28 dezembro 2024

Quem foi Afrodite e qual é a origem da Deusa da Beleza?

Seja por conta de animações como Hércules ou Cavaleiros do Zodíaco, você certamente vai se lembrar de ter ouvido falar de Afrodite. Ela é conhecida como a Deusa da Beleza, e habitou o Olimpo juntamente com Zeus e outras divindades.
Entretanto, não são todas as pessoas que conhecem os detalhes associados à sua história. Por isso, convidamos você a prosseguir sua leitura, pois falaremos mais sobre a divindade nas linhas a seguir.
Quem é e qual a origem da Deusa Afrodite? 
Afrodite, assim como praticamente todas as outras divindades gregas, possuía mais de uma atribuição associada ao seu nome. Neste caso, estamos falando daquela que era a responsável por ser a deusa do amor, da beleza, da fertilidade e do desejo.
Uma das versões mais conhecidas sobre o nascimento de Afrodite diz que ela teria surgido da espuma do mar. 
Segundo Hesíodo, o teólogo da mitologia grega, após Cronos castrar seu pai Urano e lançar seus órgãos genitais no mar, uma espuma branca se formou. Foi dela que emergiu Afrodite, com toda a sua beleza e esplendor. 
Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega.  (Fonte: Getty Images/ Reprodução)
Aparência emprestada?
A figura de Afrodite não surgiu do nada. Pesquisadores acreditam que a deusa grega tenha sido influenciada por antigas divindades orientais, como Astarte, deusa fenícia do amor, da fertilidade e da guerra. 
Essa influência é perceptível em diversos aspectos de seu culto e em suas atribuições. Astarte, assim como Afrodite, era frequentemente representada como uma figura feminina sensual e poderosa, geralmente associada à natureza e à vida.
Com o tempo, os gregos adaptaram a figura de Astarte aos seus próprios valores e crenças, dando origem a Afrodite. A deusa grega, porém, adquiriu características e nuances próprias, tornando-se um ícone da cultura helênica.
Quais são os filhos de Afrodite?
Como é relatado na história de vários deuses gregos, Afrodite foi mãe de inúmeros filhos, fruto de suas muitas aventuras amorosas. Entre seus descendentes mais famosos, destacam-se:
- Eros: o deus do amor, frequentemente representado como um menino alado com um arco e flecha (também conhecido por muitos como o cupido);
- Eneias: um herói troiano, filho de Anquises, que desempenhou um papel fundamental na Eneida de Virgílio;
- Harmonia: foi a esposa de Cadmo, fundador de Tebas.
Já sobre os pares, há menções na história de que Afrodite gerou filhos de Poseidon, Ares e Apolo, apenas para citar algumas de suas relações.
Etimologia e origens do culto
O nome "Afrodite" tem origem na palavra grega "aphros", que significa "espuma". Essa etimologia está ligada a uma das principais versões sobre o nascimento da deusa, que já mencionamos pouco mais acima neste texto. 
Já quando falamos sobre o seu culto, ele certamente tem raízes profundas na história da religião. Além de Astarte, acredita-se que a deusa também tenha sido influenciada por Ishtar, deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra. 
Ishtar era uma figura central na religião mesopotâmica, sendo associada aos planetas Vênus e Lua. Assim como Astarte, Ishtar era uma deusa complexa e multifacetada, com um papel fundamental na vida social e religiosa das comunidades mesopotâmicas. 
Neste sentido, podemos dizer que Afrodite não é apenas uma deusa grega. Por conta das misturas de origens, ela acaba aparecendo como um reflexo de um mundo antigo, complexo e interconectado. 
Afrodite na mitologia grega
Na mitologia grega, Afrodite é frequentemente retratada como uma figura sedutora e poderosa, capaz de manipular os corações tanto de deuses quanto de mortais. Sua beleza era considerada divina e insuperável, por isso era frequentemente invocada em rituais de amor e fertilidade.
A deusa era associada a diversos símbolos, como o espelho, a pomba, o cisne e a rosa. O espelho representava sua vaidade e a busca pela beleza, enquanto a pomba simbolizava a paz e o amor. O cisne, por sua vez, era considerado uma ave sagrada para Afrodite, e a rosa era a flor que a representava.
Quais são os mitos e simbolismos ligados à Afrodite?
A mitologia grega está repleta de histórias envolvendo Afrodite. Algumas das mais conhecidas são:
- O julgamento de Paris: Afrodite ofereceu a Paris, príncipe de Troia, o amor da mais bela mulher em troca de um julgamento a seu favor. Essa decisão desencadeou a Guerra de Troia;
- O mito de Adônis: neste mito, Afrodite se apaixonou por Adônis, um jovem caçador, e o protegia dos perigos da floresta. No entanto, Adônis foi morto por um javali, e Afrodite transformou o sangue do amado em uma flor: a anêmona;
- O mito de Psiquê: Afrodite, enciumada com a beleza de Psiquê, enviou Eros para fazê-la se apaixonar por um monstro. No entanto, Eros se apaixonou por Psiquê, e os dois viveram um grande amor.
Vale mencionar que Afrodite, além de ser a deusa do amor e da beleza, também era associada à fertilidade e à procriação. Seu culto estava intimamente ligado à natureza e aos ciclos da vida. 
Outro ponto importante é que a deusa era celebrada em diversas festas e rituais, e sua imagem era comumente representada em esculturas, pinturas e vasos.
Fonte: Mega Curioso.

Curiosidades sobre o lúpulo

O lúpulo é uma planta herbácea cultivada, principalmente, no hemisfério Norte, onde é possível encontrar as condições adequadas para seu desenvolvimento.
A flor feminina do lúpulo produz substâncias que garantem o amargor e o aroma da cerveja.
O lúpulo (Humulus lupulus) é uma espécie herbácea com grande valor econômico, sendo usada principalmente na indústria cervejeira. Essa planta é pertencente à mesma família da maconha (Cannabaceae), entretanto, apesar do parentesco com tal planta, não apresenta os mesmos efeitos psicotrópicos que ela. A seguir, falaremos um pouco mais a respeito do lúpulo e suas propriedades.
Utilização do lúpulo
Quando falamos em lúpulo, a primeira coisa que nos vem à cabeça é cerveja. Isso se deve, principalmente, ao fato de que cerca de 98% do lúpulo cultivado hoje em dia é usado para ajudar na preservação e na aromatização dessa bebida. O lúpulo, entretanto, além de ser usado na indústria cervejeira, já foi muito utilizado na produção de papel e na fabricação de cordas, podendo ainda ser usado no tratamento de problemas hepáticos e digestivos.
Usado desde o século XIII, o lúpulo não apresenta apenas a função de dar gosto à bebida, ele tem função antisséptica, além de dar estabilidade à espuma. A planta também é uma fonte de antioxidantes em virtude da presença de alguns flavonoides.
Segundo Bill Laws, em seu livro "50 Plantas que Mudaram o Rumo da História", antes da adição do lúpulo à cerveja (que até então não recebia esse nome), a bebida era muito adocicada, perecia rapidamente e recebia o nome de ale. A bebida era feita a partir de cevada maltada e eram adicionadas especiarias, como o alecrim-do-norte. A adição de lúpulo fez o ale tornar-se mais duradouro, transformando-o na conhecida cerveja.
Características do lúpulo
O lúpulo é uma trepadeira perene que pode atingir mais de 7 metros de altura e é nativo da Europa Setentrional e Oriente Médio. Na primavera, as plantas começam a se enrolar em diferentes tipos de suporte, já no inverno, as folhas caem e apenas o sistema subterrâneo permanece vivo. Esse sistema subterrâneo é ramificado e pode atingir até 4 metros de profundidade. O lúpulo desenvolve-se em locais ricos em húmus, daí o nome do gênero Humulus.
Vale salientar que o cultivo do lúpulo é recomendado entre 35° e 55° de latitude norte ou sul. Essa planta necessita de uma grande quantidade de luz solar para que ocorra sua floração, sendo encontrada em locais que permitam essa planta receber cerca de 10 a 15 horas por dia de luz. Devido a esse fator, essa planta não é capaz de florescer em todos os locais do planeta.
O lúpulo não consegue florescer em qualquer lugar do planeta.
A planta apresenta indivíduos machos e fêmeas, ou seja, ela é dioica. Flores masculinas e femininas são bastante diferentes entre si. As flores encontradas na planta feminina apresentam-se agrupadas em cachos arredondados e são essas flores que são utilizadas para a produção da cerveja. Nas flores femininas do lúpulo, é encontrada uma substância chamada de lupulina, a qual apresenta resinas, proteínas, óleos essenciais, ceras, entre outros compostos.
O sabor amargo característico da cerveja é devido à presença de substâncias conhecidas como alfa ácidos presentes nas resinas encontradas na lupulina. Vale destacar que o sabor amargo só surge após a isomerização dos ácidos durante o processo de fervura do mosto, um dos processos da produção de cerveja.
Além dos alfa ácidos, encontramos também beta ácidos, os quais possuem propriedades antimicrobianas. Não podemos nos esquecer também da presença dos chamados óleos essenciais, que são responsáveis pelo aroma do lúpulo.
É importante salientar que os componentes do lúpulo, essenciais para a fabricação da cerveja, podem sofrer modificações devido à umidade do ar, altas temperaturas e exposição ao oxigênio. Desse modo, é fundamental proteger o lúpulo em local fresco, seco e sem contato com oxigênio até que seja utilizado.
Tipos de lúpulo
Existem mais de 100 variedades diferentes de lúpulo no mundo e essas variedades diferenciam-se devido, por exemplo, à quantidade de alfa e beta ácidos e de óleos essenciais. Costuma-se dividir o lúpulo em dois grupos: os aromáticos e os de amargor. O lúpulo Hallertau, por exemplo, é uma variedade alemã que apresenta um aroma nobre, sendo esse um lúpulo aromático. O lúpulo Target (variedade do Reino Unido), por sua vez, destaca-se por seu alto teor de alfa ácido, sendo um lúpulo de amargor.
Veja a seguir o nome de algumas variedades conhecidas de lúpulo:
- Variedades americanas: Centennial; Chinook; Columbus.
- Variedades do Reino Unido: Challenger; Fuggle; Phoenix.
- Variedades alemãs: Hallertau; Magnum; Tettnang; Tettnanger.
- Variedades da República Tcheca: Saaz
Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Fonte: UOL - Mundo Educação.
A flor feminina do lúpulo produz substâncias que garantem o amargor e o aroma da cerveja

27 dezembro 2024

Construções colossais no Egito Antigo - Mais que pirâmides eesfinges

Quando pensamos nas construções monumentais do Egito Antigo, as Pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge imediatamente vêm à mente. De fato, essas maravilhas arquitetônicas representam a habilidade técnica e a visão dos faraós do Reino Antigo. No entanto, o legado monumental do Egito vai muito além dessas obras icônicas, abrangendo templos, tumbas e complexos sagrados espalhados por todo o vale do Nilo. Locais como Dendera, Kom Ombo e Abu Simbel oferecem exemplos excepcionais da engenhosidade e do simbolismo do antigo Egito.
Construídas durante o Reino Antigo (c. 2686–2181 a.C.), as Pirâmides de Gizé — Quéops, Quéfren e Miquerinos — demonstram o apogeu da engenharia egípcia, com a Pirâmide de Quéops sendo a mais alta por mais de 3.800 anos. Próxima às pirâmides, a Grande Esfinge, esculpida diretamente no calcário, é um dos maiores monumentos monolíticos do mundo, simbolizando a força e a sabedoria do faraó Quéfren.
Localizado na cidade de Dendera, o Templo de Hathor é um dos complexos religiosos mais bem preservados do Egito. Construído principalmente durante o Período Ptolomaico (c. 332–30 a.C.), ele reflete o sincretismo cultural entre as tradições egípcias e helenísticas. O teto do templo é adornado com cenas astronômicas, incluindo o famoso zodíaco de Dendera, uma representação única das constelações e ciclos celestes. Este templo destaca o papel central de Hathor, deusa do amor, da música e da fertilidade.
O templo duplo de Kom Ombo, construído durante o Período Ptolomaico, é único por ser dedicado a dois deuses: Sobek, o deus crocodilo, e Hórus, o deus falcão. Sua localização estratégica, próxima ao rio Nilo, enfatiza sua importância como centro religioso e administrativo. As paredes do templo contêm relevos detalhados, como instrumentos cirúrgicos, que sugerem o avanço da medicina na época.
Talvez um dos exemplos mais impressionantes de arquitetura monumental seja o complexo de Abu Simbel, esculpido diretamente na rocha pelo faraó Ramsés II (r. 1279–1213 a.C.) durante o Reino Novo. O templo principal é dedicado a Ramsés e aos deuses Amon, Rá-Horakhty e Ptah. Suas estátuas colossais de 20 metros na fachada impressionam pela escala e precisão. O templo menor, dedicado à rainha Nefertari, é um dos primeiros exemplos de construção em homenagem a uma rainha consorte. Em um feito moderno de engenharia, ambos os templos foram relocados na década de 1960 para evitar sua submersão pelo Lago Nasser, criado pela construção da Represa de Assuã.
As construções colossais do Egito Antigo não apenas refletem o poder e a devoção dos faraós, mas também oferecem um vislumbre da cultura, espiritualidade e avanços técnicos dessa civilização. Enquanto Gizé e a Esfinge representam o esplendor do Reino Antigo, templos como Dendera, Kom Ombo e Abu Simbel destacam a evolução arquitetônica e simbólica que permeou milênios de história egípcia.
FONTES:
1. Arnold, Dieter. The Encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture. Princeton University Press, 2003.
2. Wilkinson, Richard H. The Complete Temples of Ancient Egypt. Thames & Hudson, 2000.
3. Shaw, Ian. The Oxford History of Ancient Egypt. Oxford University Press, 2000.
4. Bard, Kathryn A. An Introduction to the Archaeology of Ancient Egypt. Wiley-Blackwell, 2015.

Paraquedista brasileiro espalha sementes na Amazônia

O paraquedista brasileiro Luigi Cani executou um dos saltos mais importantes de sua vida na Amazônia.
Nesta ocasião, o detentor do recorde mundial do menor salto de paraquedas do mundo, levou mais de 100 milhões de sementes - de 27 espécies de árvores nativas do bioma local - para uma área remota desmatada no coração da região amazônica.
Quando Luigi ficou a 6.500 pés da área desmatada, mergulhou a 300 km/h, chegou à caixa de sementes em queda livre e libertou as sementes na altura correta para garantir uma distribuição precisa e uniforme.
As sementes recolhidas para o projeto têm uma taxa de germinação superior a 95% e não exigem a intervenção humana para germinar, então em poucos anos veremos os frutos desta ação sem precedentes.
Fonte: Astronomia.

A única cidade no mundo onde não chove

A única cidade do mundo que nunca chove porque está acima das nuvens. É a aldeia de Al-Hateeb, na área de Haraz do distrito de Manakhiya, a oeste da capital iemenita, Sana'a.
Onde se pode ver do topo das montanhas pinturas estéticas muito criativas, construídas no sopé de uma montanha tão alta, para que as nuvens corram e a chuva caia de baixo, esta cidade é habitada por apenas 400 pessoas famosas por cultivar o original Café iemenita.

Os restos da Torre de Jericó, de 10.000 anos (8.000 a.C.)

A Torre  é uma estrutura de pedra com 8,5 metros de altura (28 pés) construída durante o período Neolítico Pré-Cerâmico A.
Jericó é conhecida como a cidade fortificada mais antiga do mundo. 
A Torre de Jericó é descrita como uma das torres mais antigas do mundo, um dos edifícios de pedra mais antigos e uma das primeiras obras de arquitetura monumental.
A torre foi construída com pedras brutas, contendo uma escada interna de vinte e dois degraus. 
De formato cônico, a torre possui cerca de 9 metros (30 pés) de diâmetro na base, reduzindo-se para 7 metros (23 pés) no topo, com paredes de aproximadamente 1,5 metros (4,9 pés) de espessura.
Estima-se que a construção da torre tenha demandado 11.000 dias de trabalho.
Fonte: Mistérios e curiosidades do mundo.

26 dezembro 2024

Lenda das sete irmãs - História indígena australiana pode ter 100 mil anos

Se você estiver no hemisfério norte entre outubro e março, não deixe de olhar para o céu noturno. Pode ser que você esteja contemplando a inspiração para a história mais antiga já contada na Terra! Estamos falando das Plêiades, também conhecidas como as Sete Irmãs, um dos aglomerados de estrelas mais famosos do céu.
Localizado na constelação de Touro, o aglomerado é composto por mais de mil estrelas, mas as mais brilhantes são estrelas azuis luminosas que se formaram há cerca de 100 milhões de anos. Apesar de parecer uma simples formação estelar, essas irmãs celestiais possuem lendas associadas a elas em várias culturas do mundo — e é aí que o mistério começa a ganhar forma.
Mitos conectados pelo tempo e pela cultura
A Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda.
Na mitologia grega, as Plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Como Atlas estava ocupado sustentando o céu, ele não pôde proteger suas filhas. Para evitar que fossem perseguidas por Órion, o caçador, Zeus as transformou em estrelas. Interessante, não? Mas o mais curioso é que histórias parecidas surgiram em culturas do outro lado do planeta, como entre os povos indígenas australianos.
Os mitos aborígenes contam que um caçador tenta perseguir as irmãs, exatamente como Órion faz na lenda grega. Em ambos os casos, são sete irmãs que aparecem nas histórias, mesmo que, a olho nu, apenas seis estrelas sejam visíveis. "A semelhança entre os mitos aborígenes e gregos das Plêiades e Órion inclui três elementos específicos: ambos identificam as Plêiades como um grupo de meninas jovens, ambos identificam Órion como um homem e ambos afirmam que ele está tentando se relacionar com as meninas das Plêiades", explica a pesquisa publicada no livro Advancing Cultural Astronomy.
A parte mais intrigante dessa história é como esses mitos se mantiveram tão semelhantes em culturas que não tiveram contato por milhares de anos. Afinal, os ancestrais dos europeus e dos australianos se separaram há cerca de 100 mil anos, quando saíram da África. Isso sugere que a história das Sete Irmãs pode ter sido contada à luz das fogueiras desde aquela época remota.
Por que Sete Irmãs?
Embora seja chamado de "Sete Irmãs", o aglomerado de estrelas é composto por apenas seis estrelas.
Mas se só vemos seis estrelas brilhantes, por que os mitos falam de sete? Para responder a isso, os pesquisadores fizeram simulações do céu de 100 mil anos atrás e descobriram que, naquela época, uma sétima estrela — chamada Pleione — era visível. Hoje, Pleione está tão próxima de Atlas que, para nossos olhos, elas parecem uma única estrela.
Isso reforça a ideia de que a história das Sete Irmãs surgiu quando os humanos ainda viam sete estrelas distintas. "Quando os australianos e os europeus estavam juntos pela última vez, em 100 mil [a.C.], as Plêiades apareciam como sete estrelas", diz a pesquisa. Essa descoberta dá ainda mais peso à hipótese de que essa história é uma das mais antigas da humanidade, passada de geração em geração por milênios.
E essa não é a única lenda ancestral que resiste ao tempo. Os Gunditjmara, um povo indígena do sul da Austrália, contam a história de um gigante que se transformou em uma montanha e cuspiu lava. Em 2020, cientistas descobriram que o vulcão associado a essa lenda entrou em erupção há cerca de 37 mil anos. Ou seja, a tradição oral pode guardar registros surpreendentemente antigos.
Fonte: Mega Curioso.

A Lei de Murphy

A Lei de Murphy, se é que podemos chamar de “lei”, é na verdade, uma série de idéias de cunho popular. Tudo se iniciou com Edward A. Murphy, capitão da Força Aérea americana, que pretendia fazer um experimento para testar a tolerância humana à aceleração, em 1949. Tal experiência consistia em um conjunto de 16 acelerômetros colocados em várias partes do corpo de uma pessoa (cobaia).
Havia duas formas de ligar cada acelerômetro, uma certa e uma errada. Quando começou a experiência, deu tudo errado. Ao verificar os motivos da falha geral, Murphy percebeu que todos os acelerômetros estavam ligados da maneira errada. Foi aí que formulou sua principal lei: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”.
A partir daí, a idéia de Murphy se espalhou por várias culturas técnicas até chegar à linguagem do dia-a-dia. Atualmente, existe uma série de leis de Murphy, sempre baseadas no princípio “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.”. Algumas das leis de Murphy:
- A fila do lado sempre anda mais rápido.
- Você sempre acha algo no último lugar que procura.
- Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
- A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.
- Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.
Publicado por Tiago Dantas
Fonte: UOL - Mundo Educação.

Dermatoglifia - O estudo das impressões digitais

É o estudo científico das impressões digitais, pelo qual é possível analisar o potencial genético do indivíduo. Através dessa análise é possível descobrir as aptidões esportivas e algumas patologias e defeitos do desenvolvimento. O Estudo da dermatoglifia é realizado com três tipos de desenhos encontrados nas digitais dos dez dedos do indivíduo: arco, presilha e verticilo.
A dermatoglifia vem sendo bastante utilizada na área do desporto, pois através dessa é possível analisar as qualidades físicas de um atleta através das digitais. Dessa forma, é possível direcionar o atleta para a área ou posição que ele tem maior aptidão, entre outros. Para o desporto, os desenhos das digitais têm os seguintes significados:
- Arco: muita força, porém baixo nível de coordenação motora.
- Presilhas: velocidade e explosão.
- Verticilo (rodamoinho): força, velocidade e resistência.
Por Eliene Percília
Fonte: UOL - Brasil Escola.

Origem judaica da rabanada na Espanha Medieval

A origem da rabanada pode ser rastreada à culinária das comunidades sefarditas (judeus da Península Ibérica) já desde o século XIII, que valorizavam o aproveitamento total dos alimentos, incluindo o pão. Após o Shabat, o pão que sobrava, como o challah, era reaproveitado ao ser embebido em líquidos, como leite ou vinho e também mel, e depois frito, criando um alimento simples, mas saboroso e energético. Essa prática se alinhava aos preceitos judaicos de evitar desperdícios e aproveitar os alimentos de forma criativa.
Em bairros judaicos do Oriente Médio, eram consumidas as chamadas "fatias de nascimento", ou torrijas, oferecidas às mães após o parto, um costume que prevaleceu em Toledo (Espanha) até tempos mais recentes. 
Durante o período da Inquisição, muitos judeus convertidos ao cristianismo (os chamados "cristãos-novos") mantiveram tradições judaicas disfarçadas em suas práticas culinárias. Assim a rabanada, nesso contexto adquiriu novos nomes. A rabanada aparece então registrada na Espanha pela primeira vez no século XV, em um texto de Juan del Encina que menciona o prato como ideal para a recuperação pós-parto: "mel e muitos ovos para fazer rabanadas". Essas características fazem referência ao nome “fatias de parida”, utilizado em Portugal, o que evidencia uma função medicinal além de culinária.
Receitas mais formais começaram a ser registradas no século XVII, como nos livros de Domingo Hernández de Maceras (1607) e Francisco Martínez Motiño (1611). Já no início do século XX, a rabanada era amplamente popular nas tabernas de Madrid, sendo frequentemente servida com vinho.
A rabanada, ou fatia dourada, encontrou em Portugal um novo significado. Tornou-se uma tradição natalina, associada às festas de fartura e celebração. O uso de leite, ovos e açúcar dava um caráter mais doce e festivo ao prato, que ganhou variações regionais, incluindo o uso de vinho verde no Minho ou em algrumas receitas vinho do Porto. A tradição portuguesa, trazida ao Brasil, consolidou o prato como parte indispensável das ceias natalinas, onde ele é frequentemente servido polvilhado com açúcar e canela.
Ao longo do tempo, a rabanada ganhou variações mais elaboradas, sendo servida com vinho do Porto, frutas vermelhas ou creme inglês, especialmente em versões contemporâneas e sofisticadas. Apesar dessas inovações, ela mantém sua essência como um prato que celebra a simplicidade e a valorização dos alimentos, carregando em sua história as marcas de diversas  épocas. Da herança judaica e da simplicidade das tavernas espanholas ao simbolismo natalino português, este doce é uma demonstração viva de como a culinária reflete a história, os costumes e as adaptações culturais.