04 maio 2012

Imaginação financeira chinesa: além do básico

Este é um artigo publicado na Harvard Bussiness Review em 2004 que julgo atual; daí o post. 
As pesquisas da Gallup também procuraram descobrir o que o consumidor chinês está ávido para comprar. Sendo um país com 1,3 bilhões de pessoas, com 2,6 bilhões de axilas para desodorizar, a China sempre apelou para a imaginação financeira de comerciantes ocidentais. 
O tamanho do prêmio é tão tentador que encoraja exorbitantes investimentos de companhias mesmo sem uma evidência sólida sobre a demanda dos consumidores. Concepção errada: consumidores chineses têm agora muito dinheiro para gastar. 
Certamente, a constante repetição da mídia quanto ao crescimento da prosperidade da China apóia a imagem de um mercado de alto potencial em crescimento, mas o mercado não se trata somente de tamanho. Consumidores não devem apenas querer comprar os produtos, eles também devem ter o dinheiro para isso. 
Apesar de os compradores chineses serem muitos, e da renda ser crescente, muitos cidadãos continuam sendo pobres demais para comprar o que querem. Apesar do aumento geral de 30% na renda doméstica entre 1997 e 2004, a renda doméstica média em 2004 ainda era menor que 1.800 dólares. Além disso, apenas 5% dos chineses dizem que estão “muito satisfeitos” com as sua renda doméstica, sendo que em 2000 a porcentagem era de 9%. De fato, é mais provável que o cidadão chinês médio expresse descontentamento do que satisfação, sendo que uma em cada cinco pessoas está “muito insatisfeita” com sua renda atual. 
Até mesmo os relativamente ricos, apesar de claramente felizes com a sua renda, estão longe se serem complacentes. Apenas 7% dos maiores ganhadores dizem que estão “muito satisfeitos” com a sua renda, e mais de um a cada quatro dos chineses mais ricos diz que está insatisfeito a um certo nível.
Concepção errada número 4: Os maiores mercados entre os consumidores chineses são os de produtos domésticos básicos. 
Nós aprendemos há uma década que apenas 6% das famílias chinesas possuía um aspirador de pó e 25% possuía um refrigerador. Dados esses números, pareceria lógico que, com as suas rendas crescentes, mais consumidores chineses gostariam de ter esses itens. Obviamente, é muito mais provável agora do que há dez anos que um chinês médio tenha em casa uma TV, um telefone, um refrigerador, um aspirador de pó e uma máquina de lavar roupas. Mas a proporção em que esses produtos são comprados agora é muito pequena se comparada à proporção de compra de produtos de alta tecnologia que não poupam trabalho mas produzem divertimento e entretenimento que satisfazem o gosto individual. Em uma década, a posse de TVs coloridas cresceu mais da metade. 
A porcentagem de casas com tocadores de DVD pulou de 7% em 1997 para 52% em 2004. O número de casas com computadores cresceu de 2% em 1994 para 13% em 2003, e o número de pessoas com celulares pulou de 10% em 1999 para 48% em 2004. 
O que isso tudo significa para uma empresa que planeja fazer negócios com a China? Primeiro, está claro que as aspirações estão crescendo, que desejo é uma habilidade de superação e que os guias tradicionais de modernização nem sempre funcionam. Consumidores chineses querem mais do que apenas funcionalidade. 
Esta é uma razão pela qual a Nokia, que enfatizou o visual em vez da funcionalidade, disparou a venda de seus celulares na China, ultrapassando a Motorola e a Ericsson. Se uma companhia quer vender aspiradores de pó ou máquinas de lavar roupa na China, é bom que ela preste atenção a necessidades emocionais e a físicas. E se ela está vendendo fornos de microondas, ar condicionado e TVs, ela deve se certificar de que esses produtos são visualmente impactantes assim como confiáveis.

01 maio 2012

Competência, qualidade e melhoria contínua

"Tudo que é feito no mundo é motivado pela esperança." Martin Luther King

"O segredo do sucesso japonês não é a tecnologia, mas um modo especial de motivas as pessoas." William Ouchi  

1. Leis Propulsoras e Leis de Resistência 
Existem três leis da vida, inexoráveis, que podem ser relacionadas pelo sentido oposto que determinam. Uma, que provoca reações de busca de soluções e crescimento, que promove a evolução e o progresso, que move o mundo: é a lei da necessidade. Outras duas, que seguram, que freiam, que acomodam, que estagnam, com tendência a provocarem obsoletismo e retrocesso: as leis do menor esforço e da resistência às mudanças. Estas leis da natureza humana são as grandes reguladoras da dinâmica das nossas vidas pessoais, da vida das organizações e da evolução das sociedades. Elas são os principais fatores determinantes dos progressos e dos atrasos. 
A principal teoria de motivação humana, de Abraham Maslow - amplamente conhecida por psicólogos, administradores e lideranças de empresas - se baseia na lei da necessidade. 
O sistema da motivação humana se efetiva da seguinte forma: 
Necessidades ou Carências => Ações => Objetivo; satisfação das necessidades Segundo essa teoria, as pessoas estão sempre buscando (são movidas para - ficam motivadas a) satisfazer uma ou mais destas cinco necessidades básicas: 
  • Necessidades fisiológicas: respirar, alimentar, ter saúde, descansar, ter conforto, etc. 
  • Necessidades de segurança: ter abrigo, proteção contra ameaças diversas, segurança no emprego e outras. 
  • Necessidades sociais: fazer amizade, constituir família, manter relações, participar de atividades comunitárias, etc. 
  • Necessidades de estima ou afeto: consideração, reconhecimento, prestígio, poder, etc. 
  • Necessidade de realização: alcançar objetivos de vida, demonstrar competências, exercer a criatividade, superar desafios, ter sucesso profissional, etc. 
Maslow chama esta seqüência de hierarquia das necessidades para mostrar que umas são mais básicas do que outras e as pessoas só buscam satisfazer a necessidade seguinte, quando a anterior está satisfeita. Assim é que uma pessoas busca satisfazer a necessidade de segurança, quando já estão satisfeitas as necessidades fisiológicas. Buscam a satisfação da necessidade social, quando as necessidades fisiológicas e de segurança estão satisfeitas. E assim por diante. 
Através do atendimento às necessidades acima resumidas - e classificadas para demonstração de uma teoria -, as pessoas buscam conforto, manifestação de seus anseios e sentimentos, progredir na vida, prosperidade, poder, sabedoria, paz e felicidade. 
Como sobre todas as leis da natureza, o homem pode atuar sobre estas três, visando acelerar os efeitos de uma e minimizar os efeitos de outras. E, em muitas circunstâncias, precisa "gerencia-las" - utilizando uma expressão comum das organizações - para influenciar na velocidade da solução dos problemas e da evolução das coisas. Sem intervenção sobre elas, as evoluções tendem a ser lentas., Muitos problemas urgentes da sociedade (distribuição da renda, melhoria do nível de educação, diminuição dos índices de criminalidade, por exemplo) se eternizam porque as forças de resistência estão superando a força das necessidades, e os governantes não têm sabido gerenciar bem as situações de forma a inverter esse resultado. 

Fonte: Resende, Enio J. 1938 - O livro das competências: desenvolvimento das competências; a melhor auto-ajuda para pessoas, organizações e sociedade, 2ª ed. - Rio de Janeiro; Qualitymark, 2003.

A magia da liderança

Acho que isso vem sendo discutido desde os primórdios da evolução humana. O líder nasce pronto porque tem um dom (MÁGICO) ou aprende a ser líder com o passar dos tempos e da suas experiências de vida? 
Para começar vamos arriscar uma definição de líder. Líder é aquele capaz de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que ele pede ou o que é necessário fazer. Uma boa definição, mas ainda incompleta. Vale pela simplicidade e pelo pragmatismo. Líder é aquele que antecipa o futuro. 
 Líder pode ser definido também por aquele que faz as pessoas sonharem juntas e sugere ações para tornar sonhos em realidade. A liderança é a capacidade de orientar, controlar, dirigir, analisar e influenciar pessoas em direção a um objetivo, um resultado. 
 O que é importante nessa discussão é que se a liderança não é dom e pode ser aprendida, então por que alguns nunca serão líderes? 
Uma pessoa tem que ter perfil especial para ser líder. Alguns pressupostos, habilidades e competências. Não vou escrever sobre as habilidades e as competências. Nessa parte tantos já escreveram que ficaria repetitivo. Vamos refletir juntos sobre alguns pressupostos. 
O primeiro pressuposto é o do querer ser líder. Se uma pessoa não quer, jamais será. Você, assim como eu, conhecemos pessoas que tem uma excelente capacidade técnica ou são detentoras de algumas habilidades excepcionais, mas que se recusam a serem líderes. Simplesmente não querem. 
Usando a primeira definição de líder – quem determina se uma pessoa é líder ou não, são as pessoas que por ele são influenciadas. Se não aceitamos a influência, a liderança não existirá. 
Um segundo pressuposto é o que diz respeito ao saber liderar. Aprender pela observação, pelo estudo, pelas tentativas, pelas próprias experiências ou as de outros líderes, como se deve fazer para liderar. 
 A liderança não consiste em fazer igual ao que um outro líder faz, mas em fazer como o outro fez ou faz. Aplicar o que aprendeu: as estratégias, habilidades, comportamentos e atitudes, na sua realidade para atingir os resultados pretendidos. 
Outro pressuposto é o que diz respeito ao líder sentir-se merecedor da liderança. Acreditar que é um prêmio a ser conquistado junto com outros. 
É um delicado equilíbrio entre razão e emoção. Entre o prático e o sonho. Um líder quer ser, aprende como e sente-se capaz, porque é merecedor da liderança. 
Observe como um líder (quem você considera líder) age. Observe suas posturas, a forma de falar, a maneira como ele passa as idéias de formas diferentes para as pessoas. Veja que todo líder tem um objetivo, um resultado muito claro a ser atingido e as pessoas que ele influencia conseguem ver isso e agir. Usa as palavras adequadas para cada situação por que as estuda. Estudar é aprender. Alguns fazem isso intuitivamente. 
Ao perguntar para ele como ele sabia o que fazer ou dizer, naquele momento, ele poderá responder que não sabe explicar, apenas que sabia que tinha que ser daquele jeito. 
Outros são capazes de explicar todo o cenário que eles observaram, o que aprenderam, antes, durante e após as ações. O primeiro é intuitivo, ou que chamamos, popularmente, do líder que nasceu feito, que tem o dom, aprende por intuição, sem se dar conta. Os segundos são os líderes que aprenderam pela razão e colocam a emoção para trabalhar junto. 
Ambos se emocionam primeiro para depois emocionar as pessoas. Observe que os líderes, muitas vezes, param por alguns instantes e retomam as ações de uma maneira diferente, com mais emoção ou com outra diferente da anterior. Parece que são bambus verdes, vergam de um lado para outro, mas não se quebram. 
Isso é uma técnica que os líderes utilizam. Alguns usam-na instintivamente ou intuitivamente, outros fazem isso por que aprenderam. 
Passe a observar no seu dia – a – dia quem você acha que é líder e veja como ele respira, como ele age, como ele passa a emoção para as pessoas que estão à sua volta. Verifique que, algumas vezes, as palavras saem no ritmo de sua respiração. Veja se isso realmente acontece. 
Se você chegou até aqui teve uma das primeiras lições para se tornar líder. Sem os pressupostos não adianta aprender habilidades e estratégias de liderança. Sinto desapontar alguns, não é mágica. 
Será que isso pode explicar as razões de encontrarmos gerentes, supervisores e lideres de equipes sem nenhum perfil para o exercício da liderança? Acredito que sim. Ainda hoje, os DRHs de algumas organizações, apesar de saberem a diferença entre líder e “chefe”, promovem cursos e mais cursos de técnicas e estratégias para liderança, convocam esses “chefes” e não avaliam os resultados práticos. Não percebem que os pressupostos acima não estão sendo atendidos adequadamente. Em outras palavras, deixaram de perguntar se as pessoas querem ser “chefes” ou líderes. 
Não verificam se o aprendizado é colocado em prática e se as pessoas escolhidas se vêem como lideres. Conheci um gerente que foi escolhido pela sua capacidade técnica. No intimo ele nunca gostou de liderar pessoas, gostava mesmo de trabalhar quieto no seu canto. A partir do dia que foi efetivado no cargo, começaram os problemas para ele e para a sua equipe. Participou de dezenas de cursos de estratégias e ferramentas para liderança, entretanto, os resultados na prática nunca apareciam. Certo dia ele resolveu se aposentar. Final da triste história: ele saiu doente e sentindo-se frustrado e a equipe mal preparada tecnicamente e com um relacionamento interpessoal deprimente. Se vocês estão pensando que o RH e a Diretoria dessa empresa escolheram uma pessoa com perfil de líder para substituir o anterior, enganaram-se. Foi escolhido o melhor técnico, o que tinha maior tempo de casa.
Considerações importantes podem ser feitas a partir deste ponto. A primeira diz respeito à participação do DRH no aconselhamento e acompanhamento efetivos na escolha dos líderes. A segunda é verificar quais são as técnicas, ferramentas e estratégias que devem fazer parte do aprendizado de cada líder em particular. A última é: depois do gol marcado, correr para galera e comemorar intensamente os resultados da Organização. 
Não é mágica, nem utopia. 

Fonte: Armando Pastore Mendes Ribeiro - http://pensareweb.com.br/artigos/lideranca_magica.htm

30 abril 2012

Principal causa da confusão mental no idoso

Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:    - Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
 Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
 Eu digo: "Não"
 Outros apostam: "Mal de Alzheimer"
 Respondo, novamente: "Não"
 A cada negativa a turma se espanta... E fica ainda mais boquiaberta         quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária;    
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
  Parece brincadeira, mas não é! Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos!
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos "batedeira", angina "dor no peito", coma e até morte.
Insisto: Não é brincadeira!

Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo
. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas:                
1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite, sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos, e de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços fora do ar, atenção.
É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico"
.

Por Arnaldo Lichtenstein, médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

6 dicas para os verdadeiros pensadores estratégicos

Você é o chefe, mas ainda gasta muito tempo com o dia a dia. Aqui está como se tornar o líder estratégico que sua empresa precisa.

No começo eram apenas você e seus parceiros. Você fazia todos os trabalhos. Você planejava, você se encontrava com investidores, você esvaziava o lixo e telefonava para pedir uma pizza à meia-noite. Agora você tem outras pessoas para fazer tudo isso; chegou a hora de você ser "o estrategista".
O que significa tudo isso
Se você estiver resistindo em ser o estrategista porque soa como uma via rápida para a irrelevância, ou vagamente como uma desculpa para afrouxar e ficar de fora, você não está sozinho. A tentação de cada líder é lidar com o que está diretamente à sua frente, porque parece sempre mais urgente e concreto. Infelizmente, se você fizer isso, você colocará sua empresa em risco. Se você se concentrar nos detalhes, você pederá oportunidades excepcionais, para não mencionar quaisquer sinais de que você estará se dirigindo para fora da estrada em direção a um penhasco.
Este é um trabalho duro, não se engane. "Precisamos de líderes estratégicos!" Este é um refrão bastante constante em todas as empresas, grandes e pequenas. Uma razão porque o trabalho é tão duro: ninguém realmente entende o que ele implica. É difícil ser um líder estratégico se você não sabe o que os líderes estratégicos devem saber fazer.
Após duas décadas de aconselhar as empresas grandes e pequenas, meus colegas e eu formamos uma idéia clara do que é exigido de você neste papel. Líderes estratégicos adaptativos — do tipo que prosperam no ambiente incerto de hoje – fazem seis coisas bem:
Antecipar
O foco na maioria das empresas é sobre o que está diretamente à frente. Os líderes não têm "visão periférica". Isso pode deixar sua empresa vulnerável a rivais que detetam e atuam sobre sinais ambíguos. Para antecipar bem, você deve:
• Procurar informações revolucionárias na periferia da sua indústria
• Pesquisar além dos limites atuais do seu negócio
• Construir redes externas amplas para ajudá-lo a analisar melhor o horizonte
Pensar criticamente
A "sabedoria convencional" abre menos os seus olhos e o conduz a adivinhação. Se você absorver cada modismo de gestão, cada crença momentânea e considerar opiniões por seu valor aparente, sua empresa perderá todas as vantagens competitivas. Pensadores críticos questionam tudo. Para dominar esta habilidade você deve forçar-se a:
• Reenquadrar os problemas para chegar ao fundo das coisas, em termos de causas básicas
• Desafiar as atuais crenças e mentalidades, incluindo as suas próprias
• Descobrir hipocrisia, manipulação e influenciar nas decisões organizacionais
Interpretar
Ambigüidade é inquietante. Confrontado com ela, a tentação é chegar a uma solução rápida (e potencialmente errada). Um bom líder estratégico se mantém estável, sintetizando informações de muitas fontes antes de desenvolver um ponto de vista. Para ficar bom nisso, você tem que:
• Buscar padrões em várias fontes de dados
• Encorajar outros a fazer o mesmo
• Questionar os pressupostos prevalescentes e testar várias hipóteses simultaneamente
Decidir
Muitos líderes são vítimas de "paralisia analítica". Você tem que desenvolver processos e impô-los, assim que você chegar a uma posição "suficientemente boa". Para fazer isso bem, você tem que:
• Cuidadosamente enquadrar a decisão para chegar ao cerne da questão
• Velocidade de equilíbrio, rigor, qualidade e agilidade. Deixar perfeição aos poderes superiores
• Tome uma posição, mesmo com informações incompletas, e em meio a diversas situações
Alinhar
Consenso total é raro. Um líder estratégico deve promover o diálogo aberto, construir a confiança e envolver as partes interessadas principais, especialmente quando os pontos de vista divergem. Para conseguir isso, você precisará:
• Compreender o que impulsiona as agendas de outras pessoas, incluindo o que permanece oculto
• Trazer questões difíceis para a superfície, mesmo quando soa desconfortável
• Avaliar a tolerância ao risco e seguir em frente para conseguir o apoio necessário
Aprender
Conforme sua empresa cresce, o feedback honesto é mais difícil e mais difícil de ser enxergado. Você tem que fazer o que você puder para mantê-lo o mais próximo possível de você. Isto é crucial porque successo e fracasso - especialmente o fracasso - são fontes valiosas de aprendizagem organizacional. Eis o que você precisa fazer:
• Incentivar e exemplificar de forma honesta, com avaliações rigorosas para extrair lições
• Saber mudar o curso de sua posição rapidamente se você perceber que está fora do caminho
• Celebrar o sucesso e fracassos (bem intencionadas) que permitem enxergar melhor as situações
Você tem essas características?
Obviamente, esta é uma lista assustadora de tarefas, e francamente, ninguém nasce um faixa preta com todas essas habilidades diferentes. Mas elas podem ser ensinadas e quaisquer que sejam as lacunas existentes no seu conjunto de habilidades poderão ser preenchidas. Isso mal cobre cada um dos aspectos da liderança estratégica em detalhes, o que poderá ser apresentado em futuros artigos. Mas, por agora, teste sua própria aptidão estratégica (ou de sua empresa) com o levantamento em www.decisionstrat.com.

Fonte: Paul J. H. Schoemaker: Fundador da Decision Strategies Intl. Speaker, professor, e empreendedor. Research Director, Mack Ctr for Technological Innovation at Wharton, onde ele ensina estratégia e tomada de decisão. Livro mais recente: Brilliant Mistakes

29 abril 2012

Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.
Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.
A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.
As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

Sabedoria de avó

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e,bebendo um cálice de Porto (pode ser um impecável cabernet),dizer à minha neta: 
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar. 
E assim, dizer apontando o indicador para o alto: - O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim: É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. Satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação. Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você. Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona, Alter do Chão... Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos.
Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.

Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.

Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Saiba AMAR, amando...

E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor.
Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
Leia. Pinte, desenhe, escreva.
E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais.
Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso, minha querida.
Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte:como vai você?

Isso vale para todos nós, pais, filhos, netos e amigas(os)...

26 abril 2012

Estamos todos no mesmo barco

Há muitos anos, Tom era funcionário de uma empresa muito preocupada com a educação.
Um dia, o executivo principal decidiu que ele e todo grupo gerencial, um total de 12 pessoas, deveriam participar de um  curso de sobrevivência, que tinha a forma de uma longa corrida de obstáculos.
A prova era cruzar um rio violento e impetuoso.
Para surpresa de todos, pela primeira vez o grupo gerencial foi solicitado a dividir-se em três grupos menores de quatro pessoas para a superação daquele obstáculo.
Os grupos eram: A, B e C.
O grupo “A” recebeu quatro tambores de óleos vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.
O grupo “B” recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante.
Já o grupo “C” não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; eles foram solicitados a usarem os recursos fornecidos pela natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na floresta próxima.
Não foi dada nenhuma instrução a mais.
Simplesmente foi dito aos participantes que todos deveriam atravessar o rio dentro de quatro horas.
Tom teve a “sorte” de estar no grupo “A”, que não levou mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada.
Um quarto de hora mais tarde, todo o grupo estava em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os grupos em sua luta desesperada.
O grupo “B”, ao contrário, levou quase duas horas para atravessar o rio.
Havia muito tempo que Tom e sua equipe não riam tanto como no momento em que a tora e dois dos tambores viraram com seus gerentes financeiro, de computação, de produção e de pessoal.
E o melhor estava por vir.
Nem mesmo o rugido das águas do rio era suficiente para sufocar o riso dos oito homens quando o grupo “C” tentou lutar contra as águas espumantes.
Os coitados agarraram-se a um emaranhado de galhos, que estavam se movendo rapidamente com a correnteza.
O auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos.
Somente reunindo todas as forças que lhes restavam foi que o último membro do grupo “C”, o gerente de logística, todo arranhado e com os óculos quebrados, conseguiu atingir a margem, 200 metros rio abaixo.
Quando o líder do curso voltou, depois de quatro horas, perguntou:
Então como vocês se saíram?
O grupo “A” respondeu em coro:
Nós vencemos! Nós vencemos!
O líder do curso responde:
Vocês devem ter entendido mal. Vocês não foram solicitados a vencer os outros.
A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio dentro de quatro horas.
Nenhum deles pensou em ajuda mútua, nem sonhou em dividir os recursos (tambores, toras, corda e remos) para atingirem uma meta comum.
Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenar os esforços e ajudar os outros.
Foi uma lição para todos no grupo gerencial.
Todos caíram direto na armadilha. Mas naquele dia, o grupo aprendeu muito a respeito de trabalho em equipe e de lealdade em relação aos outros.
MORAL DA HISTÓRIA
Se parássemos de encarar a vida e as pessoas como um jogo e milhões de adversários, muito provavelmente sofreríamos menos, compreenderíamos mais os problemas alheios e encontraríamos muito mais conforto no abraço de cada um.
Mas infelizmente, nos enxergamos como rivais, como se estivéssemos em busca de um tesouro tão pequeno que só poderia fazer vitorioso a uma única pessoa.
Ledo engano: o maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida!
DICA = Estamos todos no mesmo barco!
Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar!
É difícil, sem dúvida! Mas é possível e extremamente gratificante.
A vida fica mais leve, o caminho fica mais fácil e a recompensa, muito mais valiosa.
A EQUIPE FAZ A FORÇA
A equipe só sobrevive quando todos estiverem empenhados e comprometidos com os resultados, respeitando indistintamente a tudo e a todos.

O que é o amor?

O amor não ilumina o seu caminho.
O nome disso é poste.

O amor não é aquilo que supera barreiras.
O nome disso é gol de falta.

O amor não faz coisas que até Deus duvida.
O nome disso é Lady Gaga.

O amor não traça o seu destino.
O nome disso é GPS.

O amor não te dá forças para superar os obstáculos.
O nome disso é tração nas quatro rodas.

O amor não mostra o que realmente existe dentro de você.
O nome disso é endoscopia.

O amor não atrai os opostos.
O nome disso é imã.

O amor não é aquilo que dura para sempre.
O nome disso é Hebe Camargo.

O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego.
O nome disso é asma.

O amor não é aquilo que te faz perder o foco.
O nome disso é miopia.

O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama.
O nome disso é insônia.

O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas.
O nome disso é dinheiro.

O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo.
O nome disso é exame de próstata.

O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender.
O nome disso é vodka.

O amor não faz você passar horas conversando ao telefone.
O nome disso é Promoção da TIM / Oi / VIVO / CLARO...

O amor não te dá água na boca.
O nome disso é bebedouro.

O amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim.
O nome disso é férias.

O amor não é aquilo que te alegra e te deixa cheio de si.
O nome disso é pote de sorvete.

O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar.
O nome disso é empregada nova.

O amor não é aquilo que te deixa bobo, rindo à toa.
O nome disso é maconha.

O amor não é aquilo que gruda em você mas quando vai embora arranca lágrimas.
O nome disso é cera quente.

25 abril 2012

Algumas trocas que valem a pena

Não é receita de bolo, muito menos recomendação radical. Cada organismo é um, daí sermos indivíduos. No entanto, vale a pena saber.
1. Pão francês por integral

Eis uma forma de começar o dia protegendo as artérias. A massa integral presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas, algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a ver com os níveis de gordura na circulação. “Ao chegar ao fígado, ela diminui a produção de colesterol”, explica a gastroenterologista Jacqueline Alvarez-Leite, da Universidade Federal de Minas Gerais. Com isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.





2. Leite integral por desnatado

Esse esquema garante a entrada do cálcio, tão caro aos ossos, sem um bando de penetras gordurosos. A bebida desnatada tem o mesmo teor do mineral, com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do colesterol. “Isso porque reduz o número de receptores que captam LDL nas células”, ensina a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Se esse mecanismo não funciona direito, o colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das artérias.
 3. Óleo de soja e outros por azeite
O ganho dessa troca vem da combinação entre gorduras benéficas e antioxidantes que povoam o óleo de oliva. Uma de suas vantagens é fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. “Eles não aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de HDL, o colesterol bom”, afirma o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração de São Paulo. “Além disso, os compostos fenólicos do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a formação das placas”, completa Jorge Mancini, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.






4. Pizza de mussarela pelas de vegetais
A ideia pode não agradar aos fãs mais puristas das pizzarias, mas presta um enorme serviço aos vasos sanguíneos. Deixar camadas e mais camadas de queijo de lado de vez em quando significa podar gordura saturada do cardápio. Como você viu, ela protagoniza o disparo do LDL, o tipo perigoso do colesterol. Substituir a mussarela ou a quatro queijos pelas redondas cobertas de vegetais é uma saída para degustar pizzas sem receio. Opções não faltam — vale pizza de escarola, de rúcula, de brócolis e até de abobrinha. E elas oferecem um bônus: pitadas de fibras e antioxidantes.





5. Salgadinhos por castanhas
Essa troca é destinada àquele momento em que pinta a fome no meio do dia. Solução fácil, mas nada saudável, seria recorrer aos salgadinhos ou biscoitos recheados, petiscos que costumam contar com gordura trans em sua receita. “Ela não só faz aumentar o LDL como ainda contribui para derrubar o HDL”, alerta Ana Maria Lottenberg. Para escapar da malfeitora, aposte nas castanhas e nas nozes — legítimos depósitos da gordura monoinsaturada, que faz exatamente o trabalho oposto. “As oleaginosas ainda são fontes de antioxidantes”, lembra Jorge Mancini.






6. Cereais açucarados por aveia
A aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por isso merece um espaço logo no café da manhã — seja na forma de flocos, seja no mingau. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina comprova, mais uma vez, sua capacidade de cortar a gordura que sobra no sangue. “A aveia é rica em betaglucanas, fibras fermentadas no intestino e capazes de regular a síntese de colesterol”, explica a autora, Alicia de Francisco, que também é coordenadora para a América Latina da Associação Americana de Químicos de Cereais. “Observamos que elas ainda aumentam o HDL”.





7. Bauru por peito de peru e queijo branco
Calma, não pretendemos condenar ao ostracismo um lanche tão tradicional como o bauru. O problema é que ele deixa a desejar se as taxas de colesterol já rumam aos céus. Basta averiguar seus ingredientes: queijo prato e presunto, redutos de gordura saturada e colesterol. Que tal substituí-lo por um sanduba de peito de peru e queijo branco, que é mais esbelto do que seu congênere? Experimente. Só é preciso ficar atento ao tamanho do lanche. Ora, uma gigantesca baguete recheada pode fornecer mais calorias e gorduras do que um bauru de porte modesto.






8. Camarão por peixe
Convenhamos: frutos do mar não são tão frequentes no prato do brasileiro. Mas vale ficar atento durante aquela viagem à praia para não se abarrotar de camarões. Eles encabeçam o ranking marinho de colesterol — são 152 miligramas da gordura em uma porção de 100 gramas. Ou seja, quase o triplo do que é oferecido pela mesma quantidade de um peixe gordo como o salmão. Esse pescado se sai melhor também por outro motivo: ele é carregado de ômega-3. E uma nova pesquisa da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, revela: o ômega diminui a captação de LDL pela parede das artérias, prevenindo as placas.





9. Picanha por lombo  
O porco não é mais gordo que o boi nem o boi é mais gordo que o porco. Tudo é uma questão de corte. Há peças bovinas com menos gordura saturada, caso da alcatra e do filé mignon, e há aquelas parrudas, como a picanha e o cupim. O mesmo raciocínio se aplica à carne suína: o lombo é mais magro que o pernil. Mas saiba que há medidas para retalhar o possível malefício de qualquer corte rechonchudo. “Limpe a peça antes de cozinhá-la, retirando toda gordura aparente”, ensina Ana Maria. Até porque, apesar de a gente não ver, altas doses do nutriente já estão emaranhadas na carne.






10. Quindim por compota de frutas  
Os doces costumam ser condenados por carregarem açúcar demais. Quando a discussão envolve colesterol, porém, o açúcar pesa menos do que outro ingrediente comum em quindins, brigadeiros e bolos: a gordura. A manteiga, o creme de leite e outros ingredientes gordurosos que dão consistência aos quitutes levam consigo ácidos graxos saturados, que alavancam as taxas de LDL. Não à toa, os especialistas aconselham trocar esse tipo de sobremesa por opções que, sem perder o sabor adocicado, são desengorduradas. O melhor exemplo são as compotas de frutas. Só não vale, é claro, abusar.





11. Suco de laranja pelo de uva  
Essa é para matar a sede e resguardar o peito. É na casca da uva que está um parceiro do coração, o resveratrol. “Ele atua na redução do colesterol e tem efeito antioxidante”, diz a bioquímica Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Ao impedir que as partículas de LDL se oxidem, a substância evita indiretamente que elas grudem na parede do vaso. Ao contrário do que muita gente pensa, o resveratrol não é exclusivo do vinho. O suco de uva natural e feito na hora (com casca, por favor!) também o disponibiliza ao organismo.






12. Chá de ervas por chá-mate  
Não é campanha contra a receita da avó, mas as infusões à base de camomila e afins perdem feio para o mate se o assunto é colesterol. Que o digam cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, que avaliaram as propriedades dessa erva típica do sul do país. “Notamos uma queda de 8,5% nos níveis de LDL em voluntários com taxas normais e uma redução extra de 13,5% em pessoas que tomavam remédios para abaixar o colesterol”, conta o farmacêutico Edson Luiz da Silva, que liderou a pesquisa. A proeza vem das saponinas, moléculas presentes no mate. “Elas diminuem a absorção do colesterol no intestino, favorecendo sua excreção pelas fezes”, explica.





13. Cebola branca por cebola roxa
Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. “Experimentos feitos em animais no nosso laboratório mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue”, conta a professora Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa. “A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo.” Morangos e cerejas, saiba, também são reservas de antocianinas.






14. Chocolate ao leite pelo amargo
O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. “Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição. “Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação”, diz. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição.
 




15. Sal por ervas e alho

Está em suas mãos uma maneira de preservar os vasos sem deixar a comida ficar insossa: em vez de exagerar no sal, ingrediente que patrocina a hipertensão, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. “Ele tem compostos capazes de controlar o colesterol”, exemplifica Vanderlí. E ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que, você já sabe, não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.
16. Frango com pele pelo frango sem pele
Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano. “Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo”, esclarece a nutricionista Cláudia Marcílio, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. “Quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne”, justifica Ana Maria. Aí, será tarde…





17. Queijo pelo tofu
A intenção não é jogar mais pedras sobre o parmesão, o provolone e até o minas, mas abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. “A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol”, explica a nutricionista Nágila Damasceno, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação. 
18. Pipoca de micro-ondas pela de panela
Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. “É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa”, argumenta a doutora em ciência dos alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. “Na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola”, diz Cristina. Daí, você aproveita as fibras do milho, deixando seu colesterol em paz.