12 maio 2025

Energia de um raio

A energia liberada em um raio é um fenômeno elétrico e térmico que ocorre devido à intensa diferença de potencial elétrico entre nuvens ou entre uma nuvem e o solo. Esse potencial pode atingir milhões de volts, criando um campo elétrico forte o suficiente para ionizar o ar, tornando-o condutor e permitindo a descarga elétrica. 
Fisicamente, um raio pode ser descrito pelo conceito de potência elétrica, dado por P = V.I, onde V é a diferença de potencial e I é a corrente elétrica. Durante uma descarga, a corrente pode chegar a dezenas de milhares de amperes, liberando uma enorme quantidade de energia em um curto intervalo de tempo. Essa energia se manifesta como luz, calor e ondas sonoras. 
A temperatura no canal do raio pode ultrapassar 30.000°C, cinco vezes mais quente que a superfície do Sol. Essa alta temperatura faz com que o ar ao redor se expanda rapidamente, gerando uma onda de choque que percebemos como trovão. 
Além disso, a energia eletromagnética emitida pode interferir em dispositivos eletrônicos e causar danos a estruturas. O estudo da física dos raios é essencial para o desenvolvimento de sistemas de proteção e para entender melhor os fenômenos atmosféricos.
Raio caindo em árvores
Quando um raio atinge uma árvore, a temperatura extrema faz a seiva ferver instantaneamente, criando uma forte pressão interna. O impacto pode causar desde rachaduras na casca até a explosão completa da árvore.
Raio em vulcão
Esse fenômeno, conhecido como relâmpago vulcânico, ocorre quando a erupção libera partículas de cinzas e gases carregados eletricamente. Essa eletrificação na atmosfera forma uma tempestade de raios dentro da própria erupção, criando um dos espetáculos naturais mais raros e assustadores.

A vida do músico Blind Tom

Em 1849, em uma plantação na Geórgia, nasceu uma criança que parecia destinada a ser esquecida pela história. Thomas Wiggins, mais tarde conhecido como Blind Tom, veio ao mundo numa época em que ser cego significava ser considerado inútil no cruel sistema esclavagista do sul dos EUA. Sua vida começou com rejeição: ele não podia trabalhar nos campos, então seu dono pensou em se livrar dele. Mas o destino tinha outros planos.
Desde cedo, Tom demonstrou um fascínio obsessivo por sons. Enquanto outras crianças brincavam ou trabalhavam, ele passava horas ouvindo o vento nas árvores, a chuva gota ou o ranger das madeiras da casa. Qualquer barulho parecia apanhá-lo em um mundo só seu.
Um dia, quando tinha quatro anos, Tom encontrou um piano na casa do seu mestre, James Bethune. Para surpresa de todos, sem ter recebido uma única lição, sentou e começou a tocar. No início, os sons eram caóticos, mas rapidamente começou a imitar as melodias que ouvia na casa, com uma precisão impossível para alguém que nunca tinha tocado um instrumento.
Bethune, ao perceber que tinha um prodígio nas suas mãos, decidiu explorá-lo. Treinou-o com professores de música e começou a levá-lo em turnê, apresentando-o como um fenômeno da natureza. Com o tempo, Tom foi enchendo teatros por toda a América e Europa. Eu podia ouvir qualquer peça musical uma vez e repeti-la nota por nota, até peças complexas de compositores como Beethoven ou Chopin. Mas seu talento ia além da simples imitação: improvisava, compunha e dava à música uma alma própria.
As pessoas vinham em massa para ver. Não só porque ele era um virtuoso, mas porque sua forma de tocar era visceral, como se a música falasse através dele. Diz-se que ele podia imitar com o piano qualquer som que ouvisse desde o canto dos pássaros até o estrondo de uma tempestade.
No entanto, sua vida nunca foi inteiramente sua. Apesar da fama e do dinheiro que ele gerava, ele nunca foi livre. Seus ganhos iam para a família Bethune, e Tom, com uma mentalidade infantil devido ao que hoje poderia ser diagnosticado como autismo, nunca compreendeu totalmente a exploração a que estava sujeito. Ele passou a vida sendo transferido de um lado para o outro, tocando em cenários deslumbrantes, mas sem ter controle sobre o seu próprio destino.
À medida que envelheceu, a fama de Blind Tom diminuiu, embora o seu talento nunca diminuísse. Faleceu em 1908, tendo tocado para presidentes, músicos renomados e milhares de espectadores que ficaram maravilhados com seu dom.
Hoje, o seu legado continua vivo. Sua história inspirou músicos como Elton John, que compôs a música The Balad of Blind Tom em sua homenagem. E embora seu nome não seja tão lembrado quanto o de outros gênios musicais, sua história é um testemunho do poder da arte, da resiliência e do mistério do talento humano.
Blind Tom não via o mundo, mas ouvia-o de uma maneira que ninguém mais podia. E através da sua música, ele conseguiu que outros também o ouvissem.

Painéis solares entre trilhos de trem

A Suíça está instalando painéis solares entre os trilhos de trem — e essa tecnologia pode fornecer energia para 300 mil residências sem atrapalhar a circulação dos trens.
Em um avanço inovador rumo às energias renováveis, a startup suíça Sun-Ways implantou painéis solares entre os trilhos próximos à cidade de Buttes, no oeste da Suíça.
Esse sistema diferenciado — desenvolvido para ser instalado e retirado com rapidez — é o primeiro no mundo a unir geração de energia solar com a infraestrutura ferroviária ativa. Ao contrário de outros projetos que utilizam trilhos, os painéis da Sun-Ways são completamente removíveis, permitindo o funcionamento normal dos trens e a realização de manutenções necessárias. Com o apoio da Agência Suíça de Promoção da Inovação e diversos parceiros, o projeto piloto busca provar que é viável transformar milhares de quilômetros de ferrovias subutilizadas em fontes de energia limpa.
Caso seja adotado em larga escala, a Sun-Ways estima que sua tecnologia poderia gerar até 2% da eletricidade do país, o suficiente para abastecer 300 mil lares. A proposta já chamou atenção internacional, com países como Coreia do Sul e Estados Unidos avaliando parcerias semelhantes. Embora alguns especialistas levantem dúvidas sobre a eficiência dos painéis removíveis a longo prazo, outros acreditam no enorme potencial de reutilizar estruturas existentes ao invés de ocupar áreas naturais. Com metas ambiciosas rumo a um futuro sem emissões, a Suíça vê na solução da Sun-Ways um modelo arrojado e expansível para produção de energia limpa sobre trilhos.

11 maio 2025

Árvores na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte

As espécies de árvores da Praça da Liberdade em Belo Horizonte - Na praça, estão diversas espécies de árvores, com destaque para os ipês, que são uma característica marcante da cidade. Além dos ipês, que incluem diversas tonalidades como roxo, rosa e branco, também se encontram outras espécies como palmeiras imperiais, ipês-brancos, araucárias, ciprestes, tipuanas e magnólias. A praça conta com uma alameda de palmeiras imperiais e outras árvores de porte médio, arbustos e gramíneas. 
Principais árvores da Praça da Liberdade:
Ipês: Diversas espécies, incluindo roxo, rosa e branco.
Palmeiras Imperiais: Utilizadas para formar uma alameda.
Ipês-Brancos: Conhecidos como "noivas da cidade" pela cor de suas flores.
Araucárias: Presentes na praça.
Ciprestes: Também fazem parte da paisagem da praça.
Tipuanas: Incluídas nas novas árvores plantadas.
Magnólias: Novas adições à praça.
Outras: Arbustos, gramíneas e diversas espécies floríferas. 
A praça é um local emblemático na cidade, com a floração dos ipês, especialmente os brancos, sendo um evento anual aguardado por muitos. 
Na Praça são encontradas ainda algumas espécies arbóreas chamadas de pioneiras, cujo crescimento rápido proporciona a formação de sombras em curto período de tempo, tais como: bouganvilha (Bougainvillea glabra), carnaúba (Copernicia prunifera) e ipê-roxo bola (Handroanthus impetiginosa). Fotografia de @gustavosimoes.art

10 maio 2025

Salvando uma delfina

O famoso mergulhador italiano, Enzo Maiorca, estava mergulhando no mar quente de Siracusa e conversava com sua filha Rossana que estava no barco. Pronto para submergir, sentiu algo bater ligeiramente nas costas. Virou-se e viu um golfinho. Percebeu então que ele não queria brincar, mas expressar alguma coisa.
O animal mergulhou e Enzo o seguiu.
A cerca de 12 metros de profundidade, preso em uma rede abandonada, havia outro golfinho.
Maiorca rapidamente pediu à filha que apanhasse suas facas de mergulho. Em poucos minutos os dois conseguiram libertar o golfinho que, no limite das forças conseguiu emergir, emitindo um "grito quase humano" (assim descreveu Maiorca).
Um golfinho pode resistir debaixo d’água até 10 minutos, depois afoga-se.
O golfinho liberto, ainda atordoado, foi controlado por Enzo, Rossana e o outro golfinho. Depois veio a surpresa: era uma delfina, que logo deu à luz um filhote.
O macho circulou-os e, parando à frente de Enzo, lhe tocou na bochecha (como se fosse um beijo), num gesto de gratidão... e se afastaram.
Enzo Maiorca terminou sua intervenção dizendo: “até que o homem aprenda a respeitar e a dialogar com o mundo animal, nunca poderá conhecer o seu verdadeiro papel nesta Terra”.
Veja o poder de estar atento ao sinais que vida nos dá.

Sobre as cochinilhas

Com certeza você já os encontrou ao levantar um tijolo, ou um objeto úmido, e pode até ter sentido repugnância e até ter perguntado sobre o que a natureza estava pensando ao criá-los.
Pois saiba que os oniscídeos, mais conhecidos como ′′cochinilhas", são uma subordem de crustáceos isópodes terrestres, cuja função na criação é nem mais, nem menos, do que eliminar da terra os metais pesados como mercúrio, cádmio e chumbo, os quais são extremamente prejudiciais para o ser humano, contribuindo para a limpeza do solo e as águas subterrâneas e confirmando mais uma vez a sabedoria de natureza.

09 maio 2025

Sobre o Saruê, ou Gambá

Eu sou um Saruê (gambá) e agora que está mudando a estação você pode me ver mais vezes já que estou em época de reprodução. Eu tenho bebês e preciso de mais comida; peço que não me ataque pois estou trabalhando para tirar todos os vermes do seu caminho.
 Eu sou marsupial, não sou roedor. Eu sou o único marsupial americano, primo dos cangurus e coalas.
Eu sou capaz de suportar mordidas de cascavéis ou de cobras de coral. Graças a mim, existe um antídoto para o veneno de cobras. Eu como alacranes e carrapatos como batatas fritas. Não estou com raiva. Eu sou teu amigo.
Muitas vezes eu carrego meus bebês na minha bolsa como os cangurus, mas você não pode vê-los. Por esse motivo, posso ficar mais devagar ao cruzar ruas! Me assuste e eu vou embora.
Não me tema porque eu não ataco pessoas, só vou fugir porque tenho muito medo.
Se você é uma pessoa melhor, mostre essa informação aos vizinhos e conhecidos para que eles não queiram me prejudicar.

O Paraceratherium

O maior mamífero terrestre que já existiu!
Com mais de 5 metros de altura e pesando até 20 toneladas, este colosso sem chifres dominou as paisagens do Oligoceno, há cerca de 30 milhões de anos. Seu crânio de 1,3 metros abrigava dentes robustos, perfeitos para devorar enormes quantidades de vegetação, enquanto seu lábio superior ou trompa pré-hensil o ajudavam a alcançar ramos altos.
Embora seu reinado como megaherbívoro tenha sido incontestável, alterações climáticas, alterações no seu habitat ou novos concorrentes poderiam ter causado sua extinção.

Sobre o Halls

No alvorecer do século XX, a indústria farmacêutica e de confeitos passava por uma revolução silenciosa, impulsionada pelos avanços da química industrial e pelas demandas de consumidores por produtos que unissem utilidade e prazer. Nesse cenário, surgiu o Halls, uma das marcas mais icônicas de pastilhas do mundo, cuja história se entrelaça com inovações em saúde, marketing e cultura popular.
A origem do Halls remonta a 1930, nos Estados Unidos, quando a empresa Halls Brothers (fundada por William e Wesley Hall) lançou uma pastilha para alívio de irritações na garganta, inicialmente comercializada como um produto medicinal . A fórmula pioneira combinava mentol, eucalipto e outros ingredientes ativos, oferecendo um efeito refrescante e suavizante-uma resposta prática às necessidades de uma sociedade que enfrentava frequentes problemas respiratórios devido a mudanças do clima e poluição industrial.
Nos anos 1950, a Halls Brothers foi adquirida pela Warner-Lambert, conglomerado que reconheceu o potencial da marca não apenas como um remédio, mas como um produto de consumo massivo (Davis, 1998). Sob nova gestão, as pastilhas foram reposicionadas com slogans como "Halls, o socorro rápido para a garganta", associando-as ao alívio imediato e ao bem-estar cotidiano.
A virada decisiva ocorreu nos anos 1970, quando a empresa investiu em campanhas publicitárias televisivas, destacando o uso do Halls em situações sociais, como em encontros ou antes de discursos, solidificando.

08 maio 2025

Sobre tatuagem

A tatuagem é um tipo de recurso utilizado por muitas pessoas, em especial jovens, que querem eternizar algo ou alguém em seu corpo, mas há também aqueles que se tatuam apenas por questão de estilo.
Há controvérsias quanto à origem da tatuagem, para alguns estudiosos a tatuagem sempre esteve ligada à evolução humana. Foram encontradas provas arqueológicas de que tatuagens eram feitas desde 4000 e 2000 a.C, no Egito. Algumas múmias possuíam sinais corpóreos semelhantes aos da tatuagem. A tatuagem também já foi utilizada em certos rituais antigos, suas simbologias são inúmeras.
Na Idade Média a tatuagem foi banida da Europa, pois era vista como “coisa do demônio”. Já no século XVIII, a tatuagem se tornou uma febre entre os marinheiros, especialmente entre aqueles que navegam pelos mares do sul. 
Não existiam tatuadores profissionais trabalhando no início do século XIX, as pessoas que realizavam essa função eram amadores, esses faziam parte da tripulação ou eram encontrados nos grades portos.
No início utilizava-se uma ferramenta feita de madeira e um pente de ossos afiados, batiam com um pedaço de pau na parte de trás do instrumento, pressionando com a agulha a carne do indivíduo, introduzindo assim a tinta e formando o desenho desejado. Essas batidas produziam um som (ta-tá, ta-tá, ta-tá), e a partir desse os nativos passaram a chamar o procedimento de tatau, que posteriormente foi designada pelo capitão James Cook como tattow, nascendo a palavra tattoo (em inglês) que em português se tornou tatuagem.
Criada em 1891, a tatuagem elétrica só chegou ao Brasil em 1959, trazida por Knud Harld Likke Gregersen, da Dinamarca. Muitas pessoas têm uma tatuagem ou desejam fazer uma algum dia, mas antes de pensar em tatuar o corpo a pessoa deve primeiramente pesquisar o estabelecimento onde fará, certificar-se de que o aparelho é esterilizado e de que a agulha é descartável. 
Prefira tatuar tornozelos, punhos ou costas, pois lugares como braços, seios, colo, coxas, barriga e quadris tendem a deformar com o passar dos anos. 
Fonte: Mundo Educação.