14 novembro 2025

Você conhece a sumaúma?

A sumaúma é uma árvore gigantesca da Amazônia, conhecida como "mãe da floresta", valorizada por seu porte imponente, importância ecológica e simbolismo cultural. Ela tem um papel fundamental no clima, na proteção do solo e serve como abrigo para diversas espécies, além de ter usos medicinais e de matéria-prima para sabão, adubo e outros produtos.  
Porte e ecologia: Pode alcançar até 70 metros de altura, com raízes (sapopemas) que podem se estender por muitos metros além do tronco. As sapopemas absorvem água das profundezas do solo, ajudando a hidratar outras árvores da floresta. 
Sustentabilidade: É uma aliada no combate às mudanças climáticas, pois sua grande estrutura armazena grandes quantidades de carbono. 
Usos: A fibra da árvore é leve, resistente à água e foi usada para encher almofadas e colchões (hoje substituída por materiais sintéticos). As sementes produzem um óleo que pode ser usado para fabricar sabão e fertilizantes. A seiva e os frutos também têm aplicações medicinais. 
Simbolismo: É considerada uma árvore sagrada por muitos povos indígenas, simbolizando força, sabedoria e conexão com a natureza. 
Nomes populares: Além de sumaúma, também é conhecida como paineira, rainha da floresta, árvore da vida e, em algumas regiões, como mafumeira. 

12 novembro 2025

Vulcões no Brasil?

Você Sabia que o RJ tinha Vulcões? Os vulcões cariocas e fluminenses não têm nada a ver com os da atualidade (como Etna ou Vesúvio, que ainda estão ativos). Aqui estamos falando de várias formações pré-históricas, que datam de milhões de anos, especialmente do Período Cretáceo (entre 100 e 60 milhões de anos atrás). Naquela época, o Atlântico Sul estava se abrindo, separando a América do Sul da África, e a região sofreu intensa atividade vulcânica.
Alguns pontos marcantes:
Maciço da Tijuca e Maciço da Pedra Branca - Embora não sejam vulcões em si, abrigam rochas de origem ígnea formadas por antigos derrames de magma que solidificaram. Muitas montanhas do Rio de Janeiro incluindo o Corcovado, o Pão de Açúcar e a Pedra da Gávea, têm origem ligada a esse passado de atividade vulcânica.
Itatiaia (divisa RJ-MG) - A Serra do Itatiaia é formada por rochas vulcânicas e intrusivas. Esse Maciço do Itatiaia é resultado de um enorme vulcão extinto, que esteve ativo há cerca de 60 milhões de anos. Ali existem rochas como nefelina sienito e fonólito, típicas de atividade vulcânica profunda.
Morro do São João (Cabo Frio/São Pedro da Aldeia) - Um exemplo clássico de vulcanismo no litoral fluminense. Formado por rochas alcalinas de origem magmática, ele surgiu através desse vulcanismo devido à separação dos continentes.
Hoje aparece apenas como uma elevação isolada.
Arquipélago de Fernando de Noronha…? (vale citar só por comparação: ele também é de origem vulcânica, mas já em outra região; no RJ, os seus outros equivalentes são menores e mais antigos).
Vulcanismo Alcalino do Cretáceo - No estado do RJ, há registros de rochas vulcânicas alcalinas em Itatiaia, Mendanha, Tanguá, Cabo Frio, Rio Bonito e Nova Iguaçu. Esse grande “arco magmático” está espalhado em vários pontos isolados e foi bastante estudado por geólogos.
Nova Iguaçu - Durante muito tempo acreditou-se que havia o “único vulcão do Brasil”. Hoje, sabe-se que não era um vulcão com cratera visível, mas sim restos de atividade vulcânica antiga - rochas alcalinas que se solidificaram. O local até chegou a ser estudado como “Parque do Vulcão de Nova Iguaçu”.
Mapa ilustrativo. Repostado do facebook A História Esquecida.

04 novembro 2025

A história do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro

O Aterro do Flamengo acaba de completar 60 anos, e o que muita gente não sabe é que ele nasceu de um sonho ousado: o de transformar o mar em um parque. A ideia foi da arquiteta e urbanista Lota de Macedo Soares, que idealizou um espaço onde o concreto do Rio se encontrasse com a natureza. Ao lado de Burle Marx, responsável pelos jardins, e do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, Lota criou uma das maiores obras de engenharia urbana da América Latina, um verdadeiro “Central Park carioca”. O resultado foi uma área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados de lazer, cultura e paisagem, construída literalmente sobre o mar.
Hoje, o Aterro é muito mais do que um parque. É um pedaço da alma carioca. Ali se misturam histórias de famílias, corredores, artistas, casais e turistas que encontram um respiro em meio ao caos da cidade. Além de ser palco de manifestações culturais, eventos esportivos e marcos históricos, o Aterro é também um símbolo da resistência ambiental — um lembrete de que o Rio pode crescer sem destruir sua essência. Poucos sabem, mas toda a área foi pensada para valorizar a vista da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar, integrando o urbano ao natural de forma única no mundo.
Em tempos em que o Rio é mais lembrado pelos problemas do que pelas suas conquistas, lembrar a história do Aterro é também um ato de esperança. Compartilhar esse post é valorizar o que o Rio tem de melhor: sua capacidade de se reinventar. E se você ama o Rio tanto quanto a gente, segue a página e ajuda a espalhar essa história — o Aterro é nosso, e o futuro do Rio também.

Sobre a Pororoca

A Pororoca (do tupi "grande estrondo") no Rio Amazonas é onda gigante de até 4m altura que sobe o rio contrário ao fluxo, por até 800km, durante maré de sizígia (lua cheia/nova) – e surfistas radicais pegam ondas contínuas de 30-40 minutos quebrando recorde mundial! 
Como acontece: duas vezes por mês (lua cheia + nova), a maré do Oceano Atlântico sobe com força extrema, invadindo a foz do Amazonas – a água do oceano empurra a água do rio criando uma parede de 2-4m que viaja rio acima a 30km/h. O som é de um trovão contínuo – ouve-se de até 30minutos antes!
Recorde mundial: o surfista brasileiro Serginho Laus surfou onda da Pororoca por 36 minutos e 37 segundos, em 2003, percorrendo 12,5km – recorde Guinness de onda mais longa já surfada! Superou Picuruta Salazar (37min, 2003) por segundos.
Perigo extremo: a água marrom-turva esconde troncos, piranhas, jacarés, cobras carregados pela onda. O surfista que cai é arrastado rio acima e tem chance de ser atingido por destroços. Apenas profissionais extremos tentam!
Rios principais: Rio Araguari (Amapá) tem Pororoca mais forte (4m+), Rio Guamá (Pará) mais acessível, Rio Amazonas principal tem Pororoca menor (2m) mas mais longa (800km). Temporada: janeiro-maio (chuvas aumentam volume).
Campeonato Nacional: desde 1999, São Domingos do Capim (Pará) hospeda o National Pororoca Surfing Championship – mais de cem surfistas do mundo inteiro competem pegando ondas de 15-30min. Vence quem surfa MAIS LONGE.
Destruição ecológica: a pororoca arranca árvores das margens, inverte o fluxo de igarapés, mata peixes de água doce com sal oceânico, destrói palafitas. Ribeirinhos amarram suas casas com correntes.
Como ver: Barco de São Domingos do Capim (120km de Belém, 3h carro) segue Pororoca rio acima – você navega ao lado da onda por 1h! Tour €50-100. Ou assista da margem (seguro mas menos épico).
Previsão: a Pororoca acontece 2h após maré alta no oceano – calcule com tabela de marés + fase lunar. Lua cheia/nova = Pororoca máxima.
Outros locais com ocorrência de Pororoca: Rio Severn (Inglaterra), Rio Qiantang (China) têm "tidal bores" similares mas menores. O Rio Amazonas é o rei!