sexta-feira, 29 de maio de 2009

Em busca de pacientes fiéis

Veja Online publicou há tempos a matéria abaixo reproduzida. vale a pena uma leitura.
Manter os portadores de doenças crônicas fiéis ao tratamento é um desafio da medicina. O controle de males como osteoporose, diabetes, hipertensão, colesterol alto, depressão, entre outros, exige grande dedicação dos pacientes. Requer hábitos de vida regrados e, na maioria dos casos, doses repetidas de mais de um medicamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adesão média às terapias de longo prazo é de apenas 30%. Para reverter esse quadro, a indústria farmacêutica investe na criação de alternativas que facilitem a vida dos pacientes e reduzam os custos de um tratamento.
Uma primeira estratégia consiste em desenvolver substâncias cujo efeito seja de duração cada vez maior. O Prozac Durapac, que passou a ser vendido em 2001 pelo laboratório Eli Lilly, foi pioneiro nesse campo. Sua dose é semanal. Indicado para quem tem os sintomas de depressão estabilizados mas precisa prosseguir no tratamento por tempo indeterminado, ele aumentou em 10% a participação dos doentes no controle de seu mal. O Bonviva, que trata a osteoporose com apenas uma dose mensal, também pertence a esse grupo. E existe ainda o Lantus, que ajuda a manter os níveis de insulina do organismo estáveis por até 24 horas. Graças a ele, caiu 30%, em média, o número de injeções que os diabéticos insulino-dependentes tomam todos os dias.
A outra frente de pesquisa da indústria é juntar num único medicamento dois princípios ativos distintos. Uma novidade importante é o Caduet, que começa a ser comercializado ainda neste mês no Brasil. O remédio do laboratório Pfizer é o primeiro a tratar, ao mesmo tempo, o colesterol alto e a hipertensão – dois dos principais fatores de risco para os distúrbios cardiovasculares. O Caduet junta num único comprimido os princípios ativos do anti-hipertensivo Norvasc e do redutor de colesterol Lípitor. Quase 65 milhões de pessoas que têm as duas doenças diagnosticadas no mundo devem se beneficiar do novo medicamento. Estima-se que possam economizar até 30% na conta mensal da farmácia.

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