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30 novembro 2017

Imagens do Brasil - Marabá - Pará


Marabá é um município da microrregião de Marabá, na mesorregião do Sudeste Paraense, no estado do Pará, no Brasil. É o município sede da Região Metropolitana de Marabá.
O povoamento de origem europeia da região de Marabá principiou em fins do século XIX.
A emancipação municipal ocorreu em 1913, com seu desmembramento do município de Baião. O desenvolvimento do município, durante um grande período, foi dado pelo extrativismo vegetal, mas, com a descoberta da Província Mineral de Carajás, Marabá se desenvolveu muito rapidamente, tornando-se um município com forte vocação industrial, agrícola e comercial. Atualmente, Marabá é um grande entroncamento logístico, interligada por cinco rodovias ao território nacional, por via aérea, ferroviária e fluvial.

Etimologia
A etimologia da palavra "Marabá" é de um vocábulo indígena mayr-abá, que significa filho do estrangeiro com a índia ou ainda, fruto da índia com o branco. O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro aponta, como origem do termo, o tupi antigo maraba, que designava "filho de francês com índia" ou "bastardo".
Somente em 1904, a subprefeitura do "Burgo do Itacaiúnas" étransferida para o povoado de Pontal, na época com 1 500 habitantes, com o nome de Marabá. É a primeira vez que esta denominação aparece em um documento oficial.

História
A história de Marabá compreende, tradicionalmente, o período desde a chegada dos comerciantes de drogas do sertão, e chefes políticos deslocados do norte da província de Goyaz, até os dias atuais. Embora o seu território seja habitado continuamente desde tempos pré-históricos por índios nômades, a região permaneceu praticamente intocada até o início da década de 1890, com raros contatos com europeus e bandeirantes, que desde o século XVI exploravam a região.

Economia
O município de Marabá vivenciou vários ciclos econômicos. Até o início da década de 1980 a economia era baseada no extrativismo vegetal. No início o extrativismo girava em torno do látex do caucho, cuja lucrativa exploração atraiu grande número de nordestinos. Desde o fim do século XIX (1892) até o final da década de 1940, o extrativismo foi marcado pelo ciclo da borracha que contribuiu sobremaneira para a economia do Município e da região, porém, a crise da borracha levou o município a um novo ciclo, desta vez, o ciclo da castanha-do-pará, que liderou por anos a economia municipal. Houve também o ciclo dos diamantes, nas décadas de 1920 e 1940, que eram principalmente encontrados às margens do rio Tocantins. Com o despontamento da Serra Pelada e por situar-se na maior província mineral do mundo, Marabá também viveu o ciclo dos garimpos, que teve como destaque maior, a extração do ouro.
Desde o início da década de 1970 o município passou a vivenciar a instalação do Projeto Grande Carajás, e posteriormente de indústrias sídero-metalúrgicas, que dinamizaram bastante a economia local.

Agricultura, pecuária e extrativismo
Hoje, Marabá é o centro econômico e administrativo da região conhecida como "fronteira agrícola Amazônica" - maior produtora de commodities agrícolas da amazônia brasileira.
A pecuária com base na criação de gado bovino, é uma atividade de grande importância para o município. O rebanho local é destaque pela sua qualidade.
Possui também rebanhos de suínos, equinos e ovinos, além de grande criação de aves para corte. O setor pesqueiro também tem um relativo papel na base econômica local, exportando seu excedente para todo o norte e nordeste brasileiro. A agricultura do município é diversificada, tendo produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, como a castanha-do-brasil, milho, arroz e feijão, de frutas, como a banana, mamãoe o cajá.

Indústria
Através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI), foi instalado no final da década de 1980, numa área de 1.300 hectares, o Distrito Industrial de Marabá (DIM), para criar a base de um polo sídero-metalúrgico para o beneficiamento e semibeneficiamento do minério de ferro extraído da Serra dos Carajás, atualmente sob concessão da Vale S.A.
O parque industrial do município tinha como principal dínamo o setor sídero-metalúrgico (beneficiamento e semibeneficiamento de ferro-gusa e aço), havendo também destaque às indústrias madeireira, moveleira e de utensílios cerâmicos. A economia industrial do município também conta com a mineração de cobre e manganês, e com a agroindústria. Em Marabá, a agroindústria trabalha com processamento de polpas, beneficiamento de arroz, leite e palmito.

Educação
Marabá conta com escolas em praticamente todas as regiões do município. No que tange à educação profissional e superior, o município conta com duas universidades públicas, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e a Universidade do Estado do Pará, e com o Instituto Federal do Pará, e ainda com mais cinco faculdades privadas. Há, ainda, vários centros de formação técnica como a Obra Kolping do Brasil e o SENAI.

Cultura e lazer
Turismo
Uma das principais fontes de renda da cidade é o turismo. O município possui várias atrações turísticas, com destaque aos seus grandes rios que além das praias oferece a pesca esportiva e a prática de esportes aquáticos. Destacam-se como atrações turísticas em Marabá: Praia do Tucunaré; Parque Zoobotânico de Marabá; Praia do Geladinho; Igreja de São Félix de Valois; Palacete Augusto Dias; Fundação Casa da Cultura e Museu Histórico-Antropológico.

Cultura e costumes
Culinária
A culinária marabaense se distingue um pouco da culinária paraense, mas tem muitos elementos desta, principalmente pelo fato de que todo o estado tem influência indígena neste ponto. Porém, em Marabá, alguns pratos relevam-se em relação ao resto do Pará, tanto por fator cultural quanto por fator étnico. Um exemplo disso é que o povoamento teve participação ativa de nordestinos, mineiros, goianos, palestinos e libaneses, que trouxeram para Marabá seus costumes e seus tipos de comida. São as principais iguarias da
culinária local e as que se integraram aos costumes: Marizabel, Suco natural de Guaraná da Amazônia, Tucunaré ao leite de Castanha do Pará, Cozidão de Bagre, Pão de queijo, Tacacá, Esfirra, Arroz-doce e Cuscuz. Há ainda muitos doces típicos: Bolo cabeça de negro, biscoitos de castanhas, castanha cristalizada, creme de cupu, Mungunzá e torta de castanha.

Música e literatura
Devido à intensa migração ter trazido brasileiros de todas as partes para o município, a cultura local diferenciou-se da cultura tradicional paraense, inclusive na música. É possível observar a preferência pelos gêneros sertanejo, forró e reggae, distanciando-se um pouco do brega que é estilo musical predominante no Pará. A influência de outras culturas se deu
também no campo da literatura. As misturas decorrentes das migrações têm ocasionado a produção de uma literatura e de uma arte diferente e de qualidade.

Festas populares
Destacam-se as Festas juninas e os Festejo de São Félix de Valois (o Padroeiro de Marabá).

Eventos
A cidade de Marabá sedia inúmeros eventos de relativa repercussão, tais como: Ficam – Feira da Indústria, Comércio e Arte de Marabá; Feirarte – Feira de Arte e Artesanato de Marabá; Expoama.

Fonte do texto: Wikipedia

22 agosto 2017


Uruguaiana é um município brasileiro situado no extremo ocidental do estado do Rio Grande do Sul, junto à fronteira fluvial com a Argentina e Uruguai.
História - Toda a região do pampa gaúcho, na qual está contido o atual município, era ocupada, até o século XVI, predominantemente pelos índios charruas. No início do século XIX, a 30 quilômetros de Uruguaiana, existia uma localidade chamada Santana Velha, onde funcionavam um posto fiscal e um acampamento militar e onde existiam alguns ranchos com moradores.
Ao emancipar-se e desenvolver-se, do outro lado da costa do rio Uruguai também se emancipou Paso de Los Libres, município localizado na província de Corrientes, na Argentina.
Brasão - As duas espadas de ouro situadas no primeiro quadrado do brasão da cidade simbolizam a criação da cidade na época da Guerra Farroupilha. Seguindo, os medalhões significam a rendição na cidade. No terceiro, há uma corrente partida, significando a libertação dos escravos, 4 anos antes da Lei Áurea. E, enfim, três ondas de prata, em homenagem ao Rio da Prata.
Escravidão - Uruguaiana, como demonstrado no seu brasão, orgulha-se de ter sido uma das primeiras cidades do Brasil a libertar seus escravos. Em 31 de dezembro de 1884, antecipando-se à proclamação da Lei Áurea (ano de 1888), efetuou a abolição da escravidão no território municipal, conforme Ata da Sessão Extraordinária Comemorativa da Redenção dos Escravos da Cidade e Município de Uruguaiana.
Desenvolvimento - Pelos anos de 1890 a 1900, a cidade era um ícone importante no comércio riograndense, sendo que, através de seus portos, circulavam materiais provindos da Europa. Os produtos vinham de Caseros e subiam o rio Uruguai via barcos, gerando um comércio alternativo ao de Porto Alegre.
Em 1892, a cidade aprovou sua primeira lei orgânica, sob o regime dos republicanos e, em 1896, foi nomeado o coronel Gabriel Rodrigues Portugal como seu primeiro intendente (prefeito).
Geografia - Uruguaiana faz fronteira com a República Argentina e é muito próxima do Paraguai e do Uruguai, tendo as capitais Buenos Aires, Montevidéu, Assunção e Porto Alegre equidistantes, sendo ponto estratégico militar e econômico para o Mercosul.
A área urbana de Uruguaiana é ligada à cidade argentina "Paso de los Libres".
O limite se encontra exatamente no meio da Ponte Internacional, que possui dois nomes - "Getúlio Vargas" na metade brasileira e "Agustín Justo" na metade argentina.
Até meados dos anos 1990, Uruguaiana fazia fronteira com a cidade uruguaia de Bella Unión, através do distrito da Barra do Quaraí. Com a emancipação do distrito, em 1995, findou-se essa característica uruguaianense. Ainda assim, o município faz divisa com terras da República Oriental do Uruguai ao sul, sendo um dos poucos municípios brasileiros com tríplice fronteira.
Economia - Na economia uruguaianense, destacam-se a cultura de arroz (por ser o maior produtor da América Latina do grão), gado bovino de raças nobres europeias, gado ovino de corte e lã, gado bubalino de corte (município líder no estado); e o comércio exterior, este último devido à vasta infraestrutura portuária do maior porto seco da América Latina, situado na BR-290 (rodovia que liga Uruguaiana a Alegrete e, mais adiante, Porto Alegre).
Para se ter ideia, em 2006, passaram, pelo local, 6 500 000 000 de dólares estadunidenses entre exportações e importações, transitando, por ali, 243 411 caminhões (média diária de 667 veículos).
Devido a tal movimento de cargas internacionais, Uruguaiana tem o maior porto seco da América Latina.
Setor secundário - A cidade orgulha-se de ser a pioneira no refino de petróleo no Brasil, pois, em 1932, foi construída a Refinaria Riograndense de Petróleo, idealizada e formada por comerciantes locais, impulsionou Uruguaiana a notoriedade internacional, devido a importância econômica, militar e social que esta refinaria representava na época.
Esta refinaria tornou-se o berço do atual gigante Grupo Ipiranga, que está espalhado por quase todas as cidades brasileiras, especialmente as das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
O gás natural (gasoduto) proveniente da Argentina, o qual é uma fonte energética "limpa", sem desperdício e com alto rendimento permite a Uruguaiana gerar 639 MW, através da denominada AES Uruguaiana, primeira usina termelétrica a operar com gás natural no Brasil, que iniciou suas atividades no ano de 2000.

Fonte: Wikipedia

19 março 2017

Imagens do Brasil - Vassouras - Rio de Janeiro



A microrregião de Vassouras, conhecida, em conjunto com a microrregião de Três Rios, como Centro-Sul Fluminense, é uma das microrregiões do estado brasileiro do Rio de Janeiro pertencentes à mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.
Início da povoação - A 5 de outubro de 1782, o açoriano Francisco Rodrigues Alves e o seu sócio Luís Homem de Azevedo, que residiam em Sacra Família do Tinguá (atualmente distrito do município de Engenheiro Paulo de Frontin), recebem uma sesmaria no "sertão da Serra de Santana, Mato Dentro por detrás do Morro Azul". Posteriormente, tais terras serão conhecidas por “Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito".
À localidade, plena de arbustos utilizados na confecção de vassouras, dá-se, obviamente, o nome Vassouras.
Vassouras está localizada no que se posteriormente nomeou-se Vale do Paraíba. Esta região tornou-se conhecida como Caminho Novo e o Caminho do Proença pois faziam a ligação entre Minas Gerais durante o período de seu Ciclo do Ouro e o porto do Rio de Janeiro, servindo para o escoamento dessa produção destinada ao Império Português. Devido a essa conexão de importância econômica, a Coroa Portuguesa promulgou um Decreto real protegendo essa área, com o objetivo de fiscalizar e impedir o contrabando de ouro e por consequência não deixando existir um povoamento no local até o final do século XVIII e início do século XIX.
Povoamento e a entrada do café - No início do século XIX, passa por grande desenvolvimento econômico a região do vale do rio Paraíba do Sul. Com o esgotamento do ouro em Minas Gerais, mineiros migraram em massa para a região então de matas virgens e ocupada por tribos nômades de índios Coroados. Findado o trabalho de aldeamento de tais silvícolas, a região vê-se segura para ser colonizada a partir de plantações, a princípio pelas de cana-de-açúcar e depois pelas de café.
O mercado internacional começa a se interessar pela bebida e a demanda aumenta continuamente. A província do Rio de Janeiro torna-se então o primeiro grande exportador internacional de café. A produção cafeeira da província do Rio de Janeiro atinge 5.122 contos em 1828 e supera a produção de açúcar (3.446 contos). A efeito de comparação, a província de São Paulo, que então incluía o Paraná, produziu meros 250 contos de café em 1825, e somente em 1886 produzirá mais café que açúcar.
Durante a década de 1850, a cidade, em seu apogeu, ostenta o título de "maior produtora de café do mundo", reconhecida como a "Princesinha do café". Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro produz 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais, juntas, produzem apenas um quarto deste total. Constroem-se casarios, palacetes, hotéis (sempre repletos), joalherias, o teatro, etc., plenos de vida social intensa. Antes rústicos, os cafeicultores educam-se e socializam-se; suas fazendas são ora reformadas, ora ampliadas para atenderem às novas necessidades e para receberem hóspedes ilustres da Corte. Criam-se importantes estabelecimentos de ensino, que serão frequentados por alunos forasteiros, incluídos os da cidade do Rio de Janeiro.
Tornou-se Vassouras, neste período, a maior cidade com fazendeiros nobilitados, ficou conhecida como "Cidade dos Barões": ali viviam 25 barões, 7 viscondes, 1 viscondessa, 1 condessa, 2 marqueses, considerados titulares vassourenses, entre outros.
Filhos ilustres 
- Osório Duque-Estrada - poeta, crítico literário, professor e ensaísta brasileiro. (m.1927)
- Maurício Paiva de Lacerda - político, tribuno e escritor brasileiro; pai de Carlos Lacerda (m.1959)
- Álvaro Alvim - médico radiologista brasileiro, pioneiro da radiologia brasileira. (m.1928)
- Eufrásia Teixeira Leite - herdeira de rica família e descendente de barões do café, Eufrásia se tornou investidora financeira e a primeira mulher a operar na bolsa de valores de Paris, em pleno século XIX. Morreu sem casar e sem herdeiros, deixando a maior parte de sua fortuna para ações filantrópicas para a cidade de Vassouras

Fonte: Wikipedia