15 julho 2011

D. Pedro II falava hebráico. Você sabia?

O Prof. Shlomo Haramati, em seu livro “O Hebraico Vivo Através das Gerações”, publicado em Israel em 1992 oferece techos a respeito do interesse de D. Pedro II, imperador do Brasil, sobre a língua hebraica. O Prof. Shlomo Haramati leciona Linguística Aplicada na Universidade Hebraica, Jerusalém. Foi pesquisador da UNESCO, tendo atuado na área da erradicação do analfabetismo.
Foi agraciado com o “Prêmio Jerusalém” em 1974, pelo desenvolvimento de métodos para o ensino do hebraico como língua materna e como língua estrangeira.
O texto abaixo foi extraído do livro citado que, devidamente atualizado, foi transmitido como palestra pelo próprio autor na rádio israelense Kol Israel em dez/1998. 
O trecho apresentado é uma tradução de Ephraim Knaan e Moshé Waldmann.
D. Pedro II, imperador do Brasil de 1841 a 1889, era conhecido por sua vasta cultura e ampla gama de interesses, dominando diversos idiomas inclusive o hebraico.
Segundo o semanário HaMaguid (O Anunciador), o primeiro a ser editado na Europa na língua hebraica, “as línguas européias D. Pedro falava e escrevia com desenvoltura, e também conhecia bem o hebraico”.
Houve sempre, por parte do imperador brasileiro, profundo interesse em assuntos de cultura geral e científica e extrema dedicação ao estudo de idiomas.
Participava de diversas academias de ciências e letras, tendo sido eleito membro da Academia Francesa e tornando-se imortal.
Continua HaMaguid: “Era membro ativo de diversas sociedades científicas na Europa e foi eleito para a Liga dos Quarenta Sábios, em Paris”.
Ainda jovem, D. Pedro II demonstrou especial interesse pela língua hebraica, a qual estudou durante toda a sua vida com afinco, com o auxílio de rabinos e professores judeus em sua pátria e também no exterior.
Há diversos testemunhos quanto ao excelente domínio da língua hebraica a que chegou D. Pedro, incluindo fala fluente e redação criativa.
Segundo o próprio D. Pedro, seu primeiro professor foi um judeu sueco chamado Akerblom.
Após a morte deste, estudou o imperador com o Dr. Heining, falecido em 1888.
O Dr. Koch também é lembrado como um de seus professores de hebraico.
A partir de 1886 estudou D. Pedro com seu assistente de pesquisas, Dr. Christian Seybold, que era também professor de línguas orientais.
Com ele estudou também árabe, com o objetivo, segundo seu próprio comentário, de entender melhor o hebraico e também capacitar-se a ler a literatura árabe no original.
Seu apego à língua hebraica foi interpretado como uma forma de compensar os atos de crueldade cometidos por seus antepassados, reis de Portugal, durante a Inquisição, e também motivado por sua vontade de ler a Bíblia no original.
Contam que certa vez encontrou D. Pedro, nos jardins do palácio, uma Bíblia em hebraico que havia sido perdida por um pastor protestante.
Esta descoberta provocou em D. Pedro forte emoção, a ponto de levá-lo a tomar a decisão de estudar hebraico.
Estudou D. Pedro o hebraico durante toda a sua vida, e quando foi deposto pelos republicanos em 1889 encontrou alívio para seu sofrimento no exílio estudando línguas, aprofundando especialmente seu conhecimento da gramática e literatura hebraicas.
Um de seus biógrafos, Georg Raeders, assim descreveu: “A fim de encontrar consolo em seus anos de exílio, ele também estudou grego e árabe, mas acima de tudo sentia-se atraído pelo hebraico.
E a razão disto era que em seu exílio ele se identificava com um povo que também vivia exilado.
Não há dúvidas que seu profundo interesse pelo hebraico, em seus últimos anos de vida, resultava de ser esta a língua de um povo que vivia na diáspora, estando ele próprio solitário e longe de sua pátria.
Sua afinidade com o hebraico foi também por vezes ridicularizada.
Em 1872, o romancista português Eça de Queiroz publicou artigo criticando as viagens de D. Pedro à Europa e aos Estados Unidos.
“Sua Majestade,” escreve o romancista, “conhecido pela modéstia nos costumes e nas iguarias que impõe no palácio real, tem na verdade uma gula especial e única - a língua hebraica.
Por não levar acompanhante conhecedor do hebraico em suas longas e tediosas viagens por trem, assim que chega, faminto, ao seu destino, sendo festivamente recebido, só sabe balbuciar: ‘Hebraico...’”.
E continuava Eça de Queiroz: “Certa vez, quando recebido com pompa nos palácios reais ingleses e solicitado a exprimir suas vontades e preferências, exclamou com voz sofrida: ‘Hebraico!..’ Os oficiais da recepção, espantados, tiveram a genial idéia de levar o imperador a uma sinagoga. Rodeado por judeus imersos em suas orações, pôde deglutir D. Pedro, com muita curiosidade e satisfação, porções sem fim de hebraico”.
Em seu exílio escreveu D. Pedro um livro de gramática hebraica, em francês, e traduziu do hebraico para o francês a canção “Had Gadiá”, da Hagadá de Pessach (1), por entender que esta canção refletia a essência da justiça divina e seu poder sobre a vida e a morte.
Traduziu também, de um jargão misto de hebraico e provençal, para o francês, três cânticos litúrgicos antigos (séc. XVI ou XVII), que costumavam ser entoados nas festas de Brit Milá (2) e Purim (3) por algumas comunidades na Provence.
Sobre estas traduções observou Sokolov (4):
“Nenhum de nossos homens de letras teve a idéia de salvar do esquecimento e da perda estas peças do folclore judaico, até que veio o imperador brasileiro e coletou-as, interpretou-as, traduziu-as e publicou-as, com total fidelidade aos originais”.
No livro que publicou com estas traduções (5), aduziu D. Pedro na introdução a história destas canções e seu valor literário, para que seus leitores pudessem captar a luminosidade oculta nos tesouros da literatura hebraica.
No prefácio deste livro, declarou o monarca brasileiro seu amor pela língua hebraica e descreveu as sucessivas etapas de seu estudo, mencionando com reverência os nomes de seus professores de hebraico, como citamos anteriormente.
Nos anos 70 e 80 do século XIX, ainda imperador do Brasil, D. Pedro viajou diversas vezes para a América do Norte e Europa.
Nessas viagens ele ampliou seu conhecimento de línguas antigas (sânscrito, grego e hebraico), como menciona edição de HaMaguid de 1887:
“D. Pedro II, imperador do Brasil, é pessoa culta e estudada. Em suas horas livres ocupa-se do estudo do sânscrito, do grego, do hebraico e suas literaturas. Para este fim, ele leva consigo em suas viagens ao exterior muitos livros raros, escritos nessas línguas, despendendo horas em sua leitura”.
Em suas viagens costumava D. Pedro encontrar-se com intelectuais judeus de sua época, como Adolf Frank (1809-1893), primeiro professor judeu na Sorbonne, Israel Michel Rabinowitz (1818-1893), que traduziu parte do Talmud para o francês, Julius Opert (1825-1905), assiriologista muito conhecido na época, A.A.Neubauer (1831-1907), pesquisador de manuscritos hebraicos e diretor da biblioteca da Universidade de Oxford nos anos 1873-1900 e Moïse Schwab (1839-1918), diretor da Bibliothèque Nationale de Paris e tradutor do Talmud de Jerusalém para o francês.
Quando chegou D. Pedro a São Petersburgo em 1876, encontrou-se com A.A.Harkavi (1839-1919), diretor da Biblioteca Real, que era conhecido como pesquisador de manuscritos hebraicos antigos. D. Pedro manteve com ele longas discussões sobre os manuscritos que lá se encontravam.
Quando de seu exílio em Paris (1889-1891), manteve D. Pedro laços de amizade com intelectuais e escritores hebraístas e judeus.
Não é de surpreender que nessa época a visão aguçada de Ephraim Deynard (1846-1936), bibliógrafo e comerciante de manuscritos hebraicos, tenha atraído o mui-ilustrado imperador no exílio para oferecer-lhe manuscritos e livros hebraicos antigos.
Foi divulgada carta de Deynard a D. Pedro, na qual destaca o conhecimento da língua hebraica pelo imperador, o que o eternizaria:
“Desta forma Sua Majestade destacou-se e gravou seu nome, em letras luminosas, na história e no coração do povo do Deus de Abraão”.
E assim cumprimentou Deynard o imperador, em seu nome e em nome do povo de Israel:
“Esta saudação é-lhe dirigida por dezenas de milhares de filhos de Israel, pela grande honra que Sua Majestade conferiu a este povo antigo por ter estudado sua língua”.
Em suas viagens ao exterior costumava D. Pedro visitar sinagogas.
Consta que em 22 de setembro de 1876 esteve em visita à sinagoga de Odessa e impressionou-se com a bela melodia das orações.
Sobre as visitas de D. Pedro a sinagogas escreveu o historiador A.R.Malachi:
“Entrava incógnito e sentava-se junto à porta, como se fosse um visitante pobre.
Em algumas sinagogas, pensando que fosse judeu, quiseram dar-lhe a honra de ler na Torá (6) e, para tal, perguntaram-lhe seu nome e de seu pai.
Mas o visitante dizia a verdade, respondendo que não era judeu”.
Temos testemunhos de que D. Pedro costumava rezar em sinagogas, com o livro próprio de orações em hebraico.
Seguindo as instruções contidas no livro, certa vez na sinagoga de Bruxelas, soube quando levantar-se e o que dizer, acompanhando atentamente a liturgia.
Segundo outras fontes, cumpriu sim D. Pedro o ritual da “subida” à Torá, dizendo as respectivas bênçãos em hebraico e até mesmo traduzindo os versículos que havia lido.
Assim ocorreu em sua visita a Londres em 1871, na grande sinagoga da Great Portland Street, e também na sinagoga de Bruxelas.
Nesta última, diante do espanto geral dos circunstantes, declarou D. Pedro:
“Levarei comigo, em meu coração, o selo da Torá de Moisés, e suas palavras pairarão para sempre diante de meus olhos”.
Conta-se que também “subiu” à Torá na sinagoga da cidade de São Francisco, na Califórnia, e também lá demonstrou seu conhecimento através da tradução correta dos versículos que leu.
Discutiu, inclusive com os rabinos, sobre a importância da língua hebraica.
Em dezembro de 1876 visitou D. Pedro a Terra Santa, tendo participado com os judeus de Jerusalém das orações de sexta-feira à noite, junto ao Muro das Lamentações.
Foi provavelmente nesta viagem que adquiriu o imperador os rolos da Torá, recentemente redescobertos no Museu Nacional no Rio de Janeiro. (7)
Como dito, dominava D. Pedro II a língua hebraica, a ponto de manter conversação fluente.
Conta-se que no tempo em que foi imperador, convidou alguns líderes da comunidade judaica brasileira a seu palácio.
Quando se apresentaram, com todo o respeito devido a Sua Majestade, este dirigiu-se a eles em hebraico.
O espanto dos líderes judeus foi grande:
Por não entenderem palavra do que o imperador lhes dizia e porque não poderiam supor que Sua Majestade se dirigiria a eles em hebraico.
Passada a surpresa, o imperador repreendeu-os:
“Que judeus são vocês, que não compreendem a língua de seus antepassados ?!”
D. Pedro faleceu em Paris em 5 de dezembro de 1891.
Na eulogia publicada no jornal HaTsfirá (A Sirene), editado em Varsóvia na língua hebraica, escreveu Israel Isser Goldblum (1863-1925) sobre a vasta cultura de D. Pedro II e seu especial interesse pela língua hebraica, tendo sido salientado o fato de o imperador do Brasil saber e falar fluentemente o hebraico:
“Bem aventurados aqueles que viram D. Pedro II, Imperador do Brasil, e ouviram-no falar na língua sagrada.
Bem aventurados todos aqueles que o saudaram e foram por ele saudados”.
Notas dos tradutores:
(1) Hagadá de Pessach: Texto que descreve o êxodo dos judeus do Egito, lido anualmente na Páscoa judaica.
(2) Brit Milá: Cerimônia de circuncisão.
(3) Purim: Festival anual que comemora a salvação dos judeus no exílio persa.
(4) Sokolov, Nahum (1861-1936): Decano dos jornalistas e escritores israelenses.
(5) Poésies Hébraïco-Provençales du Rituel Israélite Comtadin. Traduites et Transcrites par S.M. Dom Pedro II D’Alcantara, Empereur du Brésil. Avignon 1891. (Cf. Elias Lipiner, 1916-1998, escritor brasileiro-israelense, em seu texto “Imperador do Brasil e Amante do Hebraico” publicado no mensário “Am VaSefer” [Povo e Livro], Israel, fev/1966)
(6) Torá: Rolos de pergaminho contendo a história e as leis básicas do povo judeu, lidos ao longo de cada ano.
(7) Pesquisadores consideram estes rolos da Torá como dos mais antigos existentes, remontando ao século XIV ou XV. Foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e encontram-se em exibição no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro.
 

13 julho 2011

A Copa 2014 vem aí! E os negócios?

O Brasil começa a se preparar para a Copa de 2014, tanto com a seleção de futebol, como em relação aos diversos negócios que surgirão com o mega evento que seá realizado em 12 (doze) cidades sede.
Obras serão realizadas, tanto em estádios novos, ou remodelados, em diversos itens de infra-estrutura. Mas e os negócios que daí poderão surgir? Quais áreas serão mais promissoras?
Para responder às perguntas relacionadas com negócios que poderão ser explorados antes, durante e depois da Copa do Mundo de 2014, o SEBRAE realizou estudo, onde são apontados os segmentos mais promissores. Setores foram identificados pelo SEBRAE e serão estudados pela  FGV- Fundação Getúlio Vargas, a saber: Construção civil, Tecnologia da informação, Turismo, Produção associada ao turismo, Comércio varejista, Serviços, Vestuário, Madeira e móveis e Agronegócio.

Estimativas da Ernest & Young, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontam que o valor investido em obras de infraestrutura e organização do País será da ordem de R$ 22,46 bilhões. Adicionalmente, a competição deverá injetar R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos diretos, indiretos e induzidos. Estima-se que, no período de
2010 a 2014, sejam movimentados R$ 142,39 bilhões adicionais no País. Apenas para o setor de tecnologia da informação (TI), serão necessários investimentos de R$ 309 milhões para acomodar o grande fluxo de dados associado ao megaevento.
O estudo completo do SEBRAE pode ser lido no documento "Copa do Mundo FIFA 2014: Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas  Cidades-Sede - Resumo executivo Brasil". Não perca a oportunidade!

09 julho 2011

Combate aos germes em roupas

Atenção alérgicos!!!!!

De acordo com a BBC, um novo tratamento anti-microbial foi desenvolvido por cientistas da Universidade da Georgia. Trata-se de um spray capaz de matar qualquer germe presente em tecidos, que podem causar doenças ou odores desagradáveis.
Eles garantem que o líquido pode ser aplicado tanto em fibras naturais como sintéticas, sejam elas roupas, tapetes, sapatos e até plastico. Nos testes, o produto também foi capaz de impedir a reprodução das bactérias e nem perdeu suas características mesmo após várias lavagens.
"A proliferação de bactérias em tecidos e plásticos é uma preocupação crescente, especialmente em hospitais e hotéis, que são ambientes perfeitos para o desenvolvimento desses microorganismos", disse o Dr. Jason Locklin, um dos responsáveis pelo projeto, à BBC.
Outros produtos similares já existem no mercado, mas a expectativa é que esse spray tenha um preço acessível para a maior parte da população.
Fonte: Olhar Digital

07 julho 2011

Radioembolização para pacientes com câncer primário de fígado inoperável

Os resultados da análise multi-centro Rede Europeia de Radioembolização com microesferas de resina de ítrio-90 (ENRY - European Network on Radioembolization with Yttrium-90 resin microspheres) dos resultados de longo prazo relacionados com a sobrevivência e com a segurança da radioembolização usando esferas de resina (SIR-spheres) em pacientes com tumores primários inoperáveis no fígado foram publicados hoje na Hepatology, uma revista revisada por pares da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado (American Association of the Study of Liver Diseases).
A avaliação de 325 pacientes com câncer primário de fígado inoperável (carcinoma hepatocelular irressecável), que foram tratados por equipes de especialistas em fígado, oncologistas, radiologistas intervencionais e médicos de medicina nuclear em oito centros na Alemanha, Itália e Espanha, forneceu "provas robustas dos resultados
de sobrevivência alcançados com a radioembolização, incluindo pacientes com doença avançada e poucas opções de tratamento", disse Bruno Sangro, MD, PhD, Professor de Hepatologia na Unidade do Fígado da Universidade Clínica de Navarra, Pamplona, Espanha, e presidente do grupo ENRY.
Sobre o carcinoma hepatocelular
O carcinoma hepatocelular (CHC) ocorre em pessoas cujos fígados se tornam gravemente danificados ou cirróticos, devido a condições tais como a hepatite e alcoolismo. É um entre os dez cânceres mais comuns em todo o mundo, com quase 750.000 casos diagnosticados anualmente, e a terceira principal causa de mortes por câncer. A doença ocorre com maior frequência em regiões onde a hepatite é diagnosticada com mais frequência, tais como a região Ásia-Pacífico e Sul da Europa.
O câncer hepatocelular pode ser curado somente através de cirurgia, ou pela resseção das partes do fígado afetadas pela doença, ou através de transplante de fígado de um doador saudável. Entretanto, estas intervenções são inapropriadas para a grande maioria dos pacientes, cuja sobrevivência pode variar de poucos meses a dois ou mais anos, dependendo amplamente do estado de seus fígados na época do diagnóstico e da extensão da invasão do tumor.
Descobertas da avaliação ENRY
A maioria dos pacientes (82,5%) avaliados pelo grupo ENRY tinha doença hepática que estava razoavelmente bem compensada (Child-Pugh classe A), com cirrose associada (78,5%) e bom status de desempenho na escala ECOG (ECOG 0-1: 87,7%). Porém, muitos deles tinham múltiplos nódulos tumorais (75,9%), com a doença presente em ambos lóbulos do fígado (53,1%) e/ou oclusão da veia porta (o vaso que transporta sangue do trato gastrintestinal para o fígado) ou em uma parte da veia (13,5%) ou no vaso principal (9,8%).
Mais de 40 por cento dos pacientes (41,5%) obtiveram progresso seguindo um ou mais outros tratamentos antes de receberem radioembolização com esferas de resina (microesferas de resina de ítrio-90; Sirtex Medical Limited, Sydney, Austrália), incluindo cirurgia ou transplante de fígado, procedimentos percutâneos tais como injeção de etanol ou ablação por radiofrequência de tumores individuais do fígado, ou procedimentos vasculares tais como embolização transarterial (TAE) ou quimioembolização (TACE) que bloqueiam as artérias do fígado que nutrem os tumores.
Usando os critérios de estadiamento Barcelona Clinic Liver Cancer (BCLC), a vasta maioria dos pacientes avaliados pelo grupo ENRY possuía a doença avançada (BCLC C: 56,3%) ou intermediária (BCLC B: 26,8%).
Os pacientes que receberam a radioembolização (também chamada de terapia de radiação interna seletiva ou SIRT - selective internal radiation therapy) receberam uma dose mediana de 1,6 GBq de microesferas de resina de ítrio-90 emissoras de radiação beta, predominantemente como procedimento único por meio transarterial para o fígado por um cateter através das artérias femoral e hepática. A sobrevivência geral mediana dos pacientes tratados com SIRT e avaliados pelo grupo ENRY foi de 12,8 meses. A sobrevivência variou significativamente por estágio da doença: 24,4 meses para pacientes no estágio BCLC A; 16,9 meses no BCLC B e 10,0 meses no BCLC C.
"Como o ENRY não foi um estudo prospectivo, nossas descobertas devem ser interpretadas de maneira conservadora", explicou o Professor Sangro. "O que podemos dizer, com base em nossa avaliação de uma grande série de pacientes com CHC tratados em consultórios de rotina, é que a radioembolização usando esferas de resina visa diretamente os tumores e poupa tecidos viáveis do fígado, o que nos permite reduzir a carga da doença e aumentar potencialmente tanto a sobrevivência do paciente quanto sua qualidade de vida. O maior benefício da sobrevivência pode ser esperado naqueles pacientes com melhor status de desempenho, menos nódulos tumorais e nenhuma oclusão da veia porta.
"Também ficou claro, a partir de nossa análise", ele acrescentou, "que a radioembolização pode ser particularmente útil em quatro populações específicas de pacientes. Estas incluem, primeiramente, pacientes que poderiam de outra forma serem considerados para TACE mas podem beneficiar-se mais das esferas de resina; pacientes que são candidatos deficientes para TACE devido ao alto número de nódulos tumorais (>5) ou espalhados por ambos lóbulos do fígado; pacientes que não tiveram resultados anteriores com TACE e, por fim, pacientes que não são elegíveis para TACE devido à oclusão da veia porta. Estes pacientes possuem poucas outras opções de tratamento".
Outras opções de tratamento que demonstraram estender a sobrevivência para pacientes com CHC inoperável incluem TACE, que requer repetidos procedimentos intervencionais e hospitalizações devido à resultante síndrome pós-embolização; e o sorafenibe, um medicamento oral administrado duas vezes por dia o qual pode causar efeitos colaterais que levam à descontinuação do medicamento em mais de um terço dos pacientes (38%).
A colaboração ENRY descobriu que a radioembolização foi muito bem tolerada por estes pacientes já adoentados. Mais da metade (54,5%) sofreram de fadiga; cerca de um terço (32,0%) reportaram náusea ou vômito; enquanto que um pouco mais de um quarto (27,1%) reportaram dor abdominal e um em dez pacientes apresentaram febre moderada. Estes sintomas foram transitórios em todos os casos.
Um número muito pequeno de pacientes (3,7%) sofreram de úlcera gastrintestinal, que pode ocorrer quando algumas microesferas inadvertidamente passam por uma artéria gástrica.
"Com base na avaliação ENRY", concluiu o Professor Sangro, "acreditamos que a radioembolização merece o uso de rotina em um número de pacientes com câncer primário de fígado. A radioembolização também pode ser uma opção sinergética quando combinada com tratamentos farmacêuticos mais recentes, tais como o inibidor da tirosina-quinase, sorafenibe".
Médicos e pacientes interessados em participar em um dos dois testes randomizados controlados iniciados recentemente de radioembolização usando esferas de resina, podem obter mais informações nos endereços: 
http://www.soramic.de - o teste SORAMIC (http://www.clinicaltrials.gov identificador NCT01126645) está sendo conduzido na Europa usando esferas de resina combinadas com sorafenibe comparadas com somente sorafenibe em pacientes com CHC; 
http://www.sirvenib.com – o teste SIRveNIB (http://www.clinicaltrials.gov identificador NCT01135056) está sendo conduzido na Região Ásia-Pacífico e compara as esferas de resina com o sorafenibe em pacientes com CHC. 
Para informações adicionais
As esferas de resina estão aprovadas para uso na Austrália, na União Europeia (Marcação CE), Nova Zelândia, Suíça, Turquia e diversos outros países para tratamento de tumores irressecáveis do fígado. As esferas de resina foram também inteiramente aprovadas pela FDA e são indicadas nos Estados Unidos para tratamento de tumores metastáticos irressecáveis do fígado desde câncer colorretal primário em combinação com quimioterapia hepática intra-arterial usando floxuridina. Imagens para baixar, informações de base para a mídia, um vídeo do modo de ação e materiais adicionais de apoio estão disponíveis on-line no endereço http://www.SIRTnewsroom.com
Referências: 
1. Sangro B, Carpanese L, Cianni R et al em nome da Rede Europeia de Radioembolização com microesferas de resina de ítrio-90 (ENRY - European Network on Radioembolization with Yttrium-90 resin microspheres). Survival after 90Y resin microsphere radioembolization of hepatocellular carcinoma across BCLC stages: A European evaluation. Hepatology 2011; ePub doi: 10.1002/hep.24451.
2. GLOBOCAN. Liver Cancer Incidence and Mortality Worldwide in 2008. http://globocan.iarc.fr/factsheets/cancers/liver.asp acessado em 28
de junho de 2011.
3. Llovet J, Ricci S, Mazzaferro V et al para o Grupo de Estudo de Investigadores SHARP. Sorafenib in advanced hepatocellular carcinoma. New England Journal of Medicine 2008; 359: 378-390.

Fontes: ENRY Trialists; PR News Wire Brasil

Observatório desafia física pós-Einstein

O Telescópio de Raios Gama Integral, da Agência Espacial Europeia, revelou novos resultados que vão afetar drasticamente a busca pela chamada "física pós-Einstein".
Os dados do observatório espacial mostraram que qualquer "granulação" quântica do espaço deve ter uma escala muito menor do que se previa.
Os dados do observatório espacial mostraram que qualquer "granulação" quântica do espaço deve ter uma escala muito menor do que se previa.
O GRB 041219A ocorreu em 19 de dezembro de 2004 e foi imediatamente classificado no topo da lista dos GRBs em brilho.[Imagem ao lado: ESA/SPI Team/ECF]
O Telescópio de Raios Gama Integral, da Agência Espacial Europeia, revelou novos resultados que vão afetar drasticamente a busca pela chamada "física pós-Einstein".
Os dados do observatório espacial mostraram que qualquer "granulação" quântica do espaço deve ter uma escala muito menor do que se previa.
Granularidade do espaço
A Teoria Geral da Relatividade de Einstein descreve as propriedades da gravidade e assume que o espaço é um tecido suave e contínuo.
No entanto, a teoria quântica sugere que o espaço deve ser granulado quando visto em uma escala suficientemente pequena, como a areia em uma praia.
Uma das maiores ocupações dos físicos na atualidade está na tentativa de casar estes dois conceitos, criando uma única teoria da gravitação quântica.
Agora, o Integral colocou novos limites muito mais rigorosos para o tamanho desses "grãos" quânticos no espaço, mostrando que eles devem ser muito menores do que algumas ideias sobre a gravidade quântica vinham sugerindo.
Polarização da luz
Segundo os cálculos, os minúsculos grãos poderiam afetar a forma com que os raios gama viajam pelo espaço.
Os grãos devem "torcer" os raios de luz, mudando a direção na qual eles oscilam - uma propriedade chamada polarização.
Os raios gama de alta energia devem ser torcidos mais do que os raios gama de energias mais baixas, e a diferença na polarização pode ser usada para estimar o tamanho dos grânulos do espaço.
Explosão de raios gama
Philippe Laurent e seus colegas usaram dados do instrumento IBIS, a bordo do observatório Integral, para procurar diferenças de polarização entre raios gama de alta e baixa energia, emitidos durante uma das mais poderosas explosões de raios gama (GRBs) já vistas.
As GRBs vêm de algumas das explosões mais energéticas conhecidas no Universo. Acredita-se que a maioria delas ocorra quando estrelas muito maciças, durante uma supernova, colapsam para formar estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Esse colapso gera um gigantesco pulso de raios gama, com duração de poucos segundos até alguns minutos - mas, durante esse tempo, o pulso ofusca o brilho de galáxias inteiras.
O GRB 041219A ocorreu em 19 de dezembro de 2004 e foi imediatamente classificado no topo da lista dos GRBs em brilho. Ele foi tão brilhante que o Integral foi capaz de medir a polarização dos seus raios gama com precisão.
Tamanho dos grãos do espaço
Os cientistas então procuraram diferenças na polarização a diferentes energias, mas não encontraram nenhuma dentro dos limites de precisão dos dados.
Algumas teorias sugerem que a natureza quântica do espaço - sua "granularidade" - deve manifestar-se na chamada escala de Planck: a 10-35 metro. Para comparação, um milímetro, a menor divisão que se pode ver em uma régua escolar, equivale a 10-3 metro.
No entanto, as observações do Integral são cerca de 10.000 vezes mais precisas do que qualquer medição anterior e mostram que qualquer grão quântico deve estar na casa dos 10-48 metro ou menor.
"Este é um resultado muito importante em física fundamental e descarta algumas teorias das cordas e teorias da gravidade quântica em loop," afirmou o Dr. Laurent.
Agora, a bola volta para os teóricos, que deverão reexaminar suas teorias à luz deste novo dado.
As observações do Integral são cerca de 10.000 vezes mais precisas do que qualquer medição anterior e mostram que qualquer grão quântico deve estar na casa dos 10-48 metro ou menor. [Imagem ao lado: ESA/Medialab]
Explosão de raios gama
Philippe Laurent e seus colegas usaram dados do instrumento IBIS, a bordo do observatório Integral, para procurar diferenças de polarização entre raios gama de alta e baixa energia, emitidos durante uma das mais poderosas explosões de raios gama (GRBs) já vistas.
As GRBs vêm de algumas das explosões mais energéticas conhecidas no Universo. Acredita-se que a maioria delas ocorra quando estrelas muito maciças, durante uma supernova, colapsam para formar estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Esse colapso gera um gigantesco pulso de raios gama, com duração de poucos segundos até alguns minutos - mas, durante esse tempo, o pulso ofusca o brilho de galáxias inteiras.
O GRB 041219A ocorreu em 19 de dezembro de 2004 e foi imediatamente classificado no topo da lista dos GRBs em brilho. Ele foi tão brilhante que o Integral foi capaz de medir a polarização dos seus raios gama com precisão.
Tamanho dos grãos do espaço
Os cientistas então procuraram diferenças na polarização a diferentes energias, mas não encontraram nenhuma dentro dos limites de precisão dos dados.
Algumas teorias sugerem que a natureza quântica do espaço - sua "granularidade" - deve manifestar-se na chamada escala de Planck: a 10-35 metro. Para comparação, um milímetro, a menor divisão que se pode ver em uma régua escolar, equivale a 10-3 metro.
No entanto, as observações do Integral são cerca de 10.000 vezes mais precisas do que qualquer medição anterior e mostram que qualquer grão quântico deve estar na casa dos 10-48 metro ou menor.
"Este é um resultado muito importante em física fundamental e descarta algumas teorias das cordas e teorias da gravidade quântica em loop," afirmou o Dr. Laurent.
Agora, a bola volta para os teóricos, que deverão reexaminar suas teorias à luz deste novo dado.

06 julho 2011

Atitude é tudo!!!!

Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça...
- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordo, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.
ATITUDE É TUDO!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
Viva com simplicidade.
Ame generosamente.
Cuide-se intensamente.
Fale com gentileza.
E, principalmente, não reclame.
Se preocupe em agradecer pelo que você é, e por tudo o que tem!
E deixe o restante com Deus...

05 julho 2011

Atitudes que podem prejudicar a evolução no trabalho

Já diz o dito popular que um sorriso abre portas, mas, sorrir demais, segundo alertam os especialistas, pode passar uma imagem negativa, de falsidade, e acabar prejudicando a evolução profissional dentro da empresa. “Pessoas que ficam sorrindo o tempo todo e demonstrando disponibilidade de forma exagerada podem passar uma imagem de falsidade”, diz a consultora de planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.
Outra atitude tida como positiva, mas que, se for exagerada, pode acabar impactando de forma negativa os profissionais é o excesso de proatividade, que pode levar as pessoas a enxergarem este profissional como intrometido. “Ser resiliente e proativo demais, querer saber de tudo, participar de tudo o que acontece na empresa, além de dar uma impressão negativa, pode fazer com que o profissional acabe deixando de lado as obrigações pelas quais ele é de fato responsável, o que torna o comportamento prejudicial para a carreira”, explica a consultora em carreira da De Bernt Entschev Human Capital, Gizelle Marques.
Extremos
Ainda segundo Gizelle, qualquer comportamento extremo é prejudicial para a evolução da carreira. Assim, quem sempre coloca o trabalho em primeiro lugar, como aqueles que nunca abrem exceções na vida particular para resolver questões profissionais, são mal vistos por gestores e líderes.
Neste sentido também, de exageros, ela destaca a excessiva resistência ao novo e a busca interminável por feedbacks. “Na tentativa de acertar, de conseguir uma melhor colocação na empresa, as pessoas acabam exacerbando comportamento. Há aqueles que buscam o tempo todo por feedback, que querem sempre saber qual é o próximo passo para chegarem a outro patamar, por exemplo. Tais atitudes podem demonstrar ambição exagerada, impaciência para cumprir as etapas da evolução da carreira”.
Outras atitudes
Além das ações positivas, que, quando exageradas, tornam-se negativas, Karla lembra ainda das atitudes que sempre são tidas como negativas e acabam contando pontos a menos para o profissional:
- Comprometer-se e não cumprir;
- Falar mal de antigos chefes e empresas;
- Não saber ouvir a opinião de terceiros;
- Não saber lidar com críticas;
- Querer aparecer mais que os outros membros da equipe;
- Ser inflexivo e agressivo;
- Ser centralizador;
- Não cuidar da aparência pessoal;
- Mostrar-se inseguro, desinteressado e não saber olhar a empresa como um todo.
Além da empresa
As especialistas lembram ainda que é um erro focar-se somente no emprego atual, esquecendo-se da empregabilidade. De acordo com elas, é preciso prestar atenção ao mercado e procurar se atualizar, para não sabotar a própria carreira.
Neste sentido, lembram, é essencial manter o networking, sendo um erro demonstrar-se preconceituoso, não sustentar as amizades e mostrar-se interesseiro, procurando as pessoas apenas quando precisa de algo.

Fonte: InfoMoney

19 junho 2011

7 Práticas que você pode fazer durante as dificuldades

“Não importa o quão bom, realizado e eficiente você for, haverá momentos em que você ficará sobrecarregado por alguma coisa negativa, chata e perturbadora.”
Confira algumas dicas práticas que você pode fazer para continuar e superar esses tempos difíceis:
1. Reconhecer que as regras normais não se aplicam para o momento
Às vezes temos uma longa lista de tarefas para cumprir mas temos dificuldades para completar até as pequenas tarefas.
Ao invés de negar essa realidade, aceite e faça alguns ajustes temporários.
2. Concentrar em tarefas essenciais, e cortar todo o resto
Não pense no “Should-Do List” (Lista que devo fazer), mas no “Must-Do-To-Survive List” (Lista que deve fazer para sobreviver).
Coloque as suas atividades normais em espera e tente lidar com o que vem imediatamente após isso.
3. Ter um bom descanso
Quando você já está estressado por não ter tempo suficiente para fazer tudo, descansar pode ser um contra-senso. Mas se você não descansar o suficiente, a situação pode se transformar rapidamente de mal a pior.
Nutrir e estimular o seu corpo com o descanso é extremamente importante se você quiser ser produtivo durante um momento difícil.
4. Pedir ajuda
Faça as coisas óbvias (mais as difíceis) e saiba pedir ajuda: o trabalho delegado aos seus colaboradores e sua família e amigos para obter assistência. Seu verdadeiros aliados ficarão felizes em ajudá-lo quando você está em uma fase difícil: Dê a chance de fazer algo de bom, e eles ajudarão.
5. Foco no positivo, sempre que possível
Geralmente os erros afastam o pensamento positivo. Tente não ceder a isso. Em alguns casos,ouvir coisas boas de alguém próximo pode ser um alívio.
Não seja tímido: Se você precisa de um impulso moral, gentilmente peça. Você sabe muito bem para quem pedir, por que não fazer isso?
“Seus verdadeiros aliados ficarão felizes em ajudá-lo quando você está em um ponto difícil: dê a eles essa chance.”
6. Recomeçar/Reiniciar
Quando parecer que os tempos difíceis estão terminando, aproveite o momento e decida como você pode fazer melhorar daqui para frente.
7. Agradecer
Depois que a tempestade passou e o sol começa a brilhar novamente, não se esqueça das pessoas que te ajudaram na sua necessidade. Faça disso uma prioridade, mostre gratidão para aqueles que tomaram conta de você.

Imagens do Rio de Janeiro

Maravilhosas tomadas aéreas do Rio de Janeiro e de seus principais pontos turísticos.

O trabalho enobrece e ocupando a mente desvia-se da má conduta

Na nobre tarefa de educar os filhos, é muito comum vermos os pais pouparem as crianças e jovens de colaboração na manutenção da organização e limpeza do lar.
Não nos passará pela mente, em realidade, que os pequenos ou jovens devam, quando não houver necessidade, ser postos para que realizem trabalhos pesados, que lhes absorvam as horas de estudo e aprimoramento de si mesmos.
Invocamos as possibilidades de aprenderem a arte de auxiliar, de prestar colaboração, o que, a cada dia, se torna mais raro.
São muitas as mães que se transformam em serviçais de seus filhos, não para que cresçam, mas, para que se encharquem nos caldos de terrível egoísmo, sem que aprendam, nos dons do amor, a se fazerem úteis.
Onde está o problema de ensinar-se aos pequenos a esticar a cama donde se levantaram?
Onde está a dificuldade de fazer-lhes atender a essa ou àquela pequena higiene doméstica?
Onde está a impossibilidade de que aprendam a pregar um botão ou costurar uma bainha?
Como ignorar que é importante para os jovens lavar ou passar uma peça do vestuário, para si ou para alguém que precise?
Por que tanto constrangimento em ensinar ao jovem, rapaz ou moça, a passar um café ou preparar um arroz, considerando-se a honra da cooperação fraterna?
Identificamos muitos filhos que se tornaram incapazes pelos caminhos, em razão da displicência ou descaso dos que lhes deviam educação.
Não os deveremos preparar para os tempos de facilidade e abastança, mas para os dias de necessidade e carência, de modo que a incapacidade não os mutile, desnecessariamente.
Pensemos na educação que estamos oferecendo aos nossos filhos, em como os devemos educar para o mundo.
O lar é a primeira escola. É onde serão aprendidos todos os valores.
Da mesma forma que nos esmeramos para oferecer a melhor educação escolar aos nossos filhos, lembremos de ofertar-lhes a educação cristã, plantando neles a semente da cooperação.
Os membros de uma família devem se sentir incentivados a se ajudarem mutuamente, sempre que necessário.
Evoquemos o Divino Mestre, na carpintaria do Pai, cooperando.
Coloquemos a luz do Evangelho em seus corações sem deixarmos, contudo, de lhes ocuparmos as mãos, ainda que seja nos pequenos afazeres domésticos ou da oficina, pois ajudar no trabalho do bem, onde quer que ele apareça, é também evangelização.