04 novembro 2025

A história do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro

O Aterro do Flamengo acaba de completar 60 anos, e o que muita gente não sabe é que ele nasceu de um sonho ousado: o de transformar o mar em um parque. A ideia foi da arquiteta e urbanista Lota de Macedo Soares, que idealizou um espaço onde o concreto do Rio se encontrasse com a natureza. Ao lado de Burle Marx, responsável pelos jardins, e do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, Lota criou uma das maiores obras de engenharia urbana da América Latina, um verdadeiro “Central Park carioca”. O resultado foi uma área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados de lazer, cultura e paisagem, construída literalmente sobre o mar.
Hoje, o Aterro é muito mais do que um parque. É um pedaço da alma carioca. Ali se misturam histórias de famílias, corredores, artistas, casais e turistas que encontram um respiro em meio ao caos da cidade. Além de ser palco de manifestações culturais, eventos esportivos e marcos históricos, o Aterro é também um símbolo da resistência ambiental — um lembrete de que o Rio pode crescer sem destruir sua essência. Poucos sabem, mas toda a área foi pensada para valorizar a vista da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar, integrando o urbano ao natural de forma única no mundo.
Em tempos em que o Rio é mais lembrado pelos problemas do que pelas suas conquistas, lembrar a história do Aterro é também um ato de esperança. Compartilhar esse post é valorizar o que o Rio tem de melhor: sua capacidade de se reinventar. E se você ama o Rio tanto quanto a gente, segue a página e ajuda a espalhar essa história — o Aterro é nosso, e o futuro do Rio também.

Sobre a Pororoca

A Pororoca (do tupi "grande estrondo") no Rio Amazonas é onda gigante de até 4m altura que sobe o rio contrário ao fluxo, por até 800km, durante maré de sizígia (lua cheia/nova) – e surfistas radicais pegam ondas contínuas de 30-40 minutos quebrando recorde mundial! 
Como acontece: duas vezes por mês (lua cheia + nova), a maré do Oceano Atlântico sobe com força extrema, invadindo a foz do Amazonas – a água do oceano empurra a água do rio criando uma parede de 2-4m que viaja rio acima a 30km/h. O som é de um trovão contínuo – ouve-se de até 30minutos antes!
Recorde mundial: o surfista brasileiro Serginho Laus surfou onda da Pororoca por 36 minutos e 37 segundos, em 2003, percorrendo 12,5km – recorde Guinness de onda mais longa já surfada! Superou Picuruta Salazar (37min, 2003) por segundos.
Perigo extremo: a água marrom-turva esconde troncos, piranhas, jacarés, cobras carregados pela onda. O surfista que cai é arrastado rio acima e tem chance de ser atingido por destroços. Apenas profissionais extremos tentam!
Rios principais: Rio Araguari (Amapá) tem Pororoca mais forte (4m+), Rio Guamá (Pará) mais acessível, Rio Amazonas principal tem Pororoca menor (2m) mas mais longa (800km). Temporada: janeiro-maio (chuvas aumentam volume).
Campeonato Nacional: desde 1999, São Domingos do Capim (Pará) hospeda o National Pororoca Surfing Championship – mais de cem surfistas do mundo inteiro competem pegando ondas de 15-30min. Vence quem surfa MAIS LONGE.
Destruição ecológica: a pororoca arranca árvores das margens, inverte o fluxo de igarapés, mata peixes de água doce com sal oceânico, destrói palafitas. Ribeirinhos amarram suas casas com correntes.
Como ver: Barco de São Domingos do Capim (120km de Belém, 3h carro) segue Pororoca rio acima – você navega ao lado da onda por 1h! Tour €50-100. Ou assista da margem (seguro mas menos épico).
Previsão: a Pororoca acontece 2h após maré alta no oceano – calcule com tabela de marés + fase lunar. Lua cheia/nova = Pororoca máxima.
Outros locais com ocorrência de Pororoca: Rio Severn (Inglaterra), Rio Qiantang (China) têm "tidal bores" similares mas menores. O Rio Amazonas é o rei!

28 outubro 2025

Carros movidos a lenha

Você sabia que já tivemos carros movidos a lenha?
Em 1922, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) mencionou o estudo do gasogênio no “1.º Congresso Brasileiro de Carvão e Outros Combustíveis Nacionais”.
 um tempo, ali pelos anos 1940, em que o Brasil viu nascer uma curiosa alternativa para driblar a escassez de combustíveis: os carros movidos a gasogênio. Eram tempos de guerra, o petróleo rareava e a criatividade fervia. O motor continuava o mesmo, mas o alimento vinha de um grande caldeirão de ferro preso à traseira ou lateral do carro, onde se queimava carvão ou lenha. Daquela combustão imperfeita nascia um gás inflamável que alimentava o motor — um sopro literal de engenhosidade tropical.
Mas conduzir um carro a gasogênio não era simples. Para ligá-lo, o motorista precisava acender o fogo, esperar o aquecimento, controlar válvulas e torcer para que o vento não soprasse na direção errada. Era uma espécie de ritual mecânico que misturava paciência, fumaça e fuligem. A autonomia, comparada à gasolina, era decepcionante: com lenha, mal se chegava a 80 quilômetros, enquanto o tanque convencional fazia o dobro ou mais.
Ainda assim, o sistema tinha seu mérito. Era barato, aproveitava recursos locais e, no Brasil rural, representou independência energética. As desvantagens, porém, eram muitas: peso extra, perda de potência, manutenção constante e o inevitável perfume de carvão queimado que acompanhava o motorista.
Quando o petróleo voltou a fluir e o racionamento acabou, os gasogênios se aposentaram discretamente. Ficaram como lembrança de um tempo em que, diante da escassez, o brasileiro mais uma vez mostrou sua habilidade de transformar fumaça em movimento — literalmente.

27 outubro 2025

Conheces a história da Biblioteca Nacional?

No coração do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, ergue-se uma senhora de saber e silêncio: a Biblioteca Nacional. Fundada oficialmente em 1810, nasceu de um naufrágio feliz — o da história. Quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808, trouxe consigo o tesouro das letras: cerca de 60 mil volumes da Real Biblioteca de Lisboa. Assim, entre o sal do Atlântico e o cheiro de papel, começou a se escrever o destino da maior biblioteca da América Latina.
O edifício atual, inaugurado em 1910, é uma joia do ecletismo arquitetônico, com colunas coríntias, vitrais coloridos e mármores que parecem respirar história. Caminhar por seus salões é atravessar séculos — e se encantar com preciosidades únicas: o manuscrito autógrafo de “O Guarani”, de José de Alencar, as primeiras edições de “Os Lusíadas” de Camões (1572), o “Livro de Horas” iluminado do século XV, o mapa-múndi de Cantino (1502) — um dos primeiros a registrar o Brasil —, além de uma Bíblia de Mogúncia impressa em 1462, apenas sete anos após a invenção da prensa de Gutenberg.
Hoje, o acervo ultrapassa nove milhões de itens, entre livros, mapas, manuscritos, jornais e gravuras. É um organismo vivo que pulsa entre o papel e o digital, entre o passado e o futuro. Seu depósito legal, criado em 1907, garante que todo livro publicado no país tenha ali um exemplar guardado — uma forma de eternizar as palavras.
Na era das telas rápidas, a Biblioteca Nacional continua sendo um convite à lentidão: o espaço onde o tempo se dobra sobre si mesmo e o silêncio vira música. Diante de suas escadarias e de seu dourado discreto, o leitor percebe que está diante da alma escrita de um país que resiste — pela palavra, pela memória, pela beleza.

26 outubro 2025

Sobre o estádio Panathinaik[, na Grécia

Todo esculpido em mármore, ele abriu e encerrou a primeira Olimpíada da era moderna, o estádio renunciou ao tempo
Em Atenas, existe um lugar onde o passado não dorme.
Ali, entre colinas que já ouviram filósofos, poetas e guerreiros, ergue-se um estádio diferente de todos: o Panathinaikó, o único do mundo inteirinho construído em mármore branco.
Sua história começa lá atrás, no século IV antes de Cristo, quando os gregos celebravam os Jogos Panatenaicos em honra à deusa Atena. A multidão vibrava, atletas se superavam e a cidade pulsava cultura, fé e competição.
Séculos depois, no ano 144 d.C., ele renasceu maior, mais majestoso, todo esculpido em mármore, obra do rico patrono Herodes Atticus. Imagine só… 50 mil pessoas reunidas sob o sol da Grécia antiga, o mármore refletindo a luz como um mar de neve.
Mas o mundo mudou…
Com a chegada do cristianismo, antigos rituais foram abandonados, e o estádio silenciou. Suas arquibancadas, que um dia ecoaram glória, ficaram entregues ao tempo e ao esquecimento.
Até que, no século XIX, a terra foi removida… e o gigante de pedra despertou outra vez.
Foi ali que começaram os “Jogos de Zappas”, ensaios do que o mundo ainda nem sabia que estava para nascer: os Jogos Olímpicos Modernos.
E em 1896, o Panathinaikó viu o impossível acontecer, abriu e encerrou a primeira Olimpíada da era moderna, recebendo o mundo inteiro no berço da história.
No século XX, serviu a eventos, encontros, celebrações…
E quando Atenas voltou a ser sede dos Jogos Olímpicos em 2004, o velho estádio de mármore provou que o tempo não o venceu: recebeu novamente atletas, aplausos e a chegada oficial da maratona olímpica. 
Hoje, ele permanece ali, intacto, sereno, com capacidade para cerca de 45 mil pessoas, como se guardasse em cada bloco de mármore, a memória viva de cada era que atravessou.
Panathinaikó não é apenas um estádio.
É um monumento ao espírito humano.
Um palco onde o passado e o presente se cumprimentam, como velhos amigos que nunca deixaram de admirar um ao outro.
Se um dia fores a Atenas, sente-te nas arquibancadas…
Feche os olhos.
E ouça.
As vozes da história ainda ecoam lá dentro.

O filtro de barro brasileiro

Filtro de barro brasileiro: reconhecido como um dos melhores do mundo!
Você sabia que o filtro de barro tradicional do Brasil é considerado um dos sistemas de purificação de água mais eficazes do planeta?
O livro americano “The Drinking Water Book”, de Colin Ingram, destaca a incrível capacidade desses filtros de cerâmica:
Principais benefícios
- Remove até 95% de metais pesados, como chumbo.
- Elimina 99% do parasita Cryptosporidium, responsável por doenças gastrointestinais.
- Filtra cloro, pesticidas, ferro e alumínio, garantindo água mais pura e saudável.
- Classificação P-I pelo Inmetro, a mais alta na escala, retendo partículas de 0,5 a 1 mícron — muito mais eficiente que muitos filtros modernos.
Sustentabilidade e praticidade
- Feito com materiais naturais, sem necessidade de energia elétrica.
- Uma opção ecológica, acessível e confiável para famílias que buscam água potável de qualidade.
O filtro de barro não é apenas uma tradição brasileira — é um exemplo de tecnologia simples e eficiente, que protege milhões de pessoas e conquista reconhecimento internacional.

21 outubro 2025

Sobre o chocolate Diamante Negro

O chocolate Diamante Negro foi criado pela Lacta em 1932, inicialmente com outro nome. Em 1940, ele foi rebatizado em homenagem ao jogador Leônidas da Silva, apelidado de “Diamante Negro” após seu destaque na Copa do Mundo de 1938, quando foi artilheiro do torneio e considerado um dos maiores jogadores da época.
O apelido surgiu da imprensa francesa, encantada com o talento e a elegância do atacante brasileiro. A Lacta aproveitou o sucesso de Leônidas e usou o nome como forma de homenagem, o que acabou se tornando um dos chocolates mais icônicos do país.

18 outubro 2025

Conheça mais sobre o VLT do Rio de Janeiro

Coisas que ninguém te conta sobre o VLT no Rio de Janeiro — e que talvez façam você enxergar esse “trenzinho futurista” com outros olhos.
Quando você vê ele passando devagar pelo Centro, talvez não imagine que ali tá rolando uma revolução silenciosa. Moderno, elétrico, integrado — o VLT não buzina, não polui, não corre. Ele vai no tempo da cidade antiga, mas com a cara da cidade que quer evoluir. E é justamente esse contraste que torna tudo mais interessante.
Você sabia que o VLT percorre áreas onde o bonde circulava há mais de cem anos? É quase uma reencarnação da história, só que com vidro, ar-condicionado e sensores de segurança. E mais: ele é um dos poucos transportes no Brasil que não usa catraca, não tem cobrador nem motorista tradicional. Tudo é feito com base na confiança e no bom senso do passageiro. E aí te pergunto: será que a gente tá preparado pra esse nível de civilidade?
Mas o mais curioso não é a tecnologia — é o impacto. O VLT conecta pontos estratégicos que antes viviam isolados: aeroporto, rodoviária, Boulevard Olímpico, Praça XV, Museu do Amanhã. Tudo isso num trajeto que te faz ver o Rio com outro olhar. Já experimentou andar de VLT só pra observar a cidade? Tem trechos onde a paisagem mistura o moderno com o colonial, o turista com o morador, a pressa com o ócio. É um passeio disfarçado de deslocamento.
E no fim das contas, fica a reflexão: o VLT não é só um meio de transporte. É um termômetro social. Ele mostra como o carioca se relaciona com o espaço público, com o tempo, com o outro. Ele revela o quanto a cidade pode ser eficiente sem deixar de ser poética. E talvez seja por isso que tanta gente ainda subestima o VLT — porque ele não grita. Ele propõe.
E você? Já andou no VLT só pra ver até onde ele te leva? Porque às vezes, os caminhos mais curtos carregam os maiores aprendizados.
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História do sorvete Kibon no Brasil

Foram os cariocas os primeiros brasileiros a experimentar a delícia gelada que já fazia sucesso em boa parte do mundo. No dia 23 de agosto de 1834, Lourenço Fallas inaugurava na cidade do Rio de Janeiro, dois estabelecimentos – um no Largo do Paço (atual Praça XV) e outro na Rua do Ouvidor – especialmente destinados à venda de gelados e sorvetes. Para isso, importou de Boston (EUA), pelo navio americano Madagascar, 217 toneladas de gelo, que aqui foi conservado envolto em serragem e enterrado em grandes covas, mantendo-se por 4 a 5 meses. Não demorou muito para os sorvetes brasileiros ganharem um toque tropical, misturados a carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco.
Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, por isso ele tinha que ser consumido logo após o preparo. Por isso, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo.
Em São Paulo, a primeira notícia de sorvete que se tem registro é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo, de 4 de janeiro de 1878, que dizia: “Sorvetes – todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14”.
"No Brasil, antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrar em bares, cafés, docerias, confeitarias… Para saboreá-lo, entretanto, a mulher praticou um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então quase que exclusivamente pelos homens. Por isso, entre nós, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina."
A evolução do sorvete no Brasil, deu-se a passos curtos, de forma artesanal, com uma produção em pequena escala e em poucos locais. A distribuição em escala industrial no País só aconteceu a partir de julho de 1941, quando, nos galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, na cidade do Rio de Janeiro, foi fundada a U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Contava com 50 carrinhos, quatro conservadoras e sete funcionários. Seu primeiro lançamento, em 1942, foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Seus formatos e embalagens são revolucionários para a época. Dezoito anos mais tarde, a Harkson mudou seu nome para Kibon.
Créditos: Wikipedia ; Valorizando e  fazendo História!

17 outubro 2025

Você sabia que o Piauí tem o menor litoral do Brasil?

O Piauí possui o menor litoral do Brasil, com cerca de 66 quilômetros de extensão, localizado entre os estados do Maranhão e do Ceará. Apesar de pequeno, esse trecho é de grande importância 
geográfica e ecológica, pois garante ao estado uma saída para o oceano Atlântico. 
O litoral piauiense abrange apenas quatro municípios: Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande e Cajueiro da Praia, cada um com paisagens naturais marcantes e grande potencial turístico. 
Nessa faixa costeira, destaca-se o Delta do Parnaíba, uma das formações mais raras do planeta, onde o rio se divide em diversos canais antes de desaguar diretamente no mar, formando um espetáculo natural de ilhas, manguezais e rica biodiversidade. e ecológica, pois garante ao estado uma saída para o oceano Atlântico.