Parece. Mas não é no Brasil, como quase sempre acontece quando algum segmento industrial, ou mesmo empresa entra em dificuldades financeiras.
O que está por acontecer ocorrerá justamente no paraíso do capitalismo e da livre iniciativa: nos Estados Unidos da América. É o que tudo está a indicar, quando toma força a idéia de que um car czar, ou quem sabe, um "xerife" para a indústria automobilística, com poderes para, inclusive, decretar a falência do(s) fabricante(s) de automóveis de lá. essa seria a condição básica para o estabelecimento de um acordo Governo-indústria automobilística para a liberação de empréstimos da ordem US$ 15 bilhões, a título emergencial. O montante, uma vez referendado o acordo, deverá ser liberado dentro de alguns dias para socorrer o caixa das empresas General Motors Corp. e Chrysler LLC, enquanto a Ford Motor Co. se apresenta apenas como uma candidata ao empréstimo, pois afirma que tem bastante liquidez para não afundar.
Quem diria! Aguardemos o futuro. Será mais um PROER nos EUA, agora para o setor automobilístico?
Enquanto isso, as Bolsas dão sinais de recuperação, muito por conta dos acenos do presidente eleito Barack Obama, com propostas de medidas para salvar a economia americana.
Não esqueçam, estejam em estado de alerta. Comprar no boato e vender no fato, sempre foi boa política para o mercado de Bolsas de Valores!
10 dezembro 2008
09 dezembro 2008
Música do dia - 12
Hoje trago a música de André Rieu, violinista e regente, nascido em Maastrich, na Holanda. André Rieu é conhecido como o "embaixador das valsas" e divide o topo das paradas pop da Alemanha, França e Holanda, junto a outros artistas famosos. Além disso, suas performances primorosas e modernas valeram-lhe os melhores postos das paradas clássicas da Billboard. O resultado são dez milhões de discos vendidos e uma carreira de sucesso em mais de trinta países. Filho de um diretor de orquestra que fez dos seis filhos músicos, André já tocava violino aos cinco anos. Mas foi só quando tocou sua primeira valsa, enquanto estudava no conservatório, que a paixão pela música surgiu. A música de hoje é a de abertura de seu DVD Strauss & Co. e leva o nome do título do disco.
Atenção!!!!
Após o fechamento da BOVESPA hoje, a análise gráfica nos mostra que o índice BOVESPA, embora fechando em baixa, rompeu a linha de tendência de baixa (LTB) que vinha sendo configurada desde maio do corrente ano. A máxima de 38.683 registrada durante o pregão é um bom teste para o futuro do mercado. O rompimento desse nível poderá testar um novo ponto de resistência por volta dos 41.100 pontos. A figura ombro-cabeça-ombro que poderá indicar a reversão da tendência de baixa, está um tanto desfigurada, mas ainda vale a pena observar.
O rompimento desses níveis poderá trazer novidades ao comportamento do mercado, muito embora as Bolsas americanas tenham se apresentado em baixa. Em contra-partida as européias operaram todo o tempo na faixa positiva, até o fechamento.
Aguardemos amanhã para uma melhor análise.
O rompimento desses níveis poderá trazer novidades ao comportamento do mercado, muito embora as Bolsas americanas tenham se apresentado em baixa. Em contra-partida as européias operaram todo o tempo na faixa positiva, até o fechamento.
Aguardemos amanhã para uma melhor análise.
Declaração do Imposto de Renda 2009
ATENÇÃO!!!!
Já estão em vigor as Normas que obrigam os Bancos e demais Instituições Financeiras a informar à Secretaria da Receita Federal, toda a movimentação financeira mensal, por CPF e/ou CNPJ, a partir de Janeiro de 2009.
Ou seja, a Secretaria da Receita Federal ficará sabendo o total dos débitos e créditos de cada indivíduo ou empresa, para comparar com os rendimentos, ou receitas, mensais informados na Declaração de 2009, referência 2008.
Fiquem ligados na próxima Declaração.
Lembrem-se, ninguém pode alegar desconhecimento das Leis e esses tipos de Normas são de pouca, ou nenhuma, divulgação.
A Norma mencionada pode ser obtida no site da Secretaria da Receita Federal, referindo-se à INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 878 DE 15/10/2008 DOU de 16/10/2008, que "Aprova o programa e as instruções de preenchimento da Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof) e dá outras providências."
Já estão em vigor as Normas que obrigam os Bancos e demais Instituições Financeiras a informar à Secretaria da Receita Federal, toda a movimentação financeira mensal, por CPF e/ou CNPJ, a partir de Janeiro de 2009.
Ou seja, a Secretaria da Receita Federal ficará sabendo o total dos débitos e créditos de cada indivíduo ou empresa, para comparar com os rendimentos, ou receitas, mensais informados na Declaração de 2009, referência 2008.
Fiquem ligados na próxima Declaração.
Lembrem-se, ninguém pode alegar desconhecimento das Leis e esses tipos de Normas são de pouca, ou nenhuma, divulgação.
A Norma mencionada pode ser obtida no site da Secretaria da Receita Federal, referindo-se à INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 878 DE 15/10/2008 DOU de 16/10/2008, que "Aprova o programa e as instruções de preenchimento da Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof) e dá outras providências."
08 dezembro 2008
Música do dia - 11
Vou voltar hoje com mais uma música que marcou época nos anos 60-70. Mais uma vez, um brilhante arranjo do maestro Eduardo Lages. Não é música brasileira, é o clássico Love me tender, que fez sua história na voz de Elvis Presley. Apreciem!
Mas que loucura!
Hoje, logo cedo, tive uma surpresa ao procurar as primeiras informações sobre o que já havia acontecido, ou estava acontecendo no mercado de ações mundo a fora. Bolsas na Ásia fechando com expressivas altas, bolsas européias já acompanhando as asiáticas. Como seria o cenário no Brasil e nos EUA, a partir das 11:00 horas?
A BOVESPA na sexta-feira já não havia companhado a forte alta da Bolsa de Nova Iorque, ficava pois a expectativa. Um pouco mais tarde, começavam a surgir notícias que davam conta de que o que ocorreu na Ásia e estava ocorrendo na Europa era devido ao pronunciamento do presidente eleito Barack Obama, manifestando seu apoio às montadoras e acenando com um plano estrondoso de investimentos em infra-estrutura depois que assumir o governo americano, com a finalidade de uma retomada do crescimento econômico. Além disso, ou até devido ao pronunciamento de Barack Obama, o dia apresentou altas do minério de ferro, do petróleo e outras cositas más.
Após a abertura das Bolsas no Brasil e nos EUA era possível ver que elas vinham acompanhando o que acontecera na Ásia e ainda estva acontecendo na Europa. Altas expresivas! Considerando que as altas verificadas na sexta-feira e, principalmente hoje, foram significativas, temos que ficar muito ligados apara os próximos dias. Fico sempre com a sensação de que altas dessas magnitudes carregam mais artificialismo do que lógica. Até porque não existe nenhum fato novo, concreto, para tamanha euforia.
Muito bem! Estaríamos diante de uma mudança de tendência nos mercados bursáteis, ou é mais um repique que fica no meio do caminho?
As Bolsas pelo mundo têm mostrado grande aderência aos diversos indicadores da economia americana que são divulgados quase que diariamente. Hoje (08/12), nenhum indicador foi anunciado, mas amanhã, às 13:00 horas, será anunciado o Pending Home Sales mensal e na quinta-feira será divulgado o Unemployement Claims, ambos indicadores da mais alta relevância para a economia americana. Portanto, vale a pena estar atento antes de novas grandes aventuras.
Os gráficos não mostram muita consistência para altas consecutivas, vivemos mais um dos muitos momentos de expectativa. Dependendo de como virão esses indicadores e, caso sejam ruins, se as Bolsas pelo mundo conseguirem passar por cima deles, ou seja, continuem subindo mesmo assim, poderemos estar vendo uma mudança de tendência, pois aí sim, os gráficos das principais Bolsas estariam consolidando uma figura conhecida como ombro-cabeça-ombro (OCO) invertido, o que poderia conduzir as Bolsas a novos patamares.
Por outro lado, não podemos desconsiderar que o movimento de venda dos estrangeiros no mercado brasileiro ainda é grande e que os índicadores mencionados têm sido, nos últimos meses, sinal de grande volatilidade nos mercados.
Outro ponto que chamo atenção de todos é para a máxima de comprar no boato e vender no fato. Estaremos próximos das oportunidades de compra, considerando principalmente que o novo governo americano toma posse em janeiro?
São tantos os "se", ou "quem sabe", que ficamos numa situação de grande indecisão. É pois, hora de avaliar os riscos e tomar uma posição. Ou ficamos de fora observando e podemos perder o bonde da alta, ou entramos e corremos todo o risco que o quadro atual oferece.
Boa sorte!
A BOVESPA na sexta-feira já não havia companhado a forte alta da Bolsa de Nova Iorque, ficava pois a expectativa. Um pouco mais tarde, começavam a surgir notícias que davam conta de que o que ocorreu na Ásia e estava ocorrendo na Europa era devido ao pronunciamento do presidente eleito Barack Obama, manifestando seu apoio às montadoras e acenando com um plano estrondoso de investimentos em infra-estrutura depois que assumir o governo americano, com a finalidade de uma retomada do crescimento econômico. Além disso, ou até devido ao pronunciamento de Barack Obama, o dia apresentou altas do minério de ferro, do petróleo e outras cositas más.
Após a abertura das Bolsas no Brasil e nos EUA era possível ver que elas vinham acompanhando o que acontecera na Ásia e ainda estva acontecendo na Europa. Altas expresivas! Considerando que as altas verificadas na sexta-feira e, principalmente hoje, foram significativas, temos que ficar muito ligados apara os próximos dias. Fico sempre com a sensação de que altas dessas magnitudes carregam mais artificialismo do que lógica. Até porque não existe nenhum fato novo, concreto, para tamanha euforia.
Muito bem! Estaríamos diante de uma mudança de tendência nos mercados bursáteis, ou é mais um repique que fica no meio do caminho?
As Bolsas pelo mundo têm mostrado grande aderência aos diversos indicadores da economia americana que são divulgados quase que diariamente. Hoje (08/12), nenhum indicador foi anunciado, mas amanhã, às 13:00 horas, será anunciado o Pending Home Sales mensal e na quinta-feira será divulgado o Unemployement Claims, ambos indicadores da mais alta relevância para a economia americana. Portanto, vale a pena estar atento antes de novas grandes aventuras.
Os gráficos não mostram muita consistência para altas consecutivas, vivemos mais um dos muitos momentos de expectativa. Dependendo de como virão esses indicadores e, caso sejam ruins, se as Bolsas pelo mundo conseguirem passar por cima deles, ou seja, continuem subindo mesmo assim, poderemos estar vendo uma mudança de tendência, pois aí sim, os gráficos das principais Bolsas estariam consolidando uma figura conhecida como ombro-cabeça-ombro (OCO) invertido, o que poderia conduzir as Bolsas a novos patamares.
Por outro lado, não podemos desconsiderar que o movimento de venda dos estrangeiros no mercado brasileiro ainda é grande e que os índicadores mencionados têm sido, nos últimos meses, sinal de grande volatilidade nos mercados.
Outro ponto que chamo atenção de todos é para a máxima de comprar no boato e vender no fato. Estaremos próximos das oportunidades de compra, considerando principalmente que o novo governo americano toma posse em janeiro?
São tantos os "se", ou "quem sabe", que ficamos numa situação de grande indecisão. É pois, hora de avaliar os riscos e tomar uma posição. Ou ficamos de fora observando e podemos perder o bonde da alta, ou entramos e corremos todo o risco que o quadro atual oferece.
Boa sorte!
05 dezembro 2008
Música do dia - 10
Hoje apresento um pouco de jazz, com a pianista, cantora e compositora Kerry Politzer, nascida nos Estados Unidos, onde começou seus treinos com um piano de brinquedo, aos 3 anos de idade. Ela etudou piano clássico durante quatorze anos na Escola de Artes da Nova Carolina e posteriormente entrou para o Conservatório de Música de New England com a intenção de dar continuidade a seus estudos clássicos. No entanto, apaixonou-se pelo jazz depois de se apresentar em um concerto no Keller Hall. Foi quando começou a estudar com o guru do jazz Charlie Banacos, que a inspirou a compor e graduar-se como bacharel em música, especializada em jazz para piano.
Em 1996, Kerry foi uma das seis finalistas no Concurso da 3ª Bienal de jazz para Piano, da Associção Americana de Pianistas. Metade dos concorrentes eram de New York, o que a levou a decidir tentar a sorte por lá. Lá chegando, descobriu um novo e marcante amor: a música brasileira, dando início a um novo enfoque para suas composições. A influência da música brasileira é marcante em todas suas composições.
Para apreciar a performance de Kerry Politzer, apresento a música de sua autoria, Twist of Samba.
Em 1996, Kerry foi uma das seis finalistas no Concurso da 3ª Bienal de jazz para Piano, da Associção Americana de Pianistas. Metade dos concorrentes eram de New York, o que a levou a decidir tentar a sorte por lá. Lá chegando, descobriu um novo e marcante amor: a música brasileira, dando início a um novo enfoque para suas composições. A influência da música brasileira é marcante em todas suas composições.
Para apreciar a performance de Kerry Politzer, apresento a música de sua autoria, Twist of Samba.
Sobre a tragédia de Santa Catarina
Recebi de um Amigo email vindo de uma moradora de Santa Catarina sobre as enchentes que por lá ocorreram. Julguei conveniente repetí-lo aqui, não por mais um apelo de solidariedade, senão pelo registro oportuno feito.
Envio para todos mensagem recebida de uma amiga de SC, podemos ajudar de alguma forma, ainda que seja com preces, é claro que cada um vai encontrar uma maneira de prestar solidariedade àqueles atingidos pela catástrofe. Podemos fazer um pequeno exercício, nos colocando por alguns minutos no lugar de um daqueles flagelados, sem casa, sem documento, sem comida, sem um agasalho, sem perspectiva, sem esperança....um dia podemos ser eles, e ficaremos gratos se alguém nos der a mão....Meus amigos,Ontem 27 de novembro de 2008 o sol saiu e conseguimos voltar a trabalhar. A despeito de brincadeiras e comentários espirituosos normais sobre esta "folga forçada" a verdade é que nunca me senti tão feliz de voltar ao trabalho. Não somente pelo trabalho, pela instituição e pela própria tranqüilidade de ter aonde ganhar o pão, mas também por ser um sinal de que a vida está voltando ao normal aqui na nossa Itajaí.
As fotos que circulam na internet e os telejornais já nos dão as imagens claras de tudo que aconteceu então não vou me estender narrando e descrevendo as cenas vistas nestes dias. Todos vocês já sabem de cor. Eu quero mesmo é falar sobre lições aprendidas.
Por mais que teorias e leituras mil nos falem sobre isso ainda é surpreendente presenciar como uma tragédia desse porte pode fazer aflorar no ser humano os sentimentos mais nobres e os seus instintos mais primitivos. As cenas e situações vividas neste final de semana prolongado em Itajaí nos fizeram chorar de alegria, raiva, tristeza e impotência. Fizeram-nos perder a fé no ser humano num segundo, para recuperar-la no seguinte. Fez-nos ver que sempre alguém se aproveitará da desgraça alheia, mas que também é mais fácil começar de novo quando todos se dão as mãos.
Que aquela entidade superior que cada um acredita (Deus, Alá, Buda, GADU etc.) e da forma que cada um a concebe tenha piedade daqueles:
- Que se aproveitaram a situação para fazer saques em Supermercados, levando principalmente bebidas e cigarros
- Que saquearam uma farmácia levando medicamentos controlados, equipamentos e cofres e destruindo os produtos de primeira necessidade que ficaram assim como a estrutura física da mesma.
- Que pediam 5 reais por um litro de água mineral.
- Que chegaram a pedir 150 reais por um botijão de gás.
- Que foram pedir donativos de água e alimentos nas áreas secas pra vender nas áreas alagadas.
- Que foram comer e pegar roupas nos centros de triagem mesmo não tendo suas casas atingidas.
- Que esperaram as pessoas saírem das suas casas para roubarem o que restava.
- Que fizeram pessoas dormir em telhados e lajes com frio e fome para não ter suas casas saqueadas.
- Que não sentiram preocupação por ninguém, algo está errado em seu coração.
- Que simplesmente fizeram de conta que nada acontecia, por estarem em áreas secas.
Da mesma forma, que essa mesma entidade superior abençoe:
- Aqueles que atenderam ao chamado das rádios e se apresentaram no domingo no quartel dos bombeiros para ajudar de qualquer forma.
- Os bombeiros que tiveram paciência com a gente no quartel para nos instruir e nos orientar nas atividades que devíamos desenvolver.
- A turma das lanchas, os donos das lanchinhas de pescarias de fim de semana que rapidamente trouxeram seus barquinhos nas suas carretas e fizeram tanta diferença.
- À equipe da lancha, gente sensacional que parecia que nos conhecíamos de toda uma vida.
- Aos soldados do exército do Paraná e do Rio Grande do Sul.
- Aos bravos gaúchos, tantas vezes vitimas de nossas brincadeiras que trouxeram caminhões e caminhões de mantimentos.
- Aos cadetes da Academia da Polícia Militar que ainda em formação se portaram com veteranos.
- Aos Bombeiros e Policias locais que resgataram, cuidaram , orientaram e auxiliaram de todas as formas, muitas vezes com as suas próprias casas embaixo das águas.
- Aos Médicos Voluntários.
- Às enfermeiras Voluntárias.
- Aos bombeiros do Paraná que trabalharam ombro a ombro com os nossos.
- Aos Helicópteros da Aeronáutica e Exercito que fizeram os resgates nos locais de difícil acesso.
- Aos incansáveis do SAMU e das ambulâncias em geral, que não tiveram tempo nem pra respirar.
- Ao pessoal do Helicóptero da Polícia Militar de São Paulo, que mostrou que longo é o braço da solidariedade.
- Ao pessoal das rádios que manteve a população informada e manteve a esperança de quem estava isolado em casa.
- Aos estudantes que emprestaram seus físicos para carregar e descarregar caminhões nos centros de triagem.
- Às pessoas que cozinharam para milhares de estranhos.
- Ao empresário que não se identificou e entregou mais de mil marmitex no centro de triagem.
- A todos que doaram nem que seja uma peça de roupa.
- A todos que serviram nem que seja um copo de água a quem precisou.
- A todos que oraram por todos.
- Ao Brasil todo, que chorou nossos mortos e nossas perdas.
- Aos novos amigos que fiz no centro de triagem, na segunda-feira.
- A todos aqueles que me ligaram preocupados com a gente.
- A todos aqueles que ainda se preocupam por alguém.
- A todos aqueles que fizeram algo, mas eu não soube ou esqueci.
Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveu isto:
COMEÇAR DE NOVO
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza a tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.
Anônimo
É hora de recomeçar, e talvez seja hora de recomeçar não só materialmente. Talvez seja uma boa oportunidade de renascer, de se reinventar e de crescer como ser humano.
Pelo menos é a minha hora, acredito.
Que Deus abençoe a todos.
...........................................................................................................................................Sylvio
"As pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes"
04 dezembro 2008
Música do dia - 9
Vez por outra encontramos algumas pérolas escondidas do público que gosta de música brasileira. Dessa vez achei Caio Mesquita, jovem saxofonista brasileiro, nascido em Santos, que já se apresentou com o famoso Kenny G. A música que apresento hoje, Garota de Ipanema, reúne os dois saxofonistas: Caio e Kenny G. Apreciem a dupla.
Novas oportunidades no mercado
Que o mercado continua muito volátil, todos nós sabemos. Vivemos agora um momento diferente, quando após seguidos e incosequentes pronunciamentos de nosso dirigentes, do tipo a crise não atingirá o Brasil; aqui seria como uma marolinha e lá fora uma tsunami; que os fundamentos da economia brasileira eram fortes e imunes a crises, e outras coisa no mesmo tom, a coisa parece ter mudado bastante. Estariam nosos dirigentes esquecendo que hoje vivemos em uma economia globalizada, quer queiram, quer não? O tom do discurso está mudando por força única e exclusiva de uma realidade existente já há tempos.
Mas por que mudou o discurso? Porque agora, a situação real está aflorando com grandes números negativos, que não mais são posições de aves de mau agouro; são realidade pura. As últimas avaliações dos especialistas nos dão conta de que o Brasil estará tecnicamente em recessão a partir do início do ano, dado às seguidas quedas (e previsões para o curto prazo) registradas nos níveis de produção e no PIB. Só em novembro o Brasil perdeu US$ 7 bilhões devido à crise, segundo avaliações. Mas não se deixa de falar em PAC, atendimento social e outras coisas mais. Com que dinheiro, se o Governo não consegue empenhar mais do que 10% do previsto em orçamento?
O crédito, depois de todas as providências do Governo, continua escasso, pois agora está muito mais seletivo. Os bancos não querem correr grandes riscos, embora sejam inerentes às suas atividades. Mas, repito, quem se aventuraria em correr grandes riscos, principalmente diante do que se vê ocorrendo pelo mundo inteiro? O Brasil não pode ser a grande excessão. Bem que gostaríamos!
E agora? As consequências no Brasil já se fazem sentir por todos os cantos : as incorporadoras de imóveis postergam lançamentos grandiosos como aqueles que vinham fazendo em passado recente; os imóveis podem começar a encalhar (se já não estão encalhados). Essa semana recebi quatro telefonemas me convidando para visitar estandes de empreendimentos já lançados. Como diria nosso Presidente, nunca antes havia acontecido tal coisa comigo. Onde conseguiram meu número telefônico? Até porque a assinatura do telefone de minha residência está em nome de minha mulher!
Outros segmentos industriais já dão mostras de como estão sentindo o golpe do que ocorre no mundo, principalmente com a queda no valor das commodities: a Vale demite 1.300 empregados e coloca 5.500 em férias coletivas; a CSN dá férias coletivas a 2.000 empregados; a Gerdau, a 1.500; a indústria automobilística, por sua vez, colocará em férias coletivas algo como 40.000 trabalhadores e a indústria de autopeças outros 50.000, como consequência da diminuição de produção das montadoras. A Petrobras, que havia apresentado um lucro enorme, o maior de sua história, pede socorro ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica, para honrar compromissos. O que é isso?
Outra vez, e agora? O Governo acena com diminuição de impostos incidentes para alguns setores, com vistas a dimimuir a demissão de pessoal (ou férias coletivas, como queiram): redução de IOF sobre financiamento de empresas para capital de giro ou de compra de um bem financiado e se propõe, quem sabe, a dobrar o salário-desemprego de 5 para 10 meses. Qual o reflexo disso na economia real, a curto prazo? Via de regra a maturação (e os resultados) para medidas do tipo das que estão, ou foram, tomadas, levam, em alguns casos, até um ano para surtir algum efeito real.
E a marola? O que aconteceu? Transformou-se rapidamente em tsunami? Assim tão de repente? Bem sei que um governante, ou administrador de uma instituição não pode, nem deve, alarmar quem está abaixo da sua função, mas venhamos, é pura falta de sensibilidade administrativa não tomar as providências necessárias e cabíveis, seja qual for o discurso a apresentar, no tempo devido. Tornou-se evidente que as seguidas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio não se mostraram suficientes para conter a desvalorização do Real e nem aumentou a disponibilidade de crédito para as empresas. O resultado prático está aí para todos vermos.
Apesar de tudo isso, alguns setores industriais ainda resistem aos solavancos e não apresentam perdas tão significativas quanto siderurgia, mineração e petróleo. Refiro-me aos setores de fumo e bebidas (será por causa do vício, ou da própria crise, que mais estimula o vício?). De dezembro de 2007 até o dia de ontem (03/12/2008), a ação da Ambev caiu de R$ 146,00 para R$ 96,00 na BOVESPA, uma perda de 34,2% e Souza Cruz passou de R$ 56,45, para R$ 48,00, com uma queda de 15%. Enquanto isso, Vale caiu 57%; Petrobras caiu cerca de 55%, mesmo com os diversos anúncios de descoberta de novos campos, lucro astronômico, etc; CSN, teve queda de 55%, e por aí vai.
Portanto, meus amigos, todo cuidado ainda é pouco quando se pensa em aplicar em Bolsa de Valores. Agora, mais do que nunca!
Lamento que a indùstria de marketing não tenha papéis negociados intensamente na Bolsa de Valores, pois acredito que esse segmento atravessará um bom período de negócios, pois, na crise, uma das soluções sempre procuradas pelas empresas, é a PROPAGANDA de seus produtos em busca de clientes, seja para mantê-los, alertá-los sobre boas oportunidades, que a propaganda sabe mostrar, melhor do que ninguém, sempre como vantajosas, ou ganhar novos clientes. Logicamente, como consequência, os veículos de comunicação podem ser beneficiados por ações de marketing, o que pode lhes render boas oportunidades. Lembrem-se sempre, demitir pessoal, cortar o cafezinho, fechar unidades produtivas e outras coisas do genêro não apresntam resultados tão significativos para uma empresa, quanto uma boa ação de marketing.
Tracei aqui, em rápidas colocações, como vejo a situação atual. Apesar de tudo isso, é nesse momento que a BMFBovespa lança no mercado um novo pacote de produtos chamados de ETF - Exchange Traded Funds - que nada mais é do que o conjunto de três fundos baseados em índices, a exemplo do que já existe no exterior. O objetivo desses fundos é procurar atingir um desempenho próximo do desempenho do índice em que se baseia. Os fundos que foram lançados por aqui são o ISHARES BOVA CI , ISHARES MILA CI e ISHARES SMAL CI. Devo lembrar que o mercado já possui um fundo desse tipo, o PIBB, lançado pelo BNDESPAR em 2004, que procura acompanhar o IBrX-50. O PIBB apresentou excelentes resultados, numa época em que a Bolsa subia sem parar, o que levou o Banco à abertura de uma nova captação de adesões em 2005.
O fundo BOVA CI lançado pela BMFBovespa abriga os papéis que compõem o Índice Bovespa e não é composto exclusivamente das ações que compõem o IBOVESPA, podendo ter em sua carteira, conforme mostrado no folder de divulgação do produto, até 5% aplicados em títulos do Tesouro Nacional, cotas de outros fundos, etc.
Já o fundo MILA CI engloba ações de média e grande capitalização e o SMALCI está focalizado em ações de baixa liquidez.
Os investidores que estiverem interessados nesses fundos devem procurar maiores detalhes junto às suas corretoras, ou mesmo junto à BMFBovespa, principalmente no que se relacioona com as taxas de administração cobradas, que no caso do BOV CI é dita de 0,54% aa.
Bem amigos, por hoje é só (?!). Continuo recomendando muito cuidado, cautela, etc, etc. Que tal esperar um pouco mais, até final de janeiro, ou fevereiro, após a posse de Barack Obama nos EUA, para ver se algo mais interessante pode ser vislumbrado no horizonte?
Boa sorte a todos!
Mas por que mudou o discurso? Porque agora, a situação real está aflorando com grandes números negativos, que não mais são posições de aves de mau agouro; são realidade pura. As últimas avaliações dos especialistas nos dão conta de que o Brasil estará tecnicamente em recessão a partir do início do ano, dado às seguidas quedas (e previsões para o curto prazo) registradas nos níveis de produção e no PIB. Só em novembro o Brasil perdeu US$ 7 bilhões devido à crise, segundo avaliações. Mas não se deixa de falar em PAC, atendimento social e outras coisas mais. Com que dinheiro, se o Governo não consegue empenhar mais do que 10% do previsto em orçamento?
O crédito, depois de todas as providências do Governo, continua escasso, pois agora está muito mais seletivo. Os bancos não querem correr grandes riscos, embora sejam inerentes às suas atividades. Mas, repito, quem se aventuraria em correr grandes riscos, principalmente diante do que se vê ocorrendo pelo mundo inteiro? O Brasil não pode ser a grande excessão. Bem que gostaríamos!
E agora? As consequências no Brasil já se fazem sentir por todos os cantos : as incorporadoras de imóveis postergam lançamentos grandiosos como aqueles que vinham fazendo em passado recente; os imóveis podem começar a encalhar (se já não estão encalhados). Essa semana recebi quatro telefonemas me convidando para visitar estandes de empreendimentos já lançados. Como diria nosso Presidente, nunca antes havia acontecido tal coisa comigo. Onde conseguiram meu número telefônico? Até porque a assinatura do telefone de minha residência está em nome de minha mulher!
Outros segmentos industriais já dão mostras de como estão sentindo o golpe do que ocorre no mundo, principalmente com a queda no valor das commodities: a Vale demite 1.300 empregados e coloca 5.500 em férias coletivas; a CSN dá férias coletivas a 2.000 empregados; a Gerdau, a 1.500; a indústria automobilística, por sua vez, colocará em férias coletivas algo como 40.000 trabalhadores e a indústria de autopeças outros 50.000, como consequência da diminuição de produção das montadoras. A Petrobras, que havia apresentado um lucro enorme, o maior de sua história, pede socorro ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica, para honrar compromissos. O que é isso?
Outra vez, e agora? O Governo acena com diminuição de impostos incidentes para alguns setores, com vistas a dimimuir a demissão de pessoal (ou férias coletivas, como queiram): redução de IOF sobre financiamento de empresas para capital de giro ou de compra de um bem financiado e se propõe, quem sabe, a dobrar o salário-desemprego de 5 para 10 meses. Qual o reflexo disso na economia real, a curto prazo? Via de regra a maturação (e os resultados) para medidas do tipo das que estão, ou foram, tomadas, levam, em alguns casos, até um ano para surtir algum efeito real.
E a marola? O que aconteceu? Transformou-se rapidamente em tsunami? Assim tão de repente? Bem sei que um governante, ou administrador de uma instituição não pode, nem deve, alarmar quem está abaixo da sua função, mas venhamos, é pura falta de sensibilidade administrativa não tomar as providências necessárias e cabíveis, seja qual for o discurso a apresentar, no tempo devido. Tornou-se evidente que as seguidas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio não se mostraram suficientes para conter a desvalorização do Real e nem aumentou a disponibilidade de crédito para as empresas. O resultado prático está aí para todos vermos.
Apesar de tudo isso, alguns setores industriais ainda resistem aos solavancos e não apresentam perdas tão significativas quanto siderurgia, mineração e petróleo. Refiro-me aos setores de fumo e bebidas (será por causa do vício, ou da própria crise, que mais estimula o vício?). De dezembro de 2007 até o dia de ontem (03/12/2008), a ação da Ambev caiu de R$ 146,00 para R$ 96,00 na BOVESPA, uma perda de 34,2% e Souza Cruz passou de R$ 56,45, para R$ 48,00, com uma queda de 15%. Enquanto isso, Vale caiu 57%; Petrobras caiu cerca de 55%, mesmo com os diversos anúncios de descoberta de novos campos, lucro astronômico, etc; CSN, teve queda de 55%, e por aí vai.
Portanto, meus amigos, todo cuidado ainda é pouco quando se pensa em aplicar em Bolsa de Valores. Agora, mais do que nunca!
Lamento que a indùstria de marketing não tenha papéis negociados intensamente na Bolsa de Valores, pois acredito que esse segmento atravessará um bom período de negócios, pois, na crise, uma das soluções sempre procuradas pelas empresas, é a PROPAGANDA de seus produtos em busca de clientes, seja para mantê-los, alertá-los sobre boas oportunidades, que a propaganda sabe mostrar, melhor do que ninguém, sempre como vantajosas, ou ganhar novos clientes. Logicamente, como consequência, os veículos de comunicação podem ser beneficiados por ações de marketing, o que pode lhes render boas oportunidades. Lembrem-se sempre, demitir pessoal, cortar o cafezinho, fechar unidades produtivas e outras coisas do genêro não apresntam resultados tão significativos para uma empresa, quanto uma boa ação de marketing.
Tracei aqui, em rápidas colocações, como vejo a situação atual. Apesar de tudo isso, é nesse momento que a BMFBovespa lança no mercado um novo pacote de produtos chamados de ETF - Exchange Traded Funds - que nada mais é do que o conjunto de três fundos baseados em índices, a exemplo do que já existe no exterior. O objetivo desses fundos é procurar atingir um desempenho próximo do desempenho do índice em que se baseia. Os fundos que foram lançados por aqui são o ISHARES BOVA CI , ISHARES MILA CI e ISHARES SMAL CI. Devo lembrar que o mercado já possui um fundo desse tipo, o PIBB, lançado pelo BNDESPAR em 2004, que procura acompanhar o IBrX-50. O PIBB apresentou excelentes resultados, numa época em que a Bolsa subia sem parar, o que levou o Banco à abertura de uma nova captação de adesões em 2005.
O fundo BOVA CI lançado pela BMFBovespa abriga os papéis que compõem o Índice Bovespa e não é composto exclusivamente das ações que compõem o IBOVESPA, podendo ter em sua carteira, conforme mostrado no folder de divulgação do produto, até 5% aplicados em títulos do Tesouro Nacional, cotas de outros fundos, etc.
Já o fundo MILA CI engloba ações de média e grande capitalização e o SMALCI está focalizado em ações de baixa liquidez.
Os investidores que estiverem interessados nesses fundos devem procurar maiores detalhes junto às suas corretoras, ou mesmo junto à BMFBovespa, principalmente no que se relacioona com as taxas de administração cobradas, que no caso do BOV CI é dita de 0,54% aa.
Bem amigos, por hoje é só (?!). Continuo recomendando muito cuidado, cautela, etc, etc. Que tal esperar um pouco mais, até final de janeiro, ou fevereiro, após a posse de Barack Obama nos EUA, para ver se algo mais interessante pode ser vislumbrado no horizonte?
Boa sorte a todos!
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