18 junho 2025

O homem que transformou o movimento em luz

Em uma Londres coberta de névoa, no dia 22 de setembro de 1791, nasceu Michael Faraday, filho de um ferreiro pobre. Sem estudos formais, sem privilégios e sem conexões, ele cresceu em meio à simplicidade, com os olhos voltados para os livros e os ouvidos atentos aos segredos da natureza.
Ainda jovem, começou a trabalhar numa pequena livraria como aprendiz de encadernador. Foi ali, entre páginas e tintas, que Faraday descobriu seu verdadeiro ofício: a busca incansável pelo conhecimento. Lia cada livro que passava por suas mãos como quem decifrava os mistérios do universo. E foi assim que a ciência entrou em sua vida.
Um dia, tomou coragem e enviou a Humphry Davy, um dos maiores cientistas da época, um caderno com suas anotações detalhadas. Impressionado, Davy o aceitou como assistente na Royal Institution. Foi ali, entre experimentos e faíscas, que Faraday acenderia a lâmpada do futuro.
No ano de 1831, ele fez uma descoberta que mudaria o curso da história: ao mover um ímã dentro de uma bobina de cobre, gerava-se uma corrente elétrica. Assim nascia o dínamo, o primeiro gerador de eletricidade capaz de converter movimento em energia, um feito que iluminaria o mundo.
Faraday, apesar de suas limitações matemáticas, compreendia a física de maneira quase intuitiva. Com fios, imãs e engenhos de madeira, lançou os alicerces da eletricidade moderna e do eletromagnetismo. Seu trabalho influenciou desde motores até transformadores, e seu nome ecoa até hoje nos manuais de ciência.
Michael Faraday recusou títulos de nobreza e honrarias grandiosas. Humilde até o fim, desejou apenas ser lembrado como um servidor da ciência. Também recusou ser sepultado na Abadia de Westminster, escolhendo repousar ao lado da esposa, Sarah, em um túmulo simples.
Hoje, cada lâmpada que se acende, cada gerador que move uma cidade, cada motor que alimenta o progresso carrega o sopro da genialidade de Faraday.
Um homem simples, de origem modesta, que revelou ao mundo que "o movimento gera eletricidade", e com isso, acendeu a primeira centelha da era elétrica.
Além do dínamo, Michael Faraday fez uma série de descobertas e invenções fundamentais para a ciência e a tecnologia moderna. Aqui estão as mais importantes:
1. Dínamo – Primeiro gerador elétrico da história, converte movimento em eletricidade.
2. Indução eletromagnética – Princípio dos geradores e transformadores.
3. Gaiola de Faraday – Estrutura que bloqueia campos elétricos (usada em aviões, carros, micro-ondas).
4. Leis da eletrólise – Base da química elétrica moderna (baterias, purificação de metais).
5. Descoberta do benzeno e liquefação de gases como cloro e amônia.
6. Conceito de linhas de campo – Inspirou as equações de Maxwell.
7. Pioneiro na educação científica – Criou as “Christmas Lectures” para jovens, ainda ativas.
Faraday foi um gênio humilde e autodidata, que revolucionou a ciência sem nunca frequentar a universidade. Seu legado vive em toda forma de energia elétrica usada hoje.

17 junho 2025

Sobre o vitiligo

Um homem que sofria com vitiligo em 98% da pele vivenciou uma recuperação impressionante após se divorciar. Durante o casamento, a condição se agravou, com especialistas apontando que o ambiente emocionalmente estressante favoreceu o avanço das manchas, algo consistente com estudos que relacionam eventos traumáticos e tensão emocional ao agravamento da doença.
Com o término, quase toda a pigmentação voltou, restando apenas 5% de vitiligo no corpo. A recuperação reforça a conexão entre o estado emocional e a regeneração da melanina, tema corroborado por relatos de pacientes e literatura médica. O processo não foi espontâneo: hoje, o homem mantém acompanhamento dermatológico e psicológico, adotando terapia (incluindo técnicas de controle do estresse) para prevenir recidivas.
Esse caso ilustra como fatores emocionais podem impactar profundamente doenças autoimunes como o vitiligo e como o manejo integrado da saúde mental e física pode levar a resultados surpreendentes.

O pinguim amarelo

Um estranho pinguim amarelo foi avistado pela primeira vez na Antártica, no meio de um grupo na beira da praia.
Ao contrário de seus pares da mesma ilha, este exemplar não possui a clássica "roupa" preta e branca com detalhes dourados dos pinguins-reis. Pelo contrário, parece que estava totalmente banhado em ouro, com olhos totalmente azuis e bico quase rosado.
Este fenômeno pode ser explicado pelo leucismo. Isso explica por que suas nadadeiras e o resto do corpo são amarelados e também porque seus olhos não são vermelhos, característica do albinismo.

16 junho 2025

O lado secreto do Coliseu

Onde os gladiadores dormiam, treinavam e se preparavam para morrer.
A poucos passos do icônico Coliseu de Roma encontra-se um monumento soterrado de sangue, suor e sobrevivência, o Ludus Magnus, a maior escola de gladiadores do Império Romano.
Encomendado pelo imperador Domiciano no final do século I d.C., esse local não era apenas um campo de treinamento, era uma verdadeira fábrica de guerreiros.
Os gladiadores viviam ali, treinavam em exercícios brutais e aperfeiçoavam suas habilidades em uma arena em miniatura que reproduzia o colossal palco onde um dia lutariam. 
Os vestígios ainda mostram o anel oval de prática, cercado por assentos para treinadores, oficiais e espectadores da elite.
Mas o detalhe mais arrepiante? Um túnel subterrâneo conectava diretamente o Ludus Magnus ao Coliseu.
Ele permitia que os gladiadores fossem escoltados até a arena sem serem vistos pelo público, aumentando o suspense teatral dos jogos.
Arqueólogos descobriram dormitórios, termas e salas de armazenamento de armas, revelando que esses combatentes não eram apenas escravizados, mas também celebridades altamente treinadas de sua época. 
Viviam sob regimes rigorosos, vinculados a contratos, e alguns chegavam até a conquistar liberdade e fama.
As ruínas visíveis hoje são apenas um fragmento de sua dimensão original, muito ainda está sob as ruas modernas. 
No entanto, o que sobrevive ainda sussurra ecos de rugidos, disciplina e do custo humano do entretenimento.

14 junho 2025

Praia de Camboinhas, Niterói

A Praia de Camboinhas, em Niterói, foi reconhecida internacionalmente e conquistou um lugar de destaque no Ranking Internacional das Melhores Praias de 2025, divulgado pelo Centro Internacional de Formação em Gestão e Certificação de Praias (CIF Playas). Entre as 200 praias avaliadas de 11 países da América Latina, Caribe e Península Ibérica, Camboinhas foi a única representante de Niterói a figurar na seleção.
Com pontuação geral de 0,71 (em uma escala que vai até 1), Camboinhas foi classificada como praia urbana, destacando-se por seu desempenho em critérios como qualidade da água, segurança, paisagem natural, serviços sanitários e ações de conservação ambiental.
A avaliação, considerada uma das mais rigorosas do mundo, não se baseia apenas em estética ou popularidade turística. O ranking leva em conta indicadores científicos e técnicos, como a capacidade de proteção costeira, a infraestrutura disponível, o manejo de resíduos, a biodiversidade local e o grau de preservação ambiental.
A presença de Camboinhas na lista reafirma o valor ecológico e turístico da região oceânica de Niterói, e chama atenção para a importância da preservação ambiental e da gestão sustentável das praias.
O estudo, que envolveu 71 avaliadores especializados — entre oceanógrafos, engenheiros e gestores públicos —, foi coordenado em parceria com a Rede Ibero-americana de Gestão e Certificação de Praias (Proplayas). O Brasil teve diversas praias avaliadas, mas apenas algumas do estado do Rio de Janeiro foram incluídas entre as melhores — e Camboinhas foi uma delas.
Crédito: #folhanit #folhadeniterói #camboinhas #melhorespraias #proplayas

Sobre o Rio Amazonas

O Rio Amazonas é mais do que um curso d’água — é uma força da natureza, um símbolo da grandiosidade e do mistério da América do Sul. Com cerca de 7.062 km de extensão, ele é atualmente considerado o rio mais longo do mundo, superando o rio Nilo, segundo medições recentes realizadas por cientistas brasileiros e peruanos.
Mas o que realmente torna o Amazonas tão extraordinário vai muito além de seu comprimento:
O Maior em Volume de Água
O Amazonas despeja, em média, 209 mil metros cúbicos de água por segundo no Oceano Atlântico. Isso equivale a quase 20% de toda a água doce que chega aos oceanos do planeta! Durante o período das cheias, sua largura pode ultrapassar 50 km e sua profundidade pode chegar a 100 metros em alguns trechos.
Da Cordilheira ao Mar
O rio nasce nas montanhas da Cordilheira de Rumi Cruz, no Peru, a apenas 160 km do Oceano Pacífico, mas percorre o continente no sentido oposto, cruzando o Peru, Colômbia e Brasil, até desembocar no Oceano Atlântico, próximo à Ilha de Marajó, no estado do Pará.
A Floresta Que Ele Alimenta
O Amazonas é o coração da Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, que abriga cerca de 10% da biodiversidade conhecida do planeta. Estima-se que existam mais de 3.000 espécies de peixes em suas águas — mais do que em todo o Oceano Atlântico!
Um Rio Que Faz Chover
A evaporação da água e a transpiração das árvores criam os chamados rios voadores, correntes de vapor que transportam umidade para outras regiões do Brasil e até para países vizinhos. Ou seja, o Amazonas ajuda a regular o clima de toda a América do Sul.
Importância Cultural e Econômica
O rio serve como meio de transporte vital para milhões de pessoas que vivem em suas margens. Em vez de estradas, muitas comunidades ribeirinhas dependem exclusivamente de barcos para se locomover, trabalhar e acessar serviços.
Além disso, é uma fonte de inspiração cultural, presente na música, na literatura e na arte de diversos povos indígenas e comunidades amazônicas.
Habitat de Espécies Únicas
O Amazonas abriga criaturas que parecem saídas de um conto fantástico: o boto-cor-de-rosa, o peixe-boi amazônico, o temido candiru, a sucuri (uma das maiores cobras do mundo) e até o pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do planeta.
Um Milagre da Natureza
O Rio Amazonas não é apenas um rio — é um ecossistema pulsante, um pulmão verde, um patrimônio natural global. Conhecer o Amazonas é compreender a delicada harmonia entre a água, a floresta e a vida. É lembrar que, apesar de sua força monumental, ele precisa ser protegido.
Gigante por natureza. Essencial por destino.

13 junho 2025

Você sabe o que é a Pimburattewa Tank?

Parece uma cachoeira desenhada por um arquiteto. Assim se parece o Pimburattewa Tank, um reservatório localizado na região leste do Sri Lanka que surpreende pelos seus transbordes escalonados, onde a água cai em níveis precisos formando um espetáculo hipnótico. Essa estrutura não só é visualmente chocante, mas também regula o nível da água, previne inundações e distribui o recurso para irrigação de culturas próximas.
Estes tanques, conhecidos como wewas, fazem parte de um sistema hidráulico antigo desenvolvido há mais de 2.000 anos pelos reis cingaleses. Eles foram construídos com tal precisão que muitos ainda funcionam sem grandes modificações.
Além disso, eles estão conectados por canais subterrâneos e comportas que permitem aproveitar ao máximo a estação chuvosa. O Pimburattewa Tank, em particular, é um dos que melhor conserva este legado, e hoje combina história, engenharia e beleza natural no mesmo lugar.
Crédito :  Belezas do Brasil e do Mundo.

Estradas de bagaço de cana

Brasil inova com estradas feitas de bagaço de cana-de-açúcar!
Você sabia? O Brasil está utilizando resíduos da cana-de-açúcar — especialmente o bagaço — para construir estradas mais resistentes, duráveis e sustentáveis!
Ao transformar esse subproduto agrícola, que antes era descartado, em material para pavimentação, o país reduz impactos ambientais e mostra que é possível encontrar soluções inteligentes nos lugares mais inesperados.
É a sustentabilidade literalmente abrindo caminho! 
Fonte: EcoInventário / Estudos de engenharia civil brasileira.

12 junho 2025

O abrigo Morrison

O que você vê na imagem é um abrigo Morrison, um tipo de abrigo antiaéreo doméstico, usado no Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
Desenhado em 1941 pelo engenheiro John Baker e financiado pelo governo britânico, o abrigo Morrison foi pensado para ser usado dentro das casas, especialmente para famílias que não tinham acesso a um jardim onde instalar um abrigo Anderson (o tipo subterrâneo).
Este refúgio consistia em uma estrutura de aço reforçado com uma grelha metálica nas laterais e uma espessa prancha superior, que também podia funcionar como mesa durante o dia. Em caso de bombardeamento, seus ocupantes estavam refugiados no interior e protegidos dos destroços que poderiam cair após um colapso parcial da habitação.
Mais de 500.000 unidades foram distribuídas gratuitamente para famílias de baixa renda em todo o Reino Unido. Foi um símbolo da resistência civil em tempo de guerra e, embora rudimentar, salvou muitas vidas.

Na Islândia não tem pernilongo

Sim, essa afirmação é verdadeira.
O clima na Islândia é uma das principais razões para a ausência de pernilongos. 
As mudanças bruscas de temperatura, o frio intenso e a água gelada não permitem que os pernilongos completem o ciclo de vida, desde a fase larval até a adulta, impedindo assim a reprodução.