02 janeiro 2009

Felicidade Infeliz, na voz de Maysa, é a música do dia

Às vésperas da entrada em cena da série retratando a vida de Maysa, de autoria de Manoel Carlos, protagonizada pela estreante atriz Larissa Maciel e dirigida por Jayme Monjardim, filho da cantora, apresento hoje uma das músicas de sucesso de Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou, simplesmente Maysa. Maysa foi cantora, compositora e atriz. Nasceu em São Paulo, numa família tradicional do Espírito Santo que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Em 1937, tranferiram-se para Bauru, no interior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família ainda mudaria de endereço várias vezes.
Casou-se aos dezoito anos com o empresário André Matarazzo, 17 anos mais velho e membro da tradicional família Matarazzo; da união nasceu Jayme Monjardim, diretor de telenovelas e cinema, que foi criado pela avó e, posteriormente, num colégio interno na Espanha. Separou-se de Matarazzo em 1959, pois este se opunha à sua carreira musical.
Fez inúmeras temporadas de sucesso em diversas casas de São Paulo - como o João Sebastião Bar - e no Rio de Janeiro - como o Au Bon Gourmet e o Canecão, entre outros. Excursionou pela América Latina, passando diversas vezes por Buenos Aires, Montevidéu e Lima. Apresentou-se em Paris, Lisboa e Luanda.
Manteve contato com vários músicos da Bossa Nova, com os quais pôde expandir referências musicais. Excursionou pelo país ao lado do pianista Pedrinho Mattar, lotando casas de espetáculos como a Urso Branco , São Paulo.
As composições e as canções foram escolhidas de maneira a formar um repertório sob medida para o seu timbre, que não era o de uma voz vulgar, com viés melancólico e triste, que se tornou emblemática do gênero fossa ou samba-canção. O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas históricas com a bossa, é o de uma cantora de voz mais arrastada do que as intérpretes da bossa e por isso aproxima-se antes do bolero.
Foram celebrizadas as seguintes interpretações: Felicidade Infeliz (Maysa), Solidão (Antônio Bruno), Bom dia, Tristeza (Adoniran Barbosa/Vinicius de Moraes), Tristeza (Haroldo Lobo/Niltinho), Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel) e Bloco da Solidão (Jair Amorim/Evaldo Gouveia). Também foram consagradas as seguintes interpretações: Adeus, Agonia, Dindi, Eu sei que vou te amar, Marcada, Meu mundo caiu, Não vou querer, Ouça, Resposta, Rindo de mim, Tarde triste, O barquinho.
A música de hoje é Felicidade Infeliz, na voz de Maysa.

31 dezembro 2008

Bomba atômica

Uma bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso — uma única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial (consistindo em um dos maiores ataques a uma população civil, quase 200 mil mortos, já ocorridos na história). No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países.
Muitos confundem o termo genérico "bomba atômica" com um aparato de fissão. Por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos (caças ou bombardeiros). Por ogivas nucleares, entende-se as armas nucleares passíveis de utilização em mísseis. Já os artefatos nucleares não são passíveis de utilização militar, servindo portanto, somente para a realização de testes, como foi o caso do artefato de Trinity (o primeiro detonado) ou o caso do artefato nuclear norte-coreano testado em 9 de Outubro de 2006.
As cidades japonesas atingidas pelas bombas se reergueram e hoje são magníficas metrópoles. Veja o clipe.
Fonte: Wikipedia


O ano está terminando. UFA!!!!

Meu último post sobre Bolsa falava sobre o balanço do ano no mercado de Bolsa de Valores. Era dia 25/12/2008. De lá para cá, novas notícias, mais analistas e comentaristas falando sobre o tema do momento, a crise mundial e o encerramento do ano para o mercado financeiro, me levaram a escrever um pouco mais sobre o ano que se finda.
Para mim, foi um ano de muitas bênçãos e vitórias, tudo conforme Deus me reservou. Minha neta, Maria Luiza, a guerreira, recebeu mais uma grande graça do Senhor, saiu-se muito bem da cirurgia a que se submeteu. Hoje está lépida e fagueira, cheia de energia. Meus filhos conseguindo cada vez mais vitórias em suas áreas pessoal, profissional e espiritual. Minha mulher, mais dedicada do que sempre às suas netas, sem descuidar do lar e de seu trabalho voluntário. Só bênçãos. Agradeço a Deus.
Com relação à Bolsa de Valores, o ano não foi ruim, pois dediquei minhas aplicações àquelas ações que regularmente rendem bons dividendos. Tive sucesso com a estratégia montada. Falarei mais sobre o asunto daqui a pouco.
Todos sabemos que a crise que vive hoje o mercado financeiro mundial teve início com a crise do sub-prime, nos EUA. Uma crise financeira desencadeada em 2006, a partir da quebra de instituições de crédito dos Estados Unidos, que concediam empréstimos hipotecários de alto risco, arrastando vários bancos para uma situação de insolvência e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi revelada ao público a partir de fevereiro de 2007, configurando-se como uma crise financeira global. A partir de 18 de julho de 2007, a crise do crédito hipotecário provocou uma crise de confiança geral no sistema financeiro e falta de liquidez bancária.
Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada deste 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas - a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como Fannie Mae, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de Freddie Mac - que estavam quebradas.
Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.
A cascata de falências e quebras de instituições financeiras provocou a maior queda do índice Dow Jones, da bolsa de valores de Nova Iorque e de bolsas de valores internacionais, desde os atentados de 11 de setembro de 2001. Daí para a frente, é história que todos nós conhecemos.
Depois de tudo passado, aparece em um jornal de grande circulação no Brasil matérias e artigos de conceituados colunistas falando sobre as perdas da bolsa de valores de São paulo (algo como R$ 871 bilhões), sobre o que isso representava (o equivalente a quase duas Petrobras, em valor de mercado) e que, no mundo, desapareceram US$ 30 trilhões: o equivalente a dois EUA.
Minha visão sobre o assunto não está muito de acordo com a figuração feita. Primeiro, porque as previsões feitas no início do ano por analistas e comentaristas brasileiros, não levaram muito em conta, em minha modesta opinião, o cenário que o mundo já vivia àquela época (janeiro de 2007). O importante na ocasião era falar da exuberância do mercado de renda variável e que a bolsa de São Paulo chegaria ao final do ano de 2008 entre 70.000 e 80.000 pontos. Aos 70.000 ela chegou, mas não se sustentou e despencou por conta da situação geral. Ao mesmo tempo, o Citigroup, em janeiro de 2007 informava que "após seguidas revisões de cenários, o ano de 2008 poderia ser marcado como uma ano de grandes prejuízos, após 5 anos consecutivos de alta nas bolsas" e o Merrill Lynch já suspeitava "de um início de recessão nos EUA, após a divulgação do relatório de Emprego" (ou Desemprego). Já em março, o mega-investidor Warren Buffett afirmava que
"mesmo não apresentando queda consecutiva trimestral no PIB, os Estados Unidos já se encontram em recessão"; Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o Banco Central Americano), afirmava que "inadimplências e execuções hipotecárias aumentarão e preço das moradias terá queda" (nos EUA).
No Brasil, março foi marcado pela fuga de capital externo, tendo sido registrada uma saída de R$ 1,915 bilhões, o que veio a se agravar nos meses seguintes. Tudo isso, teria, como teve, influência direta no comportamento dos mercados financeiros ao redor do mundo e o Brasil não poderia estar fora.
As previsões brasileiras já poderiam ter sido revistas a essa altura do campeonato. Mas a bolsa continuava subindo, por que mudar a expectativa? Ainda por cima, existia a hipótese de o Brasil obter o
Investment Grade, que colocaria o país em situação privilegiada no cenário internacional. Isso ocorreu efetivamente em abril, quando duas agências internacionais conferiram ao Brasil o Grau de Investimento. Felicidade geral! Agora a bolsa dispara e o país será alvo de entrada maciça de capital estrangeiro para investimento. A euforia tomou conta o mercado brasileiro. Os resgates da Poupança superavam as aplicações; a captação líquida era negativa em R$ 1,85 bilhões. para onde foi esse dinheiro?
Em maio, mais agências conferiam o Grau de Investimento ao Brasil. Mas, no mesmo mês de maio, mais precisamente a partir do dia 29, as bolsas no mundo começaram a cair e a brasileira não ficou apara trás.
Em junho, as bolsas americanas já registravam perdas anuais na casa dos 8% e em agosto, dez bancos americanos já tinham se declarado insolventes e pedido falência por conta de envolvimentos com os
sub-prime.
Devido à crise financeira que se instaurou no mundo, os governos dos diversos países e bancos centrais, passaram a tomar medidas para conter o estrangulamento que as economias mundiais estavam enfrentando. Injeção de dinheiro na economia, redução de juros, devido à falta de crédito, e por aí a coisa ia. Mas não podemos nos esquecer de que medidas econômicas não têem efeito imediato na economia. Sempre existe um tempo de maturação para que os diversos agentes se recomponham e esse tempo vai, historicamente, de 6 meses a 1 ano.
Novas expectativas existem pelo mundo. A maior talvez seja a posse de
Barack Obama na presidência dos EUA, dia 20/01/2009. Ele assumirá a presidência enfrentando uma situação crítica, com uma crise econômica e financeira grave para administrar.
Ao mesmo tempo que o país (EUA) clama por ações com efeito no curto prazo, Lawrence Summers, um dos principais assessores econômicos de Obama, diz que "esta não é a saída para escapar do quadro atual".
Consciente da situação de dificuldades, o assessor afirma que "o grande compromisso de Barack Obama é com políticas de médio e longo prazo". Por aí passam investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e esforços para reduzir a dependência com as importações de petróleo. Tudo isso assocido à geração de empregos, principalmente no setor privado.
E no Brasil? Embora não exista uma consciência consolidada por parte da população, o país já foi atingido pela crise e precisa, no curto prazo, tomar medidas fortes para contê-la, mesmo com fundamentos sólidos em nossa economia. Ainda ontem conversava com um amigo e ele me dizia que, ao receber uma máquina de lavar que havia comprado, indagou do entregador se o trabalho de entregas neste final de ano estava duro, ao que o entregador respondeu: "Doutor, o normal seria fazermos 60 entregas por dia; estamos fazendo mais ou menos 30". Acredito que seja uma medida do que vivemos por aqui e que não aparece nos estudos, ou estatísticas.
O que esperar para 2009? Continuo com minha convicção de que crise sempre é momento de oportunidades. Há que procurar com calma, para saber onde elas estão. Por que na crise aparecem as grandes oportunidades? Talvez porque a crise contamine decisivamente o emocional das pessoas e, então vem aquele fantasma: se a crise está aí, será que meu dinheiro, conseguido com dificuldades, não irá sumir de uma hora para outra? Calma é a palavra chave. Há que se procurar as oportunidades com sangue frio. Bem sei que não é tarefa fácil.
Como diria o pedreiro do comercial na TV, vejam bem: enquanto a bolsa de São Paulo caiu cerca de 48% no ano, as ações da Nossa Caixa subiram cerca de 200% no ano, tudo por conta de uma intenção do Banco do Brasil por comprar a Instituição, o que, de fato, veio a acontecer.
Outra boa oportunidade de ganhos está em adotar uma estratégia cuidadosa com relação a empresas que, costumeiramente, pagam bons dividendos. Ações que, no passado, eram consideradas ações de viúvas; aquelas que traziam um rendimento certo todo ano. Pode ser argumentado que, com a crise, as empresas venderão menos, seus lucros serão menores e, por conseqüência, os dividendos serão baixos. É verdade. Mas o preço das ações também estará menor. temos que correr atrás das exceções e procurar os segmentos que são mais ou menos blindados em relação à crise.
Existem sim, segmentos que pagam tradicionalmente bons dividendos, independente da situação que o país atravessa, são empresas que adotam a prática da Governança Corporativa com rigor e, por isso, contemplam seus acionistas com dividendos interessantes.
Não vou aqui cometer a leviandade de dizer quais ações devem ser compradas para conseguir bons dividendos. Uma análise criteriosa deve ser feita por cada um mas, historicamente, empresas como Souza Cruz, AES Tietê, Telesp, Tractebel, Bradesco, Eletropaulo, Equatorial Energia, Light, CPFL Energia, Gerdau, CEMIG e Energias do Brasil, normalmente fazem a alegria de seus acionaistas com bons dividendos. Ganhar com a valorização das ações em bolsa é um bom negócio; isso só ocorre quando o mercado está favorável.
Lembro um ponto que considero dos mais importantes e que sempre é dito por aí, mas pouco praticado pelos investidores: não colocar todos os ovos em um mesmo cesto, ou seja, as aplicações devem ser diversificadas e procurando sempre respeitar um máximo de 30% do capital total, colocado em cada aplicação, principalmente em renda variável, onde o risco, sem dúvida, é maior.
Com relação às tradicionais
blue-chips, surgiu uma notícia nova que pode animar quem está posicionado em mineradorss e siderúrgicas. A Baosteel acabou de elevar seus preços de produtos siderúrgicos para o próximo mês de fevereiro, entre 3 e 8%, dependendo do tipo de aço. Ainda sem confirmação oficial, esse aumento poderá trazer benefícios para concorrentes brasileiros. É hora de ficar atento.
Não tenho muita dúvida quanto à recuperação da economia mundial, ainda em 2009, a partir do segundo semestre. Acredito que a recuperação começará pelos mercados internos, com geração de empregos para geração de renda e reativação dos negócios, com redução dos juros e aumento do crédito. Minha avaliação é de que primeiramente sejam beneficiados aqueles segmentos de maiores necessidades para a população como energia, telecomunicações, habitação e alimentos; não podemos nos esquecer dos segmentos que atendem o emocional dos indivíduos, tais como bebida e fumo, principalmente nos períodos de incerteza; depois virão as ações nos mercados externos, quando as
commodities poderão voltar a brilhar.
Por hoje é isso aí. Um bom ano para todos e que suas aplicações venham a gerar bons resultados. Deus os abençoe.

27 dezembro 2008

Feitiço da Vila, com Elizeth Cardoso, é a música do dia

Elizeth Moreira Cardoso, ou Elizeth, A Divina, é considerada como uma das maiores intérpretes da canção brasileira e uma das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.
Nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.
Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio.
Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 30).
Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova, gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais, considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de saudade, Luciana, Estrada branca, Outra vez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.
Teve vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco) e a Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa - A Divina - que a marcou para o público e para o meio artístico.
Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.
A música de hoje, Feitiço da Vila composição do grande Noel Rosa, é uma homenagem ao meu saudoso pai, fã de carteirinha da Divina. Elizeth Cardoso ainda na fase do choro, canta, acompanhada por Jacob do Bandolim, outro expoente da música brasileira.


26 dezembro 2008

Jesus Salvador, na voz de Roberto Carlos - a música do dia

Ontem, mais uma vez, assisti ao especial de final de ano de Roberto Carlos. Uma beleza de produção! Uma música me chamou atenção, em especial: Jesus Salvador, em magnífica interpretação do cantor, com muito sentimento. A autoria da música: Roberto Carlos e Erasmo Carlos, como não poderia deixar de ser.
Uma letra que nos leva a pensar o quê significa para aqueles que têem Fé, o nome de Jesus. Estamos sempre lutando para conseguir o que desejamos, mas só Ele consegue escolher o momento certo para recebermos cada Graça. A música está aqui. Para aqueles que desejarem a letra, lê-la e meditar sobre ela, podem consultar o link http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/48611/.



25 dezembro 2008

O balanço do ano no mercado de Bolsa de Valores

Muito bem, o ano praticamente terminou. A BOVESPA encerrou seus trabalhos no dia 23/12, deve voltar amanhã. Depois funciona segunda e terça-feira, interrompe o pregão na quarta e quinta voltando sexta-feira, já em 2009, o que nos leva a imaginar que pregão de verdade só começaremos a ter no dia 5 de janeiro, primeira segunda-feira do ano. Digo isso, porque os volumes que temos visto na BOVESPA são baixíssimos. Então, vamos nos preparar para o próximo ano. Não nos esqueçamos de acompanhar o mercado pelo mundo nestes últimos dias do ano, principalmente na Ásia, porque lá eles continuam operando. Hoje, 25 de dezembro, a Bolsa de Tóquio operou, fechando com alta de 0,97%, talvez como reflexo do mega orçamento aprovado pelo governo japonês para 2009-2010 (US$ 976,812 bilhões), o maior da história japonesa, com o objetivo de enfrentar a crise financeira internacional; a Bolsa de Shangai também operou, mas fechou em baixa de 0,61%. Hong Kong não operou hoje.
Aqui no Brasil, passamos por um ano complicado, muito embora, em minha avaliação, os grandes reflexos da crise internacional ainda não tenham afetado significativamente os negócios. Digo, ainda, não com conotação pessimista do tipo: olhem a coisa vai piorar, mas precisamos estar preparados. Minha avaliação da situação leva a crer que em 2009, teremos poderemos ver pela frent
e alguma coisa semelhante ao que vem acontecendo pelo mundo: queda do nível de emprego, falta de crédito, redução dos mercados internacionais para os produtos brasileiros exportados e por aí vai. Já recebemos o primeiro dado relativo ao nível de emprego no Brasil: 40.000 vagas com carteira assinada foram reduzidas, justo numa época em que a demanda deveria exigir das empresas mais mão-de-obra; a indústria, em geral, já não produz com a mesma euforia do primeiro semestre.
Foi um ano bom, mas com muitos percalços.
No início do ano, em janeiro, as corretoras de valores nacionais e internacionais apresentavam projeções sobre o IBOVESPA, apontando para um fechamento em 2008 próximo dos 80.000 pontos. Naquela época o índice estava a 62.815 pontos, com um volume financeiro de R$ 4.766.543.360. Dia 23/12/08, o índice fechou aos 36.470 pontos e o volume financeiro chegou a R$ 1.925.724.9
40. Minha expectativa é de que fiquemos com o índice entre 30.000 e 35.000 pontos, ao final do ano. Uma defasagem de mais de 50% em relação às previsões do início do ano. Puro reflexo de tudo de ruim que aconteceu com a economia mundial, a partir da crise dos sub-prime, nos EUA
Vimos o barril do petróleo ser negociado próximo de US$ 160, estando hoje por volta dos US$ 37; assistimos a grande quebradeira de instituições financeiras nos EUA, na Europa e na Ásia. As grandes montadoras americanas de automóveis estão à beira da falência, recebendo socorro de US$ 17 bilhões do governo americano. A falta de crédito para o setor produtivo é uma constante em todo o mundo; os bancos não querem correr grandes riscos. A recessão está declarada na maior parte do mundo. Então amigos, precisamos sim, colocar nossas barbas de molho.
A Bolsa de Valores de São Paulo não fugiu à regra mundial e, como dito anteriormente, despencou feio. Para visualizarmos o acontecido, apresento o gráfico do IBOVESPA que utilizo em minhas análises, para que tenham uma melhor idéia
do que aconteceu.
O que está mostrado no gráfico é a grande queda, com a formação de um cana
l de baixa desde 29 de maio de 2008, que se estendeu até 27/10/2008 (linhas paralelas, em azul), quando o movimento de baixa cessou após atingir os 29.435 pontos.
Para visualizar melhor o gráfico, clique sobre ele para aumentar a imagem.
A partir daí formou-se um triângulo assimétrico (em verde na figura) que poderia indicar uma mudança na tendência de baixa, quando fosse rompido, para cima, rompendo também a Linha de Tendência de Baixa (LTB), representada no gráfico pela reta azul superior do canal de baixa. O rompimento efetivamente aconteceu, em uma posição que poderia indicar realmente uma mudança da tendência (em 08/12/2008). Olhando no gráfico, tão somente a formação do triângulo e seu rompimento, poderíamos projetar uma tendência de alta, com o índice chegando aos 47.079 pontos, por volta de 12/12/2008 (retas vermelhas no gráfico) e chegando a encontrar uma das fortes resistências indicadas pelo gráfico, justamente neste ponto. Aí, já seria um belo ganho, dadas ás circunstâncias que o mercado vive. Acontece que a análise gráfica não permite conclusões definitivas olhando-se somente um indicador, ou uma formação gráfica. Vários outros indicadores e fatores, até externos ao mercado, mas com influência direta na economia exercem forte influência sobre os negócios em Bolsa. O quadro geral não permitiu que o avanço fosse consolidado: baixos volumes financeiros, fatores internacionais, manutenção da taxa de juros no Brasil, e por aí vai.
Um dado que podemos até considerar como positivo, que pode influenciar o quadro geral é que o fluxo de entrada de capital estrangeiro na BOVESPA tem dado sinais de reaproximação dos estrangeiros ao mercado brasileiro, muito embora o balanço entrada vs saída ainda esteja ligeiramente negativo.
Foi dessa forma que vi o ano que passou. Torçamos para que as medidas econômico-financeiras propostas pelo mundo tragam uma mudança do cenário atual e, quem sabe, o Brasil passe raspando nesta prova e lá pelo segundo semestre de 2009 os investidores em Bolsa, no Brasil principalmente, possam voltar a sorrir, não de desespero, mas de alegria.
Um bom ano de 2009 para todos. Tenho Fé que Deus estará ao nosso lado.

24 dezembro 2008

A origem do Natal

O Natal como conhecemos hoje é uma mistura da fé católica com as festas de antigas religiões pagãs. As festas pagãs marcavam o início do inverno, a estação mais fria do ano. Na Mesopotânia, o Zagmuk, a passagem de ano, representava uma grande crise, uma batalha entre os monstros do caos e Marduk, seu principal deus. Para ajudar Marduk em sua batalha era realizado um festival de Ano Novo, que durava 12 dias.
A tradição do festival foi adotada pelos gregos, que adaptaram a história de Marduk para o seu principal deus, Zeus contra o titã Cronos. A tradição foi passada
para os romanos, que passaram a comemorar as Saturnálias, entre os dias 17 de dezembro e 1º de janeiro.
Por sua vez, nesse período, os persas comemoravam o nascimento de Mitra, deus persa do sol. Os persas acreditavam que um pequeno sol nascia sob a forma de uma criança recém-nascida. O dia 25 de dezembro era conhecido como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, e as escolas eram fechadas, ninguém trabalhava, eram realiz
adas festas nas ruas, grandes jantares e árvores verdes ornamentadas enfeitavam átrios para espantar os maus espíritos da escuridão. Presentes de bom agouro eram ofertados aos amigos. Festividades germânicas e celtas também marcavam esse período.
Nos prim
eiros 3 Séculos da nossa era os cristãos não celebraram o Natal. A festa foi introduzida pela Igreja Romana, no Século IV, no mesmo dia da festividade romana. A idéia era assimilar as festas pagãs e cristianizá-las. As prendas foram substituídas pelas oferendas dos reis Magos, em termos simbólicos, e o nascimento de Cristo a luz de uma nova era.
Os símbolos do Natal
Presépio
Presépio, em hebraico é "a manjedoura dos animais", mas a palavra é usada também significando o próprio estábulo. No Novo Testamento, Lucas conta que Jesus ao nascer foi reclinado em uma manjedoura, como as muitas que existiam nas grutas da Palestina, utilizadas para recolher animais.
A representação do presépio foi introduzida no Século XII, por São Francisco de Assis, que montou a primeira cidade italiana de Greccio. A idéia surgiu enquanto o santo lia o trecho do evangelho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. São Francisco mon
tou o primeiro presépio, em tamanho natural, numa gruta da cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O hábito de manter o presépio nas salas dos lares com figuras de barro ou madeira difundiu-se por toda a Europa e de lá chegou ao Brasil.
Árvore de Natal
Enfeitar árvores e usar seus ramos na decoração das casas são tardições encontradas em vários cultos pagãos. Os egípcios já levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em Dezembro, simbolizando o triunfo da vida sobre a morte. Os germânicos tinham as festividades ao carvalho sagrado de Odin.Os romanos já enfeitavam suas casas com pinheiros durante a Saturnália e árvores de carvalho eram enfeitadas com maçãs douradas para as festividades do Solstício de Inverno.
A primeira referencia à árvore de natal como a conhecemos hoje data do Século XVI, em Strasbourg, as famílias decoravam pinheirinhos de natal com papéis coloridos, fruta
s e doces. O hábito espalhou-se pela Europa e daí, para o mundo. Na tradição católica o pinheiro foi escolhido por sua forma triangular, que representaria a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Segundo a tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos para garantir a felicidade de um lar:
Casa: proteção
Coelho: esperança
Xícara: hospitalidade
Pássaro: alegria
Rosa: afeição
Cesta de frutas: generosidade
Peixe: benção de Cristo
Pinha: fartura
Papai Noel: bondade
Cesta d
e flores: bons desejos
Coração: amor verdadeiro
Papai Noel
As histórias contam que São Nicolau colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de Natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos. Outra versão é a de São Nicolau de Bari, um santo italiano que distribuía prendas entre as crianças pobres.
A tradição do velhinho vestido de vermelho que distribui
presentes entre as crianças era muito popular na Holanda. Como muitos colonos desse país foram para os Estados Unidos no Século XVIII tornou-se popular nesse país. Em 1823, Clement C. Moore escreveu o livro Uma visita de São Nicolas, quarenta anos mais tarde Thomas Nast, um cartunista, criou um Papai Noel para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo. Nos anos seguintes novas versões desse Papai Noel apareciam nas capas da revista nessa época do ano. Em 1931 Haddon Sundblom deu a cor vermelha da roupa do Papai Noel, nas propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geographic.
Outra versão para a cor vermelha da roupa do Papai Noel é que São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca.

Feliz Navidad (Feliz Natal), a música do dia

No dia de hoje trago para todos duas músicas natalinas: a primeira, com a brasileiríssima Simone e a interpretação da internacionalmente consagrada Noite Feliz (Silent Night); a segunda, uma música que marcou algumas de nossas idas a Orlando - Florida, com os filhos, ainda pequenos. Quando íamos ao Pizza Time, na International Drive, havia sempre a apresentação de uma banda com os componentes caracterizados de ursos, interpretando Feliz Navidad (Feliz Natal). Tempo bom! Lembra Helenice? Lembra Cristiano? Lembra Sandro?




A Copa do Mundo de futebol de 1958

Como é bom lembrar os velhos tempos! Depois da grande decepção de 1950, em pleno Maracanã, quando a seleção brasileira de futebol precisava "apenas" de um empate para ser campeã do mundo, e perdeu. Depois de 1954, na Suíça, quando a seleção não passou das quartas-de-final, o quê poderia ser esperado da seleção na Copa de 1958? Outro vexame?
Não foi o que aconteceu! Uma nova filosofia administrativa, com mudança de paradigmas, possibilitou à seleção tornar-se Campeã do Mundo. Era a primeira conquista mundial da seleção brasileira, de uma série que começava então.
Para relembrar os cinqüenta anos da conquista o canal a cabo ESPN Brasil produziu um documentário sobre o feito. Sem muitos detalhes, até porque o tempo na TV é sempre escasso.
Em um programa anterior no mesmo canal, o apresentador mencionava a chamada e acrescentava; "não deixem de ver; e se você tem video cassette ou gravador de DVD, grave; é um documento histórico!"
Na segunda-feira, dia 22/12/2008, lá estava eu em frente ao televisor, com o meu laptop conectado para a gravação.
O programa teve a duração aproximada, de uma hora e meia. Não me arrependi, pois foi possível recordar detalhes dos goals marcados, acompanhar entrevistas com participantes daquela jornada, tanto nacionais, como estrangeiros, incluindo jogadores suecos, adversários naquele memorável 5x2 a favor do Brasil.
As cenas finais da Copa foram de emocionar, com o garoto Pelé chorando de alegria, da mesma forma que outros jogadores, membros da Comissão Técnica e repórteres.
Realmente um trabalho elogiável, digno de um jornalismo histórico.
Não resisti, peguei a gravação no laptop e transformei em um DVD para meu acervo e para entregar uma cópia a cada filho, para que eles possam entender um pouco melhor como foi a caminhada da seleção até o título. Preconceitos superados, novas práticas administrativas, novos critérios de preparação dos atletas e, acima de tudo, a responsabilidade de cada um dos participantes, dirigentes e jogadores, para levar o projeto ao sucesso que todos almejavam.
Sem julgamento de valores, ficam algumas perguntas no ar: quantos jogadores da seleção jogavam no exterior? Qual era o nível de salário, comparado com o dos jogadores estrangeiros? Quantos jogaram na Suécia de olho em se tornar um grande craque internacional e ficar milionário da noite para o dia?
Gostaria de, eu mesmo, ter resposta para todas as questões, mas isso não vem ao caso, pois o feito da conquista da primeira Copa do Mundo, há 50 anos, está marcado para sempre nos corações dos brasileiros mais antigos.