09 agosto 2025

Primeiro trem movido a energia solar no mundo

Trem solar da Austrália funciona com luz solar pura, sem combustível, sem fios.
É o primeiro do tipo no mundo  e já transporta passageiros. A Austrália introduziu um trem totalmente movido a energia solar, que funciona exclusivamente com energia renovável, sem usar combustível, fios aéreos ou emitir qualquer tipo de poluição.
Este trem elétrico leve desliza silenciosamente pela cidade costeira de Byron Bay, alimentado por painéis solares instalados no teto e por estações de recarga localizadas em ambas as extremidades dos trilhos. Até mesmo o sistema de freios ajuda a recarregar as baterias de bordo.
Inicialmente desenvolvido como uma iniciativa turística, o trem agora está atraindo a atenção global como um modelo de transporte público sustentável. Embora atualmente cubra apenas uma rota curta, ele demonstra que o transporte público limpo pode ser prático, eficiente e atraente.
O futuro energético da Austrália está se tornando mais sustentável, e este trem silencioso, movido a energia solar, marca um passo significativo em direção à mobilidade com emissão zero.
Não se trata mais apenas do destino  trata-se de mudar a forma como viajamos.
Fonte: Byron Bay Railroad Company.

O sistema de qanat

Escavadas nas planícies áridas do planalto central do Irã, essas misteriosas formações fazem parte de uma antiga inovação persa conhecida como sistema de qanat — uma das mais antigas e duradouras realizações da engenharia hidráulica da humanidade. Esses poços verticais, alguns com mais de 2.500 anos, se estendem por quilômetros sob a superfície do deserto, canalizando água subterrânea de aquíferos distantes até terras agrícolas sedentas.
Cada depressão circular é um poço de acesso vertical, escavado manualmente através de camadas de rocha e solo. Interligados por túneis com leve inclinação, formam um sistema sustentável movido apenas pela gravidade, capaz de transportar água por longas distâncias sem perdas por evaporação — ideal para climas secos e escaldantes. Essa rede subterrânea alimentava cidades, campos e até caravanas, garantindo a sobrevivência em territórios inóspitos.
Vistos do céu, parecem uma fileira de crateras celestiais ou pegadas fossilizadas de um colosso esquecido. Mas sob a superfície esconde-se uma história de resiliência, ciência e adaptação — um legado de rios invisíveis que ainda fluem, silenciosamente ligando o passado ao presente sob o pó do tempo.
Crédito: Vítor Soares.

08 agosto 2025

Fungos degradam poliuretano

Durante uma expedição à Floresta Amazônica equatoriana, no Parque Nacional de Yasuni, pesquisadores da Universidade de Yale descobriram fungos endófitos - organismos que vivem dentro de plantas - com uma habilidade surpreendente: degradar poliuretano, um dos plásticos mais resistentes à decomposição. Entre os fungos isolados, o que mais chamou a atenção foi o Pestalotiopsis microspora, que demonstrou a impressionante capacidade de consumir plástico mesmo em ambientes sem oxigênio, como as camadas profundas de aterros sanitários.
Publicado na revista Applied and Environmental Microbiology, o estudo revelou que algumas cepas de Pestalotiopsis microspora conseguiram degradar totalmente o poliuretano em placas de cultura, utilizando o material como única fonte de carbono. O processo acontece graças à ação de enzimas, como as serina-hidrolases, que quebram as cadeias do polímero em moléculas menores, que o tungo consegue absorver e metabolizar.
A descoberta abre caminho para o uso do fungo em projetos de biorremediação, especialmente em locais onde a decomposição natural do plástico é extremamente lenta ou inexistente. Apesar do enorme potencial, ainda são necessários testes em escala industrial para comprovar a viabilidade da aplicação fora do ambiente controlado de laboratório. Mesmo assim, o Pestalotiopsis microspora já desponta como um aliado promissor na luta contra a poluição plástica global.
Crédito: Daltro Emerenciano.

As larvas da mariposa-da-cera

Durante uma conferência científica em Antuérpia, pesquisadores revelaram que larvas da mariposa-da-cera conseguem ingerir e degradar plástico com uma eficiência impressionante. 
Essas lagartas, chamadas de wax worms, consumiram sacolas plásticas inteiras em menos de um dia. E o mais curioso: parte desse processo parece depender das bactérias que vivem no intestino delas. 
Apesar do talento biodegradador, elas não sobrevivem comendo só plástico. 
Agora, os cientistas testam misturas com açúcar para mantê-las vivas e saudáveis — ou mesmo isolar suas enzimas para transformar lixo plástico em algo biodegradável sem usar os bichos.
Fonte: Society for Experimental Biology Annual Conference (2025).

07 agosto 2025

Escolas no Japão

Já imaginou uma escola onde, nos primeiros anos, a criança não precisa tirar 10 em matemática… Mas sim aprender a ser gentil, disciplinada e empática? Pois é assim no Japão.
Lá, o foco nos primeiros anos não é decorar conteúdo nem passar em prova. É formar o caráter. As crianças aprendem como lidar com as emoções, como respeitar o outro, como conviver. Nada de boletim, nada de cobrança por nota. Até os 10 anos, o que vale é aprender a ser gente.
Enquanto muitas escolas pelo mundo ainda medem inteligência por uma régua única, o Japão entende que o sucesso de uma pessoa começa no emocional — e não só no conteúdo.
Essa filosofia muda tudo: As crianças crescem mais seguras, mais colaborativas, mais conscientes. Estão preparadas não só para passar de ano, mas para viver em sociedade com equilíbrio e propósito.
E agora fica a pergunta: será que não está na hora de a gente olhar com mais carinho para o que realmente importa na educação? Será que dá pra ensinar o futuro com métodos do passado?
Comenta aqui o que mais te chamou atenção nesse modelo. E aproveita pra marcar alguém que sonharia em ter estudado numa escola assim.
Crédito: Vida na Prática.

O maior meteorito intacto caído na Terra

Na Namíbia, está o maior meteorito intacto já encontrado na Terra e ele está exatamente onde caiu, há cerca de 80 mil anos… Sem deixar nenhuma cratera! 
Estamos falando do meteorito Hoba, um colosso de 60 toneladas, feito de ferro e níquel, que repousa a céu aberto, perto da cidade de Grootfontein. Com 2,7 metros de largura e quase 1 metro de espessura, sua queda silenciosa intriga a ciência até hoje. Isso porque sua forma achatada e a entrada em ângulo raso fizeram com que ele desacelerasse na atmosfera e atingisse o solo com velocidade terminal  evitando a explosão que normalmente criaria uma cratera. 
Descoberto por acaso em 1920, o Hoba foi declarado Monumento Nacional e pode ser visitado sem nenhuma barreira, onde está exposto ao ar livre. É o único meteorito desse porte ainda no local de impacto uma verdadeira relíquia espacial ao alcance das mãos. 
Estar diante dele é tocar um pedaço do cosmos, que sobreviveu ao fogo atmosférico e permanece ali como um visitante eterno do universo.
Crédito: Fernando Marçal.

05 agosto 2025

O Aquífero Guarani

O Aquífero Guarani é um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo. Ele está localizado na América do Sul, abrangendo partes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, ocupa áreas de vários estados, como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Esse aquífero é formado por rochas sedimentares porosas que armazenam e permitem o fluxo de água no subsolo. Ele cobre cerca de 1,2 milhão de km², sendo aproximadamente 70% dessa área no território brasileiro.
A importância do Aquífero Guarani é enorme: ele representa uma fonte estratégica de água potável, com capacidade para abastecer milhões de pessoas.
Crédito: Geografia Online. 

04 agosto 2025

Restaurante em Pompeia

Descobriram um restaurante de comida rápida com cardápio pintado na parede... em Pompeia!
Parece mentira, mas é real. Em 2020, arqueólogos encontraram um thermopolium completamente preservado: uma espécie de lanchonete da Roma Antiga!
O balcão em formato de L, com potes de cerâmica embutidos, servia pratos quentes para quem não tinha cozinha em casa — ou seja, a maioria da população da cidade.
E o mais incrível?
As paredes traziam o “menu” pintado: patos, galos, peixes… e tudo isso foi confirmado dentro dos potes, com restos de carne, ossos, caracóis e até vinho com especiarias!
Já imaginou pedir “um pato com fava e caracol ao molho de lentilhas”? Pois era isso que eles comiam!
Foram até encontrados restos humanos ali dentro — provavelmente alguém que tentou se abrigar do vulcão sem sucesso.
Pompeia segue nos ensinando que até a comida de rua tem história. E que há 2.000 anos… A vida urbana já era mais moderna do que parece.
Crédito: Fatos Curiosos.

A diferença entre raio, relâmpago e trovão

Embora muitas vezes essas palavras sejam usadas como sinônimos, elas representam fenômenos diferentes que acontecem quase ao mesmo tempo durante uma tempestade.
O raio é a descarga elétrica real. Ele ocorre entre regiões com cargas opostas, podendo acontecer de uma nuvem para outra ou entre uma nuvem e o solo. Essa descarga pode alcançar cerca de 30 mil graus Celsius, uma temperatura mais alta que a da superfície do Sol. Ao atravessar o ar, o raio o ioniza e cria um canal de plasma.
O relâmpago é a luz que vemos quando o raio acontece. Esse brilho repentino surge porque o ar, ao ser aquecido de forma extrema, começa a emitir luz por um breve instante. É um efeito visual parecido com o de uma lâmpada acesa.
O trovão é o som que ouvimos depois. Ele surge quando o ar ao redor do raio se expande violentamente por causa do calor. Como a luz se propaga muito mais rápido que o som, vemos o clarão antes de ouvir o estrondo. Quanto mais distante estiver a tempestade, maior será esse intervalo entre ver e ouvir.
Crédito: Curiosidades da Terra. 

O canto das cigarras

O canto das cigarras é para atrair fêmeas.
O canto das cigarras pode atingir mais de 100 decibéis, quase tão alto quanto uma motosserra! As cigarras cantam quando está muito calor principalmente por causa do acasalamento, e o calor tem um papel importante nesse comportamento.
Só os machos das cigarras cantam, e fazem isso para atrair as fêmeas durante a época de reprodução. O som é produzido por estruturas chamadas tímpanos, localizadas no abdómen.
A temperatura ideal ativa o canto. As cigarras precisam de uma temperatura corporal suficientemente alta para produzirem som. Elas são insetos de sangue frio, por isso dependem do ambiente para aquecer o corpo. Quando a temperatura sobe (normalmente acima dos 28 °C), o seu metabolismo acelera e conseguem vibrar os tímpanos com rapidez suficiente para cantar.
Mais calor, mais atividade. O calor acelera o desenvolvimento e a atividade geral das cigarras. Por isso, nos dias quentes e ensolarados, elas ficam mais ativas, tanto para cantar quanto para acasalar.