Saber se relacionar no mundo corporativo é uma
questão importante na trajetória profissional. No entanto, para se aproximar e
conquistar a confiança dos demais membros da equipe, alguns podem pensar que é
necessário se tornar amigo da pessoa.
Outros, por sua vez, com medo de problemas inerentes
às amizades, preferem manter os relacionamentos do trabalho no âmbito
estritamente profissional.
No entanto, a sugestão do especialista em liderança,
desenvolvimento humano e performance organizacional, Alexandre Prates, é buscar
pelo equilíbrio. Prates explica que são erros comuns dos profissionais acharem
que precisam construir amizades para se integrar na equipe ou conquistar a
confiança de seus pares.
O que acontece é que as amizades, nas quais as
pessoas expõem suas fraquezas, seus medos, suas opiniões, salvo em alguns casos de
indivíduos muito maduros, pode gerar baixa produtividade. Além disso, fica mais
difícil de o profissional apontar os erros cometidos pelos seus colegas.
Estritamente
profissional?
Se por um lado não é a estratégia mais indicada
construir amizades com todos os membros da equipe, “as pessoas também erram ao achar
que o relacionamento tem que ser estritamente profissional”, comenta Prates. De
acordo com o especialista, o profissional não tem que pensar que não pode ter
outro tipo de conversa na empresa senão sobre assuntos relacionados ao
trabalho.
O que acontece é que, quando o relacionamento é
somente profissional, deixa-se de lado o emocional, que é uma das esferas mais
importantes para os seres humanos.
“Não ter envolvimento emocional é um fator desmotivacional
para as pessoas”, lembra Prates.
Além disso, boa parte do que se alcança dentro do
mundo corporativo é na base
do relacionamento. Assim, o contato mais próximo
entre as pessoas vai ajudar a conquistar mais facilmente os objetivos, “todos precisam
de outras pessoas”, observa Prates.
Não
esqueça do futuro
Perceba, portanto, que para obter a confiança dos
seus pares e líderes, e conquistar relacionamentos fortes, o profissional tem que
mesclar uma certa dose de vínculo emocional com uma dose um pouco maior de
cuidado com o que fala e como se comporta fora do escritório, e até mesmo
dentro dele.
Nesse sentido, se a sugestão é participar de happy
hour, conversar sobre aspectos
da vida que não os relacionados ao ambiente profissional,
cuidado com a transparência exagerada.
Prates lembra que é, sim, preciso criar um vínculo,
mas sem esquecer que no futuro seu colega pode ser seu chefe, ou que você pode
precisar dele para uma nova posição.
Na prática, é essencial tomar cuidado com o que se
fala. Construir credibilidade leva tempo, mas “para sujá-la é questão de segundos”, explica
Prates. Se o ambiente profissional é um lugar de competitividade, isso não deve
limitar que se construa relacionamentos mais amplos, desde que o profissional
não prejudique sua própria imagem ao falar demais.
Fonte: InfoMoney
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