19 maio 2025

Vida sem oxigênio

Prepare-se para repensar tudo o que você sabe sobre a microscópica que desafia as leis da biologia: o Henneguya salminicola, um parasita encontrado nos músculos do salmão do Pacífico, é o primeiro animal conhecido que vive completamente sem oxigênio.
Quem é ele?
O Henneguya salminicola pertence ao grupo dos cnidários os mesmos das águas-vivas e corais. No entanto, ao longo de sua evolução, ele perdeu completamente a capacidade de respiração aeróbica, um processo considerado essencial para a sobrevivência de organismos multicelulares.
O que dizem os cientistas?
Durante uma análise genética conduzida por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, foi descoberto que o parasita não possui genes mitocondriais, ou seja, ele não tem as "usinas de energia" que usamos para processar oxigênio. Sem essas estruturas, ele depende de métodos alternativos para obter energia - acredita-se que ele absorva nutrientes diretamente das células do peixe hospedeiro.
O que isso muda para a ciência?
Essa descoberta publicada na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) derruba a antiga crença de que todos os animais precisam de oxigênio para viver. Isso expande nossa compreensão sobre os limites da vida e fortalece hipóteses de que formas de vida possam existir em ambientes extremos, como nas profundezas dos oceanos, em planetas gelados ou até em luas como Europa (de Júpiter) ou Encélado (de Saturno).

18 maio 2025

Estrada de concreto autorreparadoras

Alemanha instala estradas de concreto autorreparadoras que reparam rachaduras com água da chuva.
Em um trecho tranquilo de autobahn, algo notável está acontecendo sob os pneus.
O Instituto Federal de Pesquisa Rodoviária da Alemanha começou a testar uma nova geração de concreto autorreparador, infundido com cápsulas minerais especiais que se ativam quando expostas à umidade. Quando a água da chuva penetra em uma microfissura, ela dissolve as cápsulas, liberando bactérias formadoras de calcário ou compostos reativos que selam a rachadura por dentro — restaurando a resistência sem intervenção humana.
Com o tempo, esse concreto inovador pode reduzir os custos de manutenção de estradas em mais de 40% e prolongar a vida útil das rodovias em décadas. Rachaduras que normalmente se espalhariam e se degradariam em buracos agora são interrompidas — literalmente.
O processo imita a geologia natural. Pequenas fraturas se formam, a umidade desencadeia reações químicas e os minerais crescem nas lacunas. É uma infraestrutura que se mantém sozinha, sem a necessidade de maquinário pesado ou selantes tóxicos.
Não se trata apenas de um material — é uma mudança de mentalidade. Uma mudança em direção a uma infraestrutura sustentável e de baixa intervenção que aprende com o próprio meio ambiente.

A vida das abelhas

Sabes que mais? As velhas abelhas não voltam à colmeia à noite. Passam a noite nas flores e, se tiverem a sorte de ver outro nascer do sol, retomam sua atividade levando pólen ou néctar para a colônia. Eles agem assim sabendo que seu fim está próximo. Nenhuma abelha espera morrer na colmeia para não ser um fardo para as outras.
As abelhas têm sangue frio, como todos os insetos, mas dentro da colônia formam um mega-organismo quente.
Há abelhas que coletam pólen e outras que trazem néctar; nunca uma abelha polinizadora mudará sua tarefa para coletar néctar, e vice-versa.
Embora os dentes de leão sejam amarelos, seu pólen fica laranja quando misturado com néctar na ânfora.
O recorde de sobrevivência de uma colônia de abelhas durante o inverno é de 356 dias sem que eles saiam para limpar os voos.
As abelhas podem ser úteis para os humanos mesmo após a morte, pois são usadas para tratar dores nas articulações. As abelhas nunca dormem! Obrigado, minhas abelhas abençoadas!!!

17 maio 2025

A Wollemi Pine

Uma das árvores mais raras do mundo está produzindo frutos pela primeira vez!
A Wollemi pine existia há cerca de 200 milhões de anos e, por muito tempo, acreditou-se que estivesse extinta.
No entanto, em 1994, alguns exemplares foram descobertos em um vale remoto da Austrália.
Após anos de experimentos, a espécie foi introduzida na Europa em 2005, no Royal Botanic Gardens, em Kew.
Sir David Attenborough, responsável pelo plantio da árvore, comentou: “É emocionante descobrir um sobrevivente tão raro de um passado tão antigo. É algo quase romântico saber que algo permaneceu inalterado por 200 milhões de anos.”
Agora, pela primeira vez na história registrada, ela está dando frutos.

O fogo e a gravidade

No espaço, o fogo desafia tudo o que estamos acostumados ver.
Na Terra, as chamas tremulam, crescem para cima, piscam e brilham em tons de amarelo e laranja. Mas no ambiente de gravidade zero, como dentro da Estação Espacial Internacional (ISS), o fogo se comporta de uma forma completamente diferente - e o resultado é impressionante!
Sem gravidade, o calor gerado pela combustão não sobe.
Isso significa que não existe convecção (aquele movimento em que o ar quente sobe o frio desce). Sem esse fluxo de ar, o oxigênio se espalha de forma muito mais lenta e uniforme ao redor da chama. O resultado?
A chama não sobe. Não pisca. E assume o formato de uma esfera azulada perfeita, quase como uma bolha de luz flutuando no ar.
O tom azul acontece porque, no espaço, a queima é mais limpa e eficiente, com menos fuligem. Isso também significa menos partículas incandescente no ar, o que torna a chama aparentemente mais "calma" mas continua sendo um processo químico intenso e perigoso.
Esses comportamentos foram observados em diversos experimentos reais feitos na ISS, como o SAFFIRE (Spacecraft Fire Safety Experiment) e o FLAME (Flexibility in Liquid and Advanced Material Experiments), conduzidos por agências como a NASA e ESA.
Esses estudos são essenciais para garantir a segurança em futuras missões espaciais, já que entender como o fogo se comporta fora da Terra é crucial para prevenir e conter acidentes a bordo.

Alimentação e longevidade: o que comer

A freira brasileira Inah Canabarro Lucas, que morreu nesta quinta-feira (1º), aos 116 anos, era reconhecida como a pessoa mais velha do mundo. Casos como o dela despertam o interesse sobre o que pode influenciar uma vida longa e saudável — e a alimentação está entre os fatores mais relevantes.
Segundo a dietista Ana Luzón, entrevistada pelo HuffPost, alguns alimentos são presença constante nas chamadas "zonas azuis", regiões do planeta onde vive um número expressivo de centenários, como Okinawa (Japão), Sardenha (Itália) e Icária (Grécia). A especialista afirma que incluir certos itens no dia a dia pode aumentar significativamente a expectativa de vida.
Entre os principais aliados da longevidade, Luzón destaca:
Leguminosas e vegetais variados: ricos em antioxidantes, polifenóis, fibras e micronutrientes, devem estar sempre no prato.
Frutas frescas e oleaginosas (como nozes, amêndoas e avelãs): contêm gorduras boas, magnésio e compostos que ajudam a prevenir doenças neurodegenerativas.
Grãos integrais e peixes: fundamentais para o bom funcionamento do organismo e prevenção de doenças crônicas.
Azeite de oliva: considerado um alimento funcional por sua ação anti-inflamatória, vai muito além de ser apenas uma gordura saudável.
A especialista reforça que esses hábitos alimentares, aliados a um estilo de vida ativo e ao convívio social, podem ser cruciais para alcançar uma vida longa — e com qualidade.
Fonte: msn .

16 maio 2025

O Meridiano de Greenwich

Você Sabia? O Meridiano de Greenwich é uma linha imaginária que marca o grau zero da longitude terrestre. Ele passa pela cidade de Greenwich, na Inglaterra, e foi oficialmente adotado como o meridiano de referência em 1884, durante a Conferência Internacional do Meridiano. Esse marco geográfico é fundamental para o sistema de coordenadas que usamos para localizar qualquer ponto na superfície da Terra, sendo também a base para a definição dos fusos horários ao redor do mundo.
A partir do Meridiano de Greenwich, a Terra é dividida em dois hemisférios longitudinais: o Hemisfério Ocidental, localizado a oeste, e o Hemisfério Oriental, localizado a leste. Essa divisão é uma convenção geográfica que facilita a organização do espaço terrestre, especialmente na navegação, na cartografia e na medição do tempo. Países como o Brasil e os Estados Unidos estão no Hemisfério Ocidental, enquanto China, Índia e Austrália estão no Hemisfério Oriental. Assim, o meridiano de Greenwich funciona como uma linha de separação simbólica entre o Ocidente e o Oriente do globo.

Ilusão de ótica

As ilusões de ótica são fenômenos visuais que enganam o cérebro, fazendo com que percebamos imagens de maneira diferente da realidade. Elas ocorrem devido à forma como o cérebro interpreta informações visuais com base em padrões, contrastes e contextos. 
Existem diversos tipos de ilusões, como as geométricas, que distorcem o tamanho, a forma ou a orientação de objetos, e as ilusões de movimento, nas quais imagens estáticas parecem se mover.
Um exemplo clássico é a ilusão de Müller-Lyer, em que duas linhas de mesmo comprimento parecem ter tamanhos diferentes devido às setas em suas extremidades. Já na ilusão de café em movimento, círculos concêntricos parecem girar, embora estejam completamente estáticos.
Esses efeitos mostram como a percepção é resultado da interação entre o que vemos e como o cérebro processa essas informações. Estudar ilusões de ótica ajuda a compreender melhor o funcionamento do sistema visual e os mecanismos cognitivos envolvidos na percepção.

15 maio 2025

O mapa do mundo

Na Dinamarca, próximo à cidade de Hobro, encontra-se uma atração notável chamada Verdenskortet, ou "O Mapa do Mundo". Construído por Søren Poulsen ao longo de mais de 25 anos, esse mapa artesanal gigante está situado nas águas rasas do Lago Klejtrup. Poulsen começou o projeto em 1944, usando pedras que ele mesmo transportou manualmente para representar cada país e continente.
O mapa é construído em escala, com cada grau de latitude equivalente a 111 quilômetros. Cada massa de terra é delineada com grande cuidado, e os visitantes podem caminhar por caminhos que permitem explorar o mundo inteiro em apenas alguns minutos. O que começou como um projeto pessoal transformou-se em uma maravilha local, atraindo turistas e entusiastas de geografia.
Hoje, Verdenskortet permanece como um tributo à visão, dedicação e habilidade de Poulsen. É um exemplo único de como a paixão de uma pessoa pode transformar um pequeno pedaço de terra em um símbolo global.

A ascensão da China

A China do século XXI não é somente uma potência em ascensão: é uma força transformadora da ordem internacional. Em poucas décadas, o país passou de uma economia rural e isolada para se tornar a segunda maior economia do planeta, disputando protagonismo com os Estados Unidos em frentes econômicas, tecnológicas, militares e diplomáticas.
RAÍZES HISTÓRICAS DO RESSURGIMENTO 
Para entender a ascensão chinesa, é preciso recuar. Durante séculos, a China foi uma das civilizações mais avançadas do mundo. Mas a chamada “Era da Humilhação” — marcada por guerras com potências ocidentais, perda de territórios e o domínio colonial — abalou profundamente o orgulho nacional.
A Revolução Comunista de 1949, liderada por Mao Zedong, deu início à construção de um novo Estado. Porém, foi com as reformas econômicas iniciadas por Deng Xiaoping a partir de 1978,  que a China começou a se transformar: abandonou o isolamento e integrou-se à economia global com um modelo único de “socialismo de mercado”.
O MOTOR DA NOVA CHINA 
Nas décadas seguintes, a China tornou-se a “fábrica do mundo”, dominando cadeias de produção e acumulando reservas bilionárias. A urbanização em massa, os investimentos em infra-estrutura e a educação técnica impulsionaram a produtividade. Hoje, o país lidera áreas como:
Tecnologia 5G, inteligência artificial e veículos eléctricos;
Finanças globais, com o yuan ganhando espaço internacional;
Infra-estrutura global, com a ambiciosa Iniciativa do Cinturão e Rota (Nova Rota da Seda), que busca ligar a Ásia, a África e a Europa sob uma rede logística e diplomática liderada por Pequim.
GEOPOLÍTICA DO PODER: O DESAFIO AO OCIDENTE 
A ascensão da China desafia o status quo liderado pelo Ocidente desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O país propõe uma ordem internacional mais multipolar e centrada na Ásia, promovendo alianças como o BRICS, o SCO (Organização de Cooperação de Xangai) e reforçando sua influência em organismos internacionais.
Ao mesmo tempo, tensões com os Estados Unidos e seus aliados aumentam, especialmente em temas como:
Taiwan e o Mar do Sul da China;
Tecnologias estratégicas e segurança cibernética;
Direitos humanos e liberdade de expressão.
A disputa não é apenas militar ou econômica — é ideológica, envolvendo diferentes modelos de sociedade, desenvolvimento e governança.
O DILEMA GLOBAL: COMPETIÇÃO OU COOPERAÇÃO?
A ascensão chinesa impõe ao mundo um dilema geopolítico: será possível coexistir com uma superpotência que não compartilha dos mesmos valores políticos que o Ocidente? Ou o futuro será marcado por uma nova Guerra Fria, mais tecnológica e diplomática que militar?
Países do Sul Global, especialmente na África e América Latina, enxergam na China uma alternativa de investimento e parceria sem os condicionantes tradicionais do Ocidente, o que aumenta o alcance da influência chinesa ,mas também gera dependência.
A ascensão da China é, ao mesmo tempo, um feito histórico e um desafio sistêmico. Para alguns, é o retorno de um império milenar ao seu lugar de destaque. Para outros, uma ameaça à ordem liberal internacional. O certo é que o século XXI será moldado pelo equilíbrio — ou desequilíbrio — entre as potências tradicionais e o gigante que despertou.
A pergunta que fica: o mundo está preparado para a liderança chinesa?
Fonte: ARQUIVO HISTÓRICO - RESGATANDO MEMÓRIAS, CONECTANDO HISTÓRIAS