sexta-feira, 27 de março de 2009

O corpo-bioplásmico

Recebi o material que segue abaixo de um amigo, por email. Acredito que seja mais um bom tema para debates. Quem se habilita?
Desde o século passado, vários cientistas se empenharam na descoberta de meios para provar a existência no homem do chamado corpo espiritual ou duplo-etéreo. Em 1943 Raoul Montandon publicou na Suíça um curioso livro intitulado De la Bête a l'Homme (Do Animal ao Homem), relatando pesquisas psicológicas que mostram semelhanças significativas entre o reino animal e o hominal e pesquisas científicas que provavam a existência nos animais de um corpo energético.
Essas pesquisas são relatadas no capítulo intitulado Sobrevivência Animal. Várias fotografias batidas com filmes sensíveis à luz infravermelha, de grupos de gafanhotos e insetos mortos com éter, revelavam ao lado dos animais mortos uma sombra semelhante ao corpo morto, enquanto ao lado dos que não haviam morrido, mas estavam em estado letárgico, não aparecia a mesma sombra.
No capitulo das fotografias psíquicas, batidas ocasionalmente ou em sessões mediúnicas experimentais, os anais espíritas apresentam impressionante volume de casos significativos, cercados de todos os recursos de garantia da autenticidade do fenômeno.
No caso atual das pesquisas soviéticas, com aparelhagem técnica de precisão, a demonstração da existência desse corpo extrafísico (para usarmos a expressão parapsicológica atual) foi decisiva. Os soviéticos, operando em comissão científica oficial, na Universidade de Alma-Ata, no Casaquestão, fizeram experiências com moribundos e conseguiram verificar a retirada total do corpo-bioplásmico dos mortos, cujos corpos materiais só então se cadaverizavam. Não tendo sido possível fotografar esse corpo depois do seu desprendimento do cadáver, empregaram a técnica de pesquisa por meio de detectores de pulsações biológicas e verificaram, surpreendidos, que as pulsações captadas indicavam a presença do corpo-bioplásmico no ambiente.
Bastam esses dados sumários ao objetivo deste livro. Dados mais completos e minuciosos já foram divulgados entre nós com a edição da tradução do livro de Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, pesquisadoras norte-americanas que entrevistaram os cientistas soviéticos na URSS, e cujo trabalho foi editado pela imprensa da Universidade de Prentice Hall (USA) e posteriormente pela editora Bantam Books, de Nova torque.
A descoberta do corpo-bioplásmico constitui uma confirmação científica, proveniente do campo materialista, da teoria do perispírito. Segundo o Espiritismo, o perispírito é o corpo espiritual de que tratou o Apóstolo Paulo na I Epistola aos Corintos. Sua função é servir ao espírito como instrumento para a sua manifestação nos planos materiais. É através dele que o espírito se liga à matéria no processo da encarnação. Durante a Vida terrena ele é o agente das atividades orgânicas. Mantém a vida do corpo e serve de campo padronizador durante o desenvolvimento deste, a partir da fecundação, regendo a formação do embrião. Na morte, o perispírito se desliga progressivamente do corpo material, que só se cadaveriza com o seu desligamento total. Na maioria das pessoas o perispírito, após a morte, permanece nas proximidades do cadáver por tempo mais ou menos longo, em virtude da atracão que os despojos exercem ainda sobre o espírito. Esse corpo é considerado na doutrina espirita como semi-material, constituído de energias materiais e espirituais em integração. É o corpo da ressurreição, conforme já afirmava o Apóstolo Paulo.
Todas essas características do perispírito são confirmadas pelas observações dos cientistas soviéticos, que consideraram esse corpo como material, constituído por um plasma físico formado de partículas atômicas. Mas um fato intrigante aparece nas pesquisas soviéticas: esse corpo só pode ser visto e fotografado enquanto está ligado ao corpo material. Uma vez desprendido, não está mais ao alcance das câmaras kirlian. Somente os detectores de pulsações biológicas podem constatar a sua presença no ambiente. As câmaras kirlian, como já vimos, só podem agir sabre campos materiais imantados por correntes elétricas de alta freqüência. Desligado do corpo material, o corpo-bioplásmico ou perispírito não oferece condições para isso. Parece-me evidente o motivo por que ele, então se torna inacessível. Não está mais revestido de um campo material, embora contenha em sua própria estrutura energias materiais. O próprio nome cientifico dado a esse corpo-bioplásmico, mostra a sua função vital e a sua natureza plásmica. Esse problema entretanto, não é somente fisico. Na proporção em que o espírito, liberto da matéria, vai se integrando no mundo espiritual, seu perispírito vai se libertando dos elementos materiais.
A descoberta desse corpo pelos materialistas representa a maior vitória do Espiritismo e ao mesmo tempo a conquista mais importante da nossa era cientifica, pois com ela a Ciência terrena dá o primeiro passo para a sua futura fusão com a Ciência espiritual. Este é o mais significativo sinal de que estamos entrando na Era do Espírito. Oliver Lodge referiu-se ao túnel mediúnico, uma via de ligação do mundo material com o mundo espiritual, acentuando que esse túnel vem sendo cavado dos dois lados pelos homens e pelos espíritos. Quando os trabalhadores daqui e do além se encontrarem, o túnel estará aberto e a comunicação entre os dois planos se tornará tão fácil como as comunicações entre as várias regiões da Terra. Até agora somente os espíritas trabalhavam do lado de cá. De agora por diante, os cientistas também darão a sua cota de serviço.
A descoberta do corpo-bioplásmico e os estudos sobre as suas funções e a sua estrutura vêm também contribuir para que os enganos das religiões cristãs sejam corrigidos. Pouco a pouco a verdade se impõe e a mentira vai sendo afastada. A Religião, que constitui, como a Filosofia e a Ciência, uma das grandes províncias do Conhecimento, está prestes a retomar o seu lugar no plano cultural. Mas para isso as religiões sectárias deverão seguir aquela advertência de Jesus: perder a sua vida individual para fundir-se na vida coletiva, num processo livre de religiosidade universal que nos dará a Religião em Espírito e Verdade. Foi essa a profecia de Jesus à mulher samaritana.
Não há nenhuma outra saída para a crise religiosa do nosso tempo. As teologias artificiais, como a da Morte de Deus, são ensaios de vôo cego num céu vazio, nublado pela dúvida. A realidade é uma só. A confirmação positiva da existência do espírito, através da Ciência em desenvolvimento acelerado, porá um ponto final nas especulações religiosas. E não há nenhuma outra plataforma, na Terra, para a execução dessa reintegração da Religião no campo cultural, além da obra de Kardec. Os homens do futuro ficarão estarrecidos ao verem que tivemos todos os dados nas mãos para fazer essa integração em nosso tempo e não conseguimos fazê-la. Perguntarão a si mesmos o que nos faltou e talvez alguém lhes diga: humildade.
Fonte: J. Herculano Pires - Agonia das Religiões

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