domingo, 26 de janeiro de 2025

A história da Branca de Neve

A história de Branca de Neve, popularizada pelo conto dos Irmãos Grimm, é inspirada na vida de Maria Sofia Margarita Catalina Von Erthal, uma princesa alemã do século XVIII. Nascida em Lohr, Alemanha, em 1729, Maria Sofia enfrentou uma vida longe do conto de fadas. A varíola deixou-a parcialmente cega, e a morte da mãe, quando ela tinha apenas 12 anos, foi um duro golpe. Seu pai, príncipe Philipp Christoph, casou-se novamente, e a madrasta de Maria, Claudia Elisabeth, uma condessa de Reichenstein, foi a figura que inspirou a madrasta maligna do conto.
Em Lohr, conhecido pela produção de espelhos, Claudia possuía um "espelho falante", um artefato que refletia sons de uma maneira única, semelhante ao famoso espelho da Rainha Má. Maria Sofia era amada pelos trabalhadores locais, especialmente os mineiros de baixa estatura que usavam roupas longas e chapéus, lembrando os sete anões da história.
No entanto, sua vida teve um desfecho triste: Maria Sofia faleceu aos 21 anos, possivelmente de uma doença que a deixou acamada. Durante seu funeral, mineiros cobriram seu caixão com fragmentos de cristal, substituindo o caixão de cristal do conto. A narrativa dos Irmãos Grimm romantizou sua história, perpetuando a lenda de Branca de Neve, que, embora enfeitada, reflete as nuances de uma vida real marcada por amor e tragédia.
A verdadeira história de Branca de Neve, embora sem príncipe ou final feliz, nos lembra que por trás dos contos de fadas há vidas complexas e reais, cheias de desafios e simbolismo. A lenda de Maria Sofia permanece como um exemplo de como a história e a ficção se entrelaçam para criar narrativas que ressoam ao longo dos séculos.

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