28 outubro 2025

Carros movidos a lenha

Você sabia que já tivemos carros movidos a lenha?
Em 1922, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) mencionou o estudo do gasogênio no “1.º Congresso Brasileiro de Carvão e Outros Combustíveis Nacionais”.
 um tempo, ali pelos anos 1940, em que o Brasil viu nascer uma curiosa alternativa para driblar a escassez de combustíveis: os carros movidos a gasogênio. Eram tempos de guerra, o petróleo rareava e a criatividade fervia. O motor continuava o mesmo, mas o alimento vinha de um grande caldeirão de ferro preso à traseira ou lateral do carro, onde se queimava carvão ou lenha. Daquela combustão imperfeita nascia um gás inflamável que alimentava o motor — um sopro literal de engenhosidade tropical.
Mas conduzir um carro a gasogênio não era simples. Para ligá-lo, o motorista precisava acender o fogo, esperar o aquecimento, controlar válvulas e torcer para que o vento não soprasse na direção errada. Era uma espécie de ritual mecânico que misturava paciência, fumaça e fuligem. A autonomia, comparada à gasolina, era decepcionante: com lenha, mal se chegava a 80 quilômetros, enquanto o tanque convencional fazia o dobro ou mais.
Ainda assim, o sistema tinha seu mérito. Era barato, aproveitava recursos locais e, no Brasil rural, representou independência energética. As desvantagens, porém, eram muitas: peso extra, perda de potência, manutenção constante e o inevitável perfume de carvão queimado que acompanhava o motorista.
Quando o petróleo voltou a fluir e o racionamento acabou, os gasogênios se aposentaram discretamente. Ficaram como lembrança de um tempo em que, diante da escassez, o brasileiro mais uma vez mostrou sua habilidade de transformar fumaça em movimento — literalmente.

27 outubro 2025

Conheces a história da Biblioteca Nacional?

No coração do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, ergue-se uma senhora de saber e silêncio: a Biblioteca Nacional. Fundada oficialmente em 1810, nasceu de um naufrágio feliz — o da história. Quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808, trouxe consigo o tesouro das letras: cerca de 60 mil volumes da Real Biblioteca de Lisboa. Assim, entre o sal do Atlântico e o cheiro de papel, começou a se escrever o destino da maior biblioteca da América Latina.
O edifício atual, inaugurado em 1910, é uma joia do ecletismo arquitetônico, com colunas coríntias, vitrais coloridos e mármores que parecem respirar história. Caminhar por seus salões é atravessar séculos — e se encantar com preciosidades únicas: o manuscrito autógrafo de “O Guarani”, de José de Alencar, as primeiras edições de “Os Lusíadas” de Camões (1572), o “Livro de Horas” iluminado do século XV, o mapa-múndi de Cantino (1502) — um dos primeiros a registrar o Brasil —, além de uma Bíblia de Mogúncia impressa em 1462, apenas sete anos após a invenção da prensa de Gutenberg.
Hoje, o acervo ultrapassa nove milhões de itens, entre livros, mapas, manuscritos, jornais e gravuras. É um organismo vivo que pulsa entre o papel e o digital, entre o passado e o futuro. Seu depósito legal, criado em 1907, garante que todo livro publicado no país tenha ali um exemplar guardado — uma forma de eternizar as palavras.
Na era das telas rápidas, a Biblioteca Nacional continua sendo um convite à lentidão: o espaço onde o tempo se dobra sobre si mesmo e o silêncio vira música. Diante de suas escadarias e de seu dourado discreto, o leitor percebe que está diante da alma escrita de um país que resiste — pela palavra, pela memória, pela beleza.

26 outubro 2025

Sobre o estádio Panathinaik[, na Grécia

Todo esculpido em mármore, ele abriu e encerrou a primeira Olimpíada da era moderna, o estádio renunciou ao tempo
Em Atenas, existe um lugar onde o passado não dorme.
Ali, entre colinas que já ouviram filósofos, poetas e guerreiros, ergue-se um estádio diferente de todos: o Panathinaikó, o único do mundo inteirinho construído em mármore branco.
Sua história começa lá atrás, no século IV antes de Cristo, quando os gregos celebravam os Jogos Panatenaicos em honra à deusa Atena. A multidão vibrava, atletas se superavam e a cidade pulsava cultura, fé e competição.
Séculos depois, no ano 144 d.C., ele renasceu maior, mais majestoso, todo esculpido em mármore, obra do rico patrono Herodes Atticus. Imagine só… 50 mil pessoas reunidas sob o sol da Grécia antiga, o mármore refletindo a luz como um mar de neve.
Mas o mundo mudou…
Com a chegada do cristianismo, antigos rituais foram abandonados, e o estádio silenciou. Suas arquibancadas, que um dia ecoaram glória, ficaram entregues ao tempo e ao esquecimento.
Até que, no século XIX, a terra foi removida… e o gigante de pedra despertou outra vez.
Foi ali que começaram os “Jogos de Zappas”, ensaios do que o mundo ainda nem sabia que estava para nascer: os Jogos Olímpicos Modernos.
E em 1896, o Panathinaikó viu o impossível acontecer, abriu e encerrou a primeira Olimpíada da era moderna, recebendo o mundo inteiro no berço da história.
No século XX, serviu a eventos, encontros, celebrações…
E quando Atenas voltou a ser sede dos Jogos Olímpicos em 2004, o velho estádio de mármore provou que o tempo não o venceu: recebeu novamente atletas, aplausos e a chegada oficial da maratona olímpica. 
Hoje, ele permanece ali, intacto, sereno, com capacidade para cerca de 45 mil pessoas, como se guardasse em cada bloco de mármore, a memória viva de cada era que atravessou.
Panathinaikó não é apenas um estádio.
É um monumento ao espírito humano.
Um palco onde o passado e o presente se cumprimentam, como velhos amigos que nunca deixaram de admirar um ao outro.
Se um dia fores a Atenas, sente-te nas arquibancadas…
Feche os olhos.
E ouça.
As vozes da história ainda ecoam lá dentro.

O filtro de barro brasileiro

Filtro de barro brasileiro: reconhecido como um dos melhores do mundo!
Você sabia que o filtro de barro tradicional do Brasil é considerado um dos sistemas de purificação de água mais eficazes do planeta?
O livro americano “The Drinking Water Book”, de Colin Ingram, destaca a incrível capacidade desses filtros de cerâmica:
Principais benefícios
- Remove até 95% de metais pesados, como chumbo.
- Elimina 99% do parasita Cryptosporidium, responsável por doenças gastrointestinais.
- Filtra cloro, pesticidas, ferro e alumínio, garantindo água mais pura e saudável.
- Classificação P-I pelo Inmetro, a mais alta na escala, retendo partículas de 0,5 a 1 mícron — muito mais eficiente que muitos filtros modernos.
Sustentabilidade e praticidade
- Feito com materiais naturais, sem necessidade de energia elétrica.
- Uma opção ecológica, acessível e confiável para famílias que buscam água potável de qualidade.
O filtro de barro não é apenas uma tradição brasileira — é um exemplo de tecnologia simples e eficiente, que protege milhões de pessoas e conquista reconhecimento internacional.

21 outubro 2025

Sobre o chocolate Diamante Negro

O chocolate Diamante Negro foi criado pela Lacta em 1932, inicialmente com outro nome. Em 1940, ele foi rebatizado em homenagem ao jogador Leônidas da Silva, apelidado de “Diamante Negro” após seu destaque na Copa do Mundo de 1938, quando foi artilheiro do torneio e considerado um dos maiores jogadores da época.
O apelido surgiu da imprensa francesa, encantada com o talento e a elegância do atacante brasileiro. A Lacta aproveitou o sucesso de Leônidas e usou o nome como forma de homenagem, o que acabou se tornando um dos chocolates mais icônicos do país.

18 outubro 2025

Conheça mais sobre o VLT do Rio de Janeiro

Coisas que ninguém te conta sobre o VLT no Rio de Janeiro — e que talvez façam você enxergar esse “trenzinho futurista” com outros olhos.
Quando você vê ele passando devagar pelo Centro, talvez não imagine que ali tá rolando uma revolução silenciosa. Moderno, elétrico, integrado — o VLT não buzina, não polui, não corre. Ele vai no tempo da cidade antiga, mas com a cara da cidade que quer evoluir. E é justamente esse contraste que torna tudo mais interessante.
Você sabia que o VLT percorre áreas onde o bonde circulava há mais de cem anos? É quase uma reencarnação da história, só que com vidro, ar-condicionado e sensores de segurança. E mais: ele é um dos poucos transportes no Brasil que não usa catraca, não tem cobrador nem motorista tradicional. Tudo é feito com base na confiança e no bom senso do passageiro. E aí te pergunto: será que a gente tá preparado pra esse nível de civilidade?
Mas o mais curioso não é a tecnologia — é o impacto. O VLT conecta pontos estratégicos que antes viviam isolados: aeroporto, rodoviária, Boulevard Olímpico, Praça XV, Museu do Amanhã. Tudo isso num trajeto que te faz ver o Rio com outro olhar. Já experimentou andar de VLT só pra observar a cidade? Tem trechos onde a paisagem mistura o moderno com o colonial, o turista com o morador, a pressa com o ócio. É um passeio disfarçado de deslocamento.
E no fim das contas, fica a reflexão: o VLT não é só um meio de transporte. É um termômetro social. Ele mostra como o carioca se relaciona com o espaço público, com o tempo, com o outro. Ele revela o quanto a cidade pode ser eficiente sem deixar de ser poética. E talvez seja por isso que tanta gente ainda subestima o VLT — porque ele não grita. Ele propõe.
E você? Já andou no VLT só pra ver até onde ele te leva? Porque às vezes, os caminhos mais curtos carregam os maiores aprendizados.
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História do sorvete Kibon no Brasil

Foram os cariocas os primeiros brasileiros a experimentar a delícia gelada que já fazia sucesso em boa parte do mundo. No dia 23 de agosto de 1834, Lourenço Fallas inaugurava na cidade do Rio de Janeiro, dois estabelecimentos – um no Largo do Paço (atual Praça XV) e outro na Rua do Ouvidor – especialmente destinados à venda de gelados e sorvetes. Para isso, importou de Boston (EUA), pelo navio americano Madagascar, 217 toneladas de gelo, que aqui foi conservado envolto em serragem e enterrado em grandes covas, mantendo-se por 4 a 5 meses. Não demorou muito para os sorvetes brasileiros ganharem um toque tropical, misturados a carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco.
Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, por isso ele tinha que ser consumido logo após o preparo. Por isso, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo.
Em São Paulo, a primeira notícia de sorvete que se tem registro é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo, de 4 de janeiro de 1878, que dizia: “Sorvetes – todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14”.
"No Brasil, antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrar em bares, cafés, docerias, confeitarias… Para saboreá-lo, entretanto, a mulher praticou um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então quase que exclusivamente pelos homens. Por isso, entre nós, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina."
A evolução do sorvete no Brasil, deu-se a passos curtos, de forma artesanal, com uma produção em pequena escala e em poucos locais. A distribuição em escala industrial no País só aconteceu a partir de julho de 1941, quando, nos galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, na cidade do Rio de Janeiro, foi fundada a U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Contava com 50 carrinhos, quatro conservadoras e sete funcionários. Seu primeiro lançamento, em 1942, foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Seus formatos e embalagens são revolucionários para a época. Dezoito anos mais tarde, a Harkson mudou seu nome para Kibon.
Créditos: Wikipedia ; Valorizando e  fazendo História!

17 outubro 2025

Você sabia que o Piauí tem o menor litoral do Brasil?

O Piauí possui o menor litoral do Brasil, com cerca de 66 quilômetros de extensão, localizado entre os estados do Maranhão e do Ceará. Apesar de pequeno, esse trecho é de grande importância 
geográfica e ecológica, pois garante ao estado uma saída para o oceano Atlântico. 
O litoral piauiense abrange apenas quatro municípios: Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande e Cajueiro da Praia, cada um com paisagens naturais marcantes e grande potencial turístico. 
Nessa faixa costeira, destaca-se o Delta do Parnaíba, uma das formações mais raras do planeta, onde o rio se divide em diversos canais antes de desaguar diretamente no mar, formando um espetáculo natural de ilhas, manguezais e rica biodiversidade. e ecológica, pois garante ao estado uma saída para o oceano Atlântico.

Sobre o Amapá

Onde o sol nasce no meio do mundo e a floresta encontra o oceano. O Amapá é Amazônia pura — um estado de beleza selvagem, biodiversidade e cultura vibrante.
História:
• Tornou-se território federal em 1943 e estado em 1988, durante a redemocratização. 
• Sua história é marcada pela defesa das fronteiras e pela presença indígena e afro-brasileira.
• A Fortaleza de São José de Macapá, construída no século XVIII, é uma das mais bem preservadas do país.
Importância:
• Localizado no extremo norte, é o único estado totalmente cortado pela Linha do Equador — um marco geográfico mundial.
• Economia baseada em mineração, energia, pesca e extrativismo sustentável.
• Potencial crescente em ecoturismo e energia renovável.
População e território:
• População estimada (2025): 920 mil habitantes.
• Área: 142.828 km².
• Grande parte da população vive em Macapá e Santana, às margens do Rio Amazonas. 
Costumes e cultura:
• O povo amapaense tem raízes indígenas, africanas e nordestinas.
• A culinária é marcada por peixes de rio e temperos amazônicos: pirarucu, camarão no bafo e tacacá.
• Festas como o Marabaixo e o Banzeiro do Brilho-de-Fogo celebram a cultura local com dança, fé e tambor.
Capital: Macapá ; Língua: português ; Moeda: real (BRL).

16 outubro 2025

Como surgiu o Wi-Fi

É difícil de acreditar, mas uma das maiores invenções do nosso tempo, o Wi-Fi, surgiu de uma tentativa frustrada de detectar buracos negros em miniatura. Na década de 1990, o cientista australiano Dr. John O'Sullivan e sua equipe buscavam sinais de rádio fracos previstos para ocorrer quando pequenos buracos negros evaporam. Seu experimento não detectou nenhum fenômeno cósmico, mas levou a algo revolucionário na Terra.
 tentavam capturar esses sinais elusivos, a equipe desenvolveu um método para aguçar e detectar ondas de rádio fracas, permitindo que os dados fossem transmitidos sem fio com notável precisão. Essa descoberta se tornou a base da tecnologia Wi-Fi, que agora alimenta quase todos os aspectos da comunicação moderna.
De buracos negros à banda larga, esta história mostra como a curiosidade científica pode levar a maravilhas inesperadas. Uma busca pelos mistérios do universo nos deu acidentalmente uma das tecnologias mais transformadoras da história da humanidade.
Fontes: CSIRO, NASA, Scientific American, National Geographic.