31 julho 2025

Transformando o ar do deserto em água potável

Uma startup alemã está transformando o ar do deserto em água potável sem precisar eletricidade.
Em um mundo onde mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, uma inovação alemã está extraindo umidade diretamente do céu do deserto  sem usar um único watt de eletricidade. A empresa HelioWater desenvolveu um material avançado que captura e libera água usando apenas a luz solar e o ar.
O sistema utiliza um novo gel higroscópico que absorve a umidade do ar durante a noite, quando a umidade aumenta. Durante o dia, a luz solar aquece o gel, liberando água limpa e potável em uma câmara coletora. Sem peças móveis, baterias ou componentes eletrônicos, o sistema funciona exclusivamente com energia solar passiva e design inteligente de materiais.
Um único painel de 1 metro quadrado pode produzir até 3 litros de água por dia, mesmo em áreas com umidade de apenas 10%. As unidades são projetadas para serem modulares e empilháveis, permitindo que as comunidades as dimensionem de acordo com suas necessidades. É especialmente promissor para regiões remotas, campos de refugiados ou zonas de desastre onde a infraestrutura é insuficiente.
O cerne da invenção é um nanogel incorporado com sais à base de cobre. Esses sais são altamente eficazes na absorção de umidade, mesmo em condições áridas, e todo o sistema é construído com materiais recicláveis e de baixo custo. É sustentabilidade, simplicidade e escalabilidade, tudo em uma solução compacta.
Ao contrário dos geradores de água atmosférica convencionais, que dependem de compressores e eletricidade, este sistema à base de gel não requer nenhuma fonte de energia. Isso o torna ideal para áreas completamente fora da rede elétrica  como desertos profundos, terras altas ou ilhas remotas.
Já existem projetos-piloto em andamento no Marrocos e na Namíbia, com a ONU expressando interesse em apoiar uma implantação mais ampla. Se bem-sucedido, o projeto poderá mudar permanentemente o acesso à água em partes do mundo onde as pessoas ainda caminham quilômetros para comprar um único balde.

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