30 dezembro 2024

Como foi criado o logotipo Bluetooth

O logotipo Bluetooth tem uma origem interessante que combina história e simbologia nórdica.
Foi criado combinando duas runas da escrita viking, especificamente as runas "Haglaz" ( ᚼ) e "Bjarkan" ( ᛒ), que representam as iniciais do rei dinamarquês Harald "Bluetooth" Gormsson, que unificou a Dinamarca e a Noruega no século X.
A combinação destas runas forma o símbolo que conhecemos hoje como o logotipo Bluetooth. Escolher o nome e o símbolo representa a capacidade da tecnologia Bluetooth para unir e conectar dispositivos, como o rei Harald unificou diferentes regiões.

29 dezembro 2024

Dizem que você é louca?

Quando te disserem que você é louca, lembre-se que num dia 6 de novembro, nasceu Joana de Castela, uma Rainha que nunca foi louca, nunca!
Joana, a casaram aos 16 anos com um rapaz a quem chamavam “o lindo”, (Felipe, o Lindo) mesmo que não fosse. (de acordo com os retratos, era bem feio).
O cara se beneficiou desde o primeiro dia de todas as senhoras da corte.
Joana se zangava logicamente, porque exigia um respeito que a ela não era dado.
Nem como mulher, nem como Rainha, nem como esposa.
E é por isso que a chamavam de louca.
Quando o seu marido morreu, Joana reivindicou o trono de Rainha de Castela, que a ela estava destinado.
O Rei Fernando, o seu próprio pai, não queria que Joana reinasse.
Então, decidiu que ela estava louca. E trancou-a.
Joana, além disso, ainda era jovem e muito bela.
O Rei temia que voltasse a casar-se e contasse com um homem que a apoiasse na luta pelo trono. Melhor presa...
Quando o seu filho Carlos foi visitá-la, dizem que ela "lhe cedeu graciosamente" o poder. Mentira!
Carlos obrigou-a a assinar e deixou-a lá: Presa!
Joana era uma mulher culta, que falava latim e escrevia poesia...
Mas a história a chamou de Joana, a Louca e não Joana, a prisioneira.
Joana de Castela é uma de tantas mulheres a quem a história negou sua verdadeira voz.
Da próxima vez que te chamarem louca, lembra que louca é a primeira coisa que se diz a uma mulher quando a querem silenciar!
Tradução do texto de Paco Alonso.

Qual a origem dos símbolos utilizados em computação?

No livro A Casa da Mãe Joana, Reinaldo Pimenta explica que estes símbolos surgiram durante a Idade Média. Naquele tempo, os livros eram escritos à mão, pelos chamados copistas. Os sinais e abreviaturas simplificavam a grafia das palavras e economizavam tinta e papel. Foi assim que o termo latino et se transformou em &. Hoje ele é como "e comercial". O arroba (@)era utilizado inicialmente para substituir a preposição latina ad, que entre outras coisas significava "em casa de". Na Inglaterra, o símbolo aparecia com freqüência para definir os preços de mercadorias ("10 @ L3" queria dizer "10 unidades ao preço de 3 libras cada"). No século XIX, quando mercadorias com esta marcação chegavam a portos espanhóis, os estrangeiros as associaram ao desenho de uma unidade de peso chamada arroba. Daí sua denominação.
Fonte: Livro Guia dos Curiosos.

Qual a força do homem medida em HP ou CV?

Existem diferentes medidas que podem ser utilizados para representar a capacidade física de uma pessoa.
Se ela empurra uma mesa, por exemplo, a força que faz será medida em newtons. Se conseguir arrastar esta mesa, estará realizando um trabalho medido em jaules. Dependendo da rapidez com que desloca a mesa (trabalho por unidade de tempo), a pessoa permitirá que se meça sua potência, esta sim dada em cavalo-vapor (CV).
Fonte:  Livro Guia dos Curiosos.

Até os animais voltaram!

Em 20 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, provaram que a natureza pode renascer. Após perderem a mata ao redor de sua propriedade em Aimorés, Minas Gerais, decidiram replantar não só árvores, mas todo um ecossistema.  
Com paciência e determinação, plantaram mais de 2 milhões de árvores, recriando a floresta atlântica original. O resultado? Uma explosão de vida: mais de 170 espécies de aves, mamíferos e répteis voltaram à região, transformando o cenário desolador em uma floresta vibrante.  
As fotos do "antes e depois" são um lembrete poderoso: se um casal conseguiu trazer uma floresta de volta, o que mais podemos fazer pelo planeta?
Fonte: Mais Brasil.

Você sabia que a antiga cidade de Êfeso foi um dos centros mais importantes do mundo clássico?

Localizada na costa do mar Egeu, Éfeso atingiu o seu auge durante o domínio romano, sendo uma cidade próspera e famosa pelo seu esplêndido Templo de Artemis, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Este templo, dedicado à deusa da caça e da fertilidade, atraía peregrinos de todo o mundo conhecido, e suas dimensões colossais eram um testamento do poder e riqueza da cidade.
Sob o império de Augusto, Éfeso tornou-se a capital da província romana da Ásia. Com ruas de mármore, grandes teatros e banheiros termais, a cidade foi um símbolo da civilização romana. O Grande Teatro de Éfeso, com capacidade para 25.000 pessoas, foi palco de grandes eventos, desde discursos públicos até batalhas de gladiadores.
No entanto, como muitas cidades antigas, Éfeso começou a diminuir com a queda do Império Romano. Os terremotos e a sedimentação do porto condenaram o seu destino, e para o século XV, a majestosa cidade já estava em ruínas, engolida pela poeira da história. 
Hoje, as ruínas de Éfeso continuam atraindo viajantes e arqueólogos, maravilhados com seu legado.
Fonte: Curiosidades do mundo.

Qual o país que tem uma bíblia na bandeira?

Apenas uma bandeira em todo o mundo tem uma bíblia no brasão; descubra qual país ela pertence e veja o que está escrito nela.
Existem mais de 180 bandeiras no mundo inteiro. Apenas na ONU (Organização das Nações Unidas), são 192 países que fazem parte. Uma bandeira não é igual à outra. Isso faz com que haja uma pluralidade de formas e combinações únicas. De todas essas, curiosamente, existe apenas uma que leva uma bíblia no brasão.
Qual o país que tem uma bíblia na bandeira?
A República Dominicana é o país que tem uma bíblia na bandeira. Além do símbolo religioso, ela traz uma cruz branca no centro, que divide as cores vermelho e azul. No livro sagrado, é possível ler a passagem de Jo 8,32: “Eles conhecerão a verdade e a verdade os libertará”.
A República Dominicana é um país centro americana que está na ilha de São Domingos, a leste do Haiti. O idioma oficial é o espanhol e a religião predominante é a Católica.
Por Anthony Teixeira.

28 dezembro 2024

Quem foi Afrodite e qual é a origem da Deusa da Beleza?

Seja por conta de animações como Hércules ou Cavaleiros do Zodíaco, você certamente vai se lembrar de ter ouvido falar de Afrodite. Ela é conhecida como a Deusa da Beleza, e habitou o Olimpo juntamente com Zeus e outras divindades.
Entretanto, não são todas as pessoas que conhecem os detalhes associados à sua história. Por isso, convidamos você a prosseguir sua leitura, pois falaremos mais sobre a divindade nas linhas a seguir.
Quem é e qual a origem da Deusa Afrodite? 
Afrodite, assim como praticamente todas as outras divindades gregas, possuía mais de uma atribuição associada ao seu nome. Neste caso, estamos falando daquela que era a responsável por ser a deusa do amor, da beleza, da fertilidade e do desejo.
Uma das versões mais conhecidas sobre o nascimento de Afrodite diz que ela teria surgido da espuma do mar. 
Segundo Hesíodo, o teólogo da mitologia grega, após Cronos castrar seu pai Urano e lançar seus órgãos genitais no mar, uma espuma branca se formou. Foi dela que emergiu Afrodite, com toda a sua beleza e esplendor. 
Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega.  (Fonte: Getty Images/ Reprodução)
Aparência emprestada?
A figura de Afrodite não surgiu do nada. Pesquisadores acreditam que a deusa grega tenha sido influenciada por antigas divindades orientais, como Astarte, deusa fenícia do amor, da fertilidade e da guerra. 
Essa influência é perceptível em diversos aspectos de seu culto e em suas atribuições. Astarte, assim como Afrodite, era frequentemente representada como uma figura feminina sensual e poderosa, geralmente associada à natureza e à vida.
Com o tempo, os gregos adaptaram a figura de Astarte aos seus próprios valores e crenças, dando origem a Afrodite. A deusa grega, porém, adquiriu características e nuances próprias, tornando-se um ícone da cultura helênica.
Quais são os filhos de Afrodite?
Como é relatado na história de vários deuses gregos, Afrodite foi mãe de inúmeros filhos, fruto de suas muitas aventuras amorosas. Entre seus descendentes mais famosos, destacam-se:
- Eros: o deus do amor, frequentemente representado como um menino alado com um arco e flecha (também conhecido por muitos como o cupido);
- Eneias: um herói troiano, filho de Anquises, que desempenhou um papel fundamental na Eneida de Virgílio;
- Harmonia: foi a esposa de Cadmo, fundador de Tebas.
Já sobre os pares, há menções na história de que Afrodite gerou filhos de Poseidon, Ares e Apolo, apenas para citar algumas de suas relações.
Etimologia e origens do culto
O nome "Afrodite" tem origem na palavra grega "aphros", que significa "espuma". Essa etimologia está ligada a uma das principais versões sobre o nascimento da deusa, que já mencionamos pouco mais acima neste texto. 
Já quando falamos sobre o seu culto, ele certamente tem raízes profundas na história da religião. Além de Astarte, acredita-se que a deusa também tenha sido influenciada por Ishtar, deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra. 
Ishtar era uma figura central na religião mesopotâmica, sendo associada aos planetas Vênus e Lua. Assim como Astarte, Ishtar era uma deusa complexa e multifacetada, com um papel fundamental na vida social e religiosa das comunidades mesopotâmicas. 
Neste sentido, podemos dizer que Afrodite não é apenas uma deusa grega. Por conta das misturas de origens, ela acaba aparecendo como um reflexo de um mundo antigo, complexo e interconectado. 
Afrodite na mitologia grega
Na mitologia grega, Afrodite é frequentemente retratada como uma figura sedutora e poderosa, capaz de manipular os corações tanto de deuses quanto de mortais. Sua beleza era considerada divina e insuperável, por isso era frequentemente invocada em rituais de amor e fertilidade.
A deusa era associada a diversos símbolos, como o espelho, a pomba, o cisne e a rosa. O espelho representava sua vaidade e a busca pela beleza, enquanto a pomba simbolizava a paz e o amor. O cisne, por sua vez, era considerado uma ave sagrada para Afrodite, e a rosa era a flor que a representava.
Quais são os mitos e simbolismos ligados à Afrodite?
A mitologia grega está repleta de histórias envolvendo Afrodite. Algumas das mais conhecidas são:
- O julgamento de Paris: Afrodite ofereceu a Paris, príncipe de Troia, o amor da mais bela mulher em troca de um julgamento a seu favor. Essa decisão desencadeou a Guerra de Troia;
- O mito de Adônis: neste mito, Afrodite se apaixonou por Adônis, um jovem caçador, e o protegia dos perigos da floresta. No entanto, Adônis foi morto por um javali, e Afrodite transformou o sangue do amado em uma flor: a anêmona;
- O mito de Psiquê: Afrodite, enciumada com a beleza de Psiquê, enviou Eros para fazê-la se apaixonar por um monstro. No entanto, Eros se apaixonou por Psiquê, e os dois viveram um grande amor.
Vale mencionar que Afrodite, além de ser a deusa do amor e da beleza, também era associada à fertilidade e à procriação. Seu culto estava intimamente ligado à natureza e aos ciclos da vida. 
Outro ponto importante é que a deusa era celebrada em diversas festas e rituais, e sua imagem era comumente representada em esculturas, pinturas e vasos.
Fonte: Mega Curioso.

Curiosidades sobre o lúpulo

O lúpulo é uma planta herbácea cultivada, principalmente, no hemisfério Norte, onde é possível encontrar as condições adequadas para seu desenvolvimento.
A flor feminina do lúpulo produz substâncias que garantem o amargor e o aroma da cerveja.
O lúpulo (Humulus lupulus) é uma espécie herbácea com grande valor econômico, sendo usada principalmente na indústria cervejeira. Essa planta é pertencente à mesma família da maconha (Cannabaceae), entretanto, apesar do parentesco com tal planta, não apresenta os mesmos efeitos psicotrópicos que ela. A seguir, falaremos um pouco mais a respeito do lúpulo e suas propriedades.
Utilização do lúpulo
Quando falamos em lúpulo, a primeira coisa que nos vem à cabeça é cerveja. Isso se deve, principalmente, ao fato de que cerca de 98% do lúpulo cultivado hoje em dia é usado para ajudar na preservação e na aromatização dessa bebida. O lúpulo, entretanto, além de ser usado na indústria cervejeira, já foi muito utilizado na produção de papel e na fabricação de cordas, podendo ainda ser usado no tratamento de problemas hepáticos e digestivos.
Usado desde o século XIII, o lúpulo não apresenta apenas a função de dar gosto à bebida, ele tem função antisséptica, além de dar estabilidade à espuma. A planta também é uma fonte de antioxidantes em virtude da presença de alguns flavonoides.
Segundo Bill Laws, em seu livro "50 Plantas que Mudaram o Rumo da História", antes da adição do lúpulo à cerveja (que até então não recebia esse nome), a bebida era muito adocicada, perecia rapidamente e recebia o nome de ale. A bebida era feita a partir de cevada maltada e eram adicionadas especiarias, como o alecrim-do-norte. A adição de lúpulo fez o ale tornar-se mais duradouro, transformando-o na conhecida cerveja.
Características do lúpulo
O lúpulo é uma trepadeira perene que pode atingir mais de 7 metros de altura e é nativo da Europa Setentrional e Oriente Médio. Na primavera, as plantas começam a se enrolar em diferentes tipos de suporte, já no inverno, as folhas caem e apenas o sistema subterrâneo permanece vivo. Esse sistema subterrâneo é ramificado e pode atingir até 4 metros de profundidade. O lúpulo desenvolve-se em locais ricos em húmus, daí o nome do gênero Humulus.
Vale salientar que o cultivo do lúpulo é recomendado entre 35° e 55° de latitude norte ou sul. Essa planta necessita de uma grande quantidade de luz solar para que ocorra sua floração, sendo encontrada em locais que permitam essa planta receber cerca de 10 a 15 horas por dia de luz. Devido a esse fator, essa planta não é capaz de florescer em todos os locais do planeta.
O lúpulo não consegue florescer em qualquer lugar do planeta.
A planta apresenta indivíduos machos e fêmeas, ou seja, ela é dioica. Flores masculinas e femininas são bastante diferentes entre si. As flores encontradas na planta feminina apresentam-se agrupadas em cachos arredondados e são essas flores que são utilizadas para a produção da cerveja. Nas flores femininas do lúpulo, é encontrada uma substância chamada de lupulina, a qual apresenta resinas, proteínas, óleos essenciais, ceras, entre outros compostos.
O sabor amargo característico da cerveja é devido à presença de substâncias conhecidas como alfa ácidos presentes nas resinas encontradas na lupulina. Vale destacar que o sabor amargo só surge após a isomerização dos ácidos durante o processo de fervura do mosto, um dos processos da produção de cerveja.
Além dos alfa ácidos, encontramos também beta ácidos, os quais possuem propriedades antimicrobianas. Não podemos nos esquecer também da presença dos chamados óleos essenciais, que são responsáveis pelo aroma do lúpulo.
É importante salientar que os componentes do lúpulo, essenciais para a fabricação da cerveja, podem sofrer modificações devido à umidade do ar, altas temperaturas e exposição ao oxigênio. Desse modo, é fundamental proteger o lúpulo em local fresco, seco e sem contato com oxigênio até que seja utilizado.
Tipos de lúpulo
Existem mais de 100 variedades diferentes de lúpulo no mundo e essas variedades diferenciam-se devido, por exemplo, à quantidade de alfa e beta ácidos e de óleos essenciais. Costuma-se dividir o lúpulo em dois grupos: os aromáticos e os de amargor. O lúpulo Hallertau, por exemplo, é uma variedade alemã que apresenta um aroma nobre, sendo esse um lúpulo aromático. O lúpulo Target (variedade do Reino Unido), por sua vez, destaca-se por seu alto teor de alfa ácido, sendo um lúpulo de amargor.
Veja a seguir o nome de algumas variedades conhecidas de lúpulo:
- Variedades americanas: Centennial; Chinook; Columbus.
- Variedades do Reino Unido: Challenger; Fuggle; Phoenix.
- Variedades alemãs: Hallertau; Magnum; Tettnang; Tettnanger.
- Variedades da República Tcheca: Saaz
Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Fonte: UOL - Mundo Educação.
A flor feminina do lúpulo produz substâncias que garantem o amargor e o aroma da cerveja

27 dezembro 2024

Construções colossais no Egito Antigo - Mais que pirâmides eesfinges

Quando pensamos nas construções monumentais do Egito Antigo, as Pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge imediatamente vêm à mente. De fato, essas maravilhas arquitetônicas representam a habilidade técnica e a visão dos faraós do Reino Antigo. No entanto, o legado monumental do Egito vai muito além dessas obras icônicas, abrangendo templos, tumbas e complexos sagrados espalhados por todo o vale do Nilo. Locais como Dendera, Kom Ombo e Abu Simbel oferecem exemplos excepcionais da engenhosidade e do simbolismo do antigo Egito.
Construídas durante o Reino Antigo (c. 2686–2181 a.C.), as Pirâmides de Gizé — Quéops, Quéfren e Miquerinos — demonstram o apogeu da engenharia egípcia, com a Pirâmide de Quéops sendo a mais alta por mais de 3.800 anos. Próxima às pirâmides, a Grande Esfinge, esculpida diretamente no calcário, é um dos maiores monumentos monolíticos do mundo, simbolizando a força e a sabedoria do faraó Quéfren.
Localizado na cidade de Dendera, o Templo de Hathor é um dos complexos religiosos mais bem preservados do Egito. Construído principalmente durante o Período Ptolomaico (c. 332–30 a.C.), ele reflete o sincretismo cultural entre as tradições egípcias e helenísticas. O teto do templo é adornado com cenas astronômicas, incluindo o famoso zodíaco de Dendera, uma representação única das constelações e ciclos celestes. Este templo destaca o papel central de Hathor, deusa do amor, da música e da fertilidade.
O templo duplo de Kom Ombo, construído durante o Período Ptolomaico, é único por ser dedicado a dois deuses: Sobek, o deus crocodilo, e Hórus, o deus falcão. Sua localização estratégica, próxima ao rio Nilo, enfatiza sua importância como centro religioso e administrativo. As paredes do templo contêm relevos detalhados, como instrumentos cirúrgicos, que sugerem o avanço da medicina na época.
Talvez um dos exemplos mais impressionantes de arquitetura monumental seja o complexo de Abu Simbel, esculpido diretamente na rocha pelo faraó Ramsés II (r. 1279–1213 a.C.) durante o Reino Novo. O templo principal é dedicado a Ramsés e aos deuses Amon, Rá-Horakhty e Ptah. Suas estátuas colossais de 20 metros na fachada impressionam pela escala e precisão. O templo menor, dedicado à rainha Nefertari, é um dos primeiros exemplos de construção em homenagem a uma rainha consorte. Em um feito moderno de engenharia, ambos os templos foram relocados na década de 1960 para evitar sua submersão pelo Lago Nasser, criado pela construção da Represa de Assuã.
As construções colossais do Egito Antigo não apenas refletem o poder e a devoção dos faraós, mas também oferecem um vislumbre da cultura, espiritualidade e avanços técnicos dessa civilização. Enquanto Gizé e a Esfinge representam o esplendor do Reino Antigo, templos como Dendera, Kom Ombo e Abu Simbel destacam a evolução arquitetônica e simbólica que permeou milênios de história egípcia.
FONTES:
1. Arnold, Dieter. The Encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture. Princeton University Press, 2003.
2. Wilkinson, Richard H. The Complete Temples of Ancient Egypt. Thames & Hudson, 2000.
3. Shaw, Ian. The Oxford History of Ancient Egypt. Oxford University Press, 2000.
4. Bard, Kathryn A. An Introduction to the Archaeology of Ancient Egypt. Wiley-Blackwell, 2015.