06 novembro 2011

Ações: Investimento ou jogo de azar?

Daniel Kahneman em seu livro "Thinking, Fast and Slow" faz uma apreciação sobre o mercado de ações, função de estudos realizados junto a empresas de Wall Street e tendo como base sua formação em psicologia e estudos realizados anos atrás com cadetes militares, concluindo sobre como as ilusões cognitivas nos fazem cegos diante da razão. Vejam alguns trechos do livro.
Em 1984, meu colaborador Amos Tversky e eu, e nosso amigo Richard Thaler, agora um guru da economia comportamental e co-autor da teoria do "deslocamento", visitamos uma empresa de Wall Street. Nosso anfitrião, um gerente de investimentos sênior, havia nos convidado a discutir o papel dos preconceitos que polarizam as razões de investir. Eu sabia tão pouco sobre o finanças que eu nem sabia o que perguntar a ele, mas eu lembro de uma parte da conversa. "Quando você vende uma ação," eu perguntei, "quem compra isso?" Ele respondeu como que vagueando na direção da janela, indicando que ele esperava que o comprador fosse alguém muito parecido com ele. Isso foi estranho: o que faz uma pessoa comprar e outra vender? A maioria dos compradores e vendedores sabem que têm a mesma informação; eles trocam as ações principalmente porque eles têm opiniões diferentes. Os compradores acham que o preço é muito baixo e provavelmente tendem a aumentar, enquanto os vendedores acham que o preço é alto e provavelmente irão cair. O enigma está em que tanto compradores como vendedores acreditam que o preço atual está errado. O que os faz acreditar que eles sabem mais sobre qual deve ser o preço justo, do que o mercado? Para a maioria deles, essa crença é uma ilusão.
A maioria das pessoas no negócio de investimento leu o maravilhoso livro de Burton Malkiel "A Random Walk Down Wall Street". A Idéia central para Malkiel é que o preço de uma ação incorpora todo o conhecimento disponível sobre o valor da empresa e as melhores previsões sobre o futuro das ações. Se algumas pessoas acreditam que o preço de uma ação vai ser maior amanhã, eles vão comprar mais dela, hoje.
Isto, por sua vez, fará com que seu preço venha a subir. Se todos os ativos em um mercado estão corretamente precificados, ninguém pode pensar que esteja comprando para ganhar ou para perder com a negociação. Preços perfeitos não deixam espaço para a inteligência, mas também protegem os tolos de sua própria loucura. Agora sabemos, no entanto, que a teoria não é muito justa. Muitos investidores individuais perdem consistentemente em cada negociação. A primeira demonstração desta conclusão surpreendente foi coletado por Terry Odean, professor de finanças da Universidade da Califórnia Berkeley, que já foi meu aluno.
Odean começou estudando os registros de comercialização de 10 mil contas de corretagem de investidores individuais abrangendo um período de sete anos. Ele foi capaz de analisar cada transação dos investidores executadas através daquela corretora, quase 163 mil transações. Este rico conjunto de dados permitiu Odean identificar todos os casos em que um investidor vendeu algumas de suas participações em uma ação e logo depois comprou uma outra ação. Por essas ações o investidor revelou que ele (a maior parte dos investidores eram homens) tinha uma idéia definida sobre o futuro das duas ações: ele esperava que a ação que ele escolheu para comprar tivesse desempenho, no futuro, melhor do que aquela que ele escolheu para vender.
Para determinar se essas ideias foram bem fundamentadas, Odean comparou os retornos das duas ações ao longo de um ano após a transação. Os resultados foram inequivocamente ruins. Em média, as ações que os investidores individuais venderam tiveram desempenho melhor do que aquelas que compraram, por uma margem muito significativa: 3,2 pontos percentuais por ano, acima e além dos custos significativos de executar as duas operações.
É importante lembrar que esta é uma conclusão sobre médias: algumas pessoas fizeram muito melhor, outros fizeram muito pior. No entanto, é claro que para a grande maioria dos investidores individuais, tomar uma ducha e não fazer nada teria sido uma melhor política do que implementar as ideias que vieram à sua mente. Pesquisas posteriores feitas por Odean e seu colega Brad Barber apoiaram esta conclusão. Em um estudo intitulado "Negociação é perigoso para a sua riqueza", eles mostraram que, em média, os negociadores mais ativos obtiveram os piores resultados, enquanto os investidores que negociaram menos tiveram os maiores retornos. Em outro artigo, intitulado "Boys Will Be Boys", que mostrou que os homens agem com suas ideias inúteis significativamente mais frequentemente do que mulheres, e que, com as mulheres o resultado alcançadotem tido melhores resultados do que os investimentos feitos pelos homens.
Claro, há sempre alguém do outro lado de cada transação; em geral, são instituições financeiras e investidores profissionais, prontos para tirar vantagem dos erros que os investidores individuais fazem na escolha de uma ação para vender ou para comprar ações. Mais pesquisas por Barber e Odean lançaram luz sobre estes erros. Investidores individuais, sempre pensam em travar os seus ganhos com a venda de "ações vencedores", ações que se valorizaram desde que foram compradas, e se lamentam de suas perdas. Infelizmente para eles, os vencedores recentes tendem a fazer melhor do que perdedores recentes no curto prazo, por isso os indivíduos vendem as ações erradas. Eles também compram as ações erradas.
Alguns garimpadores de ações têm a habilidade, se alguma, necessária para ganhar do mercado consistentemente, ano após ano. Investidores profissionais, incluindo gestores de fundos, falham em um teste básico de habilidade: realização persistente. O diagnóstico para a existência de qualquer habilidade é a consistência das diferenças individuais na conquista. A lógica é simples: se as diferenças individuais em qualquer ano são devidas inteiramente à sorte, o ranking de investidores e fundos irá variar de forma irregular e a correlação de ano para ano, será zero. Onde há habilidade, no entanto, o ranking será mais estável. A persistência das diferenças individuais é a medida pela qual nós confirmamos a existência de habilidade entre os vendedores de automóveis, ortodontistas ou golfistas.
Os fundos mútuos são executados por profissionais altamente experientes e dedicados que compram e vendem ações para conseguir os melhores resultados possíveis para seus clientes. No entanto, a evidência de mais de 50 anos de pesquisa é conclusiva: para a grande maioria dos gestores de fundos, a seleção de açõesmais parece como rolar os dados no jogo de poquer. Normalmente, pelo menos, dois em cada três fundos mútuos apresentam desempenho inferior ao mercado em um determinado ano.
Mais importante, a correlação de ano para ano entre os resultados dos fundos de investimento é muito pequena, pouco superior a zero. Os fundos de sucesso em um determinado ano são em sua maioria de sorte, pois eles parecem terfeito um bom rolar de dados. Existe um consenso geral entre os pesquisadores que quase todos os garimpadores de ações, quer o saibam ou não - e alguns deles sabem - estão participando de um jogo de azar.
A experiência subjetiva dos investidores é que eles estão se utilizando de palpites sensatos em uma situação de grande incerteza. Em mercados altamente eficientes, no entanto, palpites não são mais precisos do que suposições cegas.
Alguns anos atrás eu tive uma oportunidade incomum para examinar a ilusão da habilidade financeira de perto. Eu tinha sido convidado para falar a um grupo de conselheiros de investimento em uma empresa que prestou assessoria financeira e outros serviços para clientes muito ricos. Solicitei alguns dados para preparar a minha apresentação e me foi concedido um pequeno tesouro: uma planilha resumindo os resultados de investimento de cerca de 25 assessores anônimos da riqueza, para cada um dos oito anos consecutivos. A pontuação de cada conselheiro para cada ano era o seu determinante (a maioria deles eram homens) principal de seu bônus de fim de ano. Era uma questão simples de classificar os conselheiros por seus desempenhos em cada ano e para determinar se havia diferenças persistentes na habilidade entre eles e se os conselheiros tinham consistentemente alcançado melhores retornos para os seus clientes ano após ano.
Para responder à pergunta, eu estabeleci coeficientes de correlação entre os rankings de cada par de anos: ano 1 com ano 2; ano 1 com ano 3, e assim sucessivamente até ano 7 com ano 8. Isto apresentou 28 coeficientes de correlação, uma para cada par de anos. Eu sabia a teoria e estava preparado para encontrar evidências fracas de persistência de habilidade. Ainda assim, fiquei surpreso ao descobrir que a média das 28 correlações foi de 0,01. Em outras palavras, zero. As correlações consistentes que indicam as diferenças na habilidade não puderam ser encontrados. Os resultados foram parecidos com o que você esperaria de um concurso de dados de jogar, não um jogo de habilidade.
Ninguém na corretora parecia estar ciente da natureza do jogo que seus garimpadores de ações estavam jogando. Os conselheiros se sentiam como se fossem profissionais competentes fazendo um trabalho sério, e seus superiores concordavam. Na noite antes do seminário, Richard Thaler e eu jantamos com alguns dos principais executivos da corretora, as pessoas que decidem sobre o tamanho do bônus.
Pedimos a eles que apontassem a correlação de ano para ano no ranking de assessores individuais. Eles pensavam que sabiam o que estava vindo e sorriram dizendo "não muito alta" ou "desempenho certamente flutuante". Rapidamente se tornou claro, contudo, que ninguém esperava que a correlação média fosse próxima de zero.
Nossa mensagem para os executivos foi a de que, pelo menos quando se tratava de montagem de carteiras de ações, a empresa teve muita sorte, entendendo como se fosse habilidade. Esta deveria ter sido uma notícia chocante para eles, mas não foi. Não havia nenhum sinal que desacreditaram-nos. Como eles puderam reagirem assim? Afinal, tínhamos analisado os seus próprios resultados, e eles eram sofisticados o suficiente para ver as implicações, que educadamente se abstiveram de soletrar. Fomos todos calmamente com o nosso jantar, e eu não tinho dúvida de que ambas as nossas descobertas e as suas implicações foram rapidamente varrida para debaixo do tapete e que a vida na corretora continuaria como antes. A ilusão de habilidade não é apenas uma aberração individual, mas está profundamente enraizada em sua cultura. Fatos que desafiam tais pressupostos básicos - e, assim, ameaçar a subsistência das pessoas e auto-estima - não são simplesmente absorvidos. A mente não consegue digeri-las. Isto é particularmente verdadeiro em estudos estatísticos de desempenho, que fornecem a base da taxa de informação que as pessoas geralmente ignoram, quando se choca com suas impressões pessoais da prática.
Na manhã seguinte, relatamos os resultados para os conselheiros, e sua resposta foi igualmente agradável. Sua própria experiência de exercer julgamento cuidadoso sobre problemas complexos era muito mais atraente para eles do que um fato obscuro estatístico. Depois da apresentação um dos executivos com quem eu tinha jantado na noite anterior me levou ao aeroporto. Ele me disse, com um traço de defesa: "Eu tenho feito muito bem para a empresa e ninguém pode tirar isso de mim." Eu sorri e não disse nada. Mas eu pensei: "Bem, eu o levei para longe de você esta manhã. Se o seu sucesso deveu-se principalmente ao acaso, quanto crédito você terá direito a levar para o acaso?"
As ilusões cognitivas podem ser mais teimosas do que as ilusões visuais. Quando eu e meus colegas no exército aprendemos que nossos testes de avaliação da liderança tinha baixa validade, aceitamos esse fato intelectualmente, mas não teve impacto em ambos os nossos sentimentos ou em nossas ações subseqüentes. A resposta que encontramos na empresa financeira foi ainda mais extrema. Estou convencido de que a mensagem de que Thaler e eu entregamos a ambos os executivos e os gestores de carteira foi imediatamente repudiada para um canto escuro da memória onde não possa causar dano algum.
Por que os investidores, tanto amadores quanto profissionais, teimosamente acreditam que podem fazer melhor do que o mercado, ao contrário de uma teoria econômica que a maioria deles aceita, e ao contrário do que eles poderiam aprender a partir de uma avaliação desapaixonada da sua experiência pessoal? A causa psicológica mais potente da ilusão é, certamente, que as pessoas que escolhem ações estão exercendo competências de alto nível. Eles consultam dados e previsões económicas, eles examinam demonstrações de resultados e balanços, eles avaliam a qualidade da gestão de topo, e eles avaliam a concorrência. Tudo isso é trabalho sério que exige treinamento extensivo. Infelizmente, a habilidade em avaliar as perspectivas comerciais de uma empresa não é suficiente para negociação de ações bem sucedidas, onde a questão chave é se a informação sobre a empresa já está incorporada no preço de suas ações. Negociadores de ações, aparentemente, não têm a habilidade para responder a esta pergunta crucial, mas eles parecem ser ignorantes de sua ignorância. Como eu tinha descobertoa partir da observação de cadetes no campo de obstáculos,aconfiança subjetiva dos negociadores de ações é um sentimento, não um julgamento.

03 novembro 2011

Segredos na nota de 50 reais

Acompanhe e fique sabendo como identificar se a cédula é verdadeira, ou falsa.

01 novembro 2011

Fé - Nunca devemos desistir

Este cachorrinho nasceu na Véspera de Natal no ano de 2002.Nasceu apenas com as duas patas traseiras. Como está claro, não conseguia andar, e até a sua própria mãe o rejeitou.
Seu primeiro dono também pensou que ele jamais conseguiria andar, e considerou "pô-lo a dormir".... Nessa altura, a sua atual dona, Jude Stringfellow, conheceu-o e pediu para ficar com ele. Determinada, foi ela quem ensinou e treinou este pequeno cão a andar por si só.
Chamou-lhe 'Faith', ou Fé. 
De princípio, ela colocou-o numa prancha de skate, para que sentisse o movimento...usou depois manteiga de amendoim para atrai-lo, e como recompensa para que ele se levantasse e saltasse, apenas nas duas pernas. Ao fim de apenas 6 meses, o "Fé" começou a aprender a equilibrar-se nas pernas traseiras, e a saltar para a frente, movendo-se assim. Depois de mais treinos na neve, ele pode  "caminhar" como um ser humano.
Faith adora movimentar-se por todo o lado agora... Onde quer que  ele vá, atrai sobre si todas as atenções.  Tornou-se famoso na cena Internacional, e já apareceu em programas de Televisão e em Jornais. Está para ser publicado um livro sobre ele entitulado "Com um pouco de Fé". 
Considerou-se ainda incluí-lo num dos filmes de Harry Potter.  
Sua dona, Jude Stringfellew , deixou o trabalho como Professora, e planeja levá-lo numa volta ao mundo, pora mostrar que mesmo sem um corpo perfeito, se pode ter uma alma perfeita.
Na Vida, existem sempre coisas que não desejamos, porém, basta olhar a vida noutra perspectiva para que nos sintamos melhor.
Espero que esta mensagem traga para as pessoas, novas maneiras de pensar e que possam sentir e agradecer cada novo dia como uma benção.
O "Faith" é a demonstração contínua do valor e maravilha que é a Vida.













Compreendendo melhor como viver a Terceira Idade

Nesta semana, por força e necessidades burocráticas estive no 1º cartório de Campinas.
A princípio um pouco contrariado, afinal como médico e pesquisador poderia estar cuidando de assuntos que me atraem mais.
Enquanto esperava "os papéis caminharem" aproveitei para dar um abraço no meu amigo Dito Campanhone.
Aconteceu de Dito e eu engatarmos uma conversa com Miguel Macho Gabes, um jovem senhor de 78 anos, ex-inspetor de construção civil - atual filantropo militante da Loja Inconfidência.
Na nossa agradável conversa, o Sr. Miguel Galbes me passou uma visão de como se comportar bem perante a vida no período da terceira idade, tendo ele um espírito sábio e menino aos setenta e oito anos, achei que seria uma boa idéia passar esses conselhos adiante.
Aí vocês tem as reflexões do Sr. Galbes: "Ninguém, por ser muito velho, deve considerar-se um " inútil" e aos anos vividos não concedam o direito de mostrar-se desanimado e desagradável. Para os velhos que, como os jovens, costumam enganar-se com muita freqüência, ofereço, humildemente, estes dez conselhos".

1º Conselho do Sr. Galbes: Não renuncie às tuas ocupações muito cedo

A maior parte dos "Anciões" cruzam os braços quando ainda possuem energia suficiente para a luta, sem compreender que a atividade é "Vida".
O verdadeiro elixir da juventude eterna é o dinamismo, que não permite que envelheçam os que executam um trabalho, com habilidade e prazer.
Muitos velhos chegam a converter-se numa praga entre os seus porque, não tendo ocupação e interesses próprios, acabam se metendo nos assuntos dos outros.
Com essa intromissão impertinente e oficiosa, procuram fugir da falta do que fazer.

2º Conselho: Não mores com teus filhos

Tenhas teu próprio Lar, mesmo que seja somente um "quartinho".
Ali poderás fazer o que quiseres e gozar de "Liberdade e Independência", ao invés de ser obrigado a andar na ponta dos pés para evitar atritos desagradáveis com "noras", "genros", "netos", "teus filhos" e tantos outros "parentes".
Os pais que renunciam ao seu Lar para aceitar o do filho não apreciam a sua felicidade nem a dele.

3º Conselho: Mantenhas o governo de tua bolsa

Ajuda a teus filhos financeiramente, na medida de tuas posses, mas reserva-te sempre uma parte do teu dinheiro.
Não cometas o erro de ceder a teus filhos todos os teus bens em troca da promessa de que cuidarão de ti.
Um bom filho não permitirá isso e um filho ambicioso é mais temível do que um inimigo.
Não esqueças que na velhice, o melhor amigo é um dinheiro bem guardado.
4º Conselho: Cuida de tuas amizades velhas e não desdenhe as novas

Os amigos nos oferecem um bom meio de alegrar a solidão.
Cultiva a arte da amizade como uma planta rara, com os melhores cuidados.
Mostra-te atento às pessoas que conheces e procures não esquecer as datas importantes de suas vidas.
Anote numa pequena agenda sentimental.
Alegra-te com suas alegrias, acompanha-os nas suas tristezas e nunca precisarás queixar-te de estar demasiadamente só.
5º Conselho: Cuida da tua aparência e trata de mostrar-te sempre o mais atraente possível

Muitos velhos pensam que a idade lhes concede o privilégio de vestirem-se de qualquer maneira e até de descuidarem-se dos preceitos elementares de higiene.
Esquecem-se dos alfaiates, modistas, cabeleireiros, barbeiros.
Exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na camisa revelam o cardápio da semana.
Alguns chegam mesmo a desprezarem o uso de água e sabão.
6º Conselho:Se teus parentes moram distantes, restam-te os vizinhos

Um bom vizinho é um tesouro e como tal devemos descobri-lo e cuidá-lo.
Se queres que teu vizinho se preocupe contigo amanhã e, se caíres doente, possa levar-te o clássico "copo d'água",
preocupa-te com ele hoje e demonstra-lhe que podes ser útil de várias pequenas maneiras.
Teu gesto amigo poderá ser retribuído no momento que mais necessitares.
7º Conselho: Não tentes dirigir, sob qualquer pretexto, a vida de teus filhos adultos

Eles são seres com cérebro, coração, vontade e com muitos anos para cometerem seus próprios erros e adquirirem experiência.
Lembra-te que o fato de que os pusestes no mundo não implica que eles sejam necessariamente iguais a ti.
Dá-te conta que eles possuem, gostos, inclinações, hábitos e inteligência própria e que os tempos mudaram. Muita coisa que na tua juventude era considerada sensata, hoje é encarado como ultrapassada e, em alguns casos, até mesmo estupidez.
Não dê palpites, reserva-te o direito de responderes quando perguntado e serás ouvido.
8º Conselho: Não te deixes dominar pelo vício mais comum da velhice que é a "Presunção"

Não és um sábio somente porque fizeste oitenta anos.
Podes teres vivido esse tempo sem acrescentares sabedoria ao teu viver e chegas ao fim da tua jornada tão estúpido como no início dela.
Se realmente cresceste, deixes que a Humildade seja tua marca mais forte.
9º Conselho: Não creias que tua idade avançada te concede o direito de mostrar-te desagradável

Evites o mais possível ser um desses velhos rabugentos, mau humorados, ásperos, cujas famílias não conhecem um minuto de paz.
Lembra-te que toda paciência tem limite e que não há nada de agradável em desejarem nossa morte.
Nem para eles nem para ti.
10º Conselho: Não sejas "PALIFICANTE"

Não conte a mesma história três, quatro, cinco vezes, se não queres que se afastem de ti.
Guarda tuas memórias e reminiscências e não as evoque a cada momento, esperes que a solicitem.
Aprendas a apreciar o silêncio e, enquanto puderes "LER", não tens necessidade de enfastiares os outros com tua conversa repetitiva.

Autor: Dr. Conceil Corrêa da Silva, Médico Psiquiatra, Escritor e Presidente da Associação Brasileira de Estudos das Inteligências Múltiplas e Emocional® (ABRAE)

23 outubro 2011

De quanto dinheiro o homem precisa?


O centenário conto de Leo Tolstoy “De quanta terra um homem precisa” (How Much Land Does A Man Need?) permite ainda hoje importantes reflexões acerca do dinheiro. A história conta a saga de Pakhom, um camponês russo que vivia com a família em uma pequena fazenda e que dividia com os vizinhos o pasto para os animais.
Um dia a esposa dele recebe a visita da irmã, que conta as maravilhas da cidade e critica a miséria em que vive a anfitriã. Incomodada, a esposa de Pakhom passa desdenhar a vida na cidade e a defender o modo de vida camponês. O marido, que escutava a conversa, diz a certa altura que, se tivesse mais terras, nem o diabo poderia com ele.
Segundo uma antiga lenda russa, o diabo sempre escolhe a chapa do fogão de alguma casa para passar a noite. Naquela noite, ele estava na casa de Pakhom e, ao ouvir as palavras, resolve aceitar o desafio.
A partir daquele dia, o camponês passa a multiplicar suas terras e ganha uma prosperidade sem precedentes. Recebe, então, de um desconhecido, a notícia de que os povos Bashkirs, que viviam em um lugar distante, vendiam excelente terra a um preço baixo. Pakhom vende seus bens e, com a ajuda de um criado, empreende uma longa viagem para a terra dos Bashkirs.
Ao chegar é bem recebido pelo chefe da aldeia e, tão logo é possível, inicia a conversa sobre a compra de terras. O chefe diz que vende “um dia de terra” por um preço que o camponês podia pagar. Mas que forma era essa de medir a terra?
O chefe diz que bastava que eles fossem ao topo de uma colina antes do nascer do sol. Depois de entregar ali o valor combinado, o camponês teria o dia inteiro para marcar a terra que quisesse e esta seria sua. Mas caso não voltasse ao topo da colina antes do sol se por, perderia o dinheiro e ficaria sem terra.
Antes de o sol nascer no dia seguinte, Pakhom observou lá do alto, no local combinado, as mais belas terras que jamais tinha visto. Assim que o sol nasceu, ele começou a empreender uma caminhada e a marcar com pequenos montes de terra seu novo domínio. A cada colina que vencia, via terras ainda mais bonitas, que não poderia deixar de fora.
Depois de muito caminhar, percebeu que o sol estava a pino e que era hora de voltar. Mas durante o caminho via terras importantes para compor seu patrimônio. Um belo lago, um pasto que seria perfeito para as vacas ou um vale para o cultivo de cevada. Em um dado momento, já bastante exausto, notou que o sol começava a se recolher rapidamente. Correu para chegar ao ponto inicial da caminhada.
Quando estava ao pé da colina, o sol lançava os últimos raios do dia. Desanimado, deixou-se cair prostrado ao chão. Lá do alto os índios gritavam e o incentivavam a continuar. O sol se punha, mas os raios ainda alcançavam o topo da colina. O camponês buscou o resto de suas forças e se lançou a um desesperado esforço para chegar ao cume.
Assim que alcançou o destino, uma última nesga de sol ainda resistia no horizonte. Os Bashkirs comemoravam e cantavam alegres a coragem daquele homem. Pakhom, porém, via o horizonte ficar turvo. Com um filete de sangue correndo no canto da boca, caiu nos braços do chefe, que agora se parecia muito com o homem que havia lhe informado sobre as terras baratas. O valente Pakhom estava morto. O leal criado enterrou o corpo do patrão abaixo de sete palmos de terra – tudo de que ele precisava.

:: A nossa corrida diária

A história do pobre Pakhom ilustra muito bem a rotina de executivos, médicos, empresários, bancários, professores e tantos outros profissionais. Tolstoy certamente não conheceu a realidade atual, mas ele compreendia a alma humana. Como o camponês que acreditava que seu sucesso estava em possuir mais terras, o homem de hoje crê que sucesso está no tamanho do patrimônio que tem.
O vale e o lago que não podiam ficar fora das terras de Pakhom são hoje o belo carro, a casa de praia ou de campo, o clube de golfe, a lancha e tantos outros bens que acreditamos serem fundamentais. A crença quase inconteste de que o dinheiro e os bens materiais podem trazer a felicidade está impregnada em nossa sociedade de tal forma que, em determinados momentos, esquecemos que a vida é finita. Esquecemos que talvez não tenhamos tempo para aproveitar todo o imenso patrimônio que gastamos a vida para acumular.
Se Pakhom não tivesse vontade e disposição para conquistar mais terras, teria passado a vida toda como miserável, sem poder oferecer conforto para a família. O que o fez progredir foi a vontade de ter mais terras para trabalhar, de produzir para matar a fome da família e de gerar excedentes para vender a outros. Mas esta mesma força descontrolada lhe levou à morte.
É graças a milhares de Pakhoms descontrolados que vivemos em uma sociedade de tanto progresso material e humano. São insatisfeitos crônicos que constroem grandes grupos empresariais, que descobrem formas de tratar novas doenças e maneiras mais rápidas de se transportar, de se comunicar, entre tantas outras maravilhas da sociedade atual.
Porém, são alguns dos mesmos descontrolados que provocam os golpes financeiros, a corrupção assustadora, os lares sem pais para educar os filhos e uma sociedade de excluídos que frequentemente se revolta e investe contra quem os exclui.

:: O equilíbrio

A vontade de progredir e realizar é fundamental para a felicidade humana e para o progresso de uma sociedade. Pessoas acomodadas e sem vontade de mudar a vida e o mundo tendem a não ser muito felizes.
É justo que as pessoas busquem melhorar suas vidas. É extremamente desejável que as pessoas acumulem bens que lhes permitam ter tranqüilidade material. A busca do progresso individual, se feita com ética e serenidade, possibilita o progresso de todos. Mas é fundamental estabelecer limites para os desejos compatíveis com as possibilidades de cada um.
Evite que sua vida seja consumida pela louca corrida para ter cada vez mais. Lute para progredir, guarde uma parte do que você ganhar para a aposentadoria, mas não se esqueça de aproveitar a vida, pois ela é finita.

Autor: Jurandir Sell Macedo.Artigo publicado no portal do Banco do Brasil.

Atitudes que drenam energias

1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas. 
2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energias e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.
3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética. 
4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: "bons tempos aqueles!", costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas. 
5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica "energeticamente obeso", carregando fardos passados.. 
6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço. 
7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração. 
8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro "escape" de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe "diz" inconscientemente: "você não me terminou! Você não me terminou!" Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e qu e apenas consumirão seu tempo e energia. 
9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

21 outubro 2011

O novo mapa mundi

O Blog do Stephen Kanitz - O Novo Mapa Mundi Se você quiser entender os próximos 30 anos, comece a entender este mapa que criamos para os nossos leitores. O que este mapa nos mostra é que Beijing está muito mais próximo do Japão, Coreia, Índia, Austrália e Nova Zelândia, Arábia Saudita, Europa e África, do que Portugal.

20 outubro 2011

Os assassinos econômicos

Verdade, ou mentira, tem muito de realidades das quais já tomamos conhecimento.

17 outubro 2011

Viver, ou juntar dinheiro?

Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente. Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico.
Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.
Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO".

Que tal um cafezinho?

Max Gehringer

16 outubro 2011

O pato e a esponja

Por acaso você já observou o que acontece com os patos quando dão seus mergulhos na lagoa? Eles simplesmente não se molham. Suas penas são cobertas com uma camada de óleo, tornando a ave impermeável. Ele retira cuidadosamente o óleo, da glândula uropigial, com o bico e o espalha por todo o corpo. Se você lavar um pato com detergente, ele se afogará no primeiro mergulho. Mas o pato não é a única ave privilegiada com esta proteção. Praticamente metade das aves possuem a tal glândula.
Ao liderar pessoas difíceis é fundamental desenvolver um mecanismo de proteção parecido com o do pato. De alguma maneira, é preciso que fiquemos “impermeáveis”. O grande erro é deixar que o temperamento difícil de uma pessoa se torne referência para você e para todos ao redor.
Se alguém fala alto demais em seu ambiente de trabalho, não vai demorar muito para que todos comecem a se comunicar aos berros. Será a vitória do erro. É preciso que aprendamos a nos tornar um pouco surdos, mantendo um jeito sereno de falar. Impermeáveis. O silêncio falará mais alto que os gritos, e a serenidade será a referência determinante para aquele ambiente.
O problema é que, além de não sermos "patos", muitas vezes, nos comportamos como verdadeiras "esponjas".
Temos a trágica capacidade de absorver tudo. Se alguém vomita num lugar público, logo buscamos um balde d'água para limpar o lugar. Porque não fazemos o mesmo com as pessoas que vomitam mau humor, inveja e raiva? Absorver estes sentimentos como uma esponja é tão asqueroso e prejudicial quanto absorver o vômito alheio.
Se pensássemos desta maneira, não ficaríamos com tanta facilidade nos remoendo em ressentimentos. Prestou atenção nesta palavra? Vou repetir "re-sentimento". É sentir de novo o que já fez mal da primeira vez. Recebemos uma ofensa, basta a dor uma vez só. Mas preferimos comentar sobre o fato ressentidamente com alguém, depois com outro e mais outro...
Ao final do dia já "re-sentimos" a mesma dor várias vezes. Jogue um balde d'água nessa sujeira! O perdão é o melhor remédio. Seja pato.. não seja esponja.