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05 setembro 2017

Carros flex poluem 30% a mais quando rodam com gasolina


Quando o preço do etanol aumenta a poluição tende a subir junto.
O lançamento do primeiro carro bicombustível no Brasil aconteceu há 14 anos. De lá para cá, quem usa um possante flex passou a ter mais autonomia na hora de encher o tanque.
Hoje, os motoristas mais econômicos têm até a equação pronta na cabeça: diz-se que, quando o preço do etanol é até 70% o valor da gasolina, é bom negócio optar pelo produto da cana-de-açúcar.
Mais que isso, e o rendimento elevado da gasolina passa a pesar mais na conta – questão de custo-benefício, claro. Apesar da mudança aliviar o bolso do consumidor, é bom ter em mente que esse é um mal negócio para o planeta.
Pesquisadores brasileiros mostraram, em um novo estudo, que trocar o álcool pelo derivado de petróleo pode aumentar em 30% a concentração de partículas ultrafinas na atmosfera. Os poluentes da categoria levam esse nome por causa de seu tamanho: têm diâmetro inferior a 50 nanômetros (nm).
Os dados foram coletados entre janeiro e maio de 2011, no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), zona oeste da capital paulistana.
O período de análise compreendeu uma das crises mais severas que o mercado de combustível enfrentou desde que o álcool caiu no gosto dos brasileiros. À época, uma das causas atribuídas à flutuação dos preços foi o aumento no custo de produção do álcool anidro, composto que é adicionado à gasolina.
Em março de 2011, os preços do etanol batiam recorde em postos por todo o Brasil, sobretudo por causa da alta do açúcar – que diminuía seu uso na produção de combustível.
Com o aumento no preço do álcool, a gasolina começou a ser mais requisitada – situação que o Brasil não estava preparado para administrar. A tão sonhada autossuficiência no setor de combustíveis se tornou um sonho mais distante. Em abril do mesmo ano, a Petrobras aumentou as importações de gasolina para suprir as demandas do mercado nacional.
Essa época de flutuações e troca de cenários se encaixou exatamente na análise dos pesquisadores brasileiros. De acordo com estudo publicado no jornal Nature Communications, nos períodos de uso predominante da gasolina, os cientistas notaram aumento de 30% na quantidade de partículas ultrafinas que os carros paulistanos mandavam para a atmosfera. 
O modelo matemático desenvolvido por um dos pesquisadores do estudo ajudou o grupo a considerar também outras variáveis envolvidas no processo, como presença ou ausência de chuva, direção do vento, intensidade do tráfico, níveis de ozônio (O3), de monóxido de carbono (CO) e de outros poluentes.
Dona da maior frota urbana de carros flex do mundo, São Paulo tem 6 milhões de automóveis, praticamente um para cada duas pessoas. Quem mais sofre com essa estatística é a população da metrópole: 11 mil pessoas morrem por ano de problemas respiratórios, graças à má qualidade do ar.
“Essas nanopartículas poluentes são tão pequenas que se comportam como se fossem moléculas de gás. Quando inaladas, elas podem ignorar a defesa do sistema respiratório e atingir os alvéolos dos pulmões. Potencialmente tóxicas, elas podem entrar na corrente sanguínea e aumentar a incidência de problemas respiratórios e cardiovasculares na população, explicou Paulo Artaxo, em comunicado.
A solução mais plausível, claro, é apostar em alternativas que não se esqueçam do meio ambiente. Além dos biocombustíveis, veículos elétricos ou híbridos também podem ajudar na diminuição dos gases de efeito estufa.
“Ao incentivar os biocombustíveis, resolvemos vários problemas de uma vez”, defende Cartaxo. “Nós freamos as mudanças climáticas, os prejuízos à saúde e estimulamos os fabricantes a pensarem em carros movidos a etanol mais eficientes”, completa.

Fonte: Conteúdo publicado originalmente no site da Superinteressante, por Guilherme Eler, em 30/08/2017

10 julho 2010

A maior planta de etanol celulósico do mundo

A Inbicon está declarando 8 de julho, o Dia da Independência de Energia para o Planeta Terra, já que a primeira refinaria de biomassa Inbicon entra em operação.

Ela transforma palha de trigo em 1,4 milhão de galões por ano de etanol celulósico, tornando-a a maior produtora de etanol celulósico do mundo.
"Nós estamos não apenas produzindo o novo etanol para substituir a gasolina, mas também um biocombustível de lignina para substituir o carvão", diz o CEO da Inbicon, Niels Henriksen. "Mas nosso processo de energia renovável é tão importante quanto nossos produtos de energia renovável. A Refinaria de Biomassa Inbicon pode demonstrar dramaticamente eficiências aumentadas quando integrada com uma usina geradora movida a carvão, planta de etanol de grãos, ou qualquer operação CHP. A troca de energia simbiótica ajuda nossos clientes a
construírem negócios sustentáveis, de carbono neutro".
A refinaria de Kalundborg será integrada com a usina geradora de Asnaes, a maior da Dinamarca. Uma variedade de matérias-primas pode ser usada: palha, caules e espigas de milho, bagaço de açúcar e gramas. Resíduos de vapor da usina farão funcionar a refinaria de biomassa, aumentando o total de eficiência de energia para 71%. Para produzir energia verde, o biocombustível de lignina da refinaria é tão limpo que pode aumentar a queima de carvão nas caldeiras da usina sem purificação adicional.
No 26o. Workshop Internacional Anual de Combustível Etanol, em St. Louis, três empresas dos EUA recentemente revelaram projetos celulósicos em desenvolvimento. Cada uma incluirá uma refinaria de biomassa Inbicon ampliada - um design comercial produzindo 20MMgy do novo etanol.
Sandra Broekema, gerente de desenvolvimento de negócios da Great River Energy, uma cooperativa elétrica de Minnesota, falou sobre a Dakota Spirit AgEnergy, uma refinaria de biomassa Inbicon de escala comercial processando palha de trigo de Dakota do Norte para ser
co-alocados com sua nova usina de 64 megawatt, Spiritwood Station.
John Gell, diretor da Genesee Regional BioFuels, apresentou planos para um complexo de negócios de biomassa perto de Rochester, Nova York. A empresa dele é voltada para trazer de volta à vida uma velha área de Brown, enquanto revitaliza agricultura de Nova York - processando a transição de caules de milho para gramas domésticas. A lignina substituirá o carvão usado nas usinas existentes.
Peter Bendorf, engenheiro de apresentações do grupo Integro Services, engenheiro desenvolvedor de Energia SWI, planeja uma nova planta de etanol de milho de 59MMgy em Alton, Illinois, integrada com uma refinaria de biomassa Inbicon de 20MMgy. Utilizando as sinergias de cada, produzirá etanol livre de fóssil.
A Inbicon também está trabalhando com a Mitsui Engineering & Shipbuilding em refinarias na Ásia. Para mais informações, visite www.Inbicon.com .

Fonte Inibicon; PRNewswire.

05 julho 2010

Você sabe como o etanol é produzido?

Por iniciativa da Indiana Soybean Alliance e do Indiana Corn Marketing Council foi criado um vídeo ilustrativo sobre a produção do etanol, o combustível alternativo para veículos automotivos, que aqui no Brasil é produzido a partir da cana de açúcar e lá pelos EUA, basicamente com o milho como matéria prima. Outras possibilidades para produção do etanol existem. Veja o vídeo. Vale a pena.