08 setembro 2025

Elefantes localizam água utilizando o faro

Os elefantes conseguem localizar água utilizando o faro, que está entre os mais desenvolvidos do reino animal.
Eles também são capazes de perceber a diferença entre água natural e água destilada.
Um estudo recente mostrou que os elefantes-africanos possuem uma impressionante habilidade de encontrar água apenas pelo olfato.
Para investigar isso, cientistas realizaram dois experimentos com elefantes semi-mansos, a fim de verificar se apenas os odores seriam suficientes para guiá-los até a água. Nos testes, os animais escolheram repetidamente a água de fontes naturais e artificiais em vez da destilada, provando que conseguem diferenciar os tipos de água pelo cheiro.
Além disso, eles detectaram três compostos orgânicos voláteis (COVs) geralmente ligados à presença de água — geosmina, 2-metilisoborneol e sulfeto de dimetila — mesmo sem que esses compostos estivessem de fato presentes nas amostras analisadas.
Isso indica que os elefantes provavelmente identificam outros COVs, possivelmente mais complexos ou comuns a eles, para reconhecer a água. Essa capacidade, especialmente em curtas distâncias, revela uma adaptação evolutiva para sobreviver em regiões áridas, onde a água é escassa e muitas vezes difícil de encontrar.
Entender melhor esse olfato apurado pode ajudar em estratégias de conservação, sobretudo em áreas sujeitas à seca ou em locais onde existe disputa entre pessoas e elefantes por acesso à água. Porém, ainda não está claro se eles conseguem farejar água a grandes distâncias — uma questão que abre espaço para novas pesquisas sobre as incríveis habilidades sensoriais de um dos mamíferos mais inteligentes do planeta.
Fonte: Wood M, Chamaillé-Jammes S, Hammerbacher A, Shrader AM. African elephants can detect water from natural and artificial sources via olfactory cues. Anim Cogn. 2022 Feb;25

07 setembro 2025

Aranha produz seda vermelha fluorescente

Cientistas da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, usaram com sucesso o CRISPR-Cas9 para criar a primeira aranha do mundo geneticamente modificada que produz seda vermelha fluorescente.
A equipe de pesquisa, liderada pelo Professor Dr. Thomas Scheibel, trabalhou com a aranha doméstica comum (Parasteatoda tepidariorum) e inseriu um gene responsável pela produção de uma proteína fluorescente vermelha.
Para isso, eles microinjetaram o complexo CRISPR-Cas9 junto com o gene desejado em ovos de aranhas ainda não fertilizados.
Durante o procedimento, as aranhas foram anestesiadas com dióxido de carbono.
Após o acasalamento, sua prole começou a produzir seda que brilhava em vermelho sob iluminação específica — confirmando o sucesso da modificação genética.
Essa conquista não apenas representa um avanço significativo na engenharia genética de aracnídeos, mas também abre novas possibilidades para a pesquisa em biomateriais, como a produção de sedas personalizadas para aplicações médicas, têxteis ou industriais.
Crédito: Arquivo Incomum.

05 setembro 2025

A rocha Kummakivi

Na Finlândia existe um dos maiores mistérios da natureza: uma rocha gigantesca chamada Kummakivi, que pesa cerca de 500 toneladas. O mais impressionante é que ela não está cravada no chão, mas sim equilibrada de forma perfeita em cima de outra rocha menor.
Esse fenômeno natural intriga visitantes há séculos. Apesar do tamanho e do peso absurdo, a Kummakivi permanece imóvel, sem nunca ter caído ou deslizado, mesmo após milhares de anos enfrentando ventos, chuvas e até o peso da neve durante os invernos rigorosos da Finlândia.
Estudos geológicos indicam que essa posição inacreditável vem desde o fim da última Era do Gelo, há cerca de 11 mil anos. Os glaciares que cobriam a região teriam transportado a rocha até onde ela está hoje, criando um espetáculo natural que parece desafiar as leis da física.
Crédito: Enfim Ciência.

Tuiuiú: a maior ave do Pantanal O tuiuiú

O tuiuiú (Jabiru mycteria) é considerado o verdadeiro símbolo do Pantanal. Com até 1,60 metro de altura e uma envergadura de asas que pode chegar a 3 metros, ele está entre as maiores aves voadoras das Américas. Seu pescoço branco, marcado por uma faixa vermelha intensa na base, e o grande bico preto em formato de adaga tornam a espécie facilmente reconhecível. 
Essas características não são apenas estéticas: o bico robusto é adaptado para capturar peixes, crustáceos e pequenos vertebrados nas áreas alagadas do bioma. Além da imponência física, o tuiuiú desempenha um papel essencial no equilíbrio ecológico do Pantanal. Como espécie que se alimenta de animais aquáticos e até de carcaças em decomposição, ajuda a controlar populações e a manter a saúde dos ecossistemas aquáticos. 
Os ninhos, enormes e feitos no alto das árvores, chegam a medir até 2 metros de diâmetro. Neles, a fêmea bota de 2 a 4 ovos, e tanto o macho quanto a fêmea cuidam dos filhotes. Graças ao seu porte imponente, sua ligação cultural com os pantaneiros e sua importância ecológica, o tuiuiú foi eleito a ave-símbolo do Pantanal, um verdadeiro guardião dos céus dessa planície alagada.

04 setembro 2025

A História do Cassino da Urca

Apesar do nome, o prédio histórico às margens da Praia da Urca, numa das paisagens mais bonitas do Rio, é menos lembrado pelas jogatinas do que pelas inúmeras curiosidades de sua história. Foi inaugurado em 1933 originalmente como um hotel — o “Balneário” — para as comemorações dos cem anos de Independência do Brasil. Seus quartos, luxuosíssimos, abrigavam figuras famosas que buscavam a paz daquele recanto ainda bucólico. 
No começo da década de 1930 cedeu à moda dos hotéis-cassinos, e foi comprado pelo empresário Joaquim Rolla, uma figura influente nas rodas políticas. O começo das atividades como cassino não foi muito próspera, mas o espaço acabou se consolidando com o investimento na seara musical. 
Estrelas como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Virgínia Lane e Dalva de Oliveira se apresentavam em seu palco, para um público formado pela alta sociedade carioca. Joaquim Rolla chegou a criar uma linha de barcas de Niterói até a Urca, atraindo mais clientes. Com a proibição dos jogos de azar no Brasil, em 1946, foi fechado e ficou sem atividades até 1953, quando Assis Chateaubriand iniciou as obras de instalação da sede no Rio da TV Tupi. 
A emissora ocupou o prédio até 1980, quando terminaram suas transmissões. Fechado até 2006, o prédio atualmente é a sede do Istituto Europeo di Designa, foi restaurado pelo IED para sua sede no Rio de Janeiro, onde operou de 2013 a 2021. 
No prédio estão o espaço do "grill-room", o famoso salão de público e o palco do teatro que recebia grandes atrações e shows de Grande Otelo, Carmen Miranda e sua irmã Aurora Miranda, Dick Farney, Emilinha Borba, Virginia Lane, Dalva de Oliveira e o Trio de Ouro, Ary Barroso e a famosa dançarina Josephine Baker. 
Na época da TV Tupi, o palco era o centro de gravações de inúmeros programas incluindo o "Cassino do Chacrinha" líder de audiência da televisão brasileira durante anos. Em 2023, passa a abrigar o Colégio Eleva Urca – que venceu licitação em 2020 para ocupar o espaço que deve abrigar 300 alunos e conta com uma revitalização da fachada – que mantém as paredes do prédio original – além de todo o piso interno. Após passar por uma reforma, o antigo Cassino da Urca, erguido no início de 1920, reabre as portas em 2023 com atividades voltadas à alfabetização como Colégio Eleva Urca. 
Crédito: Fotos, Fatos e Histórias do Rio Antigo.

O líquido que escorre da carne

Você já parou para pensar naquilo que escorre da carne e muita gente confunde com sangue? 
Esse fluido vibrante, que muitas vezes causa desconfiança, na verdade esconde uma verdade simples, mas que a maioria desconhece: é um valioso sinal de qualidade. Essa desinformação nos faz questionar um alimento perfeitamente bom, revelando como mitos culinários podem nos levar a enganos. 
Esse líquido não é sangue, e sim mioglobina, uma proteína que armazena oxigênio nas fibras musculares. Quando ela se mistura com a água natural da carne, adquire a coloração avermelhada que tanto se assemelha ao sangue.
Não se preocupe, ela é totalmente segura e rica em ferro, sendo valiosa para a sua nutrição. Sua presença é um sinal de uma carne fresca e de qualidade, e não um motivo para preocupação. 
Crédito: Portal do Mundo.

03 setembro 2025

O peixe-balão de manchas brancas

Nas águas próximas ao sul do Japão, mais precisamente no leito marinho das Ilhas Ryukyu, ocorre um dos rituais de acasalamento mais impressionantes da natureza, executado por um peixe de pequeno porte. O macho da espécie Torquigener albomaculosus (peixe-balão de manchas brancas), que possui apenas doze centímetros, esculpe meticulosamente com suas barbatanas um ninho circular que pode atingir quase dois metros de diâmetro.
rabalho de construção é incessante e dura mais de sete dias, durante os quais o peixe movimenta suas nadadeiras para gerar, com exatidão matemática, um padrão de sulcos e cristas que se irradiam. A estrutura final se assemelha a um complexo e gigante círculo geométrico na areia, funcionando como uma elaborada exibição para o cortejo.
Pesquisas indicam que a simetria e a complexidade do desenho são fatores cruciais para o sucesso em atrair uma parceira. 
Acredita-se que o formato da estrutura influencie as correntes de água para depositar sedimentos de areia mais fina em seu centro, permitindo que a fêmea avalie a qualidade do macho pela habilidade demonstrada. Ao ser conquistada, a fêmea desova no centro do círculo. 
O macho então fertiliza os ovos e permanece no local para guardá-los até a eclosão, momento em que o ninho é deixado para trás e gradualmente desfeito pelas correntes oceânicas. 
Apesar de ter sido avistado pela primeira vez em 1995, este fenômeno singular só foi estudado cientificamente a partir de 2011. A espécie responsável por ele foi formalmente identificada e catalogada em 2014. 
O aspecto mais fascinante é que o macho consegue erigir essas formas perfeitamente simétricas sem utilizar a visão para guiá-lo ou medir — dependendo exclusivamente de seu instinto e movimentos corporais inatos. Trata-se, portanto, de uma demonstração de vigor e aptidão, materializada através de geometria, repetição incansável e pura persistência. 
Crédito: Mente Desbloqueada.

A história da Tramontina

Quando seu marido, Valentim Tramontina, faleceu em 1939, ela se viu diante de um grande desafio: administrar uma pequena ferraria em Carlos Barbosa (RS), em uma época em que o espaço da mulher nos negócios praticamente não existia. 
Com coragem e determinação, ela assumiu a liderança da empresa, enfrentou preconceitos e dificuldades econômicas, e fez a ferraria crescer, expandindo os negócios e abrindo caminho para o que, mais tarde, se tornaria a Tramontina — uma das maiores e mais respeitadas multinacionais brasileiras, conhecida em mais de 120 países. 
Uma mulher à frente do seu tempo, que transformou dor em força e dificuldades em oportunidades. 
Graças à sua coragem, o nome Tramontina se tornou sinônimo de qualidade e orgulho nacional. 
Crédito: Mistérios e Curiosidades do Mundo.

02 setembro 2025

A tecnologia por trás do barro

Por trás da simplicidade do barro existe uma sabedoria antiga.
São séculos de tradição que unem raízes indígenas, conhecimento passado de geração em geração e o trabalho de artesãos. Dessa combinação nasceu um método natural de filtrar água que hoje tem reconhecimento científico pela sua eficiência.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos apontam que o filtro de barro brasileiro pode reduzir até 95% de cloro e metais pesados como chumbo e alumínio. Também é capaz de diminuir resíduos de pesticidas e reter 99% do parasita da criptosporidiose, considerado um dos mais resistentes encontrados na água.
Tudo isso sem depender de energia elétrica e ainda ajudando a manter a água fresca, em média 5 °C abaixo da temperatura ambiente.
Enquanto muitos buscam soluções tecnológicas caras e complexas, o filtro de barro segue como uma alternativa acessível, natural e genuinamente brasileira.
É uma tecnologia simples e silenciosa, presente em inúmeros lares, que merece ser lembrada pelo valor que tem.
Crédito: Curiosidades da Terra. 

Você conhece a ocapi?

Sabia dessa? Ela parece uma zebra, anda como uma girafa, mas não é nenhuma das duas! Esse animal fascinante é o ocapi, conhecido como o “fantasma das florestas” da África Central.
Apesar das listras que lembram uma zebra, o ocapi é, na verdade, o único parente vivo da girafa. Ele possui uma língua longa e preênsil, capaz até de lamber os próprios olhos e orelhas, além de arrancar folhas das árvores com precisão impressionante. 
O mais surpreendente é que o ocapi permaneceu desconhecido pela ciência ocidental até 1901. Durante séculos, os povos locais falavam da misteriosa "girafa da floresta", mas ninguém acreditava em sua existência. Hoje sabemos que ele é real — um verdadeiro fantasma vivo do Congo, silencioso, esquivo e majestoso.
Um lembrete poderoso de que a natureza ainda guarda segredos incríveis — e que precisamos protegê-los!
Crédito: Mistérios e Curiosidades do Mundo.