quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Copa do Mundo de futebol de 1958

Como é bom lembrar os velhos tempos! Depois da grande decepção de 1950, em pleno Maracanã, quando a seleção brasileira de futebol precisava "apenas" de um empate para ser campeã do mundo, e perdeu. Depois de 1954, na Suíça, quando a seleção não passou das quartas-de-final, o quê poderia ser esperado da seleção na Copa de 1958? Outro vexame?
Não foi o que aconteceu! Uma nova filosofia administrativa, com mudança de paradigmas, possibilitou à seleção tornar-se Campeã do Mundo. Era a primeira conquista mundial da seleção brasileira, de uma série que começava então.
Para relembrar os cinqüenta anos da conquista o canal a cabo ESPN Brasil produziu um documentário sobre o feito. Sem muitos detalhes, até porque o tempo na TV é sempre escasso.
Em um programa anterior no mesmo canal, o apresentador mencionava a chamada e acrescentava; "não deixem de ver; e se você tem video cassette ou gravador de DVD, grave; é um documento histórico!"
Na segunda-feira, dia 22/12/2008, lá estava eu em frente ao televisor, com o meu laptop conectado para a gravação.
O programa teve a duração aproximada, de uma hora e meia. Não me arrependi, pois foi possível recordar detalhes dos goals marcados, acompanhar entrevistas com participantes daquela jornada, tanto nacionais, como estrangeiros, incluindo jogadores suecos, adversários naquele memorável 5x2 a favor do Brasil.
As cenas finais da Copa foram de emocionar, com o garoto Pelé chorando de alegria, da mesma forma que outros jogadores, membros da Comissão Técnica e repórteres.
Realmente um trabalho elogiável, digno de um jornalismo histórico.
Não resisti, peguei a gravação no laptop e transformei em um DVD para meu acervo e para entregar uma cópia a cada filho, para que eles possam entender um pouco melhor como foi a caminhada da seleção até o título. Preconceitos superados, novas práticas administrativas, novos critérios de preparação dos atletas e, acima de tudo, a responsabilidade de cada um dos participantes, dirigentes e jogadores, para levar o projeto ao sucesso que todos almejavam.
Sem julgamento de valores, ficam algumas perguntas no ar: quantos jogadores da seleção jogavam no exterior? Qual era o nível de salário, comparado com o dos jogadores estrangeiros? Quantos jogaram na Suécia de olho em se tornar um grande craque internacional e ficar milionário da noite para o dia?
Gostaria de, eu mesmo, ter resposta para todas as questões, mas isso não vem ao caso, pois o feito da conquista da primeira Copa do Mundo, há 50 anos, está marcado para sempre nos corações dos brasileiros mais antigos.

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