15 janeiro 2025

191: O número mortal

Em maio de 1979, um DC-10 da American Airlines espatifou-se nas proximidades do O'Hare Airport em Chicago, pouco depois de ter decolado para um vôo em direção à Califórnia. Entre as vítimas estava a escritora Judy Wax, cujo livro, Starting in the 
Middle, acabara de ser publicado.
O número do fatídico vôo era 191. E na página 191 do livro, Judy Wax falava sobre seu medo de voar.
Também em maio de 1979, a revista Chicago fez a resenha do livro e publicou uma foto da autora. Os leitores que levaram a página da revista para mais perto da luz puderam ver que na página anterior havia um anúncio de página inteira de vôo de um DC-10, da American Airlines, para a Califórnia.
Fonte: dos fenômenos estranhos. 

Por que os dias da semana terminam com feira?

No Império Romano, a astrologia introduziu no uso popular a septimana, ou seja, sete manhãs, de origem 
babilônica.
Inicialmente, os nomes dos deuses orientais foram substituídos por equivalentes latinos. No cristianismo, o dia do Sol, solis dies, foi substituído por dominica, dia do Senhor; e o saturni dies, dia de Saturno, por sabbatum, derivado do hebraico shabbath, dia do descanso, consagrado pelo Velho Testamento. Os outros dias eram dedicados a: Lua (segunda), Marte (terça), Mercúrio (quarta), Júpiter (quinta) e Vênus (sexta).
O termo "feira" surgiu em português porque, na semana de Páscoa, todos os dias eram feriados - férias ou feiras - e, além disso, os mercados funcionavam ao ar livre. 
Com o tempo, a Igreja baniu das liturgias os nomes pagãos dos dias, oficializando as "feiras". O domingo, que seria a primeira feira, conservou o mesmo nome por ser dedicado a Deus, fazendo a contagem iniciar-se na secunda feira, a segunda-feira. O sábado foi mantido em respeito à antiga tradição hebraica. Apesar da oposição da Igreja, as designações pagãs sobreviveram em todo o mundo cristão, menos no que viria a ser Portugal, graças ao apostolado de São Martinho de Braga (século VI), que combatia o costume de "dar nomes de demônios aos dias que Deus criou".
Fonte: Livro Guia dos curiosos. 

14 janeiro 2025

Sobre a cevada

A cevada é um cereal usado principalmente pela indústria da cerveja e que atualmente foi reconhecido como um alimento funcional.
A cevada é um cereal cultivado em várias partes do mundo.
A cevada é o nome dado a um cereal cultivado em todo o mundo que, atualmente, é considerado o quarto cereal em nível de importância. Seu cultivo depende de solos férteis, e trata-se de uma espécie intolerante ao alagamento.
No Brasil, a cevada está relacionada principalmente com a produção do malte, o qual é utilizado na indústria cervejeira. O malte é um produto resultado da germinação do grão da cevada. A cevada é considerada, assim como a aveia, um alimento funcional, apresentando benefícios na saúde cardiovascular e também intestinal.
Resumo sobre a cevada
Cevada é um cereal pertencente à família Poaceae e espécie Hordeum vulgares.
É o quarto cereal em ordem de importância no mundo.
É uma cultura que exige solos férteis.
Apresenta como principal utilização no Brasil a produção de malte para a fabricação da cerveja.
O grão de cevada apresenta três componentes fundamentais: o embrião, o endosperma e o envoltório.
O embrião vivo é fundamental para a produção do malte.
A cevada é considerada um alimento funcional, ou seja, que possui componentes que apresentam benefícios à saúde humana.
O que é a cevada?
Cevada é o nome popular de um cereal pertencente à família Poaceae e espécie Hordeum vulgares. A espécie originou-se na Ásia, e sua e história está diretamente ligada à origem da agricultura.
De acordo com alguns estudos, a cevada-selvagem já era consumida na idade da pedra pelos homens das cavernas. Atualmente a espécie é considerada, de acordo com a Embrapa, “o quarto cereal em ordem de importância, sendo plantado em aproximadamente 55 milhões de hectares com produção da ordem de 150 milhões de toneladas, representando 10% do total de grãos produzidos mundialmente”.
Trata-se de uma planta mais sensível que o trigo, sendo intolerante a situações de alagamento, muito suscetível à acidez do solo e que exige solos de boa fertilidade para seu desenvolvimento. Vale salientar, no entanto, que a espécie é menos exigente em água e mais precoce que outras espécies de cerais, o que estimula seu cultivo.
A cevada é uma espécie de clima frio, entretanto foi adaptada para produzir também em áreas com clima temperado. Para garantir maior produtividade em diferentes condições ambientais, a cevada tem sido alterada geneticamente ao longo dos anos. No Brasil, o cultivo da cevada é bem consolidado na região Sul.
Grão de cevada
O grão de cevada apresenta três componentes fundamentais: o embrião, o endosperma e o envoltório. O embrião é a parte viva, que dará origem a uma nova planta. O endosperma, por sua vez, trata-se do tecido de reserva do grão, destacando-se por ser rico em amido. Por fim, o envoltório envolve o grão, garantindo proteção ao embrião.
O grão da cevada apresenta o embrião que dará origem a um novo indivíduo.
Uso da cevada
Em nosso país a cevada é produzida principalmente para a industrialização de malte, o qual é usado na fabricação de cerveja. Entretanto, atualmente a cevada é um alimento considerado funcional, assim como a aveia, o que tem despertado o interesse no seu consumo pela população. Vale destacar que a cevada não é utilizada apenas para consumo humano, sendo também comercializada para o preparo de ração para alimentação animal. Outro uso da cevada é a rotação de culturas.
A cevada é utilizada principalmente para a produção do malte utilizado na cerveja.
A depender da forma de aproveitamento da cevada, essa pode ser classificada em cevada cervejeira ou cevada forrageira. A cevada cervejeira deve cumprir padrões de qualidade específicos que garantam a produção do malte que será utilizado nas cervejas. A forrageira, por sua vez, é aquela que não cumpre esses padrões de qualidade, sendo destinada, portanto, para alimentação animal. Dentro desses grupos, existem diferentes variedades.
O que é malte?
O malte é um produto utilizado na fabricação de cerveja, estando relacionado com a coloração dela e o sabor mais intenso. Além disso, o malte é usado para fabricar bolos, biscoitos, sorvetes e uísques. O malte consiste na germinação artificial do grão de cevada, processo feito em condições controladas de temperatura e umidade. Para que esse processo aconteça, é fundamental que o embrião esteja vivo.
Cevada como alimento funcional
A cevada é considerada um alimento funcional, ou seja, que possui componentes que apresentam benefícios à saúde humana. Essa classificação se deve, principalmente, à presença das chamadas β-glucanas (polissacarídios naturais), as quais estão presentes nas fibras solúveis da cevada.
As β-glucanas relacionam-se com benefícios como a redução dos níveis de colesterol no sangue e a consequente redução dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disso, estão relacionadas com melhoria na fisiologia intestinal e promovem o aumento da biodisponibilidade de vitaminas e sais minerais. Além da β-glucanas, a cevada possui compostos fenólicos que possuem ação protetora do sistema cardiovascular.

Fontes
BIAZUS, V. Produtividade e valor nutritivo de grãos de cevada superprecoce no outono em diferentes épocas de semeadura, doses de nitrogênio e espaçamentos. Dissertação. Programa de Pós-graduação em Agronomia. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo. 2015. Disponível em: http://tede.upf.br/jspui/bitstream/tede/1300/2/2015ValderiaBiazus.pdf.

FONTANA, Ana Clara; FURONI, Gustavo César; MELO, Aila Maria Rodrigues; SABUNDJIAN, Michelle Traete. A cultura da cevada (Hordeum vulgare L.). Revista científica eletrônica de ciências aplicadas da FAIT. n. 1. Maio, 2016. Disponível em: http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/WyTvVot9U6aZ0Vg_2020-7-29-17-1-41.pdf.

PIPOLO, V. C; MINELLA, E. Cevada alimento funcional – Alternativa para a diversificação e agregação de valor na cadeia produtiva de cereais. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1132148/1/BPD-98-online.pdf.

PORTO, P.D. Tecnologia de fabricação de malte: Uma revisão. Monografia. Curso de Engenharia de Alimentos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2011. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/56455/000857950.pdf.

A primeira fotografia com um ser humano na frente da câmera

Em 1838, esta imagem foi registrada, marcando um momento histórico tanto para a humanidade quanto para a evolução da fotografia. Essa fotografia é reconhecida como a primeira em que um ser humano aparece na frente da câmera. Além de ser um marco nesse sentido, a imagem também se destaca como a primeira fotografia conhecida da cidade de Paris. A cena mostra um engraxate em sua rotina diária.
Curiosidade: No processo de daguerreotipia, inventado por Louis Daguerre, o tempo de exposição necessário para registrar uma imagem variava entre 10 a 30 minutos, dependendo da intensidade da luz disponível. Esse tempo era necessário para capturar uma imagem nítida em uma placa de cobre coberta com prata. Em condições de luz mais fraca, o tempo de exposição poderia ser ainda maior. Isso explicava, em parte, a dificuldade de registrar movimentos rápidos ou cenas cotidianas, já que as pessoas precisavam ficar muito tempo em uma posição fixa.
Foto: Louis Daguerre.

Quem foi Samuel Reshevsky?

Em 1920, Samuel Reshevsky de 8 anos jogava xadrez com vários mestres do jogo simultaneamente. Dos 23 partidos disputados, ele não perdeu nenhum e só empatou 4 vezes.
Samuel Reshevsky foi o sexto filho de uma família judia. Aprendeu a jogar xadrez aos quatro anos e três meses, sendo logo reconhecido como um menino prodígio. Aos oito anos, derrotava facilmente jogadores experientes e fazia jogos simultâneos, perdendo muito raramente.

13 janeiro 2025

Baobab

Baobab é uma das árvores com os troncos mais largos do mundo! Seu caule oco pode atingir diâmetros de mais de 10 metros e é capaz de armazenar mais de 100.000 litros de água. Seu tamanho é tão impressionante que alguns baobabs são usados como casas, galpões ou abrigos para animais. No entanto, infelizmente, a espécie está em vias de extinção.
Estima-se que os baobabs possam viver entre 1.000 e 3.000 anos, dependendo do seu tamanho. Seu nome científico é Adansonia digitata, mas também são conhecidos como baobabs, baobabs ou calabeiras. Esta árvore é verdadeiramente poderosa: abriga centenas de animais, pássaros e insetos em seus enormes troncos. Suas flores, que medem até 20 cm de comprimento, florescem durante a noite e contêm néctar e frutas que servem de alimento tanto para tribos como para animais. Além disso, a fruta do baobab, rica em vitamina C, tem usos medicinais e alimentares.
Da seiva desta árvore é extraído um óleo especial; os indígenas de Madagáscar constroem canoas (uma espécie de canoa longa) com seu tronco, e sua cortiça tem um composto medicinal para combater a epilepsia. Não admira que em África os baobabs representem a vida: são símbolos de fertilidade, abundância e cura.

Transferência de ovos de cavalo-marinho

Um fotógrafo subaquático capturou o momento exato em que uma fêmea de cavalo-marinho transfere seus ovos para o macho, que os chocará até que eclodam.
Os cavalos-marinhos são monogâmicos e estão entre os animais que demonstram amor por seus parceiros das formas mais ternas. Ao nascer do sol, eles ficam tão felizes em se ver que dançam por mais de cinco minutos. Com suas caudas entrelaçadas, eles se cumprimentam com um "bom dia", mudando suas cores para tons mais vibrantes. Ao longo do dia, eles nadam lado a lado, trocam gestos afetuosos, coram e fazem as pazes após brigas. Eles adoram aproveitar a vida e a boa comida: podem comer mais de três mil camarões por dia. Eles são a única espécie em que o macho dá à luz após incubar os ovos que a fêmea põe em sua bolsa. Eles se amam para sempre.

12 janeiro 2025

Você sabia que as ostras já fizeram parte da culinária popular?

No início da industrialização nos Estados Unidos, quando as cidades estavam em pleno crescimento e os trabalhadores urbanos clamavam por alimentos acessíveis e rápidos, as ostras eram um alimento onipresente.
Dos banquetes sofisticados aos simples ensopados, esse marisco era uma fonte de proteína barata e abundante.
Ascensão e queda das ostras urbanas
Nos séculos XVIII e XIX, as ostras eram o equivalente gastronômico dos ovos: uma proteína acessível e barata. Desde os banquetes requintados até as refeições do dia a dia, as ostras eram consumidas em larga escala, cultivadas em estuários e baías urbanas. O auge dessa era culminou em uma produção em massa que alimentava não apenas os trabalhadores urbanos, mas também a elite.
No entanto, à medida que as cidades cresciam e a poluição se infiltrava nos ambientes aquáticos, as ostras se tornaram um perigo para a saúde pública. Surto após surto de doenças transmitidas por alimentos, como a febre tifoide, foram associadas ao consumo de ostras contaminadas. Com isso, à medida que a preocupação com a segurança alimentar aumentava, o consumo desse marisco caía.
De alimento básico a artigo de luxo
Com a queda no consumo e a subsequente redução na produção urbana, um novo panorama se delineou. As pessoas, agora enfrentando a escassez de ostras em suas áreas urbanas, procuraram alternativas em outras fontes. Uma delas foram as ostras selvagens, que eram colhidas em regiões costeiras mais remotas, onde a poluição era menos prevalente e a qualidade da água era considerada mais segura.
No entanto, essa alternativa estava longe de ser uma solução econômica. Os gastos com transporte, distribuição e armazenamento tornavam os mariscos provenientes dessas fontes consideravelmente mais caros. Antes consideradas um alimento básico acessível para as massas, as ostras começaram a ser vistas como um artigo de luxo, reservado para aqueles com recursos financeiros disponíveis para arcar com seus custos elevados.
Essa transformação não apenas alterou a dinâmica do mercado de ostras, mas também influenciou como eram vistas socialmente. Com seu preço mais alto, elas assumiram um novo significado, tornando-se não apenas uma iguaria deliciosa, mas também um símbolo de status, riqueza e extravagância.
Apesar dos desafios enfrentados, há uma esperança crescente para o ressurgimento das ostras urbanas nos EUA e a volta da popularização desse alimento icônico. A implementação de regulamentações mais rigorosas e práticas de cultivo cuidadosas pode pavimentar o caminho para um retorno das ostras como um elemento comum na dieta, oferecendo não apenas nutrição, mas também uma conexão renovada com a rica história culinária e marítima do país.
Fonte: Mundo Curioso.

Vila de Stenil - Espanha

A vila de Stenil na Espanha, uma das cidades mais estranhas, seus habitantes vivem sob a maior rocha do planeta desde que foi construída pelos muçulmanos nos dias da Andaluzia.
Os moradores lá desfrutam do frio no verão e do calor no inverno, porque os tetos das suas casas são a mesma pedra que impede a penetração do calor ou do frio.

11 janeiro 2025

O primeiro trem no Brasil

O primeiro trem no Brasil foi inaugurado em 30 de abril de 1854, na Estrada de Ferro Mauá, ligando o porto de Mauá (Rio de Janeiro) à fragata imperial, no estuário da Baía de Guanabara. Veja alguns fatos interessantes:
Características
1. Trem a vapor: Utilizava locomotiva a vapor importada da Inglaterra.
2. Bitola: 1,676 metros (bitola larga).
3. Comprimento: 14,5 km.
4. Velocidade: 30 km/h.
História
1. Concessão: Outorgada ao Barão de Mauá em 1844.
2. Construção: Iniciada em 1852.
3. Inauguração: 30 de abril de 1854.
4. Expansão: Até 1858, chegou a 18 km.
Impacto
1. Desenvolvimento econômico: Facilitou transporte de mercadorias.
2. Integração nacional: Conectou regiões.
3. Progresso tecnológico: Introduziu tecnologia ferroviária.
Curiosidades
1. Primeira locomotiva: Nomeada "Baroneza".
2. Passageiros ilustres: Imperador D. Pedro II e outros nobres.
3. Custo: R$ 800.000 (aproximadamente R$ 12 milhões hoje).

Fontes:
1. Museu Nacional de Transportes.
2. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
3. Revista Ferroviária.
4. Livro "História dos Transportes no Brasil" de José Ribeiro.