Todo mundo já riu só para ser educado, como aquela vez em que seu
chefe contou uma piada idiota. Mas, se o seu objetivo for não demonstrar
que você não achou a piada engraçada, esqueça o riso falso – a maioria
das pessoas pode dizer que ele não é real.
Pesquisadores de comunicação vocal da Universidade da Califórnia em
Los Angeles (EUA) queriam saber quão bem as pessoas podiam diferenciar
uma risada falsa de uma verdadeira e descobriram que, 70% do tempo, as
pessoas reconhecem a diferença.
Segundo o principal autor do estudo, Greg Bryant, isso acontece
porque o riso falso é produzido com um conjunto diferente de músculos
vocais do que o verdadeiro, e esses músculos são controlados por uma
parte diferente do nosso cérebro.
O riso sem emoção parece um discurso
A risada em seres humanos provavelmente evoluiu de vocalizações em
nossos ancestrais primatas. Temos uma certeza razoável disso porque
podemos observar comportamentos vocais relacionados em muitas espécies
primatas hoje, assim como em animais como ratos e cães.
O resultado final é que há características sutis do riso humano que
soam como discurso, e evidências recentes sugerem que as pessoas são
inconscientemente bastante sensíveis a elas.
“Por exemplo, se você diminuir o ritmo do riso ‘real’ cerca de duas
vezes e meia, o resultado é estranhamente animalesco. Soa como um macaco
e, ao mesmo tempo em que é difícil de identificar, definitivamente
percebemos isso. Mas quando você desacelera o riso ‘falso’, não soa como
uma risada animal diminuindo, mas sim como fala humana diminuindo”,
explica Bryant.
O riso genuíno é menos deliberado. Como os humanos aprendem a rir
antes mesmo de aprenderem a falar, é uma coisa instintiva. O riso real é
desencadeado por emoção. A fala é algo mais controlado, bem como o riso
sem um verdadeiro gatilho emocional, e é por isso que nós o
identificamos com certa facilidade.
Fonte: Natasha Romanzoti - HypeScience
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