09 fevereiro 2012

Empresas estão acabando com as reuniões com participantes sentados

A Atomic Object, uma  empresa de desenvolvimento de software em Grand Rapids, Michigan, realiza reuniões como a primeira coisa na manhã.
Os funcionários seguem regras estritas: a participação é obrigatória; o bate-papo fora de assunto de trabalho é reduzido ao mínimo e, acima de tudo, todo mundo tem que ficar de pé.
Encontros em pé fazem parte de uma cultura tecnológica em rápido movimento, em que estar sentado tornou-se sinônimo de preguiça. O objetivo é eliminar confabulações prolixas onde os participantes pontificam, ou jogam Angry Birds em seus telefones celulares, ou estão completamente desligados dos assuntos tratados.
A Objeto Atomic ainda franze a testa sobre a existência de mesas durante as reuniões. "Eles usam-nas como uma forma muito fácil de se inclinar ou descansar seus laptops", explica Michael Marsiglia, vice-presidente. No final das reuniões, que raramente duram mais de cinco minutos, os funcionários normalmente fazem uma rápida caminhada e, em seguida, "continuam com o seu dia", diz ele.
A realização de reuniões em pé, não é novidade. Alguns líderes militares as usavam durante a I Guerra Mundial, de acordo com Allen Bluedorn, professor de negócios da Universidade de Missouri. Um certo número de companhias adotaram as reuniões em pé ao longo dos anos. Bluedorn fez um estudo em 1998 que descobriu que as reuniões em pé geralmente eram um terço menor do que reuniões com os participantes sentados e a qualidade de tomada de decisão foi a mesma coisa.
A atual onda de reunião em pé está sendo alimentada pelo crescente uso de "Agile", uma abordagem ao desenvolvimento de software, cristalizada em um manifesto publicado por 17 profissionais de software em 2001. O método procura a compressão de projetos de desenvolvimento em pequenos pedaços. Também envolve reuniões diárias em pé onde é esperado dos participantes que eles atualizem rapidamente seus pares com três coisas: o que fizeram desde a reunião de ontem; o que eles estão fazendo hoje  e quaisquer obstáculos que se interpõem no caminho para realizar o trabalho.
Se os funcionários estiverem atrasados ​​para a reunião, muitas vezes chamado de "dairy scrum", algumas vezes eles devem cantar uma música como "I'm a Little Tepot", dar uma volta ao redor do prédio de escritórios ou pagar uma pequena multa, diz Mike Cohn, presidente da Mountain Goat Software, de Lafayette, Colorado, um consultor e instrutor Agile. Se alguém estiver divagando por muito tempo, um funcionário pode apresentar um rato de borracha indicando que é hora de seguir em frente. Algumas empresas fazem exceções às suas regras de reuniões não-sentados, no caso de o funcionário estar doente, ferido ou grávida - isto geralmente não funciona para os trabalhadores fora do escritório, em tele trabalho via Skype.
Um grupo de desenvolvimento da Microsoft Corp realiza reunião diária em que os participantes jogam em torno de uma galinha de borracha chamado Ralph para determinar quem será o próximo a falar, diz um membro do grupo, Aaron Bjork.
Como a tecnologia Agile tem se tornado mais amplamente adotado, as reuniões em pé se espalharam junto com ela. A VersionOne, que faz o desenvolvimento do software Agile, entrevistou 6.042 trabalhadores de tecnologia ao redor do mundo em uma pesquisa realizada em 2011 e descobriu que 78% participavam de reuniões em pé.
Os projetistas de escritórios estão respondendo através da concepção de espaços de trabalho tendo em mente a realização de reuniões em pé. A Divisão Turnstone da empresa fabricante de móveis Steelcase Inc., por exemplo, introduziu recentemente o "Mesa Grande", uma mesa com um grande pé de altura, projetado para reuniões rápidas.
Mitch Lacey, um consultor de tecnologia de Bellevue, Washington, e ex-funcionário da Microsoft diz que alguns de seus ex-colegas teem realizado reuniões em pé em uma escada sem aquecimento para que sejam mais curtas.
A realização de reuniões antes do almoço também acelera as coisas. Mark Tonkelowitz, gerente de engenharia do núcleo News Feed, da Facebook Inc., promove reuniões em pé, com duação de 15 minutos, por volta do meio-dia. A proximidade com o almoço serve "como motivação para manter as atualizações mais rápidas", diz ele.
Às vezes as pessoas se enganam um pouco. "Temos algumas preguiçosas que fazem corpo mole muito bem", diz AT McCann, fundador da Gist, de Seattle para ferramenta de contato organizacional adquirida no ano passado pela Research In Motion, que realiza reuniões empé às 10:00 horas, três dias por semana.
Obie Fernandez, fundador da Hashrocket, de Jacksonville, na Flórida, empresa de design de software, diz que sua equipe faz circular entre todos os participantes de uma reunião em pé, uma bola medicinal com cerca de 10 libras. Para recém-chegados que desconhecem a prática, "tem um significado interessante", ele diz, "mas realmente a coisa principal que você quer é evitar que as pessoas se disperssem".
Os participantes desaprovam chegadas tardias às reuniões em pé, e alguns engenheiros obcecados por dados sequer computam os custos dos atrasos. Ian Witucki, um gerente de programa da empresa de software Adobe Systems Inc., calculou o custo acumulado ao longo de um ciclo típico de 18 meses para lançamento de um produto considerando iniciar as reuniões em pé um pouco atrasadas todos os dias. O total - cerca de seis semanas de trabalho de dois funcionários -, igualou a quantidade de tempo que a empresa pode passar naa construção de uma das principais características de cada produto, diz ele.
Logo depois, a equipe impôs uma multa de US$ 1 para os retardatários. Agora os funcionários correm pelo corredor para chegar a tempo, diz o Sr. Witucki.
Jason Yip, um principal consultor da ThoughtWorks, em Sydney, Austrália, toca a música de Bob Marley "Get Up, Stand Up", para reunir os colegas. "Ela age como um sino de Pavlov", diz ele.
Enquanto isso, a Starr Conspiracy, de Fort Worth, Texas, uma agência de publicidade, marketing e branding, sinaliza a sua reunião diária em pé com o que eles chamam de "amontoado", com alguns compassos da canção, "Whoomp! (There It Is) ", diz sócio Steve Smith.
"Se eu estiver em um jogo de futebol e ouvir a música, de repente tenho a vontade de amontoar-me", diz Smith.
Uma unidade da Steelcase Turnstone, que tem realizado reuniões em pé por cerca de uma década, durante anos tocou "Ring of Fire", de Johnny Cash para iniciar as reuniões. Recentemente, mudou para "A Little Less Conversation" de Elvis, um lembrete para manter as reuniões curtas, diz o gerente geral Kevin Kuske.
Há ocasiões em que até mesmo uma eunião em pé leva muito tempo.
No Freshbooks.com, uma empresa baseada em Toronto que faz software de contabilidade online, as equipes tentam fazer reuniões em pé às 10:00 horas, diariamente. Mas nos dias em que todos estão muito atarefados para se reunir em torno da mesa de ping-pong da empresa, os membros da equipe gritam suas atualizações de status de suas mesas, que são dispostas em um círculo.
Eles chamam a essas reuniões "sit-downs".

Fonte: The Wall Street Journal - The A-Hed - RACHEL EMMA SILVERMAN

07 fevereiro 2012

A causa primária do câncer

Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER?
Mas peraí, se a causa foi descoberta, por que ainda não descobriram a cura??
Vamos saber agora!!
Foi este senhor: Otto Heinrich Warburg (1883-1970).
Prêmio Nobel em 1931 por sua tese "A causa primária e a prevenção do câncer"
Segundo este cientista, o câncer é a consequência de uma alimentação antifisiológica e um estilo de vida antifisiológico.
Por que?... Porque uma alimentação antifisiológica - dieta baseada em alimentos acidificantes + sedentarismo, cria em nosso organismo um ambiente de ACIDEZ.
A ACIDEZ por sua vez EXPULSA o OXIGÊNIO das células!!!
Ele afirmou: "A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro."
Ou seja, se você tem excesso de acidez, então automaticamente falta oxigênio em seu organismo!
Outra afirmação interessante: "As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio."
Ou seja, um ambiente ácido, sim ou sim, é um ambiente sem oxigênio.
E ele afirmava que: "Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena."
Ainda segundo Warburg: "Todas as células normais tem como requisito absoluto o oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio - uma regra sem exceção."
E também: "Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos."
Em sua obra "O metabolismo dos tumores", Warburg demonstrou que todas as formas de câncer se caracterizamn por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipoxia (falta de oxigênio). Também descobriu que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e NÃO PODEM sobreviver na presença de altos níveis de oxigênio; em troca, sobrevivem graças a GLICOSE sempre que o ambiente está livre de oxigênio... Portanto, o câncer não seria nada mais que um mecanismo de defesa que tem certas células do organismo para continuar com vida em um ambiente ácido e carente de oxigênio.
Resumindo: Células sadias vivem em um ambiente alcalino e oxigenado, o qual permite seu normal funcionamento; Células cancerosas vivem em um ambiente extremamente ácido e carente de oxigênio.
IMPORTANTE
Uma vez finalizado o processo da digestão, os alimentos de acordo com a qualidade de proteína, hidrato de carbono, gordura, minerais e vitaminas que fornecem, gerarão uma condição de acidez ou alcalinidade no organismo. Ou seja, depende unicamente do que você come!
O resultado acidificante ou alcalinizante se mede através de uma escala chamada PH, cujos valores se encontram em um nível de 0 a 14, sendo PH 7, um PH neutro.
É importante saber como os alimentos ácidos e alcalinos afetam a saúde, já que para que as células funcionem de forma correta e adequada, seu PH deve ser ligeiramente alcalino. Em uma pessoa saudável, o PH do sangue se encontra entre 7,40 e 7,45. Leve em conta que se o ph sanguíneo caísse abaixo de 7, entraríamos em estado de coma próximo a morte.
Então, que temos a ver com tudo isto? Vamos ao que interessa!!
Alimentos que acidifican o organismo:
# Açúcar refinado e todos os seus subprodutos - o pior de tudo: não tem proteínas, nem gorduras, nem minerais, nem vitaminas, só hidrato de carbono refinado que pressiona o pancreas. Seu PH é 2,1, ou seja, altamente acidificante
# Carnes - todas
# Leite de vaca e todos os seus derivados - queijos, requeijão, iogurtes, etc.
# Sal refinado
# Farinha refinada e todos os seus derivados - massas, bolos, biscoitos, etc.
# Produtos de padaria - a maioria contém gordura sagurada, margarina, sal, açúcar e conservantes
# Margarinas
# Refrigerantes
# Cafeína - café, chás pretos, chocolate
# Álcool
# Tabaco
# Remédios, antibióticos
# Qualquer alimento cozido - o cozimento elimina o oxigênio e o trasforma em ácido - inclusive as verduras cozidas.
# Tudo que contenha conservantes, corantes, aromatizantes, estabilizantes, etc. 
Enfim: todos os alimentos enlatados e industrializados. Constantemente o sangue se encontra autorregulando-se para não cair em acidez metabólica, desta forma garantindo o bom funcionamento celular, otimizando o metabolismo. O organismo DEVERIA obter dos alimentos, as bases (minerais) para neutralizar a acidez do sangue da metabolização, porém todos os alimentos já citados, contribuem muito pouco, e em contrapartida, desmineralizam o organismo (sobretudo os refinados). Há que se levar em conta que no estilo de vida moderno, estes alimentos são consumidos pelo menos 3 vezes por dia, os 365 dias do ano!!! Curiosamente, todos estes alimentos citados, são ANTIFISIOLÓGICOS!!...Nosso organismo não foi projetado para digerir toda essa porcaria!!!
Alimentos Alcalinizantes
# Todas as verduras cruas (algumas são ácidas ao paladar, porém dentro do organismo tem reação alcalinizante, outras são levemente acidificantes porém trazem consigo as bases necessárias para seu correto equilíbrio); cruas produzem oxigênio, cozidas não.
# Frutas, igualmente as verduras, por exemplo o limão tem um PH aproximado de 2.2, porém dentro do organismo tem um efeito altamente alcalinizante (quem sabe o mais poderoso de todos). Não se deixe enganar pelo seu gosto ácido, ok? As frutas produzem quantidades saudáveis de oxigênio!
# Sementes: além de todos os seus benefícios, são altamente alcalinizantes, como por exemplo as amêndoas.
# Cereais integrais: O único cereal integral alcalinizante é o milho, todos os demais são ligeiramente acidificantes, porém muito saudáveis!.. Lembre-se que nossa alimentação ideal necessita de uma porcentagem de acidez (saudável). Todos os cereais devem ser consumidos cozidos.
# O mel é altamente alcalinizante.
# A clorofila das plantas (de qualquer planta) é altamente alcalinizante (sobretudo a aloe vera, mais conhecida como babosa).
# Á água é importantíssima para a produção de oxigênio. "A desidratação crônica é o estressante principal do corpo e a raiz da maior parte de todas as enfermidades degenerativas", afirma o Dr. Feydoon Batmanghelidj.#O exercício oxigena todo teu organismo, o sedentarismo o desgasta. Não é preciso dizer mais nada, não é?
O Doutor George w. Crile, de Cleverand, um dos cirurgiões mais importantes do mundo declara abertamente:
"Todas as mortes mal chamadas "naturais", não são mais que o ponto terminal de uma saturação de ácidos no organismo."
Como dito anteriormente, é totalmente impossível que um câncer prolifere em uma pessoa que libera seu corpo da acidez, nutrindo-se com alimentos que produzam reações metabólicas alcalinas e aumentando o consumo de água pura; e que por sua vez, evita os alimentos que produzem acidez, e se abstém de elementos tóxicos. Em geral o câncer não se contrai nem se herda... o que se herda são os costumes alimentícios, ambientais e o estilo de vida que produz o câncer.
Mencken escreveu: "A luta da vida é contra a retenção de ácido". "O envelhecimento, a falta de energia, o stress, as dores de cabeça, enfermidades do coração, alergias, eczemas, urticária, asma, cálculos renais e arterioscleroses entre outros, não são nada mais que a acumulação de ácidos."
O Dr. Theodore A. Baroody disse em seu livro "Alkalize or Die" (Alcalinizar ou Morrer):"Na realidade não importa o sem-número de nomes de enfermidades. O que importa sim é que todas elas provém da mesma causa básica: muito lixo ácido no corpo!"
O Dr. Robert O. Young disse: "O excesso de acidificação no organismo é a causa de todas as enfermidades degenerativas. Quando se rompe o equilíbrio e o organismo começa a produzir e armazenar mais acidez e lixo tóxico do que pode eliminar, então se manifestam diversas doenças."
E a quimioterapia?
Não vou entrar em detalhes, somente me limito a enfatizar o óbvio: a quimioterapia acidifica o organismo a tal extremo, que este recorre às reservas alcalinas do corpo de forma inmediata para neutralizar tanta acidez, sacrificando assim bases minerais (Cálcio, Magnésio, Potássio) depositadas nos ossos, dentes, articulações, unhas e cabelos. É por esse motivo que se observa semelhante degradação nas pessoas que recebem este tratamento, e entre tantas outras coisas, se lhes cai a grande velocidade o cabelo. Para o organismo não significa nada ficar sem cabelo, porém um PH ácido significaria a morte.
Eis a resposta do começo do email: >>> É necessário dizer que isto não é divulgado porque a indústria do câncer (leia-se indústria alimentícia + indústria farmacêutica) e a quimioterapia são alguns dos negócios mais multimilionários que existem hoje em dia??
É necessário dizer que a indústria farmacêutica e a indústria alimentícia são uma só entidade??
Nota: Você se dá conta do que significa isto?
Quanto mais gente doente, mais a indústria farmacêutica no mundo vai lucrar! E para fabricar tanta gente doente, é necessário muito alimento lixo, como a indústria alimentícia tem produzido hoje no mundo, ou seja, um produz pra dar lucro ao outro e vice-versa, é uma corrente. Esta é uma equação bem fácil de entender, não é?
Quantos de nós temos escutado a notícia de alguém que tem câncer e sempre alguém diz: "É.... Poderia acontecer com qualquer um..." Com qualquer um????
Agora que você já sabe, o que você vai fazer a respeito?
A ignorância justifica, o saber condena.
"Que teu alimento seja teu remédio, que teu remédio seja teu alimento." Hipócrates.

O que é Coisa?

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já
coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta:
"Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943. "A Coisa" é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu "A Força das Coisas", e Michel Foucault,
"As Palavras e as Coisas".Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta
"Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o
Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o
capeta. Coisa boa é a Juliana Paes - pelo olhar masculino. Já pelo olhar feminino, Antonio Banderas é coisa boa demais. Ou não?. Nunca vi coisa assim, gente!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "
coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas: a
s mesmas coisas, coisa bonita, coisas do coração, coisas que não se esquece; diga-me coisas bonitas, tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
 Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai").
Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral.
Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a
coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?
Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras "cositas más".
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.
Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".

ENTENDEU O ESPÍRITO
DA "COISA" ?

06 fevereiro 2012

Adocica. Açúcar ou adoçante?

Saiba fazer a escolha certa na hora de preparar o cafezinho.
Um é derivado de uma planta e é a primeira pedida nas receitas de doces, mas engorda bastante. O outro é 100% industrializado, pode deixar um gostinho amargo, mas não tem calorias. Tanto o açúcar refinado quanto os adoçantes à base de sacarina, aspartame e ciclamato – geralmente os mais utilizados e mais baratos - fazem muito mal à saúde. Aprenda a escolher aquele que, por mais doce que seja, não tem perigo de amargar o seu café nem a sua saúde.
Consumimos açúcar desde crianças e muitos até dizem: "minha avó comia quilos de açúcar todos os dias e não morreu disso". Será? De acordo com a nutricionista funcional Juliana Trevilini Garcia "o açúcar em quantidades excessivas pode comprometer a saúde. Está comprovado que o corpo humano é dependente de gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, mas de nem um miligrama sequer de açúcar. É uma bomba de energia ao corpo que, se não for gasto, pode vir a causar complicações futuras, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, pressão alta, entre outras comorbidades. A OMS recomenda que as calorias vindas do açúcar representem menos que 10% do total consumido na nossa alimentação diária".
O açúcar refinado, apesar de ser derivado de uma planta, passa por uma série de tratamentos químicos antes de chegar à nossa mesa e é muito prejudicial à saúde. "Para ficar mais branco e soltinho, o açúcar extraído da natureza é submetido ao refino, que utiliza inúmeros produtos químicos. Nesse processo, as fibras, os sais minerais, proteínas e demais nutrientes são eliminados, resultando em um produto químico cheio de calorias vazias. O consumo do açúcar refinado ainda produz um estado de superacidez que desmineraliza o nosso organismo, levando à carência de cálcio, magnésio, zinco, cobre e selênio", diz Juliana. A nutricionista ainda explica que o açúcar mascavo e o mel são bons substitutos do açúcar refinado.
O adoçante também não sai ileso da avaliação da nutricionista, pois também pode trazer grandes problemas para a saúde e até induzir ao câncer. Segundo ela, "adoçantes são produtos constituídos a partir de um edulcorante, que tem a capacidade de 'adoçar' mais do que o açúcar comum. Hoje, o consumo de adoçantes tem se tornado normal, contínuo e muitas vezes exagerado, pois não apenas é o substituto do açúcar em casa como também pra a indústria alimentícia dos diet e light. Vários estudos apontam que adoçantes como sacarina, aspartame e ciclamato, presentes em peso na indústria alimentícia, podem induzir ao câncer com uso contínuo durante um período longo".
Nem todos os adoçantes fazem mal ao organismo, é preciso apenas saber escolher o produto certo na prateleira do supermercado. "Os melhores são a sucralose e o stévia. Já a sacarina e o ciclamato sódico apresentam níveis elevados de sódio e, portanto, não são indicados para hipertensos. O aspartame, o acessulfame e o ciclamato devem ser utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda inconclusivos, relacionando-os com o câncer. Já o stévia tem alto poder de dulçor, derivado de uma planta, tem ação anti-hipertensiva e auxilia no controle glicêmico. O único problema é que apresenta sabor residual. A sucralose é derivada do açúcar da cana. É o adoçante de sabor mais próximo do açúcar e tem alto poder de dulçor. Só não é indicado para pacientes com desordens tireoidianas, por ter cloro em sua composição", ensina Juliana.
Agora que você já sabe que deve evitar o açúcar refinado e certos tipos de adoçante, como fazer para escolher qual produto vai "adocicar" seus pratos? É simples. "O consumo saudável de açúcares e adoçantes é a sua utilização apenas quando necessário. Cada vez mais mascaramos o sabor do alimento com uso de edulcorantes (adoçantes artificiais) e açúcar. Dessa forma, o mais recomendado seria diminuir o consumo de adoçantes e açúcares e procurar sentir o sabor dos alimentos que for consumir antes de adicioná-los. Inicialmente, uma dica é fazer a rotatividade entre o consumo do açúcar mascavo e o stevia, só quando for realmente necessário adoçar tal preparação. Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá o delicioso sabor do que consome, independentemente da adição de qualquer substância", conclui a nutricionista.