26 dezembro 2024

Origem judaica da rabanada na Espanha Medieval

A origem da rabanada pode ser rastreada à culinária das comunidades sefarditas (judeus da Península Ibérica) já desde o século XIII, que valorizavam o aproveitamento total dos alimentos, incluindo o pão. Após o Shabat, o pão que sobrava, como o challah, era reaproveitado ao ser embebido em líquidos, como leite ou vinho e também mel, e depois frito, criando um alimento simples, mas saboroso e energético. Essa prática se alinhava aos preceitos judaicos de evitar desperdícios e aproveitar os alimentos de forma criativa.
Em bairros judaicos do Oriente Médio, eram consumidas as chamadas "fatias de nascimento", ou torrijas, oferecidas às mães após o parto, um costume que prevaleceu em Toledo (Espanha) até tempos mais recentes. 
Durante o período da Inquisição, muitos judeus convertidos ao cristianismo (os chamados "cristãos-novos") mantiveram tradições judaicas disfarçadas em suas práticas culinárias. Assim a rabanada, nesso contexto adquiriu novos nomes. A rabanada aparece então registrada na Espanha pela primeira vez no século XV, em um texto de Juan del Encina que menciona o prato como ideal para a recuperação pós-parto: "mel e muitos ovos para fazer rabanadas". Essas características fazem referência ao nome “fatias de parida”, utilizado em Portugal, o que evidencia uma função medicinal além de culinária.
Receitas mais formais começaram a ser registradas no século XVII, como nos livros de Domingo Hernández de Maceras (1607) e Francisco Martínez Motiño (1611). Já no início do século XX, a rabanada era amplamente popular nas tabernas de Madrid, sendo frequentemente servida com vinho.
A rabanada, ou fatia dourada, encontrou em Portugal um novo significado. Tornou-se uma tradição natalina, associada às festas de fartura e celebração. O uso de leite, ovos e açúcar dava um caráter mais doce e festivo ao prato, que ganhou variações regionais, incluindo o uso de vinho verde no Minho ou em algrumas receitas vinho do Porto. A tradição portuguesa, trazida ao Brasil, consolidou o prato como parte indispensável das ceias natalinas, onde ele é frequentemente servido polvilhado com açúcar e canela.
Ao longo do tempo, a rabanada ganhou variações mais elaboradas, sendo servida com vinho do Porto, frutas vermelhas ou creme inglês, especialmente em versões contemporâneas e sofisticadas. Apesar dessas inovações, ela mantém sua essência como um prato que celebra a simplicidade e a valorização dos alimentos, carregando em sua história as marcas de diversas  épocas. Da herança judaica e da simplicidade das tavernas espanholas ao simbolismo natalino português, este doce é uma demonstração viva de como a culinária reflete a história, os costumes e as adaptações culturais.

O majestoso acesso de Persépolis, antiga Pérsia

O Portal de Todas as Nações é uma das estruturas mais emblemáticas da antiga cidade de Persépolis, capital cerimonial do Império Aquemênida, localizada na atual província de Fars, no Irã. Construído durante o reinado de Xerxes I (486–465 a.C.), o portal simbolizava a grandiosidade e o alcance multicultural do império, que se estendia da Grécia ao Vale do Indo.
A Arquitetura do Portal
 1. Estrutura e Design:
 • O portal é uma sala de entrada monumental com três entradas, medindo cerca de 25 metros de cada lado, com um teto que atingia 12 metros de altura.
 • As colunas de pedra, com capitéis decorados com touros e criaturas mitológicas, sustentavam o teto.
 2. Guardiões Esculpidos:
 • Duas gigantescas estátuas de touros alados com cabeças humanas, inspiradas nos lamassus assírios, guardam a entrada.
 • Estas figuras simbolizavam proteção e força, refletindo o poder do Império Aquemênida.
 3. Inscrições Cuneiformes:
 • As paredes do portal possuem inscrições em três idiomas — elamita, babilônico e persa antigo — proclamando o domínio de Xerxes e a unificação de todas as nações sob o império.
O Significado do Portal
O nome “Portal de Todas as Nações” reflete a visão de Xerxes sobre seu vasto império. A entrada era destinada a dignitários e emissários de diversas nações que visitavam Persépolis para prestar homenagem ao rei, simbolizando a união de diferentes culturas sob o governo dos aquemênidas.
Além de sua função prática, o portal era um monumento político e cultural, representando o respeito mútuo e a cooperação entre as várias etnias que compunham o império.
Persépolis Hoje
 • Persépolis é hoje um Patrimônio Mundial da UNESCO e continua sendo um dos locais arqueológicos mais impressionantes do mundo.
 • Apesar da destruição parcial causada por Alexandre, o Grande, em 330 a.C., o Portal de Todas as Nações permanece como um testemunho da grandiosidade da antiga Pérsia.
Visitar o local é como viajar no tempo, contemplando a engenhosidade arquitetônica e o legado multicultural que moldou parte da história da humanidade.

25 dezembro 2024

Parafuso de Arquimedes

O parafuso de Arquimedes resolveu um dos maiores problemas práticos da antiguidade, que era encontrar uma maneira fácil de levantar líquidos.  Arquimedes criou uma máquina que permitiu realizar esta operação com relativa simplicidade: o parafuso de Arquimedes.  A máquina é composta por um grande parafuso e colocada dentro de um tubo, não necessariamente soldado e estanque.  A parte inferior do tubo é imersa em um líquido e, girando o parafuso, cada etapa coleta uma determinada quantidade de substância que sobe ao longo da espiral até sair pela parte superior, para ser descarregada em uma bacia de armazenamento.
A energia para rotação pode ser fornecida por uma alça, por animais, por hélices de moinhos de vento ou por tratores agrícolas.  
Fonte: Blog de Arquimedes.

24 dezembro 2024

O trem mais perigoso do mundo

O trem mauritano do minério de ferro é um dos trens mais longos e pesados do mundo; uma das viagens ferroviárias mais singulares, incríveis e perigosas que se pode fazer.
O comboio tem um comprimento de até 3 km, percorre uma única via de 704 km e leva entre 200 e 300 vagões de carga, pesando até 84 toneladas por vagão.
O único objetivo do comboio é exportar minério de ferro da cidade mineira de Zouerate para o porto de Nouadhibou, passando por Choum, na Mauritânia, no noroeste da África.
Mas a agência estatal, Société Nationale Industrielle et Minière, permite que a população local e os turistas entrem no comboio e utilizem-no como meio de transporte entre o interior do país e a costa.
No entanto, não se pode esperar nenhum nível de conforto que possa ser encontrado em outros comboios de passageiros do mundo. Este comboio não tem bilhetes, revisor, carrinho de jantar, nenhum anúncio.
Não está sujeito a nenhum horário e pode sair antes ou depois da hora habitual de partida. Isto significa também que a hora de chegada não está definida para uma hora determinada e uma única viagem pode durar de 11 a 15 horas sob o sol, a uma temperatura média de 40°C.
Fonte: Dicas do Naio.

A ilha mais remota do mundo

No meio do Oceano Atlântico existe um mundo separado onde cerca de 250 pessoas vivem em completo isolamento do resto do planeta.
Bem-vindos a Tristão da Cunha, a ilha mais remota do mundo.
Imaginem morar em um lugar onde o vizinho mais próximo fica a 2.400 quilômetros de distância, na ilha de Santa Helena, enquanto a cidade mais próxima no continente é a Cidade do Cabo, a 2.810 quilômetros de distância.  
Nesta pequena comunidade britânica, cada residente faz parte de uma grande família, onde todos se conhecem e dependem uns dos outros.
Não há aeroportos aqui, exceto um ocasional navio de carga que transporta suprimentos para aquela ilha específica.  
E, no entanto, esta pequena sociedade continua a prosperar, provando que o homem pode sobreviver mesmo na parte mais isolada da Terra.
Fonte: Um Tonho/Tonha.

O forte que desafia as Leis da Gravidade

Sabia que em Portugal  existe um forte que desafia as Leis da Gravidade,  numa ilha do Atlântico? Conheça o fascinante Forte das Berlengas.
Escondido na ilha da Berlenga Grande, na costa de Peniche, o Forte da Berlenga é uma joia histórica que parece flutuar nas águas cristalinas do Atlântico. Esta fortaleza, construída no século XVI, fica em meio a uma paisagem dramática de penhascos e cavernas, oferecendo uma experiência única para viajantes que buscam combinar história e natureza. Embora conhecido por sua localização impressionante, poucos sabem que o forte foi estrategicamente projetado para resistir a ataques não apenas do mar, mas também da própria ilha, empregando um sistema de defesa único em sua época.
O que torna o Forte de Berlenga ainda mais fascinante é sua conexão com histórias de piratas e corsários. Durante os séculos XVI e XVII, essa fortificação foi crucial para proteger as rotas comerciais que conectavam a Europa com a América e a Ásia. Seus muros resistiram a ataques de piratas berberes e frotas inimigas, tornando-se um símbolo de resistência. Além disso, diz-se que em seus arredores há destroços de navios afundados, tornando este lugar um paraíso para os amantes do mergulho e da exploração subaquática.
Visitar o Forte das Berlengas não é uma aventura fácil, mas definitivamente vale a pena. O acesso à ilha é feito por meio de pequenas balsas de Peniche, uma viagem que dura aproximadamente 30 minutos. É importante reservar com antecedência, pois o número de visitantes é limitado para preservar este habitat natural protegido. Uma vez na ilha, esteja preparado para caminhar em caminhos rochosos e escadas íngremes, portanto, é recomendado usar calçados confortáveis ​​e resistentes.
Um fato curioso que surpreende a muitos é que o forte, embora pequeno, tinha um engenhoso sistema de armazenamento de água da chuva e alimentos, permitindo que seus ocupantes sobrevivessem por meses em caso de cerco. Hoje, suas ruínas foram parcialmente restauradas e você pode explorar suas passagens, varandas e cânions, que parecem apontar até mesmo para o horizonte como eternos guardiões do Atlântico. Do alto do forte, as vistas são simplesmente espetaculares: um contraste de águas azul-turquesa e penhascos íngremes de tirar o fôlego.
Para viajantes interessados ​​em biodiversidade, a ilha da Berlenga Grande também é um paraíso para aves marinhas e uma reserva da biosfera reconhecida pela UNESCO. Se tiver tempo, considere andar de caiaque pela ilha para explorar suas cavernas marinhas e formações rochosas únicas.
Fonte: Patrick Jarworski.

Curiosidades sobre a Ilha de Madagascar

1. Madagáscar é a quarta maior ilha do mundo e alberga uma variedade única e diversificada de vida selvagem, com cerca de 90% das suas espécies vegetais e animais não encontradas em nenhum outro lugar da Terra. 
2. A ilha é o lar dos famosos lêmures, um grupo de primatas que evoluiu isoladamente na ilha, e Madagascar é considerada a capital mundial dos lêmures. 
3. A biodiversidade de Madagáscar inclui a fossa, um mamífero carnívoro que se assemelha a um gato, mas está mais relacionado com os mangustos, e o aye-aye, uma espécie rara e invulgar de lémure com um longo dedo médio. 
4. O povo malgaxe tem uma rica história cultural que mistura influências africanas, asiáticas e europeias, com mais de 18 grupos étnicos diferentes a viver na ilha. 
5. Madagáscar tem a sua própria língua oficial, o malgaxe, que é falado pela grande maioria da população, sendo o francês também uma língua oficial devido ao seu passado colonial. 
6. A ilha abriga os Baobás, muitas vezes chamados de “Avenida dos Baobás”, que ladeiam uma estrada de terra e criam uma paisagem icônica de árvores centenárias e imponentes. 
7. O país tem uma rica tradição de utilização de plantas medicinais, e muitas das plantas e ervas únicas de Madagáscar são utilizadas na medicina tradicional pelos habitantes locais.
8. Madagáscar é um dos países mais pobres do mundo, mas tem uma economia baseada na agricultura, mineração e turismo, sendo a baunilha um dos seus principais produtos de exportação. 
9. A ilha tem uma variedade de paisagens, desde florestas tropicais a desertos secos, com o Parque Nacional Tsingy de Bemaraha, Património Mundial da UNESCO, apresentando dramáticas formações calcárias conhecidas como “Tsingy”. 
10. Madagascar é famosa por suas belas e únicas praias, com costas imaculadas de areia branca e águas cristalinas azul-turquesa, perfeitas para mergulho com snorkel e com snorkel. 
11. A ilha é considerada um hotspot para descobertas paleontológicas, com fósseis de criaturas pré-históricas como dinossauros e pássaros gigantes encontrados na região. 
12. Madagáscar tem uma história de reinos poderosos, incluindo o Reino Merina, que outrora governou grande parte da ilha e deixou legados arquitectónicos e culturais notáveis. 
13. O país celebra o Famadihana, ou "virar os ossos", um costume funerário tradicional em que as famílias exumam os corpos de seus ancestrais, embrulham-nos em panos frescos e celebram com música e dança. 
14. Madagascar abriga o maior peixe do mundo, o tubarão-baleia, que pode ser encontrado nadando nas águas quentes ao redor da costa da ilha. 
15. A ilha enfrenta desafios ambientais significativos, incluindo a desflorestação, mas estão em curso numerosos esforços de conservação para preservar os seus ecossistemas únicos e proteger as espécies ameaçadas.

Monte Roraima - A formação geológica mais misteriosa da História

O Monte Roraima está situado na fronteira entre Venezuela, Brasil e Guiana
Há mais de 500 anos, cientistas de todo o mundo tentam decifrar a origem geológica do Monte Roraima. Além de erguer-se a quase 3 mil metros acima do nível do mar, a montanha tem uma morfologia diferenciada, que parece ter sido cortada com 'facas' pela precisão de seus ângulos de milhões de anos.
Esta formação rochosa é a maior do tipo em toda a América do Sul e faz parte da cadeia montanhosa do Pakaraima. Há mais de 5 séculos que intriga historiadores, geólogos e outros cientistas por ser uma montanha 'sem ponta'.
O topo do Monte Roraima é totalmente horizontal, ocupa uma área de mais de 30 km quadrados, é cercado por cachoeiras, penhascos e outros acidentes geográficos raros no mundo.
Visto desta forma, poderia ser considerado como uma ilha nas alturas.
O Monte Roraima abriga uma grande diversidade de espécies vegetais e animais endêmicos. Geólogos e biólogos de todo o mundo estimam que no monte se escondem algumas das espécies que a ciência não tem registro, pois há muitos lugares na montanha que ainda se mantêm inexplorados.
Sua origem é um verdadeiro mistério.
Pesquisa de campo é difícil, pois o acesso às áreas virgens é complicado: não há caminho direto para o Monte Roraima. Pelo contrário, é preciso chegar escalando outras montanhas da cadeia do Pakaraima. Caso contrário, somente de helicóptero.
Aqueles que tentaram abrir caminhos pela mata ou mesmo escalando. perderam a vida, nas imensas 'florestas' que cercam o monte. É necessária uma autorização especial das autoridades locais, para visitar o local e, neste caso, somente com acompanhante homologado pelas autoridades competentes.
Fonte: Clube da Cultura. 

Dolmen de Soto

O Dolmen de Soto, descoberto em 1922 em Trigueros, Huelva, na Espanha, é um dos mais importantes e bem preservados monumentos megalíticos da Península Ibérica. Datado entre 3.000 e 2.500 a.C., o complexo consiste em uma câmara funerária e um corredor de 21 metros, cobertos por um montículo de terra de 60 metros de diâmetro e cercados por um círculo de pedras de 65 metros. É um notável exemplo da arquitetura megalítica e da riqueza cultural da pré-história.
Fonte: Clube Cultura.

O Caminho do Peabiru

O Caminho do Peabiru é uma trilha transcontinental conectando a América do Sul muito antes da colonização.
A criação de São Paulo está diretamente ligada ao Peabiru. A pequena população de portugueses que já habitava a região de São Vicente já sabia pelos índios da existência do caminho que ia até “montanhas cobertas de gelo” dominadas por um “Rei Branco” cheio de ouro e prata (era Potosi, e o rei era Inca), segundo os indígenas da nossa região, o caminho teria sido construído por um homem que veio das águas, chamado "Sumé", de longas barbas brancas e que flutuava no ar, ensinando os segredos da agricultura, das ervas e etc. Ao tomar conta disso, o fundador de São Vicente Martim Afonso de Sousa achou pertinente criar ali uma base(São Paulo) para futuras explorações. Os jesuítas vieram na sequência, com planos bem diferentes para aquelas entradas. Os religiosos sonhavam em usar estas trilhas como eixo de expansão da catequese no interior da América do Sul e São Paulo era uma dessas primeiras missões. O intercâmbio ao longo do que os padres chamavam de “Caminho de São Tomé” era tão intenso que em 1553 Tomé de Souza decidiu proibir seu percurso, sob forte protesto dos jesuítas, por medo da influência dos espanhóis que faziam avanços ao longo de sua extensão. O fechamento precoce do caminho é o maior desafio para se estabelecer sua localização, dependendo dos poucos relatos contemporâneos.
Alguns historiadores acreditam que em certos trechos a trilha chegava a ser pavimentada com pedra e documentos de época mencionam um caminho de oito palmos de largura coberto por uma certa erva rasteira mágica que resistia até o fogo e mantinha o contorno do caminho impedindo outras plantas maiores de crescer no lugar. Outros, como Sérgio Buarque de Holanda, sequer pensam que o Peabiru foi uma única via e sim um conjunto de caminhos e instruções de movimentação pelo território sul-americano. Independente de origem e aspecto, o Caminho do Peabiru partia de (ou terminava em) Cusco, passava por Potosí, Assunção do Paraguai e na região do Guayrá (interior do Paraná) se dividia em três ramais que alçavam a costa Brasileira. O primeiro chegava em Santa Catarina, próximo a Florianópolis, o do meio encontrava o mar em Cananéia e o mais ao norte passava por Sorocaba e São Paulo e descia a Serra do Mar até se deparar com o mangue costeiro da atual Cubatão.
Ainda pouco se sabe sobre essas rotas. Segundo a história, os Bandeirantes Paulistas teriam desbravado o interior do de grande parte do país, até então selvagem e desconectado.  Mas a verdade é que, muito antes dos europeus chegarem aqui, já existia uma comunicação transcontinental entre as diversas culturas ameríndias e o principal duto dessa integração era o Peabiru. Através do Peabiru os espanhóis puderam chegar a a capitania de São Paulo na União Ibérica, e através do mesmo caminho os bandeirantes saídos de São Paulo percorriam o Peabiru em direção aos Andes e ao Paraguai, como a bandeira de Nicolau Barreto, que atingiu os Andes e a se Raposo Tavares que atingiu o as missões do Guaíra. Logo depois o trecho entre São Paulo e Paraná se tornou parte do que conhecemos como caminho das tropas, atualmente chamada de Rodovia Régis Bittencourt.
Fonte: Guilherme Marcondes.