domingo, 9 de agosto de 2020

DIA 8 DE AGOSTO - CRIAÇÃO DA CRUZ VERMALHA INTERNATIONAL

Imagem: Comitê Internacional
da Cruz Vermelha
Hoje é dia de assinalar mais um aniversário da Cruz Vermelha, que nasceu por iniciativa de Henry Dunant, para ajudar soldados feridos durante a Batalha de Solferino, em 1859. 
Ao longo de séculos, foi alargando sua intervenção, sempre de cariz humanitário. 
A Batalha de Solferino foi génese da Cruz Vermelha, que nasceu da persistência de Dunant, capaz de convencer líderes políticos a realizar mais ações de proteção de vítimas de guerras. 
O objetivo seria prestar apoio médicos a soldados feridos, mas ao longo dos tempos a missão foi sendo alargada a grupos mais vulneráveis. 
O Comité Internacional da Cruz Vermelha é fundado em 1863, em Genebra, na Suíça, para proteger a vida e a dignidade de vítimas de conflitos internacionais e internos. 
Viria a conquistar três Prémios Nobel da Paz, em 1917, 1944 e 1963, pela dimensão da sua ajuda humanitária.
Hoje, conta com quase 100 milhões de voluntários, que agigantam uma obra ímpar. 
Em Portugal, a Cruz Vermelha foi fundada por José António Marques, a 11 de Fevereiro de 1865. Cruz Vermelha Portuguesa nasceu com a designação de ‘Comissão Provisória para Socorros e Feridos e Doentes em Tempo de Guerra’. 
Quer de modo autónomo, quer no âmbito da Cruz Vermelha Internacional, a Cruz Vermelha Portuguesa tem atuado em cenários de conflitos armados ou catástrofes naturais, em território nacional e também no estrangeiro. 
A instituição presta assistência vulneráveis, como idosos, dependentes, crianças, vítimas de violência doméstica, pobres, imigrantes, toxicodependentes, reclusos, pessoas com deficiência, entre outras. 
Nasceram neste dia Ernest Orlando Lawrence, físico norte-americano, Nobel da Física (1901), Benny Carter, músico norte-americano (1907), Ronald Biggs, protagonista de um dos maiores assaltos da história (1929), Sir Howard Hodgkin, pintor britânico (1932), Dustin Hoffman, ator norte-americano (1937), Nigel Mansell, piloto britânico, campeão mundial de Fórmula 1 (1953), David Evans, músico irlandês, guitarrista dos U2 (1961), e Roger Federer, tenista suíço (1981). 
Morreram a 8 de agosto Alonso Sánchez Coello, pintor espanhol (1588), Guido Reni, pintor italiano (1642), Christian Weigel, químico e naturalista alemão (1831), Eugène Boudin, pintor francês (1898), James Tissot, pintor francês (1902), José Lezama Lima, romancista e poeta cubano (1976), Francesco Molinari-Pradelli, maestro italiano (1996), Fay Wray, atriz norte-americana (2004), Julius Wess, físico austríaco (2007), e Raul Solnado, ator e humorista português (2009). 
Fonte: pt jornal .

EU ERA APENAS UM GAROTO DA VIZINHANÇA

Imagem: Campo Grande News
"Eu era apenas um garoto da vizinhança. Não havia água corrente em nossa casa. Ou eletricidade. Então, à noite, quando eu voltava da escola, eu sentava perto da estrada. Do outro lado da rua havia um hotel onde os estrangeiros se hospedaram. Eu os veria jogar Frisbee. Eu os veria comprar lembranças africanas dos vendedores ambulantes. Ocasionalmente, um deles vinha falar comigo. Eu era uma criança curiosa. Eu gostava de fazer perguntas. Então eu acho que eles me acharam divertido. Uma noite, uma garota americana veio até mim e começou a me fazer perguntas. Apenas conversa fiada: 'Qual é o seu nome?', e coisas assim. Mas então ela pediu meu aniversário, e eu disse a ela: '19 de novembro.' "De jeito nenhum." "Esse é o meu aniversário também!" E depois disso nos tornamos amigos. O nome dela era Talia. Ela vinha me visitar todas as noites e me trazia biscoitos de chocolate. Ela me deixava jogar o Game Boy dela. Ela perguntava sobre minha família. Ela perguntava sobre a escola. Eu era a melhor aluna da minha turma da terceira série, então eu mostrava meus boletins, e ela ficava tão animada. Ela foi a primeira pessoa a me levar à praia. Eu nunca tinha visto o oceano antes. Nos divertimos tanto juntos. Mas uma noite ela me disse que ia voltar para a América. E eu comecei a chorar. Ela nos comprou colares correspondentes de um vendedor ambulante, tirou uma foto final, e prometeu que me escreveria cartas. Era uma promessa que ela cumpria. A primeira carta chegou algumas semanas depois que ela saiu. E havia muitas cartas depois disso. Ela contou aos pais sobre mim. Eles me convidaram para a América para ficar com eles por um mês. Eles me levaram a jogos de beisebol, parques de diversões, e viagens de compras. Foi a melhor época da minha vida. Quando voltei para Gana, pagaram todas as minhas taxas escolares. Eles compraram meus livros e roupas. Eles pagaram para que eu me formasse em engenharia. Agora tenho minha própria companhia. A família Cassis mudou minha vida. Eu era apenas um garoto aleatório que eles não conheciam, e eles me deram uma chance para que meus sonhos se realizassem. Voltei para visitá-los no ano passado. Mas desta vez eu não precisava que eles pagassem do meu jeito. Eu estava fazendo um discurso no MIT, porque eu tinha sido selecionado como um de seus principais inovadores com menos de 35 anos."

Fonte: #quarantinestories .

sexta-feira, 31 de julho de 2020

CIENTISTAS DESCOBREM ORIGEM DAS PEDRAS DE STONEHENGE

Cientistas conseguiram resolver um enigma de décadas: a origem das pedras de Stonehenge, no Reino Unido. A descoberta só foi possível após a devolução da pedra que forma o núcleo do monumento, que foi retirada para análises em 1958 e era dada como desaparecida. Robert Phillips, de 89 anos, que trabalhou nas escavações, estava com o artefato, devolvendo-o mais de 60 anos depois.
A análise da rocha de 1 metro de comprimento foi comparada com estudos geoquímicos de megalíticos verticais que pertencem a Stonehenge. Com isso, foi possível determinar que elas foram retiradas de uma região a 25 km ao norte do monumento, próximo à cidade de Marlborough. Os cientistas falam que Stonehenge possui dois tipos de rochas: as bluestones e as sarsens. Bluestone não é necessariamente um termo geológico, sendo usado na região para falar de outras 20 rochas diferentes, inclusive de algumas que são misturas entre elas.
A aglutinação mais comum é de dolerite e preseli. Elas formam as menores pedras de Stonehenge, e a origem delas já havia sido determinada nas Colinas Preseli.
Retirada de pedras de Stonehenge em 1958
Imagem: Historic England
Já as sarsens são blocos de arenitos, que ganharam esse nome do dialeto de Wiltshire, sendo uma abreviação de “pedra sarracena”. Em Stonehenge, elas chegam a medir até 7 metros de altura, com cerca de 20 toneladas. As 15 pedras centrais e as colunas verticais do círculo externo são feitas de sarsens, que não se sabia a origem até agora.
Testes com fluorescência de raios X da peça devolvida, comparados com a de megalíticos do monumento, puderam mostrar que a composição química equivalia à de rochas encontradas ao sul de Marlborough.
Resultados prévios eram inconclusivos, pois tinham semelhanças tanto com as rochas próximas de Marlborough quanto de Wiltshire. “Ser capaz de identificar a área que os construtores de Stonehenge usavam para obter seus materiais por volta de 2500 a.C. é emocionante”, analisou Susan Greaney, da ONG English Heritage. “Eles queriam as maiores pedras que pudessem encontrar e fazia sentido tirá-las do local mais próximo possível”, ela concluiu.
Fonte: Techmundo .

quinta-feira, 30 de julho de 2020

A COISA MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ PODE FAZER PARA MUDAR A SUA VIDA

Imagem: Diante de Todos
Descubra qual hábito fez o sucesso de Mark ser maior e ocorrer de forma mais fácil
Acordar cedo é uma virtude tão comum entre as pessoas bem-sucedidas que me sinto tentado a considerá-la a coisa mais importante que você precisa fazer para mudar a sua vida.
Eu não era uma pessoa matinal. Aos 20 anos, eu só via o nascer do sol se tivesse virado a noite. Aos 30, eu tinha dificuldade de chegar ao escritório às 9h da manhã.
O problema não era trabalhar. Na maioria dos dias, eu trabalhava de 12 a 14 horas. 
Mas, como estava acostumado a ficar acordado até tarde na faculdade e na pós, eu não via motivos para mudar meus hábitos de sono.
“Trabalho melhor depois da meia-noite” – eu costumava dizer. E realmente acreditava nisso.
Minha mudança começou aos 40... depois que eu já tinha segurança financeira. Então não posso dizer que é impossível ser bem-sucedido sem acordar cedo. Eu fiz isso. 
Muitas pessoas fizeram.
Mas posso dizer que, depois que passei a acordar cedo, o sucesso foi muito maior... e veio muito mais fácil.
Na época dessa grande mudança, eu trabalhava 65h por semana em média. Eu chegava ao escritório às 9h e saía às 20h de segunda a sexta. Também trabalhava pelo menos meio período aos sábados e aos domingos. (Eu mal via minha família.)
Meu sócio chegava às 7h30 ou às 8h. (Não posso afirmar com certeza, já que nunca estava lá nesse horário!) e saía às 18h30 ou às 19h.
Ele trabalhava mais ou menos o mesmo número de horas que eu durante a semana, mas não trabalhava aos fins de semana.
Eu tinha inveja disso. Eu vivia prometendo a mim mesmo que faria o mesmo e não trabalharia aos fins de semana.
Mas, na sexta-feira à noite, eu sentia que ainda havia muito trabalho a ser feito. 
Sempre havia muitas coisas a resolver. Assim, todos os fins de semana eu trabalha para resolver essas coisas extras.
Minha família não gostava da situação. Eu também não gostava. Mas o que era realmente frustrante era que ninguém no trabalho parecia notar todo o tempo extra que eu trabalhava.
Depois de um dia em que fiquei até muito tarde no escritório, eu parei para abastecer às 2h da madrugada.
Quando entreguei meu cartão de crédito para a caixa, ela disse: “Nossa, que cara de acabado!”
“Eu trabalho quase 12 horas por dia” – eu disse – “e meio período aos fins de 
semana”.
Ela me olhou nem um pouco impressionada: “Você fala como se fosse uma qualidade".
“Se trabalhar até tarde não é uma qualidade” – respondi irritado – “o que é?”
“Ser o primeiro a chegar” – ela disse.
Foi estranho ser ensinado sobre qualidades nessa situação, às 2h da madrugada. Mas eu sabia que ela estava certa.
Eu fazia todas aquelas horas extras e meu sócio – que tinha os fins de semana livres – havia dominado o mercado no que tange à ética de trabalho puritana.
Ele parecia mais virtuoso não só para os funcionários, mas também, de repente, percebi, para mim!
Há algo em acordar mais cedo que traz um ar de sabedoria, nobreza e inteligência. 
Parece mais diligente do que trabalhar até tarde.
Chegar cedo ao trabalho mostra que você é energético, organizado e está em controle.
Ficar até tarde causa a impressão oposta: você é diligente, mas desorganizado; honesto, mas errático; trabalhador, mas exagerado.
No livro " Como se tornar um executivo”, Jeffrey J. Fox diz:
Se você quiser ser o número 1 da empresa, treine sendo o primeiro a chegar. As pessoas que chegam tarde ao trabalho não gostam de seus empregos – pelo menos é no que a gerência acredita... E não fique no escritório até às 22h todos os dias, pois dessa forma você está dizendo que não consegue dar conta do serviço ou que sua vida pessoal é pobre.
A caixa do posto de gasolina estava certa. Chegar primeiro no trabalho é melhor do que trabalhar até tarde. Daquele dia em diante, resolvi mudar meus hábitos.
E foi o que fiz.
No começo foi difícil... e meu sucesso foi esporádico. Depois elaborei um plano.
Programava o alarme para despertar um minuto mais cedo a cada dia. Um único minuto não era nada, eu imaginei. Mas, em dois meses, eu estaria levantando uma hora mais cedo.
Utilizei o programa de um minuto por dia para começar a trabalhar às 8h30... depois às 8h... e depois às 7h30.
Hoje em dia, costumo acordar às 5h30 e chego à minha escrivaninha (ou à academia) às 6h30.
“Cedo na cama, cedo no batente. Faz o homem saudável, próspero e inteligente.” Ben Franklin aconselhou quase 300 anos atrás.
Trilhar esse caminho fez uma grande diferença em minha vida. E eu não sou o único.
Há vários estudos mostrando que empreendedores de sucesso – e a maioria dos CEOs – começam a trabalhar pelo menos uma hora mais cedo do que seus funcionários.
As pessoas mais ricas que conheço acordam cedo.
Na verdade, essa é uma característica tão universal entre pessoas bem-sucedidas que eu vou chamá-la de a coisa mais importante que você pode fazer para mudar sua vida.

sábado, 18 de julho de 2020

RECLAMAR FAZ MAL AO CÉREBRO: ESPECIALISTA DÁ DICAS PARA VOCÊ FUGIR DESTE HÁBITO

Imagem: Ranking Português 
Ouvir um resmungão pode te trazer mais do que vontade de sair correndo para bem longe do papo mal-humorado. A Ciência explica que uma enxurrada dereclamações, além de encher seu ouvido, atinge negativamente seu cérebro e o funcionamento do seu corpo.
Pior: se você é a pessoa que tem o hábito de criticar tudo e todos, o efeitotambém se aplica à sua saúde mental.
Mas, parece que o hábito de reclamar acaba fazendo parte da nossa vida vezou outra, não é mesmo? Para evitar (ou reduzir) os danos, entrevistamos acoach de alta performance e produtividade Patricia Marinho, que ensina comodevemos lidar com os chatões e jeitos práticos de levantar o astral aquele conhecido que só vê a vida em tons de cinza. Entre as dicas, ela ensina a  “regra da água” para manter o otimismo em dia. Que tal testar?
Por que reclamar atinge seu cérebro negativamente
O articulista e cientista da computação Steven Parton publicou um texto no site Curious Apes sobre como o fato de resmungar pode acabar com seu bem￾estar e daqueles que o cercam, atingindo diretamente o cérebro dos indivíduos.
Ele explica que a cada pensamento que temos, nosso cérebro é remodelado,alterando a construção física da realidade. Isto porque a ponte que se forma entre as células nervosas (os neurônios) acaba se estreitando ainda mais para a produção daquele pensamento.
“Ao longo de seu cérebro há uma coleção de sinapses separadas por um espaço vazio chamado de fenda sináptica. Sempre que você tem um pensamento, uma sinapse dispara um produto químico através da fenda para outra sinapse, construindo assim uma ponte sobre a qual um sinal elétrico podeatravessar, levando consigo a informação relevante que você está pensando”, detalha.
Sinapses
“Toda vez que essa carga elétrica é acionada, as sinapses diminuem a distância que a carga elétrica tem que atravessar. Portanto, o cérebro é religado em seu próprio circuito, e se altera fisicamente para tornar mais fácil a realização das sinapses adequadas – e isto faz com que o pensamento, em essência, seja mais facilmente disparado”.
Aliado a essa capacidade cerebral, está o fato de que as sinapses que você tem mais fortalecidas definem sua personalidade. No fim das contas: aquele pensamento que se repete mais dentro da sua cabeça reforça as pontes dentro da rede dos seus neurônios.
“Através da repetição do pensamento, você aproxima cada vez mais o par desinapses que representa suas inclinações, e quando surgir o momento oportuno para que você possa formar um pensamento, o pensamento que ganha é aquele que tem menos distância para viajar”.
Isto quer dizer que, quanto mais você reclamar, mais reforçará o jeito “reclamão” de seu cérebro.
Aceitação x desgosto
Steven aponta outro fator que faz com que os resmungos, por vezes, destruam nosso cérebro: a dualidade entre a aceitação e o desgosto, o amor e o medo, o otimismo e o pessimismo. Em uma experiência pessoal, o autor resolveu seguir, frente a situações boas e ruins, o preceito de “agradecer pela experiência e pela lição”.
“A natureza aprecia caos, e nosso cérebro não é diferente. E por isso é  importante salientar que esta, obviamente, não é uma prática à prova de idiotas  que irá erradicar completamente a negatividade de sua consciência; por vezes,  a emoção pega muito pesado e o par de sinapses que chama a carga química  será o negativo”, relata.
“Mas, como qualquer músculo, se você exercer essas sinapses ‘amorosas’,  você vai encontrar uma nova força inata que fará o mundo brilhar com muito  mais frequência. Você também vai se perceber muito mais feliz por causa de  seu bem-estar”
Ouvir reclamação dos outros
Quando você ouve muito blá-blá-blá negativo, seu cérebro se relaciona com a outra pessoa em virtude dos “neurônios-espelho”.
Nesta experiência, a empatia com o outro faz com que tentemos sentir a emoção que ele está sentindo – e aí, você literalmente, “troca energias negativas” com seu interlocutor.
O que fazer para evitar negatividade
A coach de alta performance e produtividade Patricia Marinho nos deu 8 dicas comportamentais para escapar de gente “pra baixo”. Se você é uma pessoa assim, a especialista também orienta a melhor maneira de mudar sua forma de ver as experiências na vida:
1 - “Somos o resultado das cinco pessoas que mais nos relacionamos”
“Se você está do lado de pessoas que só reclamam, em breve pode se tornar assim também”, comenta Patricia.
2 - A palavra tem muito poder
“Se você está no meio de uma crise e diz que vai ser assim até o final do ano, será”, comenta a especialista. “Leve otimismo para a conversa: ‘existe um crise, sim. Mas o que vamos fazer para mudar?”.
3 - Esteja ao lado de pessoas que são altruístas e otimistas
“Uma âncora é apenas 10% do peso do navio e, mesmo assim, o prende. Não deixe que ninguém seja uma âncora”.
4 - Reclamar é um hábito e, por isso, pode ser mudado
“Nosso cérebro demora 21 dias para entender que criamos um hábito. Depois,
vira rotina”. Por isso, evite manter atitudes negativas, como respostas ríspidas
e mau-humor.
5 - Tente mudar o assunto sempre que quem reclama entrar em ação
“Você dá um bom-dia, e a pessoa responde ‘bom dia por quê?’; peça para ela respirar fundo e diga que o fato de ela estar viva já é motivo para um bom dia”.
6 - Se alguém reclamar do seu lado, não faça coro à crítica
“Ela fala mal de alguém e você fala bem. Um dia essa pessoa mudará o comportamento”, pondera a coach.
7 - Mude de assunto sempre que se sentir arrastado pelas energias
negativas do interlocutor
Se a pessoa reclama de alguma coisa, pergunte algo como “você já viu como o céu está aberto hoje?”, para forçá-la a mudar de assunto.
8 - Não tente chamar atenção da pessoa
Frases do tipo “você só reclama” ou “você fala tão mal” não funcionam, segundo a coach. “Quando alguém fizer uma crítica, fale uma coisa positiva”.
Dica de ouro: a regra da água
A coach sugere um hábito às pessoas que têm o costume de reclamar sempre.
“Ande com uma garrafinha de água e toda vez que pensar em falar mal de alguma coisa, beba a água e segure o líquido na boca”, explica. “É uma dica  que traz benefício à saúde do corpo e da mente”.
Fonte: Bem Mais Mulher

terça-feira, 14 de julho de 2020

ENCONTRANDO SIGNIFICADO E FELICIDADE NA VELHICE

Imagem: Folha Vitória
Qual é a melhor maneira de desenvolver uma perspectiva saudável na velhice? Passe mais tempo com pessoas idosas e descubra o que traz significado e prazer aos seus anos de crepúsculo, apesar das perdas, físicas e sociais, que podem ter sofrido. 
Foi o que dois autores de livros inspiradores e inspiradores sobre o envelhecimento descobriram e, felizmente, tomaram a dificuldade de compartilhar com aqueles de nós provavelmente se juntarão às fileiras do "velho mais velho" em um futuro não muito distante. Na verdade, a sabedoria ali poderia ser igualmente valiosa para adultos jovens e de meia idade que possam ter medo de envelhecer. Em detrimento deles, alguns podem até mesmo evitar interagir com pessoas idosas, a fim de que sua "doença" não afete a elas.
Muitos em nossa cultura focada na juventude atualmente consideram os idosos com medo ou desdém e consideram consumidores dispendiosos de recursos com pouco a oferecer em troca. Dado o ritmo explosivo da tecnologia que muitas vezes confunde os idosos, eles pouco ou nenhum respeito pelo repositório de sabedoria que já foi apreciado pelos jovens (e ainda está em algumas sociedades tradicionais). 
O primeiro livro que eu li foi "O fim da velhice" pelo Dr. Marc E. Agronin, um psiquiatra geriátrico do Miami Jewish Home cujas décadas de cuidar dos idosos ensinaram-lhe que é possível manter o propósito e o significado na vida mesmo em face de doenças e deficiências significativas, deficiência no funcionamento mental e físico e participação limitada em atividades. 
  O segundo livro, "Felicidade é uma escolha que você faz", foi escrito por John Leland, repórter do The New York Times, que passou um ano entrevistando e aprendendo de seis dos mais antigos residentes da cidade - pessoas de 85 e acima - de diversas culturas, origens e experiências de vida. Como o Sr. Leland me disse: "Essas pessoas mudaram totalmente minha vida. Eles abandonaram as distrações que nos fazem fazer coisas estúpidas e, em vez disso, se concentrar no que é importante para elas. Para uma pessoa, eles não se preocupam com coisas que podem acontecer. Eles se preocupam quando isso acontece, e mesmo assim eles não se preocupam. Eles apenas lidam com isso. Em qualquer idade que possamos, podemos escolher adaptar-se ao que quer que aconteça. Temos influência sobre se deixamos que as coisas nos eliminem ". 
Depois de ler os livros, tenho uma nova maneira de me olhar: como um adulto envelhecido "bom o suficiente" que continua a perseguir e desfrutar de uma variedade de atividades compatíveis com as limitações impostas por mudanças inevitáveis ​​no corpo e na mente que se acumulam com o avanço anos. 
Não importa que palavras ou ortografia possam me escapar temporariamente. Eu sempre posso pedir ao Google ou à Siri para preencher os espaços em branco. Eu amo a história do livro do Dr. Agronin sobre o renomado pianista Arthur Rubinstein “que lidou com declínios induzidos por idade em suas habilidades, selecionando um repertório mais limitado, otimizando seu desempenho através de prática extra e compensando alterando seu tempo durante certas seções. destacar a dinâmica de uma peça. ” 
O Dr. Agronin escreve com reverência pelo Dr. Gene D. Cohen, um dos fundadores da psiquiatria geriátrica que "viu não apenas o que é o envelhecimento , mas o que poderia ser o envelhecimento ; não o que realizamos apesar do envelhecimento , mas por causa do envelhecimento ".No modelo de envelhecimento criativo do Dr. Cohen, as pessoas têm o potencial de ver a possibilidade em vez de problemas; O envelhecimento em si pode ser um catalisador de experiências novas e ricas, oferecendo uma forma de renovar paixões e se reinventar. 
Há atividades que amei uma vez que não posso mais fazer, ou necessariamente querer, como tênis, esqui e patinação no gelo. Mas eu ainda posso andar, pedalar, nadar e brincar com meu cachorro, atividades que resultaram em muitos prazeres inesperados e novos amigos. Eu posso acompanhar meus netos a museus e deliciar-me com o conhecimento dos impressionistas que eles estudaram em uma aula de arte no ensino médio. Quando eu lhes dei ingressos para se juntar a mim na ópera, um deles disse com um sorriso: "Eu acho que vou conseguir alguma cultura". 
Eu já sei que, se e quando minhas habilidades físicas se tornarem ainda mais limitadas, eu ainda posso desfrutar de conversas significativas com esses garotos, que estão rapidamente se tornando jovens homens. Eles podem saber como redefinir meu celular ou encontrar canais ocultos na minha televisão, mas posso ajudá-los a colocar suas experiências de vida em perspectiva e apoiar a decisão de deixar sua zona de conforto e assumir riscos que oferecem potencial de crescimento. 
Como um dos informadores mais jovens do Dr. Agronin disse, mesmo quando o declínio físico e as perdas restringem as opções, continua a ser a capacidade de apreciar e aproximar cada dia com um senso de propósito. "É tudo sobre como você enquadra o que você tem", disse ela. 
Ele cita o conceito de "envelhecimento positivo" desenvolvido por Robert D. Hill, um psicólogo em Salt Lake City, que é "afetado por doenças e deficiências, mas não depende de evitá-lo". Em vez disso, é "um estado de espírito que é positivo, otimista, corajoso e capaz de se adaptar e lidar de forma flexível com as mudanças da vida ". 
Ou, como descobriu o Dr. Cohen, a criatividade não se limita aos jovens. Em qualquer idade, pode abrir pessoas até novas possibilidades e adicionar riqueza à vida. Segundo o Dr. Cohen, a criatividade pode beneficiar o envelhecimento, fortalecendo a moral, melhorando a saúde física, enriquecendo relacionamentos e estabelecendo um legado. 
O Dr. Agronin cita dois exemplos notáveis: Henri Matisse - "o homem que ressuscitou da morte" após a cirurgia de câncer em 1941 - que criou recortes quando ele não conseguiu mais pintar, e Martha Graham, que se reinventou como coreógrafa quando não podia dança mais longa. 
Quando nos tornamos incapazes de perseguir os papéis e as paixões dos nossos anos mais jovens, diz o Dr. Agronin, podemos aproveitar o nosso passado por força e inspiração. Podemos tentar algo novo que seja uma extensão do que fizemos antes ou que nos leve a uma nova direção. 
E, como o Sr. Leland descobriu, não há espaço para o arrependimento no envelhecimento feliz. Embora eu nunca ganhei um Prêmio Pulitzer, em muitos aspectos, os "prêmios" que recebi de milhares de leitores agradecidos que foram ajudados por meus escritos no último meio século são muito mais significativos. Esses leitores me inspiram a continuar fazendo o que eu faço melhor - proporcionando às pessoas informações e inspiração de saúde e salvamento com base nas melhores evidências científicas atualmente disponíveis. 
Citando o trabalho de Laura L. Carstensen, diretora fundadora do Stanford Center on Longevity, o Sr. Leland escreve que "as pessoas mais velhas, sabendo que enfrentam um tempo limitado à sua frente, concentram suas energias em coisas que lhes dão prazer no momento , "Não em um futuro que nunca pode ser. 
Fonte: Jane E. Brody

segunda-feira, 13 de julho de 2020

MUDAR É O FUTURO

Ser capaz de mudar pode ser uma fonte de segurança em vez de uma preocupação; mudanças são movimentos importantes e úteis para se manter em desenvolvimento 
Há uma imensa pressão sobre todos nós para que tenhamos “respostas”, para que saibamos exatamente o que estamos fazendo e para onde estamos conduzindo as nossas vidas, para que tudo esteja sob controle e que, uma vez escolhida uma direção, nos mantenhamos firmes nela, custe o que custar. Há uma imensa pressão para que nos pressionemos!
Fico pensando o que aconteceria se questionássemos essas premissas, que endurecem a nossa relação com a vida e limitam nossas opções e nossas experiências porque condicionam nossa perspectiva e nossas vontades. Além do que toda essa rigidez pode não servir bem às nossas necessidades.
Em tempos de pandemia, em que tudo já mudou tanto, mas, às vezes, nem parece, esse tipo de exigência em relação às nossas escolhas pode gerar ansiedade e uma sensação gigante de estarmos sem rumo porque precisamos revisar (ou reinventar) o que pensávamos sobre o caminho para o futuro.
Você, eu e todo mundo, nós temos, sim, permissão para mudar de ideia e de trajetória quantas vezes forem necessárias para que possamos nos sentir bem na nossa história, preenchidos de motivos suficientes para seguir em frente de uma forma digna. Explorar as nossas possibilidades de mudança não é errado, não é pecado, não é sinal de fraqueza ou de falta de responsabilidade. Ao contrário: ter a capacidade de ajustar o que você pensa e o que você faz a partir do que a realidade está pedindo é um sinal de uma bem-vinda (e cada vez mais necessária) flexibilidade!
Tenha coragem. Mude
Ter coragem para mudar de opinião a respeito de alguma decisão (ou de alguma atitude sua) é uma demonstração prática de consciência. Manter-se aferrado a alguma coisa que não está mais funcionando, seja um pensamento, seja uma ideia, seja um emprego, seja um modo de fazer as coisas num trabalho ou numa relação, não faz de você uma pessoa mais comprometida, leal ou dedicada. Apenas faz você se manter embatucada, parada, travada.
Mudar de ideia, rever sua abordagem e seus hábitos, avaliar seu repertório e seus recursos, ampliar sua perspectiva, encontrar formas diferentes de lidar com questões novas e antigas, são movimentos importantes e úteis para se manter em desenvolvimento, cuidando da parte que cabe a você diante das circunstâncias. E as circunstâncias agora são assustadoras e inéditas, eu sei.
Se não podemos controlar os rumos da realidade, lembre-se que ainda podemos fazer (muitas) escolhas, apesar de toda a incerteza que acompanha a pandemia. É altamente recomendável que sejamos capazes de cultivar a curiosidade cotidianamente, por exemplo, ainda que estejamos restritos aos movimentos dentro de casa. Será que você já (re)descobriu algum talento durante a quarentena? Eu aprendi a fazer pão!
Uma fonte de segurança 
Podemos cultivar também a clareza possível ao observar nossas preferências e nossos limites nas situações que estão se apresentando no ambiente doméstico e no desenrolar de todos os nossos papéis ao-mesmo-tempo-agora. Mudar de perspectiva, de ideia, de comportamento ou de rota não é ruim, embora não costume ser fácil. Mas não deveria ser um tabu! O que está pedindo uma chance ou a sua revisão agora, um olhar generoso para as coisas que você sabe fazer, mas parecem bobas para virar opção? Ser capaz de mudar pode ser uma fonte de segurança em vez de uma preocupação, já pensou se a gente pensasse assim?

Fonte: Vida Simples - Autora: Juliana de Mari -  Jornalista, coach para mulheres na  PROSA Coaching .

sexta-feira, 10 de julho de 2020

CIENTISTAS DESCOBREM CENTENAS DE ESTRELAS "ESTRANGEIRAS" NA VIA LÁCTEA

Simulação de formação de galáxias individuais,
quando o universo tinha apenas alguns milhões de anos.
Crédito: Hopkins Research Group, Caltech
Apoiados em instrumental de ponta, dados do observatório espacial Gaia e aprendizado de máquina, astrônomos encontram 250 estrelas que nossa galáxia incorporou. 
Astrônomos podem passar sua carreira inteira sem encontrar um novo objeto no céu. Mas para Lina Necib, bolsista de pós-doutorado em física teórica do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), a descoberta de um aglomerado de estrelas na Via Láctea, mas não nascido da Via Láctea, chegou cedo – com uma pequena ajuda de supercomputadores, do observatório espacial Gaia e de novos métodos de aprendizado profundo. 
Em artigo publicado na revista “Nature Astronomy”, Necib e seus colaboradores descrevem Nyx, um vasto novo fluxo estelar nas proximidades do Sol, que pode fornecer a primeira indicação de que uma galáxia anã se fundiu com o disco da Via Láctea. Pensa-se que essas correntes estelares sejam aglomerados globulares ou galáxias anãs que foram esticadas ao longo de sua órbita por forças das marés antes de serem completamente interrompidas. 
A descoberta de Nyx tomou um caminho tortuoso, mas que reflete a maneira multifacetada do estudo da astronomia e da astrofísica hoje. 
Simulações detalhadas 
Necib estuda a cinemática – ou movimentos – de estrelas e matéria escura na Via Láctea. “Se existem aglomerados estelares que estão se movendo juntos de uma maneira específica, isso geralmente nos diz que há uma razão pela qual eles estão se movendo juntos.” 
Desde 2014, pesquisadores do Caltech, da Northwestern University, da Universidade da Califórnia em San Diego e Berkeley (EUA), entre outras instituições, desenvolvem simulações altamente detalhadas de galáxias realistas como parte de um projeto chamado Fire (Feedback In Realistic Environments). Essas simulações incluem tudo o que os cientistas sabem sobre como as galáxias se formam e evoluem. A partir do equivalente virtual do início dos tempos, as simulações produzem galáxias que se parecem e agem como as nossas. 
Simultaneamente ao projeto Fire, o observatório espacial Gaia foi lançado em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA). Seu objetivo é criar um mapa tridimensional extraordinariamente preciso de cerca de 1 bilhão de estrelas em toda a Via Láctea e além. 
Análises maciças 
“É o maior estudo cinemático até hoje. O observatório fornece os movimentos de 1 bilhão de estrelas”, explicou ela. “Um subconjunto dele, 7 milhões de estrelas, possui velocidades 3D, o que significa que podemos saber exatamente onde uma estrela está e seu movimento. Passamos de conjuntos de dados muito pequenos para fazer análises maciças que não podíamos fazer antes para entender a estrutura da Via Láctea.” 
A descoberta de Nyx envolveu a combinação desses dois grandes projetos astrofísicos e a análise deles usando métodos de aprendizado profundo. 
 Entre as questões abordadas pelas simulações e pela pesquisa do céu está: como a Via Láctea se tornou o que é hoje? 
“As galáxias se formam engolindo outras galáxias”, disse Necib. “Assumimos que a Via Láctea tinha um histórico de fusões calmo e, durante algum tempo, foi preocupante o quão calmo era porque nossas simulações mostram muitas fusões. Agora, com acesso a muitas estruturas menores, entendemos que não era calmo quanto parecia. É muito poderoso ter todos esses instrumentos, dados e simulações. Todos eles precisam ser usados ao mesmo tempo para desvendar esse problema. Estamos nos estágios iniciais de poder realmente entender a formação da Via Láctea.” 
Aplicando o aprendizado profundo a Gaia 
Um mapa de 1 bilhão de estrelas é uma bênção mista: muita informação, mas quase impossível de analisar pela percepção humana. 
“Antes, os astrônomos tinham de procurar e marcar muito e talvez usar alguns algoritmos de agrupamento. Mas isso não é mais possível”, disse Necib. “Não podemos olhar para 7 milhões de estrelas e descobrir o que elas estão fazendo. O que fizemos nessa série de projetos foi usar os catálogos de simulação de Gaia.” 
O catálogo simulado de Gaia, desenvolvido por Robyn Sanderson (Universidade da Pensilvânia), perguntou essencialmente: “Se as simulações do Fire fossem reais e observadas com o Gaia, o que veríamos?” 
O colaborador de Necib, Bryan Ostdiek (anteriormente da Universidade do Oregon e agora na Universidade Harvard), que já havia se envolvido no projeto do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), tinha experiência em lidar com grandes conjuntos de dados usando aprendizado de máquina e profundo. Transportar esses métodos para a astrofísica abriu as portas para uma nova maneira de explorar o cosmos. 
Aprendizado 
“No LHC, temos simulações incríveis, mas nos preocupamos que as máquinas treinadas nelas aprendam a simulação e não a física real”, disse Ostdiek. “De maneira semelhante, as galáxias do Fire proporcionam um ambiente maravilhoso para treinar nossos modelos, mas não são a Via Láctea. Tivemos de aprender não apenas o que poderia nos ajudar a identificar as estrelas interessantes na simulação, mas também como obter isso para generalizar para a nossa verdadeira galáxia.” 
A equipe desenvolveu um método para rastrear os movimentos de cada estrela nas galáxias virtuais e rotulá-las como nascidas na galáxia hospedeira ou consideradas como produtos de fusões de galáxias. Os dois tipos de estrelas têm assinaturas diferentes, embora as diferenças sejam muitas vezes sutis. Essas etiquetas foram usadas para treinar o modelo de aprendizado profundo, que foi testado em outras simulações do Fire. 
Depois de criar o catálogo, eles o aplicaram aos dados do Gaia. “Perguntamos à rede neural: ‘Com base no que você aprendeu, pode rotular se as estrelas foram acrescentadas ou não?’”, disse Necib. 
O modelo classificou o grau de confiança de que uma estrela nasceu fora da Via Láctea em um intervalo de 0 a 1. A equipe criou um ponto de corte com tolerância a erros e começou a explorar os resultados. 
Desafios 
Essa abordagem de pegar um modelo treinado em um conjunto de dados e aplicá-lo a um modelo diferente, porém relacionado, é chamado de transferência de aprendizado e pode estar cheio de desafios. “Precisávamos ter certeza de que não estamos aprendendo coisas artificiais sobre a simulação, mas realmente o que está acontecendo nos dados”, disse Necib. “Para isso, tivemos de dar-lhe um pouco de ajuda e dizer-lhe para pesar novamente certos elementos conhecidos a fim de lhe fornecer uma âncora.” 
Eles primeiramente checaram para ver se o modelo conseguia identificar características conhecidas da galáxia. Essas incluem “a Salsicha Gaia” – os restos de uma galáxia anã que se fundiu com a Via Láctea cerca de 6 bilhões a 10 bilhões de anos atrás e que tem uma forma orbital distinta semelhante à de uma salsicha. 
“Ela tem uma assinatura muito específica”, explicou Necib. “Se a rede neural funcionou como deveria, deveríamos ver essa enorme estrutura que já sabemos que existe.” 
A Salsicha Gaia estava lá, assim como o halo estelar – estrelas de fundo que dão à Via Láctea sua forma reveladora – e a corrente Helmi, outra galáxia anã conhecida que se fundiu com a Via Láctea no passado distante e foi descoberta em 1999. 
Primeira vista: Nyx 
O modelo identificou outra estrutura na análise: um aglomerado de 250 estrelas, girando com o disco da Via Láctea, mas também indo em direção ao centro da galáxia. 
“Seu primeiro instinto é que você tem um erro”, contou Necib. “E você fica tipo, ‘Oh não!’ Assim, não contei a nenhum dos meus colaboradores por três semanas. Então, comecei a perceber que não é um erro, é realmente real e é novo.” 
Mas e se já tivesse sido descoberto? “Você começa a ler a literatura, certificando-se de que ninguém o tinha visto e, felizmente, para mim, ninguém tinha visto mesmo. Então, eu pude nomeá-lo, que é a coisa mais empolgante da astrofísica. Chamei-o Nyx, a deusa grega da noite. Essa estrutura em particular é muito interessante porque teria sido muito difícil vê-la sem o aprendizado de máquina.”
O projeto exigia computação avançada em muitos estágios diferentes. As simulações Fire e Fire-2 atualizada estão entre os maiores modelos computacionais de galáxias já tentados. Cada uma das nove principais simulações – três formações de galáxias separadas, cada uma com um ponto de partida ligeiramente diferente para o Sol – levou meses para computar nos maiores e mais rápidos supercomputadores do mundo. Entre eles, o Blue Waters, no Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA), as instalações de computação de ponta da Nasa e, mais recentemente, o Stampede2 no Texas Advanced Computing Center (TACC). 
Os pesquisadores usaram aglomerados da Universidade do Oregon (EUA) para treinar o modelo de aprendizado profundo e aplicá-lo ao maciço conjunto de dados de Gaia. Atualmente, eles estão usando o Frontera, o sistema mais rápido de qualquer universidade do mundo, para continuar o trabalho. 
“Tudo sobre esse projeto é computacionalmente muito intensivo e ele não seria possível sem a computação em larga escala”, disse Necib. 
Passos futuros 
Necib e sua equipe planejam explorar Nyx ainda mais usando telescópios terrestres. Isso fornecerá informações sobre a composição química do fluxo e outros detalhes que os ajudarão a datar a chegada de Nyx à Via Láctea e possivelmente fornecerão pistas de onde ele veio. 
O próximo lançamento de dados do Gaia, em 2021, conterá informações adicionais sobre 100 milhões de estrelas no catálogo, tornando mais provável a descoberta de aglomerados acumulados.
“Quando a missão do Gaia começou, os astrônomos sabiam que era um dos maiores conjuntos de dados que eles obteriam, com muito o que se entusiasmar”, disse Necib. “Mas precisávamos desenvolver nossas técnicas para se adaptar ao conjunto de dados. Se não mudássemos ou atualizássemos nossos métodos, estaríamos perdendo a física que está em nosso conjunto de dados.”
Os sucessos da abordagem da equipe do Caltech podem ter um impacto ainda maior. “Estamos desenvolvendo ferramentas computacionais que estarão disponíveis para muitas áreas de pesquisa e também para itens não relacionados à pesquisa”, disse ela. “É assim que empurramos a fronteira tecnológica em geral.”

Fonte: Revista Planeta .

terça-feira, 7 de julho de 2020

AZEITE DE OLIVA É SAUDÁVEL E FAZ BEM AO CORAÇÃO

Imagem: Gazeta do Povo
Várias pesquisas realizadas nos últimos anos já vinham dizendo isso: o azeite de oliva é uma gordura saudável e faz bem ao sistema cardiovascular – desde que seja consumido com moderação, claro.
A confirmação veio de um estudo publicado no periódico científico “Journal of American College of Cardiology”, que analisou dados de 63.867 mulheres e 35.512 homens, coletados entre os anos de 1990 e 2014 nos Estados Unidos.
Quando o estudo começou a ser feito, todos os participantes não apresentavam doenças como câncer ou problemas cardiovasculares. De quatro em quatro anos, eles responderam questionários sobre seus estilos de vida e alimentação.
Entre aqueles que disseram ingerir mais que meia colher de sopa de azeite por dia, o risco de desenvolver problemas no sistema cardiovascular foi 15% menor, enquanto o índice de doença arterial coronariana foi 21% menor, em comparação com o grupo que não consumia azeite.
A explicação, segundo o estudo, é que o azeite tem um índice maior de gorduras insaturadas, ao contrário de gorduras como a manteiga, que tem mais gorduras saturadas. Consumir grandes quantidades de azeite, porém, não faz bem. Veja a seguir as recomendações para aproveitar o ingrediente.
1) Não leve ao fogo
O calor pode alterar as propriedades do azeite e suas propriedades benéficas. O ideal é consumi-lo cru, em saladas ou como tempero de outros alimentos.
2) Sem exagero
Colocar azeite em tudo não vai tornar seu coração mais saudável, pelo contrário. Use a gordura com parcimônia no preparo de suas receitas.
3) No escuro
Além do calor, a luminosidade intensa pode alterar as propriedades dos azeites. Guarde-os em armários ou em lugares onde o sol não seja tão forte.
4) Invista em bons produtos
O azeite extravirgem tem mais compostos ativos e sabor mais intenso. É um pouco mais caro, mas o gasto extra vale a pena.
Fonte: Revista Menu .

segunda-feira, 6 de julho de 2020

A MENDIGA E O SAMURAI

Revista Pazes
Surpreendente conto japonês que fará com que você repense seus relacionamentos
Conta-se que um bravo samurai viveu na ilha de Hokaido, no norte do Japão. 
Ele era um senhor feudal que possuía grandes áreas de terra, tendo, assim, muitos súditos. Tudo adquiriu após diversas batalhas,  comandando as tropas do Imperador.
Certa feita, após uma guerra, voltou para a sua terra natal e decidiu que iria 
casar-se. Tratava-se de um homem forte e belo e, quando a notícia de que o samurai desejava casar-se se espalhou, por toda a ilha as mulheres ansiavam por desposá-lo. As mulheres mais bonitas da ilha e de outras ilhas mais distantes o visitavam em seu palácio, sendo que muitas delas lhe ofereceram, além de sua beleza e encantos, muitas riquezas. Nenhuma, contudo, o satisfez o suficiente para se tornar sua esposa.
Um dia, uma jovem maltrapilha e simples chegou ao palácio do samurai e, com muita luta, conseguiu uma audiência:
“Eu não tenho nada material para lhe oferecer, só posso lhe dar o grande amor 
que sinto por você”. Como prova, complementou: “Se você me permitir, eu posso fazer algo para te mostrar esse amor”.
Isso despertou a curiosidade do samurai, que lhe pediu para dizer o que poderia fazer.
“Vou passar 100 dias em sua varanda, sem comer ou beber nada, exposta à 
chuva, sereno, sol e frio à noite. Se eu aguentar esses 100 dias, você me fará a sua esposa”, afirmou a jovem.
O samurai, surpreso (embora não comovido), aceitou o desafio. Ele disse: “Eu 
aceito. Se uma mulher pode fazer tudo isso por mim, ela é digna de ser minha 
esposa”.
Dito isto, a mulher começou seu sacrifício.
Os dias começaram a passar e a mulher suportou bravamente as piores 
tempestades. Muitas vezes ela sentia que desmaiava de fome e frio, mas 
encorajou-se por imaginar que finalmente estaria ao lado de seu grande 
amor.
De tempos em tempos, o samurai mostrava seu rosto do conforto de seu quarto para vê-la e acenava com o polegar.
À noite a temperatura caiu para muitos graus negativos e isso por si só deveria ser de uma grande penúria, porque ela não tinha um único cobertor.
Foi assim que o tempo passou: 20 dias, 50 dias… As pessoas da ilha ficaram 
felizes porque pensaram: Finalmente teremos uma esposa para o nosso senhor!
90 dias … O samurai continuou a mostrar a cabeça de vez em quando para ver 
como estava o sacrifício de sua pretendente: “Esta mulher é incrível”, ele pensou consigo mesmo, e lhe deu encorajamento novamente.
O dia 99 finalmente chegou e todos os habitantes da ilha começaram a se reunir nos arredores do palácio para ver o momento em que aquela mulher se tornaria a esposa do samurai. Eles estavam contando as horas, às 12 horas daquele dia, eles teriam um casamento.
A pobre mulher, em sua grande simplicidade, foi ainda acometida por extrema 
fraqueza e por doenças… Então algo inesperado aconteceu: às 11 da noite do 
centésimo dia, a mulher corajosa se rendeu e decidiu se retirar daquele palácio. 
Deu uma olhada triste no samurai que a fitava surpreso e saiu sem dizer uma 
palavra.
As pessoas ficaram chocadas! Ninguém conseguia entender por que aquela 
mulher corajosa desistira de apenas uma hora a mais para ver seus sonhos se 
tornarem realidade. Ela já havia suportado tanto!
Ao chegar em sua casa, seu pai já sabia da sua desistência e perguntou: “Por 
que você desistiu de ser a esposa do grande samurai?”
E, para seu espanto, ela respondeu: “Eu tinha 99 dias e 23 horas em sua 
varanda, suportando todos os tipos de calamidades e ele foi incapaz de me 
liberar desse sacrifício. Ele meu viu sofrendo e só me encorajou a continuar, sem mostrar nem um pouco de compaixão pelo meu sofrimento. Eu esperei todo esse tempo por um vislumbre de bondade e consideração que nunca veio. Então eu entendi: uma pessoa tão egoísta, imprudente e cega, que só pensa em si mesma, não merece meu amor!”
Isso nos faz refletir: quando você ama alguém e sente que para manter essa 
pessoa ao seu lado você tem que sofrer, sacrificar sua essência e até implorar, mesmo que doa, se retire. E não tanto porque as coisas ficam difíceis, mas porque quem não faz você se sentir valorizado, quem não é capaz de lhe doar o melhor de si mesmo, será incapaz de retribuir o compromisso e a entrega que você dispensou a ele e, DEFINITIVAMENTE, você merece um amor do tamanho de si.

Fonte: Revista Pazes - Este conto foi adaptado do site: Rincón del Tibet