12 setembro 2025

A matemática escondida no girassol

O que você vê na imagem não é apenas beleza natural: é matemática pura escrita na natureza.
As sementes de girassol seguem um padrão conhecido como espiral de Fibonacci. Se você observar com atenção, você notará que as sementes não se alinham em filas retas, mas formam espirais que giram em direções opostas. Ao contá-las, descobrem-se números muito especiais: 21, 34, 55... todos pertencentes à famosa sucessão de Fibonacci.
O que é a sucessão de Fibonacci?
É uma série matemática em que cada número é a soma dos dois anteriores:
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34…
Por que o girassol “usa” Fibonacci?
A razão está na eficiência. As plantas dispõem as suas sementes, folhas ou pétalas desta maneira porque assim aproveitam melhor o espaço e a luz. No caso do girassol, este padrão permite que todas as sementes cresçam sem perturbar e com a maior densidade possível, otimizando a sua distribuição.
Este design é baseado em um ângulo especial: o ângulo áureo (≈137,5°), relacionado com o número áureo (φ ≈ 1,618). Colocando cada nova semente separada por esse ângulo em relação à anterior, evita-se a sobreposição e alcança-se este padrão hipnótico de espirais que vemos tanto na imagem como na natureza real.
A mesma proporção aparece em conchas marinhas, ananases, caracóis, galáxias espirais e até mesmo em furacões. O girassol é apenas um exemplo de como o universo parece falar a língua da matemática.
Fontes: Nature, Mathematical Biosciences, Universidade de Cambridge.

11 setembro 2025

O maior reservatório de água doce do planeta.

O Brasil guarda em seu subsolo uma das maiores riquezas naturais já registradas. 
Pesquisadores da Universidade Federal do Pará identificaram o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), considerado o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta. 
Estima-se que o volume seja suficiente para abastecer toda a população mundial por cerca de 250 anos. Com mais de 150 quatrilhões de litros de água e abrangendo 1,2 milhão de quilômetros quadrados — 75% deles em território brasileiro —, o SAGA supera em dimensão até o Aquífero Guarani. 
Os especialistas destacam, no entanto, que o manejo sustentável é essencial para preservar essa reserva estratégica para o futuro.

O Forte do Morro da Viúva, entre Botafogo e Flamengo

Você sabia que existiu um forte no alto do Morro da Viúva? O Morro da Viúva, situado entre os bairros de Botafogo e Flamengo, já foi uma pedreira cujas pedras abasteceram importantes obras da cidade, como o Obelisco da Avenida Rio Branco e os meios-fios da Beira-Mar.
Em meados do século XIX, por volta de 1863, foi erguida ali uma bateria militar — a Bateria do Morro da Viúva — como parte das defesas da Baía de Guanabara durante a Questão Christie, mas foi desativada cerca de 1885 e posteriormente demolida com a abertura da Avenida Rui Barbosa em 1922.
Logo a seguir, por volta de 1878–1891, foi construído um reservatório de água no topo do morro. Projetado pelos engenheiros Jerônimo Jardim e Luiz Francisco Monteiro de Barros, foi concebido para abastecer os bairros de Botafogo, Praia Vermelha e Leme com água proveniente de mananciais da Tijuca e áreas próximas. O reservatório, feito em alvenaria com compartimentos cobertos por abóbadas, permaneceu em operação até a década de 1970 e recebeu tombamento provisório pelo Inepac em 1998 
Hoje, o morro está quase invisível do nível da rua, completamente cercado por prédios altos, mas preserva uma vegetação densa no alto e abriga ruínas históricas do reservatório Acessar esse espaço depende de um acesso discreto pela Travessa Acaraí, no final da Avenida Oswaldo Cruz, atrás da Praça Nicarágua, onde uma portinhola leva a uma escadaria que sobe até o platô do morro 
Moradores locais mantêm o local limpo e preservado, mesmo sob ameaças de despejo. A presença da vegetação, saguis e a vista parcial do Pão de Açúcar, Cristo e Corcovado por entre os prédios tornam o lugar um “segredo” precioso da cidade.

10 setembro 2025

A maior árvore do Brasil

A Floresta Amazônica nos presenteia com uma nova descoberta impressionante: a maior árvore do Brasil! 
É um imponente angelim-vermelho com 88,5 metros de altura, localizado na Floresta Estadual (Flota) do Paru, no Pará. 
Com uma idade estimada entre 400 e 600 anos, essa árvore gigante é um importante símbolo da rica biodiversidade da Amazônia. Sua descoberta a coloca no topo do ranking na América Latina e como a quarta maior árvore do mundo!
Sua existência ressalta a importância de proteger nossas florestas e os tesouros naturais que elas guardam, provando que a natureza ainda tem muito a nos surpreender. 
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08 setembro 2025

O vulcão mais antigo do mundo está no Brasil

Um achado surpreendente revelou que o vulcão mais antigo do mundo está em território brasileiro. Batizado de “Vulcão Amazonas”, o conjunto de antigas caldeiras vulcânicas localizado entre os rios Tapajós e Jamanxim, no Pará, remonta a cerca de 1,9 bilhão de anos, com estruturas que chegaram a atingir 22 km de diâmetro e 400 m de altura durante sua fase ativa. 
Essas formações surgiram na era Paleoproterozoica, em decorrência de processos tectônicos profundos, e colaboraram tanto para a formação geológica da região quanto para o enriquecimento mineral, com depósitos de ouro, cobre e outros elementos. 
A descoberta trouxe à tona um passado vulcânico amazônico impressionante, que permaneceu preservado sob a densa floresta por bilhões de anos.

Elefantes localizam água utilizando o faro

Os elefantes conseguem localizar água utilizando o faro, que está entre os mais desenvolvidos do reino animal.
Eles também são capazes de perceber a diferença entre água natural e água destilada.
Um estudo recente mostrou que os elefantes-africanos possuem uma impressionante habilidade de encontrar água apenas pelo olfato.
Para investigar isso, cientistas realizaram dois experimentos com elefantes semi-mansos, a fim de verificar se apenas os odores seriam suficientes para guiá-los até a água. Nos testes, os animais escolheram repetidamente a água de fontes naturais e artificiais em vez da destilada, provando que conseguem diferenciar os tipos de água pelo cheiro.
Além disso, eles detectaram três compostos orgânicos voláteis (COVs) geralmente ligados à presença de água — geosmina, 2-metilisoborneol e sulfeto de dimetila — mesmo sem que esses compostos estivessem de fato presentes nas amostras analisadas.
Isso indica que os elefantes provavelmente identificam outros COVs, possivelmente mais complexos ou comuns a eles, para reconhecer a água. Essa capacidade, especialmente em curtas distâncias, revela uma adaptação evolutiva para sobreviver em regiões áridas, onde a água é escassa e muitas vezes difícil de encontrar.
Entender melhor esse olfato apurado pode ajudar em estratégias de conservação, sobretudo em áreas sujeitas à seca ou em locais onde existe disputa entre pessoas e elefantes por acesso à água. Porém, ainda não está claro se eles conseguem farejar água a grandes distâncias — uma questão que abre espaço para novas pesquisas sobre as incríveis habilidades sensoriais de um dos mamíferos mais inteligentes do planeta.
Fonte: Wood M, Chamaillé-Jammes S, Hammerbacher A, Shrader AM. African elephants can detect water from natural and artificial sources via olfactory cues. Anim Cogn. 2022 Feb;25

07 setembro 2025

Aranha produz seda vermelha fluorescente

Cientistas da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, usaram com sucesso o CRISPR-Cas9 para criar a primeira aranha do mundo geneticamente modificada que produz seda vermelha fluorescente.
A equipe de pesquisa, liderada pelo Professor Dr. Thomas Scheibel, trabalhou com a aranha doméstica comum (Parasteatoda tepidariorum) e inseriu um gene responsável pela produção de uma proteína fluorescente vermelha.
Para isso, eles microinjetaram o complexo CRISPR-Cas9 junto com o gene desejado em ovos de aranhas ainda não fertilizados.
Durante o procedimento, as aranhas foram anestesiadas com dióxido de carbono.
Após o acasalamento, sua prole começou a produzir seda que brilhava em vermelho sob iluminação específica — confirmando o sucesso da modificação genética.
Essa conquista não apenas representa um avanço significativo na engenharia genética de aracnídeos, mas também abre novas possibilidades para a pesquisa em biomateriais, como a produção de sedas personalizadas para aplicações médicas, têxteis ou industriais.
Crédito: Arquivo Incomum.

05 setembro 2025

A rocha Kummakivi

Na Finlândia existe um dos maiores mistérios da natureza: uma rocha gigantesca chamada Kummakivi, que pesa cerca de 500 toneladas. O mais impressionante é que ela não está cravada no chão, mas sim equilibrada de forma perfeita em cima de outra rocha menor.
Esse fenômeno natural intriga visitantes há séculos. Apesar do tamanho e do peso absurdo, a Kummakivi permanece imóvel, sem nunca ter caído ou deslizado, mesmo após milhares de anos enfrentando ventos, chuvas e até o peso da neve durante os invernos rigorosos da Finlândia.
Estudos geológicos indicam que essa posição inacreditável vem desde o fim da última Era do Gelo, há cerca de 11 mil anos. Os glaciares que cobriam a região teriam transportado a rocha até onde ela está hoje, criando um espetáculo natural que parece desafiar as leis da física.
Crédito: Enfim Ciência.

Tuiuiú: a maior ave do Pantanal O tuiuiú

O tuiuiú (Jabiru mycteria) é considerado o verdadeiro símbolo do Pantanal. Com até 1,60 metro de altura e uma envergadura de asas que pode chegar a 3 metros, ele está entre as maiores aves voadoras das Américas. Seu pescoço branco, marcado por uma faixa vermelha intensa na base, e o grande bico preto em formato de adaga tornam a espécie facilmente reconhecível. 
Essas características não são apenas estéticas: o bico robusto é adaptado para capturar peixes, crustáceos e pequenos vertebrados nas áreas alagadas do bioma. Além da imponência física, o tuiuiú desempenha um papel essencial no equilíbrio ecológico do Pantanal. Como espécie que se alimenta de animais aquáticos e até de carcaças em decomposição, ajuda a controlar populações e a manter a saúde dos ecossistemas aquáticos. 
Os ninhos, enormes e feitos no alto das árvores, chegam a medir até 2 metros de diâmetro. Neles, a fêmea bota de 2 a 4 ovos, e tanto o macho quanto a fêmea cuidam dos filhotes. Graças ao seu porte imponente, sua ligação cultural com os pantaneiros e sua importância ecológica, o tuiuiú foi eleito a ave-símbolo do Pantanal, um verdadeiro guardião dos céus dessa planície alagada.

04 setembro 2025

A História do Cassino da Urca

Apesar do nome, o prédio histórico às margens da Praia da Urca, numa das paisagens mais bonitas do Rio, é menos lembrado pelas jogatinas do que pelas inúmeras curiosidades de sua história. Foi inaugurado em 1933 originalmente como um hotel — o “Balneário” — para as comemorações dos cem anos de Independência do Brasil. Seus quartos, luxuosíssimos, abrigavam figuras famosas que buscavam a paz daquele recanto ainda bucólico. 
No começo da década de 1930 cedeu à moda dos hotéis-cassinos, e foi comprado pelo empresário Joaquim Rolla, uma figura influente nas rodas políticas. O começo das atividades como cassino não foi muito próspera, mas o espaço acabou se consolidando com o investimento na seara musical. 
Estrelas como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Virgínia Lane e Dalva de Oliveira se apresentavam em seu palco, para um público formado pela alta sociedade carioca. Joaquim Rolla chegou a criar uma linha de barcas de Niterói até a Urca, atraindo mais clientes. Com a proibição dos jogos de azar no Brasil, em 1946, foi fechado e ficou sem atividades até 1953, quando Assis Chateaubriand iniciou as obras de instalação da sede no Rio da TV Tupi. 
A emissora ocupou o prédio até 1980, quando terminaram suas transmissões. Fechado até 2006, o prédio atualmente é a sede do Istituto Europeo di Designa, foi restaurado pelo IED para sua sede no Rio de Janeiro, onde operou de 2013 a 2021. 
No prédio estão o espaço do "grill-room", o famoso salão de público e o palco do teatro que recebia grandes atrações e shows de Grande Otelo, Carmen Miranda e sua irmã Aurora Miranda, Dick Farney, Emilinha Borba, Virginia Lane, Dalva de Oliveira e o Trio de Ouro, Ary Barroso e a famosa dançarina Josephine Baker. 
Na época da TV Tupi, o palco era o centro de gravações de inúmeros programas incluindo o "Cassino do Chacrinha" líder de audiência da televisão brasileira durante anos. Em 2023, passa a abrigar o Colégio Eleva Urca – que venceu licitação em 2020 para ocupar o espaço que deve abrigar 300 alunos e conta com uma revitalização da fachada – que mantém as paredes do prédio original – além de todo o piso interno. Após passar por uma reforma, o antigo Cassino da Urca, erguido no início de 1920, reabre as portas em 2023 com atividades voltadas à alfabetização como Colégio Eleva Urca. 
Crédito: Fotos, Fatos e Histórias do Rio Antigo.