual coisas importantes para mim acontecem. Tudo que está fora daquela tela é desimportante, inútil, uma distração.
Estou sistematicamente treinando minha visão, estreitando meu ponto de vista, de modo que somente aquilo que está à frente de meu nariz é importante.
Fazendo isso, vou perdendo progressivamente a habilidade de processar a informação visual daquilo que está ao redor.
O cidadão médio em meu país, e isso foi bastante estudado por lá, já perdeu em torno de 30% do seu campo visual aos 60 anos e mais de 50% aos 80 anos.
As coisas acontecem e ele não vê porque o cérebro rejeita aquele estímulo.
Essa é uma das razões pelas quais os idosos sofrem mais acidentes de trânsito. Eles gradualmente vão regredindo a um campo visual mais estreito e, ao mesmo tempo, quando conseguem enxergar algo, respondem a esse estímulo de forma mais lenta.
Agência FAPESP – Mas é possível treinar uma pessoa de modo a fazê-la perder uma habilidade já adquirida, como entender a fala em outro idioma? 
Merzenich – Sim. Posso treiná-la usando formas modificadas de som não articulado, que não correspondem à fala.
Treino o cérebro a mudar sua capacidade de processamento de sons, de forma que esse perde a capacidade de interpretar os elementos que se modificam rapidamente no fluxo acústico formado pela estrutura fonêmica, a estrutura elementar das palavras.
Essa interpretação é necessária para extrair o sentido das palavras.
Assim como posso refinar essa habilidade, posso destruí-la. Posso desafiar você a fazer distinções cada vez mais acuradas do que ouve, detalhadamente, em alta velocidade.
Posso treiná-la a fazer essa distinção mesmo quando a voz está baixa, ou o discurso está anormal e distorcido.
Ou posso fazer o oposto e degradar essa sua habilidade. Dar-lhe um cérebro que opera somente quando as coisas ocorrem morosamente.
Fazer com que não consiga mais interpretar os detalhes do som em determinadas frequências. Fizemos experimentos de treinamento não virtuoso com macacos e ratos e mostramos que isso é possível.
Agência FAPESP – Como o envelhecimento influencia as mudanças no funcionamento cerebral? 
Merzenich – O cérebro opera de forma muito limitada quando somos crianças e, progressivamente, vai aperfeiçoando seu maquinário de modo a operar com cada vez mais precisão.
Os diferentes sistemas vão se tornando mais coordenados em suas ações e isso vai melhorando até o auge da vida – que no humano médio ocorre entre o 20º e o 40º aniversário.
Uma alta performance persiste um pouco mais nas mulheres, mas, quando entram na menopausa, ocorre uma rápida deterioração em decorrência das mudanças hormonais e elas alcançam o nível masculino por volta de 60 ou 65 anos.
Portanto, temos esse período da vida, de cerca de duas décadas, em que nosso cérebro opera em alta performance e depois deteriora.
Se aos 30 anos uma pessoa está operando abaixo da média da performance da população (no auge de seu funcionamento cerebral, atingiu 100% de sua capacidade), aos 60 anos ela pode estar só com 16% de sua capacidade e, aos 80 ou 85 anos, com 10%.
Ora, ninguém quer estar aos 85 anos com apenas 10% da capacidade cerebral e o que demonstramos é que essa deterioração é reversível.
De maneira simplificada, o cérebro do idoso é mais lento em suas decisões e menos fluente em suas operações do que na juventude porque lida com as informações de forma mais confusa e degradada. Vicissitudes ocorrem ao longo da vida, causam ruído no cérebro e podem acelerar o declínio.
Pode ser uma queda de bicicleta e uma pancada na cabeça, uma infecção cerebral ou exposição a toxinas.
Mas podemos treinar o cérebro velho e fazê-lo recuperar muitas de suas habilidades. Fizemos estudos com diversas populações e mostramos que é possível reverter esse declínio com treinamento.
Agência FAPESP – Como funciona o treinamento que o senhor desenvolveu? 
Merzenich – O treinamento aplicado pela BrainHQ busca primeiramente exercitar os mecanismos cerebrais que controlam a neuroplasticidade.
Esses mecanismos também são plásticos e podem ficar subutilizados com a idade ou em decorrência de doenças. Mostramos que é possível treinar uma pessoa por 15 ou 20 minutos e, assim, regular processos bioquímicos nesse maquinário.
Como consequência, tudo que ela aprender ou fizer na hora seguinte será potencializado.
Vai aprender mais rapidamente, como se eu tivesse lhe dado uma droga que aumenta o nível de atividade cerebral.
Mas, ao contrário do que acontece com a droga, se eu aplicar o treinamento todos os dias, durante 15 dias, a mudança é duradoura.
A performance do maquinário cerebral é aprimorada e, quando olhamos um ano depois, o cérebro ainda está mais alerta, mais vivo, mais predisposto a mudar.
Em segundo lugar, o treinamento busca melhorar a maneira como o cérebro processa os detalhes daquilo que vemos, ouvimos e sentimos.
À medida que o cérebro fica ruidoso, vai mudando a forma como ele processa informação.
Vai perdendo a capacidade de interpretar de forma nítida os detalhes que se modificam rapidamente.
O treinamento visa reverter essa mudança negativa, pois todas as demais operações cerebrais dependem disso.
O limite da performance de qualquer operação mental complexa, como, por exemplo, a memória, será determinado pela claridade com que o cérebro representa a informação.
Se estou tentando gravar uma informação, quanto mais fielmente ela for representada no cérebro, mais facilmente eu consigo lembrar.
O cérebro é uma máquina de fazer previsões. Ele acumula informações ao longo do tempo e, continuamente, faz previsões do futuro e associações com o passado. Posso melhorar essa capacidade simplesmente aumentando a clareza das operações.
Para isso, treinamos o cérebro a manipular informações. Para elevar o nível de suas operações, posso dar uma tarefa em que o cérebro precisa não apenas vir com uma resposta certa, mas com várias possibilidades de resposta em uma alta velocidade e de maneira fluente.
Posso treinar o cérebro a rapidamente classificar informações, a rapidamente mudar as regras de suas operações quando as condições do meio exigirem isso.
Todas essas coisas são válidas de serem praticadas. O que comumente fazemos é avaliar em cada indivíduo onde estão as falhas: no controle de atenção, na habilidade de gravar informação, na forma como ele representa informação em sequência ou como manipula e organiza cadeias complexas de informação. Todas essas coisas são passíveis de treinamento.
O software que usamos lembra alguns jogos para celulares, pois propõe tarefas isoladas que devem ser cumpridas em 1 ou 2 minutos e oferece um certo número de tentativas.
O nível de dificuldade vai rapidamente se ajustando na medida em que o indivíduo vence uma etapa, um nível mais difícil se abre e o desafia para aumentar essa habilidade a um nível maior.
Agência FAPESP – O programa de treinamento pode ser usado para tratar doenças neuropsiquiátricas, como Alzheimer ou esquizofrenia? 
Merzenich – Temos diversos estudos que mostram que portadores de doenças como Alzheimer, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade ou depressão podem ser beneficiados.
Não estou falando de cura, mas de melhorar a qualidade de vida. Mas, pelas leis do meu país, não podemos lidar diretamente com condições médicas. O treinamento, nesse caso, precisa ser intermediado por um médico ou terapeuta.
Também temos estudos que mostram benefícios para pessoas com lesão cerebral causada por AVC ou por trauma, pessoas expostas a veneno, infecções cerebrais e estresse.
Sempre conseguimos obter uma melhora – em alguns casos bastante significativa e, em outros, mais limitada por causa da magnitude da lesão.
Em um dos estudos, aplicamos o treinamento em uma população grande de voluntários que tinham sofrido uma concussão.
Após dois meses, o cérebro havia voltado ao normal, enquanto o grupo que não passou pelo treinamento ainda apresentava alterações neurológicas um ano após a lesão. Também já testamos em pessoas sadias que desempenham funções em que a tomada de decisão pode envolver questões de vida e morte, como policiais e soldados. 
Estatísticas indicam que policiais, de maneira geral, fazem más escolhas em 50% dos casos e isso causa grande impacto em uma cidade.
Nossos resultados mostram que com o treinamento é possível melhorar o processo de tomada de decisão.
Em uma pesquisa feita em parceria com uma empresa de seguros, treinamos 20 mil motoristas profissionais ou informais, nesse segundo caso, idosos, e reduzimos pela metade o número de acidentes de trânsito. Já treinamos cerca de 600 mil pessoas ao todo.
Agência FAPESP – Assim como acontece com os músculos, o cérebro perde os benefícios adquiridos quando o treinamento é interrompido? 
Merzenich – Fizemos quase 30 ensaios clínicos para avaliar a duração do efeito e vimos que há sempre alguma duração significativa, em alguns domínios bem mais do que em outros.
Se você treina e muda a forma como o cérebro trabalha a atenção, isso é mais duradouro, pois é uma habilidade usada em muitas situações da vida real.
Já quando você treina a habilidade de ouvir, a deterioração é mais rápida.
Mas, certamente, se você atinge um nível de alta performance em alguma habilidade, algum tipo de treino de manutenção será necessário para manter o alto nível.
Em algumas populações em que o funcionamento do cérebro está mais propenso a se deteriorar, como é o caso de pessoas com pré-Alzheimer (prejuízo cognitivo leve) ou com doença de Huntington, o declínio ocorre mais rapidamente quando o treino é interrompido e logo retornam ao nível que teriam se nunca tivessem treinado.
Enquanto estiverem treinando, porém, conseguem se manter relativamente estáveis, mas não sabemos ao certo por quanto tempo.
É um grande desafio porque temos que mantê-los engajados e o treino precisa ser intenso, pois todas as habilidades do cérebro estão em risco.
Agência FAPESP – Como evitar que esse conhecimento seja usado de forma errada? 
Merzenich – O cérebro pode ser treinado a operar de forma destrutiva e há potenciais formas de abuso.
Muitos teriam interesse em manipular a plasticidade cerebral para propósitos egoístas.
Então é um desafio para nós pensar como isso pode ser controlado e como ter certeza de que esse conhecimento será usado para o bem-estar humano e não para a destruição.
Por exemplo, é possível tirar de casa um garoto de 10 ou 12 anos, um bom estudante, e transformá-lo em um assassino, um monstro.
O que ocorre nesse caso é a plasticidade cerebral direcionada para a destruição.
Agência FAPESP – É possível fazer o caminho reverso nesse caso? 
Merzenich – É difícil e requer muito treinamento, mas é possível e esse é um dos meus esforços.
Tratar crianças com longo histórico de abuso e negligência, condições que danificam o maquinário cerebral que controla o aprendizado.
Essas crianças, ao mesmo tempo em que têm o maquinário cerebral de aprendizagem prejudicado, têm acesso a um repertório pobre, que não as prepara para a vida.
Claro que acabam malsucedidas. A menos que façamos algo para ajudá-las do ponto de vista neurológico, não há esperança para elas.
Mas o que a sociedade em geral faz? Culpa-as pelo seu mau desempenho.

Culpamos massivamente as crianças com infâncias terríveis por suas experiências. Isso é estúpido. 

Fonte: Karina Toledo, da AGÊNCIA FAPESP, Exame.com/Tecnologia

02 dezembro 2014

Vida de aposentado nos EUA


O jornal New York Times de 18 de Novembro de 2014, traz em uma sessão especial, um pouco do que a vida de um aposentado classe média nos EUA e seus planos. O artigo com o título "Encontre um paraíso que te atenda na aposentadoria" mostra coisas interessantes. A abordagem apresentada pode ser de ajuda para brasileiros que pensam em se aposentar e mudar residência para lugares diferentes daqueles onde passaram a maior parte de suas vidas, em busca de "bem-estar", "melhor qualidade de vida", etc. Vale a pena conferir a experiência americana.
Mais de 10 anos atrás, Barbara Zierten e seu marido mudaram-se para uma pequena cidade na cênica Califórnia "o país do ouro", no sopé da Serra Nevada.
"Aqui é bonito", disse Zierten, 73 anos, explicando a atração da região leste de San Francisco. Eles tinham um orçamento apertado e imaginavam que viver em uma pequena cidade seria mais barato.
Mas o tempo passou, e eles decidiram que a área não era o local ideal. Concluíram que a biblioteca estava aberta apenas em tempo parcial. "Eu sou uma leitora", disse ela. "Então, isto é frustrante." Uma experiência ruim com um hospital a levou a procurar tratamento para problemas de saúde em San Francisco, distante duas a três horas de carro.
Talvez o mais desanimador para Ms. Zierten, uma liberal que acompanha de perto a política, era que as opiniões da população tendiam a ser muito mais conservadoras do que ela própria. Particularmente irritante era o fato de que os moradores muitas vezes colocavam grandes críticas a Barack Obama: "O último disse: 'Presidente Ebola.' "



"Eu não fiz uma pesquisa", ela admitiu. O casal agora está planejando se mudar para Sacramento.
Como Ms. Zierten aprendeu, comprar um imóvel para a aposentadoria deve, idealmente, envolver mais do que uma leitura atenta de anúncios imobiliários, deve ser feita uma avaliação das alíquotas de impostos locais e verificar a temperatura média da região em vista. Ao escolher um lugar para morar por duas décadas ou mais, os aposentados também devem considerar se a comunidade reflete seus valores, e se o local pode realmente satisfazer as suas necessidades em termos de cuidados com a saúde, bem como a disponibilidade de atividades sociais e culturais à medida que envelhecem.
Várias pesquisas, incluindo um relatório recente da AARP (uma organização sem fins lucrativos, que trata de a uma mudança social e oferta de valores positivos para pessoas de 50 anos, ou mais, através de informação, sensibilização e serviço), que concluiu que a maioria das pessoas com mais de 50 anos de idade preferem ficar sossegadas à medida que envelhecem. Mas, às vezes, especialmente para aqueles que passaram suas vidas de trabalho nas caras áreas urbanas, a necessidade de viver com uma renda fixa conduz os aposentados a procurarem locais que são mais acessíveis. Outros simplesmente consideram uma mudança de ritmo em suas vidas.
Pensar sobre o que eles querem, e, em seguida, procurar aquelas comunidades que parecem ser uma boa ideia pesquisar, pode ajudar os aposentados a evitar decepções e erros financeiros potencialmente dispendiosos. Jane Bryant Quinn, uma jornalista de finanças pessoais, aconselha. "Se você estiver planejando se mudar, comece uma pesquisa com anos de antecedência", disse ela.
Catherine Frank, diretora do Instituto de Aprendizagem ao Longo da Vida, na Universidade de North Carolina, em Asheville, propõe que os aposentados visitem a comunidade em prospecção e vivam lá como eles esperariam, por algum tempo. Preste atenção em como você vai fazer compras, como você vai circular pela região, como você vai ocupar o seu tempo, diz ela, e seja específico com as suas necessidades. "Se você tem problemas de coração, então você precisa de bom atendimento cardíaco", lembra Ms. Frank. "Você pode viver uma vida saudável lá, indo a pé ou de bicicleta?"
Uma abordagem óbvia é a de fazer uma assinatura do jornal local ou ler on-line. Catherine Moore, de 65 anos, que está se aposentando em Temple, NH, no início do próximo ano, depois de uma carreira em um negócio varejista de equipamentos ao ar livre, foi mais longe do que isso. Antes de escolher o lugar, ela leu a ata de uma reunião da cidade, uma forma única do governo da Nova Inglaterra, para descobrir que tipo de questões a população local estava enfrentando e como a população lidou com os problemas - "para ter uma visão resumida do valor que as pessoas dão a cada situação e como elas se comprometem, concordam ou discordam ", ela escreveu em um e-mail.
As notas da reunião da cidade podem ser encontrados on-line, ela disse, e podem dar dicas sobre como a comunidade é susceptível em considerar amigos e vizinhos que se ajudam mutuamente. "Eu não tenho que concordar com os pontos de vista políticos do meu vizinho, para saber quando ele vai acabar de usar sua motosserra, ou como vou limpar meu carro depois de uma tempestade de gelo", disse ela.
Buck Bragg, 67, um ex-advogado corporativo na área de seguro recorda quando ficou "intoxicado" com a ideia de se mudar depois que se aposentou. Ele e sua esposa, Nancy, uma ex-professora universitária, tinha inicialmente se mudado para o Alasca depois que ele se formou em Direito, mas acabou por mudar-se para viver em Bloomington, Ill., por causa de sua carreira. Eles gostaram de criar seus filhos lá, ele disse, mas agradeceram pela oportunidade de ir para outro lugar. Depois de participar de um seminário sobre planejamento da aposentadoria, em Asheville, Carolina do Norte, ele percebeu que a cidade tinha muito do que eles estavam procurando, incluindo beleza da paisagem, uma baixa taxa de criminalidade e atividades amigáveis para idosos, como os clubes do livro. 
Ele e sua esposa tinham pensado em construir uma casa em um empreendimento que estava sendo desenvolvido na cidade e que oferecia um campo de golfe. Mas depois de se mudar para Asheville, em 2010, eles descobriram que gostavam de fazer coisas diferentes, como ioga. Então eles optaram por alugar uma casa no centro, onde existem restaurantes e uma vida artística vibrante, bem como está próximo de montanhas para caminhadas. Mr. Bragg aconselha alugar uma casa por pelo menos seis meses, inicialmente, para ver se é fácil conhecer as pessoas e conversar com os moradores locais, os quais estão familiarizados com as especificidades do bairro. "Você precisa saber o que eles sabem", disse ele.
O Instituto Milken, uma empresa de pesquisa sem fins lucrativos que estuda o envelhecimento, entre outros assuntos, classifica as comunidades com base em atributos que foram determinados como desejáveis pelos americanos mais velhos. A iniciativa "Melhores Cidades para envelhecimento bem-sucedido" destina-se a estimular as comunidades a se adaptarem ao envelhecimento da população.
A lista, que foi atualizada recentemente, inclui muitas cidades e vilas - como Madison, Wisconsin e Iowa City, Iowa -, que não são necessariamente pensadas como destinos tradicionais de aposentadoria. Seus principais locais oferecem economias fortes com opções de emprego, uma vez que muitas pessoas em idade de se aposentar quer trabalhar, pelo menos, em tempo parcial; oferecem oportunidades de aprendizagem e engajamento cultural; acesso a cuidados de saúde de qualidade; e bom transporte.
O relatório desenvolveu um índice usando 84 critérios, com base nos dados disponíveis publicamente, para classificar mais de 350 comunidades. Ele inclui dados sobre clima e campos de golfe, mas vai mais longe. Por exemplo, classifica fatores de "bem-estar" de cada cidade por número de restaurantes fast-food per capita e taxas de diabetes, bem como o percentual de hospitais que oferecem serviços geriátricos. O ranking "envolvimento da comunidade" reflete o número de bibliotecas e ACMs, bem como o nível de voluntariado sênior.
Cidades universitárias aparecem frequentemente na lista do Instituto Milken, o que apresenta uma surpresa para Marilyn e Richard Frey, que se estabeleceram em Oxford, Mississipi -, pois a sede da Universidade de Mississippi não consta da lista.
Os Frey, de 70 anos, passaram a maior parte de suas vidas, como professores, agora eles estão em uma segunda carreira trabalhando como gestores para a cadeia de hotéis La Quinta. Enquanto trabalhavam em El Paso, eles compraram um terreno para uma casa nas montanhas de New Mexico, mas depois ficaram preocupados com o fato de que o local poderia ser muito remoto à medida que envelheciam. "Começamos a repensar a coisa toda", disse a Sra Frey.
Eles estabeleceram novos critérios: acessibilidade, proximidade do aeroporto para viagens internacionais e acesso às artes e opções de entretenimento. Frey aposentou-se primeiro e se encarregou do esforço de mudança do casal. Ele participou de uma conferência organizada pelo estado de Mississippi, e voltou para casa com uma pilha de pacotes sobre várias comunidades. "Eu os coloquei em três pilhas: sim, não e talvez", lembrou ele.
Frey então alugou um carro e correu todo o estado, visitando 10 localidades promissoras. "Eu dirigi pelos bairros", disse ele. "Eu visitei supermercados."
Uma viagem de primavera para Mississippi com sua esposa levou-os a se concentrar em Oxford: "Lembro-me dos narcisos", disse ela. Eles se mudaram para lá no início de 2002. Eles gostam da realidade de que a praça do centro da localidade tem três livrarias, que recebem autores que visitam a cidade, possibilitando conversa direta com eles. Os Frey participam de produções teatrais e podem ter aulas e participar de eventos esportivos no Ole Miss.
Jerry Swerling, professor de relações públicas na University of Southern California’s Annenberg School, em Los Angeles, está usando uma abordagem um pouco semelhante à dos Frey, com ênfase mais pesada na pesquisa inicial pela Internet. Ele e sua esposa, Karen, figurinista profissional, amam a sua casa e o clima na Califórnia, mas eles querem um lugar na Costa Leste, com um custo de vida mais baixo, quando se aposentarem no próximo ano. Eles pretendem vender a sua casa atual e comprar uma mais barata.
Eles começaram com pesquisas tradicionais, como listas de revistas de "melhores lugares para a aposentadoria", assim como as ideias de amigos. "Se um lugar surge em várias listas, eu vou olhar para ele", disse ele. Seu objetivo: uma animada área urbana com acesso a Amtrak, para que eles possam viajar de trem para visitar Washington, Nova York e Nova Inglaterra. "Precisamos de um lugar com cinema e museus", disse ele.
Idealmente, eles gostariam de um bairro onde pudessem caminhar uma quadra ou duas para uma bebida ou uma refeição. Ele usou o site imobiliário Zillow, que permite aos usuários acompanhar anúncios em bairros específicos; tem uma função de mapeamento que permite que os usuários vejam e saibam o número de restaurantes e cafés nas proximidades. "Para mim, cafés são um símbolo da civilização", disse ele. Ele também verificou um site de mapeamento sobre crime, raidsonline.com , para avaliar a segurança de um bairro.
Uma pegadinha, disse ele, é cuidar da saúde. Muitos rankings sobre aposentadoria medem o número de médicos per capita, mas isso não é útil se os médicos não estão em seu plano de seguro particular. (Planos individuais oferecidos sob o Affordable Care Act, em particular, podem ter redes médicas muito pequenas). Mr. Swerling, 67, é elegível para o Medicare , mas sua esposa ainda não é, então eles esperam encontrar um  plano interino de saúde para ela.
Eles têm estreitado sua lista a um punhado de comunidades na costa do meio Atlântico, incluindo Richmond, Va., pois eles gostam de sua rica história. Eles estão planejando uma viagem de automóvel em dezembro, quando ficarão uma ou duas noites em vários locais.
Um reconhecimento mais profundo é agora uma prioridade para Ms. Zierten, uma aposentada da Califórnia. Ela assinou o Sacramento Magazine, em parte para aprender sobre acontecimentos na cidade, para onde ela e seu marido, John Dahlen, têm a esperança de se mudar. Ela planeja gastar algum tempo em locais que servem café da manhã, fazendo "espionagem" sobre as conversas. "Verificar se todo mundo está falando sobre morte", disse ela, referindo-se a um termo que os conservadores usam para argumentar contra o Affordable Care Act. Se assim ocorrer ela provavelmente irá procurar outro lugar. Ela não se importa com pontos de vista opostos, disse ela. Mas, "Você quer encontrar um nível de conforto."
Uma maneira rápida de obter uma sensação geral para a política de uma área vem através do American Communities Project , da American University’s School of Public Affairsa. O projeto criou um mapa on-line que classifica todos os municípios dos Estados Unidos em 15 categorias, com base nos resultados das eleições passadas e outros fatores. Você pode passar o cursor sobre o município para onde você está pensando se mudar, para ver se você pode encontrar moradores com a mesma opinião.
As categorias incluem, por exemplo, "Subúrbios urbanos", ricas áreas, em sua maioria brancas perto de grandes cidades que votaram fortemente para o presidente Obama em 2012. "Evangelical Hubs" são em grande parte branca, com rendimentos mais baixos; estas áreas são bastante conservadoras e votaram esmagadoramente para o candidato republicano, Mitt Romney.
Antoine Yoshinaka, um professor assistente do governo na American University, disse que, se você realmente quiser ser mais específico, você poderá encontrar informações sobre os padrões de votação em nível de delegacia, entrando em contato com a divisão de eleições do secretário de Estado para o seu estado.
Mas ele advertiu que a abordagem não garantirá que seu vizinho irá partilhar os seus pontos de vista: "Não há uma medida perfeita."

Referência: The New York Times -

14 novembro 2014

7 opções que as pessoas felizes praticam a cada dia


O que separa o povo mais feliz do mundo do resto de nós?
Cerca de um terço da população dos EUA se descreve como "muito feliz", de acordo com a agência de pesquisas Harris Interactive - um número maior do que poderíamos esperar.
Estas são as pessoas em seu escritório que são otimistas e ansiosas, não importa quais desafios inesperados vêm a caminho, e os que parecem ter realmente animado sobre as menores oportunidades e gentilezas. Eles são as pessoas em seus círculos sociais que suportam as dificuldades com sorrisos em seus rostos e que parecem bem ligadas sempre, a olhar para o lado positivo.
Estudos mostram que metade da felicidade é determinada pela genética, e um pouco menos de 40% é governada pelo impacto de eventos externos. Você possui 12% do pacote que resta, no entanto, verifica-se que as escolhas que você faz dentro dessa fatia fazem toda a diferença entre ser feliz ou não. As pessoas mais felizes percebem isso, e como resultado eles praticam sete principais opções a cada dia.

1. Escolhem se exercitar.

Há muitas pessoas felizes, que não estão em grande forma física, por isso, como é que isto faz sentido? A explicação é que você precisa de apenas sete minutos de exercício por dia, se você está se exercitando em prol da felicidade. Isso é o suficiente para liberar suas endorfinas no corpo, os neurotransmissores responsáveis ​​por aquela famosa "alta do corredor." Eles não poderiam mesmo chamar isso de exercício, mas as pessoas felizes encontram pelo menos um pequeno período de tempo a cada dia para se dedicar a se movimentar.

2. Escolhem passar um tempo fora.

Apenas 20 minutos por dia fora é suficiente para elevar o seu nível de felicidade. Você pode até combinar isso com a escolha número 1 e ter a sua curta pausa para o exercício, do lado de fora. Um simples passeio na hora do almoço ou até mesmo um pouco de tempo no quintal, no pátio, ou em um parque próximo faz a diferença. Elas podem até não perceber o impacto disso na sua felicidade, mas as pessoas felizes fazem questão de ficar ao ar livre.

3. Escolhem para se concentrar em suas famílias.

Três quartos dos americanos pesquisados ​​pelo Pew Research Center em 2010, disseram que sua família era "o elemento mais importante, o mais gratificante de sua vida", segundo um relatório do U.S. News sobre o estudo. Então, faça as pazes com o seu cunhado e se concentre em seus pais, filhos ou irmãos, se você quer ser feliz. As pessoas felizes nem sempre podem querer, mas encontram pelo menos alguns minutos todos os dias (muitas vezes, muito mais) para fazer coisas para melhorar suas relações familiares.

4. Escolhem dar algum tempo para os amigos.

Os amigos são a família que escolhemos para nós mesmos, e pelo menos uma pequena quantidade de tempo social com eles todos os dias é necessário, se você quer melhorar a felicidade. Mesmo apenas o check-in com os amigos por alguns minutos no telefone, ou uma conversa de 10 minutos, ou atividade juntos, podem fazer a diferença. Se você está verdadeiramente entre as pessoas mais ocupadas dentre nós, mescle isso com escolhas no. 1 e 2, e faça exercícios ao ar livre juntos. As pessoas felizes nem sempre podem ter tanto tempo quanto eles gostariam, mas elas encontram uma maneira de interagir com os amigos.

5. Escolhem para encontrar significado em seu trabalho.

É uma exclusividade americana imaginar que a satisfação no trabalho pode fazer ou quebrar a nossa felicidade, mas como um empreendedor, você provavelmente pensa sobre esta escolha o tempo todo: parte da felicidade vem de usar seus dons e talentos todos os dias para fazer algum tipo de diferença. As pessoas felizes podem não ter encontrado o seu emprego dos sonhos ou a sua verdadeira vocação - que diabo, elas podem não amar seu trabalho - mas encontram uma maneira de colocar as suas tarefas diárias em perspectiva e de ter orgulho e alegria do que elas fazem.

6. Escolhem contribuir para suas comunidades.

Ser parte de uma comunidade dá-lhe um sentimento de pertença e ajuda a melhorar o seu senso de autoestima, mesmo enquanto você trabalha para definir quem você realmente é. Assim, a cada dia, as pessoas verdadeiramente felizes encontram uma maneira de compartilhar algo com as suas comunidades mais amplas - indo além de suas famílias e grupos de amigos próximos. As pessoas felizes podem estar envolvidas com associações profissionais, grupos religiosos, organizações esportivas, ou qualquer outra coisa, mas certifique-se de encontrar uma maneira de compartilhar com eles todos os dias.

7. Escolhem dormir o suficiente.

É verdade: a falta de sono vai arruinar a sua vida. Se você não conseguir fechar os olhos o suficiente, você vai estar mais propenso a ser irritável, seu julgamento fica prejudicado, e sua libido sofre, tudo o que afeta a sua felicidade geral. As pessoas felizes podem ser menos movimentadas do que o resto de nós, mas elas descobrem outras coisas fora da rotina de suas vidas, se necessário. Elas assistem televisão, navegam na Internet, ou simplesmente se preocupam com coisas que não podem lhes afetar - e elas escolhem reservar pelo menos sete ou oito horas de sono por dia.

Referência: Inc.

Salve sua vida e a natureza


Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água.
Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosa nesta sociedade.  Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente.
Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.
Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira.
Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam cuida da  água, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos(fossas)como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera.
Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressiquidade da pele uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos, 137 m3 por dia por habitante e adulto. A gente que não pode pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países ficaram manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que o ouro ou os diamantes.
Aqui em troca, não há á árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX. Advertia-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso.
Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores,  do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente.
Ela pergunta-me: Papai! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos.
Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo,  porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto,  quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta terra!"

Documento extraído da revista biográfica "Crônicas de Los Tiempos" de abril de 2002.
 

28 junho 2012

Segredos das pessoas que (quase) nunca adoecem

Cinco povos ao redor do Mundo se destacam pela longevidade: eles vivem, em média, dez anos a mais do que o restante da humanidade. Conheça agora seus principais hábitos de vida


As respostas estão no livro Os segredos das pessoas que nunca ficam doentes, recém-lançado nos EUA. Em suas andanças, Stone percebeu que cinco povos eram os mais saudáveis: a Barbagia, na Itália; Okinawa, no Japão; a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia; a Península de Nicoya, na Costa Rica; e a ilha grega de Ikaria.
Outro americano, Dan Buettner, escreveu sobre o tema em um livro que virou best-seller: Blue Zones: lições de pessoas que viveram muito para quem quer viver mais. Ambos os autores nos ajudaram a traduzir as experiências dessas pessoas. Confira 50 dicas eficazes, comentadas por 21 especialistas brasileiros.
1. Beber água mesmo sem ter sede
A água está para o corpo humano assim como o combustível para o carro. Isso porque, sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o organismo sofre. O líquido ajuda a aumentar a saciedade, evitando compulsões que podem levar ao sobrepeso e ao aparecimento de diversas doenças, ao mesmo tempo que mantém a saúde do sistema renal. "É o baixo consumo de água que resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o que leva à formação das pedras nos rins", adverte a nutricionista amanda epifânio Pereira, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. sucos naturais, chás e água de coco também podem ser usados.
2. Ir ao dentista regularmente
A boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a importância de permitir que um profissional a examine a cada seis meses. "Muitas doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas podem ser detectadas numa consulta de rotina", diz o periodontista Cesário Antonio Duarte, professor da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o tratamento das cáries deixa o organismo protegido contra inúmeras doenças. "Cáries não tratadas podem se tornar a porta de entrada para micro-organismos, que poderão atingir órgãos nobres como coração, rins e pulmões", alerta o especialista.
3. Ingerir mais nozes
Bateu aquela fome de fim de tarde? Experimente comer duas unidades de nozes todos os dias. Esse é um dos segredos dos Adventistas da Califórnia. Cerca de 25% deles comem nozes cinco vezes por semana. E diminuíram pela metade o risco de problemas cardíacos.
4. Temperar com alho
"Ele melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial e potencializa as nossas defesas", afirma a nutricionista funcional Gabriela Soares Maia.
5. Comprar alimentos regionais
Se puder privilegiar alimentos produzidos na sua região, sua saúde sairá ganhando. Isso porque os produtos da safra, que não recebem uma grande quantidade de conservantes, em geral, são muito mais ricos em nutrientes. Agora, se você puder ir pessoalmente à feira ou à quitanda do bairro, tanto melhor.
6. Comer mais frutas
Aumentar o consumo de produtos de origem vegetal é uma das medidas mais significativas na prevenção de doenças crônicas. A prática foi observada em pelo menos quatro das cinco Blue Zones e é fácil entender o porquê. "Frutas, legumes e verduras possuem uma quantidade de vitaminas antioxidantes, boas gorduras e fibras que supera em muito a dos alimentos industrializados", diz Isis Tande da Silva, do Ganep Nutrição Humana.
7. Aprender a planejar
A tensão constante é extremamente prejudicial à saúde. "Ela afeta o funcionamento do sistema nervoso, hormonal e imunológico", alerta o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor da USP. Uma boa maneira de controlar essas reações é não deixar todos os compromissos para a última hora. "Acostume-se a anotar suas pendências em uma lista", diz o especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa.
8. Fracionar a dieta
Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um jeito inteligente de manter o peso estável. "Os jejuns prolongados desencadeiam uma fome tão intensa que é fácil se exceder nas refeições", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Quando dividimos a nossa alimentação diária em cinco ou seis refeições, também estamos dando uma forcinha ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas.
9. Aproveitar o contato com a natureza
Sinta o cheiro da grama molhada, escute os pássaros, sente-se na sombra de uma árvore... Pratique essa terapia sempre que possível, já que ela é altamente relaxante. "A vegetação transfere umidade ao ar e, portanto, o ambiente fica ionizado negativamente. Isso provoca uma reação química no organismo, gerando uma sensação de muita calma", explica a arquiteta Pérola Felipetti Brocanelli, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, garante que as atividades ao ar livre também contribuem para recuperação de pacientes: "Quando observam a natureza, eles tiram a atenção da doença".
10. Levantar peso
A ideia não é apenas ficar forte. "Um dos principais benefícios é o aumento da densidade óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose e na reversão da sarcopenia (diminuição no número de sarcômero, a unidade do músculo esquelético). Isso evita a incapacidade funcional, muito comum em idades avançadas", diz Ricardo Zanuto, fisiologista e professor de Educação Física das Faculdades Integradas de Santo André.
11. Ser um voluntário
Se você ainda não conseguiu um tempo para isso, é bem provável que não tenha encontrado a causa certa. "Quando se apaixonar de verdade por um trabalho social, acabará colocando-o na lista de prioridades", garante o especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa. "Dedicar uma noite por semana já é um bom começo", diz Dan Buettner.
12. Celebrar a vida
Não espere algo de extraordinário acontecer, mas acostume-se a comemorar as pequenas vitórias. Essa é a receita de longevidade dos italianos que vivem na Sardenha, uma das Blue Zones. Eles chamam a atenção pela disposição que têm para festejar tudo e todos.
13. Cultivar a sua fé
"A religião empresta sentido às buscas e conquistas do ser humano, dá uma nova dimensão às vitórias e também às perdas. Além disso, orienta e ajuda as pessoas a tomar decisões difíceis", explica Jorge Claudio Ribeiro, professor de Teologia da PUC-SP.
14. Trocar o café pelo chá-verde
Ainda que você precise do café para acordar, faça a substituição. Afinal, o cháverde também contém cafeína, que funciona como estimulante. O bom é que ele oferece outros extras. "Diversos estudos mostram que a bebida atua na prevenção e no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson", afirma a nutricionista Andréia Naves.
15. Pegar leve com as carnes vermelhas
Embora sejam importantes fontes de ferro, são alimentos de difícil digestão e, portanto, retardam o funcionamento intestinal. Então, se você é do tipo que não pode viver sem um bifinho, contente-se com um filé médio por dia.
16. Praticar mais atividade aeróbica
Pode ser uma caminhada ou uma corrida. Esse tipo de exercício tem impacto direto sobre os fatores de risco associados à hipertensão, ao diabetes e à obesidade. "A prática regular melhora a força e a flexibilidade, fortalece ossos e articulações, facilita a perda de peso e diminui o colesterol", afirma Zanuto.
17. Encontrar a sua tribo
Se você gosta de esportes, certamente irá sentir-se bem com amigos que também gostam. Portanto, faça um esforço para encontrar pessoas com quem possa compartilhar e trocar ideias. "Uma das atitudes mais importantes para garantir a longevidade é cercar-se de pessoas que vão lhe dar suporte e que conectam ou reconectam você com o sentido maior que você dá à sua vida", diz Dan Buettner.
18. Ser agradável
Facilita a convivência social e cria vínculos com pessoas que poderão apoiá-lo quando necessário. Mas como tornar-se uma pessoa agradável? O autor Dan Buettner é quem responde: "Para isso, é preciso ser interessado e não apenas interessante. Pessoas simpáticas perguntam a você como está em vez de falarem apenas de si mesmas".
19. Definir seus objetivos
É o que os moradores de Okinawa chamam de ikigai e os habitantes de Nicoya nomeiam de plano de vida. Seja como for, o fato é que eles têm muito bem definidas as suas razões de viver e investem nesses propósitos.
20. Conhecer melhor a ioga
Ela une princípios da meditação, exercícios para o equilíbrio, alongamento e o treinamento de força, com foco na respiração. Tudo isso graças à execução de movimentos sequenciados. "A ioga é ótima para a longevidade, porque fortalece os músculos e ligamentos. Então, os movimentos tornam-se mais fluidos e seguros. A prática tem ainda um efeito importante na redução do estresse", diz Dan Buettner.
21. Guardar o despertador na gaveta
Dormir bem significa dar ao corpo a chance de se recompor totalmente. "Se você se deita, dorme logo e acorda bem disposto, pode dizer que tem um sono de qualidade", ensina o neurofisiologista Flavio Alóe, do Centro de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas (SP). Quem não tem, corre um risco muito maior de adoecer. "Aqueles que dormem pouco podem ter um aumento do colesterol e dos triglicérides", complementa Alóe.
22. Apostar nos integrais
Não basta comer pão integral. Com um pouco de criatividade, é possível incluir a farinha e aveia integrais na preparação de inúmeros pratos. Quer um bom motivo para fazer isso? Pois saiba que os alimentos não processados oferecem um aporte muito maior de nutrientes. "No processo de refinamento, o germe dos grãos são retirados, restando praticamente o amido", explica a nutricionista Patrícia Morais de Oliveira, do Ganep.
23. Pensar na sua vocação
Fazer o que gosta é uma forma eficiente de afastar o estresse. Além disso, é interessante que o seu tipo de trabalho seja capaz de fazê-lo sentir-se realizado. Por último, saiba que aquele que se empenha em uma carreira para a qual há um sentido profundo, além da manutenção da renda, se sente mais motivado a investir na atualização dos conhecimentos. E estudar, como já vimos, é um santo remédio para o cérebro.
24. Doar seus pratos grandes
A população de Okinawa descobriu um jeito de comer 30% menos: eles utilizam pratos de apenas 23 cm de diâmetro. "Há experiências promissoras sendo realizadas por meio da restrição calórica orientada, que já se mostrou capaz de aumentar o tempo de vida de animais de laboratório em 60%", afirma Ellen Paiva.
25. Ter atitudes positivas
"As emoções fazem parte daquilo que somos e, portanto, são capazes de provocar reações físicas muito claras. As positivas curam e determinam uma maior e melhor qualidade de vida", diz Armando Ribeiro das Neves Neto.
26. Emagrecer a despensa
Na hora da compra, elimine os alimentos que possuem qualquer quantidade de gordura trans e evite os que contêm gorduras saturadas. E por um motivo simples: as chamadas gorduras ruins têm relação com o aumento dos níveis de colesterol LDL e triglicérides, fazendo crescer o risco de infarto e de acidente vascular cerebral. "Além dos industrializados, convém tomar cuidado com os alimentos de origem animal, como carnes gordas", alerta a nutricionista Andréia Naves, da VP Consultoria Nutricional.
27. Saber como usar a soja
Em Okinawa, no Japão, o consumo de produtos da soja é o maior de todo o mundo. O resultado? Dos cerca de 1 milhão de habitantes locais, mais de 900 pessoas já passaram dos 100 anos. "O consumo frequente reduz os riscos de doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista Renata C. C. Gonçalves, do Ganep.
28. Estudar sempre
Manter as atividades intelectuais é uma maneira de garantir anos extras de vida e muito mais saúde, principalmente nas idades avançadas. "Exercitar o cérebro vai deixá-lo mais protegido contra doenças. Na prática, isso significa um risco menor de limitações físicas, mesmo se algo der errado porque, nesse caso, a recuperação será muito melhor", explica o neurologista André Gustavo Lima, do Hospital Barra D´or.
29. Ter um dia só para você
Os Adventistas do Sétimo Dia que vivem em Loma Linda, na Califórnia, recolhem-se em suas casas aos sábados e aproveitam a ocasião para meditar e orar. E esse parece ser mais um bom hábito que poderíamos nos esforçar em copiar. Afinal, essas pessoas vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população americana. "Se for impossível fazer isso, tente conseguir pelo menos 15 a 20 minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como marcar uma reunião consigo mesmo", diz Christian Barbosa
30. Apagar o cigarro
Quem tem menos 40 anos e fuma até 20 cigarros por dia tem quatro vezes mais chances de infartar. Agora, se o consumo for maior, o risco sobe 20 vezes. A explicação é simples: as substâncias do cigarro levam à contração dos vasos sanguíneos, à aceleração dos batimentos cardíacos, além abaixar o HDL, que age como um protetor das artérias.
31. Ouvir a sua música
A musicoterapeuta Maristela Smith, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), tem uma receita interessante para quem quer tirar proveito da terapia da música. "Faça um CD com as músicas que marcaram positivamente a sua vida para criar a sua identidade sonora musical. Escute-o regularmente, principalmente quando estiver precisando melhorar o astral", ensina a especialista.
32. Respirar com consciência
Quando estiver precisando relaxar ou desacelerar seu ritmo, faça a respiração completa. "Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então, bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o sistema nervoso autônomo", ensina o educador físico Estélio Dantas, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
33. Curtir os animais
Mesmo que não possa ter um em casa, descubra aqueles com os quais possui mais afinidades e dê a si mesmo a oportunidade de tocá-los. Para a veterinária Maria de Fátima Martins, professora de Zooterapia da USP, a convivência com os bichos é uma rica fonte de benefícios psicológicos, físicos e sociais. Ela coordena uma experiência de terapia assistida com animais em asilos. "O contato com os animais tem melhorado a vida dessas pessoas. Para alguns idosos, a experiência foi tão positiva que eles chegaram a diminuir o número de medicamentos que tomavam", conta.
34. Ser muito mais ativo
Comece descendo alguns pontos antes do ônibus. Fazer mais atividades a pé ou de bicicleta, cozinhar, cuidar do jardim, brincar com o seu cachorro, todas essas maneiras de se mexer são válidas. "Um dos segredos da longevidade é encontrar meios de se manter sempre em movimento. De preferência, concentre-se em atividades que também lhe dão prazer, e os benefícios serão maiores", sugere Dan Buettner.
35. Desacelerar o ritmo
"Se você não cria um tempo para estar bem, terá que ter tempo para se cuidar quando ficar doente", alerta Dan Buettner. O primeiro estágio do estresse é a fase de alerta. Ele nos permite realizar muitas tarefas em pouco tempo e aí nos sentimos bem. Porém, quando persistimos na tensão, o organismo entra em fadiga.
36. Comer mais iogurtes
"Eles reforçam a nossa imunidade", explica a nutricionista Gabriela Maia, da Clínica Patricia Davidson Haiat. O que as bactérias vivas contidas nesses potinhos também fazem é melhorar o nosso humor. Afinal, é o intestino que responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo.
37. Investir no ômega-3
Peixes de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum), sementes de linhaça moídas e óleos de peixe, de soja e de canola são ótimas fontes desse nutriente, que tem ação comprovada na redução dos níveis de colesterol e de triglicérides, além de ajudar no controle da pressão e de prevenir o risco de tromboses, que danificam os vasos sanguíneos. O composto ainda é coadjuvante em tratamentos neurológicos e de osteoporose.
38. Controlar o álcool
A curto e médio prazos, o álcool pode engordar, acelerar o processo de envelhecimento e ainda aumentar a pressão arterial. A longo prazo, causa dependência e ainda compromete o funcionamento de todos os sistemas do corpo, com danos mais sérios para o fígado.
39. Brincar com as crianças
É uma excelente estratégia para tirar o foco das preocupações, aproximar a família ou amigos e facilitar o contato intergeracional. E todos esses aspectos estão associados à longevidade. Porém, para funcionar, é preciso que se tenha um mínimo de afinidade com os pequenos.
40. Construir o próprio jardim
Mexer com plantas e flores pode ser um hobby interessante e saudável, desde que você realmente consiga tirar prazer da atividade. "Esse tipo de passatempo é muito válido para prevenir o estresse, tanto quanto fazer trabalhos manuais ou cozinhar. Só não pode virar rotina e obrigação. Se a pessoa tem que cozinhar ou cortar a grama todos os dias, por exemplo, isso passará a representar, na vida dela, mais uma fonte de tensão. E aí os benefícios não virão", explica Armando Ribeiro Neto.
41. Desfrutar do sol
Sentir na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para adquirir disposição e ânimo. Com cerca de 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo algo que só o sol pode dar: a energia necessária para a síntese de vitamina D. "O composto é importantíssimo na fixação de cálcio no organismo, prevenindo a osteoporose, além de fortalecer o sistema imunológico", afirma a endocrinologista Bárbara Carvalho Silva, da Universidade Federal de Minas Gerais.
42. Perdoar mais
"Para envelhecer bem, é preciso olhar para a nossa trajetória de vida aceitando os erros cometidos e desculpando-se por eles. Da mesma forma, é interessante perdoar aos outros, percebendo que não fomos apenas vítimas", diz a psicóloga Dorli Kamkhagi, colaboradora do Laboratório dos Estudos do Envelhecimento do Hospital das Clínicas (SP). "Perdoar é retirar objetos pesados de uma mochila que carregamos", compara.
43. Dar uma chance à laranja
Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso corpo tem de vitamina C a cada dia. "Protege contra o câncer, afasta aquela gripe chata e até ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente dos estragos promovidos pelo sol", diz a nutricionista Gabriela Soares Maia.
44. Alongar o corpo todo
Os problemas mais frequentes do aparelho locomotor, e que estão relacionados ao envelhecimento, são a perda da mobilidade e a osteoporose. "O alongamento, enquanto um treinamento da flexibilidade, é um dos principais fatores de manutenção da autonomia funcional em idosos", garante o educador físico Estélio Dantas.
45. Cochilar após o almoço
Na Península de Nicoya, na Costa Rica, a sesta é um costume institucionalizado. E, em muitas outras partes do mundo, as pausas para um cochilo também são comuns. "Para quem dorme pouco, essa pode ser uma estratégia compensatória", diz o neurofisiologista Flavio Alóe. É como renovar as energias, antes de recomeçar a jornada.
46. Priorizar as pessoas amadas
Este é outro ponto comum dos que vivem nas chamadas Blue Zones. "Eles contam com famílias fortes e se apoiam mutuamente", conta Dan Buettner. Relações verdadeiras nos protegem de situações adversas.
47. Esquecer do sal
A redução de seu consumo é imprescindível para prevenir e controlar a hipertensão que, por sua vez, oferecem as condições favoráveis para que inúmeros problemas de saúde progridam rapidamente, tais como a insuficiência renal e as complicações cardíacas. "O sal em excesso faz o corpo reter mais líquido, o que, além de causar inchaço, também aumenta o volume sanguíneo, elevando a pressão nas artérias", explica a nutricionista Andréia Naves. Para passar bem longe desse drama, vale cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos durante a preparação, para colocá-lo apenas no momento de consumir, e sempre usando o bom senso. Outra dica é reduzir o consumo de condimentos, pratos prontos, embutidos ou enlatados.
48. Praticar sexo com prazer
A atividade sexual ajuda a aliviar as tensões, já que, durante a relação, ocorre a liberação de endorfinas, substâncias que melhoram o humor. O sexo ainda faz bem para a circulação. Por fim, vale como um excelente exercício e ajuda a reforçar vínculos de afeto.
49. Criar um tempo para a família
A união e o apoio mútuo entre cônjuges, pais e filhos precisam certo investimento de tempo e atenção. Mas como encontrar períodos livres para dedicar a essas pessoas todo o carinho que merecem? "Vale programar um jogo que possam fazer juntos, que permita confraternizar e trocar ideias", diz Christian Barbosa.
50. Usar as dicas diariamente
Caminhar só aos finais de semana ou encontrar mais tempo para os amigos apenas nos períodos em que a rotina de trabalho sossega um pouco podem ser um bom começo, na tentativa de transformar a sua vida para melhor. É preciso, porém, garantir que mudanças pontuais se transformem em hábitos, para colher resultados significativos no que diz respeito à saúde e à longevidade. "As pessoas que eu conheci enquanto preparava o livro possuem diferentes segredos, mas uma coisa que todas elas têm em comum é a disciplina; elas usam seus segredos diariamente, ou seja, fazem da boa saúde uma prioridade, um hábito mesmo", finaliza Gene Stone.