“Um membro
de um determinado grupo ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum
aviso, deixou de participar de suas atividades e, após algumas semanas, o líder
daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria.O líder encontrou o
homem em casa sozinho, sentado diante da lareira onde ardia um fogo brilhante e
acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas ao líder,
conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O
líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada.No
silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno
da lenha que ardia. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que
se formaram. Cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de
todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo
silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado. Aos poucos,
a chama da brasa solitária diminuía até que houve um brilho momentâneo e seu
fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz
agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma
espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o
protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se
preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de
volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado
pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando o
líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: - Obrigado por sua
visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo”.Fonte: Página Feminina - Rotary RJ Ilha do Governador - 06/03/2012
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