sábado, 27 de agosto de 2016

Imagens do Brasil - Ouro Branco - Minas Gerais



Ouro Branco é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do Brasil.
O município abriga uma das mais importantes siderúrgicas do Brasil, a Gerdau Açominas.
Atraídos pela existência de ouro, em fins do século XVII, ex-integrantes da bandeira de Borba Gato desbravaram a região da atual Ouro Branco. O bandeirante Miguel Garcia, lá encontrou ouro que tinha uma coloração esbranquiçada, ficando assim conhecido como "ouro branco".
Em 16 de fevereiro de 1724, durante o governo de dom Lourenço de Almeida, o arraial foi elevado à categoria de freguesia colativa, sendo considerada uma das povoações mais antigas de Minas Gerais. A construção da Igreja Matriz de Santo Antônio de Ouro Branco data de 1717, tendo sido, provavelmente, concluída em 1779. A diferença de 62 anos é justificável, visto que as obras em igrejas de certa importância, nos tempos coloniais, duravam anos.
Ouro Branco foi distrito de Ouro Preto, tornando-se município em 1953. A cidade ainda guarda bens históricos como a capela Nossa Senhora Mãe dos Homens e a Igreja de Santo Antônio de Itatiaia também são do século XVIII. Em Ouro Branco também se encontra a Casa de Tiradentes, situada à margem direita da Estrada Real.
Houve vários ciclos econômicos em Ouro Branco, que iniciaram com o ciclo do ouro, depois, o ciclo da uva, posteriormente, o ciclo da batata, e atualmente, a atividade preponderante é a industrial, que iniciou-se com a instalação da então empresa estatal Aço Minas Gerais S.A.. em 1976, atual Gerdau Açominas S.A, que inaugurou o ciclo do aço.
O povoado de Santo Antônio de Ouro Branco teve sua origem em fins do século XVII, provavelmente no ano de 1694, como conseqüência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras que, subindo o Rio das Velhas à procura de ouro, desbravaram a região, assentando-se ao pé da Serra de Ouro Branco, também denominada, na época, Serra do Deus (te) Livre (tombada pelo IEPHA em 07/11/1978).
Os primitivos habitantes desta região foram os índios da tribo Carijós.
Os ex-integrantes da Bandeira chefiada por Borba Gato, Miguel Garcia de Almeida Cunha e Manuel Garcia, transpondo os altos da cachoeira de Itabira do Campo (atualmente Itabirito) descobre o ouro na falha radial da Serra, onde se encontram os mananciais dos Ribeirões da Cachoeira e Água Limpa. Tal descoberta não produz o rendimento esperado: Manuel e Miguel se desentendem e a bandeira se divide.
A Serra do Ouro Branco tem uma área aproximada de 1 614 hectares e está localizada no município de Ouro Branco. É uma elevação abrupta, formada por um paredão com cerca de vinte quilômetros de extensão a sudeste, que delimita um planalto cuja altitude varia entre 1 250 e 1 568 metros e encostas íngremes a nordeste.
Os solos, em sua grande maioria, são arenosos, oriundos de rochas quartzíticas e uma pequena porção, a nordeste, é constituída de solos argilosos, provenientes da formação mineral tipo itabirito.
É considerada o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço, que compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de extensão, até a Bahia. Essa cadeia abriga um dos mais ricos ecossistemas do mundo, os campos rupestres.
A Serra do Ouro Branco é uma importante área de recarga das bacias do rio Paraopeba e rio Doce. Apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, fornece toda a água que é consumida pela cidade de Ouro Branco.
Além das belezas naturais, está entre as atrações o conjunto arquitetônico e paisagístico da Capela de Santana e a casa-sede da Fazenda Pé do Morro, localizado a quatro quilômetros da área urbana, aos pés da serra de Ouro Branco e às margens da Estrada Real. A origem do local é do século XVIII e pela importância patrimonial foi tombado pelo IEPHA em dezembro de 2009.
Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Que a idade avançada seja realmente de ouro e felicidade


Em uma cultura que valoriza a juventude, o envelhecimento pode parecer uma perspectiva sombria. Mas um novo estudo sugere que os adultos mais velhos são geralmente menos estressados e mais felizes com suas vidas do que as pessoas mais jovens o são.
O estudo, que incluiu adultos com idades entre 21 a 99, descobriu que, em média, o bem estar mental está melhorando à medida que as pessoas crescem. E isso apesar do fato de que os adultos mais velhos tinham mais problemas de saúde física e problemas com a memória, em relação às pessoas mais jovens.
As razões não são totalmente claras. Mas os pesquisadores apontaram para algumas explicações possíveis - incluindo a perspectiva e a "sabedoria" que vem da experiência de vida.
Adolescentes e jovens adultos podem estar preocupados por não conseguir o numero suficiente de "like" em seis posts no Facebook, observou o Dr. Dilip Jeste, o pesquisador sênior do estudo.
"Quando você é jovem, tudo é muito importante. E obter a aprovação dos outros é fundamental", disse Jeste, diretor do Centro de Envelhecimento Saudável na Universidade da Califórnia, San Diego.
Conforme as pessoas envelhecem, elas tipicamente têm uma melhor noção do que realmente importa para eles e eles estão menos propensos a se preocupar com as pequenas coisas, disse ele.
Isso é provavelmente parte do que está acontecendo, concordou James Maddux, um estudioso sênior do Centro para o Avanço do Bem-Estar da Universidade George Mason, em Fairfax, Va.
"A pesquisa mostra que as pessoas se sentem melhor na regulagem emocional ao longo do tempo", disse Maddux, que não estava envolvido no novo estudo."A experiência de vida dá-lhe perspectiva. Todos sabem que os baixos não duram, nem os altos."
Os resultados, publicados em 24 de agosto no Journal of Clinical Psychiatry, baseiam-se em pesquisas de mais de 1.500 adultos na área de San Diego.
Em geral, condições de saúde física e problemas de memória foram mais comuns entre adultos mais velhos. Mas as pessoas em seus 20 e 30 anos relatam os mais altos níveis de estresse, depressão e ansiedade. No geral, a saúde mental vem a melhorar com a idade, descobriram os pesquisadores.
Uma vez que o estudo não seguiu as mesmas pessoas ao longo do tempo, os resultados não mostram que os jovens adultos estressados ​​eventualmente tornam-se mais felizes, explicou Jeste. Também pode haver algumas diferenças entre gerações no trabalho, por exemplo.
Mas tanto ele, como Maddux, duvidam que essas diferenças explicariam totalmente por que os idosos tinham mais conteúdo.
"Não podemos dizer com certeza que você será mais feliz aos 80 anos do que aos 20", disse Jeste. "Mas nós pensamos que é provável."
Para Maddux, a explicação "mais razoável" para os resultados é que, ao longo do tempo, a maioria das pessoas desenvolvem uma certa quantidade de "sabedoria" que os ajuda a lidar com os maus momentos.
"A vida torna-se menos parecida com uma montanha-russa", disse ele.
E ele não estava surpreso que os idosos eram tipicamente mais felizes, apesar de terem mais problemas de saúde.
De acordo com Maddux, a pesquisa mostra que as "coisas que acontecem conosco" - que inclui o envelhecimento e as doenças - fazem apenas uma pequena diferença na nossa caminhada para a felicidade .
Os genes desempenham um papel fundamental. Simplificando, Maddux disse, os cérebros de algumas pessoas são "hard-wired" para a felicidade, enquanto os cérebros de outras pessoas não são. Mas há também fatores que podem ser mudados - incluindo as atitudes cultivadas ao longo do tempo.
As pessoas mais jovens, disse Maddux, podem tentar desenvolver as habilidades necessárias para gerenciar as suas emoções, em vez de ficar "à espera da experiência de vida para fazê-lo."
Isso, segundo ele, poderia significar alguma coisa semelhante a como fazer um curso em um centro universitário ou em uma comunidade local, da prática da meditação, ao uso de recursos de auto-ajuda on-line.
Jeste tem uma outra sugestão: passe algum tempo com os mais velhos.
"Isso beneficia ambas as gerações: as mais jovens e as mais velhas", disse ele. Apesar de os idosos neste estudo terem sido identificados como geralmente mais felizes do que as pessoas mais jovens, isso não significa que a velhice é despreocupada. Muitos idosos sofrem de solidão e de uma sensação de que eles perderam a sua utilidade, Jeste apontou.
Quanto aos adultos mais jovens, segundo ele, uma certa quantidade de estresse e ansiedade é de se esperar, uma vez que eles estão construindo carreiras e famílias, e muitas vezes sentem "pressão de seus pares".
Mas Jeste também questionou se os jovens adultos de hoje podem se sentir mais estressados do que as gerações passadas o foram - em parte por causa das expectativas elevadas. Anos atrás, os jovens esperavam normalmente para conseguir um emprego - provavelmente em sua cidade natal - tinham uma família e se sentiam confortáveis.
"Agora, existem muito mais oportunidades", disse Jeste. "Mas, com as oportunidades surgem mais expectativas."
A referência, segundo ele, deve ser que juventude não significa felicidade, e a velhice não é algo a ser temido.
Maddux concordou. "As pessoas ainda olham para o envelhecimento como algo a temer", disse ele. "Mas à medida que você envelhece, você adquire sabedoria. Com isso, a vida torna-se geralmente mais fácil e mais agradável."

FONTES: Artigo escrito por Amy Norton - HealthDay News Reporter
Referências: Dilip Jeste, MD, Diretor do Centro de Envelhecimento Saudável, professor, psiquiatra, Universidade da Califórnia, San Diego; James Maddux, Ph.D., pesquisador sênior do Centro para o Avanço do Bem-Estar, George Mason University, Fairfax, Va .; Agosto 2016, Journal of Clinical Psychiatry

sábado, 20 de agosto de 2016

Imagens do Brasil - Ilha de Paquetá



A ilha de Paquetá localiza-se no interior nordeste da baía de Guanabara, no bairro de Paquetá, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. A principal forma de chegar à ilha é através das barcas que partem da Praça XV.
"Paquetá" é uma palavra com origem na língua tupi. Significa "muitas pacas", pela junção de paka (paca) e etá (muitos)
A ilha de Paquetá apresenta o formato de um oito, com 1,2 quilômetro quadrado de área e 8 quilômetros de perímetro. Em sua maior extensão, da ponta do Lameirão à ponta da Imbuca, mede 2.316 metros e, na menor, na ladeira do Vicente, aproximadamente 100 metros.
Em seu relevo, contam-se nove morros, o mais elevado dos quais o morro do Vigário, na cota de 69 metros acima do nível do mar.
As demais elevações são: Morro de São Roque ou morro da Moreninha, Morro do Castelo, Morro da Covanca, Morro do Costallat, Morro das Pedreiras, Morro das Paineiras, Morro do Vigário, Morro do Veloso, Morro da Cruz.
As praias da ilha são: Praia dos Tamoios, Praia do Catimbau, Praia do Lameirão (também conhecida como Praia das Águas), Praia da Covanca, Praia Pintor Castagneto (Praia dos Coqueiros), Praia de São Roque, Praia da Moreninha (Praia Dr. Aristão), Praia Manuel Luís (Praia dos Frades), Praia da Imbuca, Iracema e Moema, Praia da Mesbla, Praia Grossa, Praia José Bonifácio (Praia da Guarda),
A ilha dista aproximadamente quinze quilômetros da Praça 15 de Novembro, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Constitui-se no bairro de Paquetá, um tradicional e pacato recanto turístico da cidade.
Atribui-se ao cosmógrafo francês André Thevet, integrante da expedição de Nicolas Durand de Villegagnon, a descoberta da ilha pelos europeus, ainda em 1555, quando da fundação da chamada França Antártica. Na época, a ilha era habitada pelos índios tamoios, também chamados tupinambás, os quais se aliaram aos franceses contra os colonizadores portugueses. Na ilha, houve uma importante batalha da guerra entre tupinambás e franceses, de um lado, e portugueses e índios temiminós, de outro. Na batalha, morreu o grande líder tupinambá Guaixará.
No contexto da campanha para a expulsão definitiva dos franceses pelas forças portuguesas comandadas por Estácio de Sá e da fundação da cidade do Rio de Janeiro em 1565, nesse mesmo ano a ilha de Paquetá foi doada, sob a forma de duas sesmarias, a dois dos capitães portugueses: a parte norte da ilha, atual bairro do Campo, coube a Inácio de Bulhões, e a parte sul, atual bairro da Ponte, a Fernão Valdez.
No contexto da presença da Família Real Portuguesa no Brasil, um alvará especial do príncipe-regente dom João criou a Freguesia do Senhor Bom Jesus do Monte.
No Período Regencial, em 1833, por decreto regencial, a ilha de Paquetá tornou-se independente de Magé e passou a pertencer ao Município da Corte.
Em 1903, os distritos da ilha de Paquetá e da ilha do Governador foram unidos no Distrito das Ilhas, incorporando as ilhas e ilhotas ao redor de ambas.
Em 1961, o estado da Guanabara criou o Distrito Administrativo de Paquetá e, em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a ilha passou a pertencer à cidade do Rio de Janeiro.
Tradicionalmente, a ilha constituiu-se em um polo abastecedor da cidade do Rio de Janeiro, com os produtos oriundos, principalmente, da Fazenda São Roque. A coleta de mariscos e a atividade de pesca também foram importantes no período colonial e após. A partir do século XVII, começou a se desenvolver na ilha uma pequena atividade de construção naval, paralelamente à exploração de pedras e de cal para a construção civil na cidade. A atividade de fabricação de cal era facilitada pela abundância de conchas como matéria-prima e de madeira oriunda dos manguezais, utilizada como combustível nos fornos.

Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Uma homenagem ao bom senso


Por Walter Williams
Domingo, 24 de julho de 2016 - Publicado no Instituto Von Mises Brasil 

Nota do editor 
Walter Williams é reconhecidamente um dos maiores economistas vivos da atualidade. Autor de sete livros, suas colunas são publicadas nos principais jornais americanos. Negro e de origem humilde, cresceu pelo próprio esforço. Isso o tornou um crítico mordaz das políticas da ação afirmativa e do assistencialismo. 
A seguir, um apanhado de suas melhores frases. 

- Como pode algo que é considerado imoral quando feito individualmente se tornar moral quando feito coletivamente? Será que a simples legalização basta para estabelecer a moralidade? A escravidão era legal; os confiscos stalinistas e maoistas eram legais; a perseguição dos nazistas aos judeus era legal; o apartheid na África do Sul era legal. A legalidade tornava esses atos morais? Claramente, a estipulação da legalidade não justifica esses crimes. A legalidade, por si só, não pode ser o talismã das pessoas morais. 
- No infindável debate sobre "justiça social", a definição de "justo" tem sido debatida por séculos. No entanto, permita-me oferecer a minha definição de justiça social: eu mantenho tudo aquilo que eu ganho com o meu trabalho e você mantém tudo aquilo que você ganha com o seu trabalho. Discorda? Então diga-me: qual porcentagem daquilo que eu ganho "pertence" a você? Por quê? 
-  Talvez o seu professor de história tenha ensinado a você que o legado do colonialismo explica a pobreza do Terceiro Mundo. Lamento, mas você foi enganado. O Canadá foi uma colônia. Austrália, Nova Zelândia e Hong Kong também foram colônias. Aliás, o país mais rico do mundo, os Estados Unidos, também foi colônia. Por outro lado, Etiópia, Libéria, Tibete, Nepal e Butão jamais foram colônias, mas hoje abrigam as pessoas mais pobres do mundo.
- Faça o seguinte experimento mental. Imagine que você é um tirano. Dentre suas metas para destruir a liberdade estão o extermínio de negros, judeus e católicos. Que tipo de país você preferiria gerir: a) um país no qual os estados são submissos ao governo federal e no qual todo o poder está centralizado em uma capital, repleta de poderosas agências governamentais com poderes decisórios e com detalhadas informações sobre os cidadãos do país, ou b) um país em que o poder está amplamente disperso por vários estados e milhares de jurisdições locais, e cujo governo federal é limitado? 
- A estrada que estamos trilhando, em nome do bem comum, é muito familiar. Os inenarráveis horrores do nazismo, do stalinismo e do maoismo não foram originalmente criados nas décadas de 1930 e 1940 pelos homens associados a tais rótulos. Aqueles horrores foram simplesmente o resultado final de uma longa evolução de ideias que levaram à consolidação do poder nas mãos de um governo central, e tudo em nome da "justiça social". Foram alemães decentes, porém mal informados — e os quais teriam tido espasmos de horror à simples ideia de extermínio e genocídio —, que construíram o Cavalo de Troia que levou Hitler ao poder. 
- Se eu vir uma pessoa com fome e então decidir abordar violentamente uma terceira pessoa com o intuito de, por meio de ameaças, intimidação e coerção, tomar o dinheiro dela para repassar ao faminto, o que você pensaria de mim? Creio e espero que a maioria de nós veria tal ato como roubo. Será que tal conclusão muda se nós coletivamente concordarmos em tomar o dinheiro de uma pessoa para alimentar o necessitado? O ato ainda assim seria roubo. Atos imorais como roubo, estupro e assassinato não se tornam morais quando feitos coletivamente por meio de uma decisão majoritária. 
- Democracia e liberdade não são sinônimos. A democracia é apenas a irracionalidade das multidões; a liberdade é a soberania do indivíduo.
- Os especialistas da elite intelectual substituíram aquilo que funcionava por aquilo que "soava bonito". A sociedade era muito mais civilizada antes de os intelectuais assumirem o controle de nossas escolas, de nossas universidades, de nossos programas sociais, de nossas polícias, e de nossos tribunais. Já passou da hora de colocarmos essas pessoas para correr e retornarmos ao bom senso. 
- Uma vez que você aceita o princípio de que você é dono de si próprio, aquilo que é moral e aquilo que é imoral se tornam auto-evidentes. Assassinato é imoral porque viola a propriedade privada. Estupro e roubo também são imorais porque também violam a propriedade privada. 
E aí vai uma pergunta importante: o estupro se tornaria moralmente aceitável se o governo aprovasse uma lei legalizando o ato? 
Você provavelmente está pensando: "Qual o seu problema, Williams? Estupro é pura e simplesmente imoral, não importa o que o governo diga ou faça!"
Se você assumir essa posição, não seria igualmente imoral quando o governo legaliza o confisco de uma fatia da renda de um indivíduo para distribuir para outro indivíduo? Se um cidadão toma o dinheiro de uma pessoa e o repassa para outra pessoa, todos nós consideraríamos tal ato um roubo, pura e simplesmente. E, como tal, um ato imoral. 
Será que o mesmo ato se torna moral quando o governo toma o dinheiro de determinadas pessoas e o repassa para grandes empresas, funcionários públicos, artistas e famílias pobres? 
Ainda continua sendo roubo, pura e simplesmente. Só que com uma importante diferença: o ato é considerado legal, e quem o pratica não vai para a cadeia. 
- Dado que o governo não possui recursos próprios, e dado que não existe nenhuma fada munida de uma varinha mágica entregando ao governo os fundos para bancar os programas que ele próprio cria, somos forçados a reconhecer que os gastos governamentais nada mais são do que o confisco da propriedade de um indivíduo e seu subsequente repasse para outro, a quem o dinheiro não pertence — ou seja, roubo legalizado.
- Os beneficiários de políticas protecionistas e de políticas de subsídios sempre são muito visíveis. Já suas vítimas são invisíveis. Os políticos adoram esse arranjo. E o motivo é simples: os beneficiados sabem em quem devem votar em agradecimento ao arranjo; já as vítimas não sabem quem culpar pelo desastre.
- Para os adeptos do multiculturalismo e da diversidade, coisas como cultura, ideias, costumes, artes e habilidades são uma questão racial, e são determinadas pelo grupo ao qual você pertence. Para tais pessoas, assim como um indivíduo não tem controle sobre a raça a que pertence, ele também não tem controle sobre sua cultura. Essa é uma ideia racista, mas é um racismo politicamente correto. Ela diz que as convicções, os valores e o caráter não são determinados pelo discernimento pessoal e pelas escolhas feitas, mas sim determinados geneticamente. Em outras palavras, como os racistas de outrora afirmavam: a raça determina a identidade.
- Um estabelecimento que proíbe a entrada de negros é tão válido quanto um que proíbe a entrada de brancos. Um estabelecimento que proíbe a entrada de homossexuais é tão válido quanto um que proíbe a entrada de heterossexuais. Um estabelecimento que proíbe a entrada de judeus é tão válido quanto um que proíbe a entrada de neonazistas. O verdadeiro teste para determinar se um indivíduo é sinceramente comprometido com a defesa da liberdade de associação não está em ele permitir que as pessoas se associem de uma maneira que ele aprova. O verdadeiro teste ocorre quando ele permite às pessoas serem livres para se associar voluntariamente de maneiras que ele considera desprezíveis. Associação forçada não é liberdade de associação.
- O poder que presidentes, deputados e senadores têm de fazer bem para a economia é extremamente limitado; o poder que eles têm de fazer o mal é devastador. A melhor coisa que políticos podem fazer para a economia é parar de fazer mal. Em parte, isso pode ser alcançado por meio da redução de impostos e da redução de regulamentações. Acima de tudo, eles deveriam parar de querer controlar nossas vidas. 
- Em que sentido as mulheres são iguais aos homens? As próprias feministas não querem que os esportes deixem de ser segregados por gênero. Elas não defendem que haja lutas de boxe entre um homem e uma mulher; tampouco querem que haja jogos de futebol, vôlei, basquete e beisebol entre equipes masculinas e femininas. As consequências desastrosas desse arranjo seriam óbvias para todos. Feministas sabem que a política de igualdade de gêneros deve ser implantada em áreas cujos efeitos são menos visíveis. 
O fato é que nós humanos não somos iguais. Alguns são homens, outros são mulheres. Alguns são inteligentes e outros não são tão inteligentes. Alguns são negros, outros são brancos. Alguns são altos, outros são baixos. Alguns são pobres, outros são ricos. As diferenças — desigualdades — são infinitas. A igualdade perante os princípios gerais da lei é o único tipo de igualdade propícia à liberdade; é o único tipo de igualdade que pode ser impingida sem destruir a liberdade. Trata-se de uma igualdade que não requer — e nem pressupõe — que as pessoas sejam iguais. 
Tentativas de tornar as pessoas iguais por meio de alterações nas leis produzem resultados que destroem a civilidade e o respeito pela lei. O governo só pode criar uma vantagem para uma pessoa se, ao mesmo tempo, ele criar uma desvantagem para outra pessoa.
- Pelo bem da argumentação, suponha que, sem a presença de uma empresa multinacional, o melhor emprego que um ugandense pobre e sem instrução fosse capaz de conseguir lhe pagasse US$ 2 por dia. E então vem uma empresa multinacional, constrói uma fábrica em Uganda e contrata esse ugandense por US$ 4 por dia, um salário muito abaixo daquele que ela paga aos seus empregados nos EUA. Uma simples questão de bom senso diria que esse ugandense ficou em melhor situação em decorrência da presença de uma empresa multinacional. E esse mesmo bom senso diria que ele estaria em pior situação caso essa multinacional fosse politicamente pressionada para sair do país. Faz algum sentido dizer que uma ação que melhora a situação de um ugandense é uma "exploração"?
- Todos nós somos tremendamente ignorantes a respeito da maioria das coisas que utilizamos e com as quais lidamos em nosso dia a dia. Mas cada um de nós é versado em coisas ínfimas e que podem ser consideradas relativamente insignificantes.
Por exemplo, um padeiro pode ser o melhor padeiro da cidade. Mas ele é tremendamente ignorante sobre praticamente todos os insumos que permitem a ele ser o melhor padeiro da cidade. 
Qual é a probabilidade de ele entender sobre todo o processamento do gás que ele utiliza em seu forno? Aliás, o que será que ele entende sobre a fabricação de fornos? E o que dizer sobre todos os ingredientes que ele usa: farinha, açúcar, levedura, baunilha e leite? Qual é a probabilidade de ele saber como cultivar trigo e açúcar, e como proteger a plantação de doenças e pestes? O que ele sabe sobre a extração da baunilha e da produção de fermento? Será que ele tem a mais mínima ideia de como tudo isso é feito? 
Tão importante quanto tudo isso é a questão de como todas as pessoas que produzem e distribuem todos esses itens sabem quem necessita deles e para quando. 
Há literalmente milhões de pessoas cooperando entre si, por meio do sistema de preços e da busca pelo lucro, para garantir que o padeiro tenha todos os insumos necessários. Esse é o milagre do mercado. É o milagre do mercado e do sistema de preços que faz com que todo esse trabalho de coordenação seja feito de maneira tão eficiente. Aquilo que é chamado de mercado é simplesmente uma coleção de milhões e milhões de decisões individuais independentes tomadas diariamente não apenas em um país, mas em todo o mundo. 
E quem coordena todas as atividades de todas essas pessoas? Tenha a certeza de que não existe nenhum comitê central planejando a produção e a distribuição de pão.
- Qual motivação humana foi a responsável por criar as coisas mais fabulosas que existem? Eu diria que foi a ganância. Quando uso o termo ganância, não me refiro a trapaças, roubos, fraudes e outros atos de desonestidade. Refiro-me apenas ao ato de indivíduos quererem melhorar ao máximo suas próprias vidas. Alguns preferem utilizar o termo "interesse próprio", "egoísmo racional" ou "ambição iluminada". Eu prefiro o termo ganância. Infelizmente, muitas pessoas são ingênuas o bastante ao ponto de acreditar que compaixão, preocupação e "entender a dor do outro" são atos moralmente superiores. Agindo assim, elas se tornam vítimas fáceis de charlatães, impostores, escroques e vigaristas. 
- O capitalismo de livre mercado foi a melhor coisa que já aconteceu para o cidadão comum. Os ricos sempre tiveram acesso ao entretenimento, e quase sempre podiam fazê-lo do conforto de seus palácios e mansões. Os ricos nunca tiveram de vivenciar o trabalho extenuante e maçante de limpar seu próprio carpete, passar a própria roupa, ou passar o dia todo mourejando em um forno quente para ter um jantar decente. Eles sempre puderam pagar pessoas para fazer isso para eles. Já a produção em massa possibilitada pelo capitalismo fez com que rádios e televisores, aspiradores de pó, máquinas de lavar e de costurar, e fornos microondas estivessem amplamente disponíveis e ao alcance do cidadão comum, poupando-o dos estafantes e monótonos trabalhos pesados do passado. Hoje, o cidadão comum tem o poder de usufruir muito mais tempo livre, e com mais qualidade de vida, do que os ricos do passado podiam. 
- Sempre que as pessoas utilizam o termo "exploração" em referência a uma transação voluntária, elas estão simplesmente discordando do preço. Só que, se partirmos do princípio de que discordância do preço é exploração, então a exploração está por todos os lados. Por exemplo, eu não apenas discordo do meu salário, como também discordo dos preços de um jatinho Gulfstream. 
De maneira alguma estou sugerindo que você retire o termo "exploração" do seu vocabulário. Tratase de um termo emocionalmente valioso, que tem grandes poderes enganadores quando empregado corretamente. No início de meus 44 anos de casado, minha mulher frequentemente me fazia acusações de a estar explorando. Ela costumava esbravejar: "Walter, você está me usando!" Isso durou um tempo. Até que, em um determinado dia, respondi: "Querida, é claro que estou usando você. Se você não tivesse nenhum proveito para mim, eu simplesmente não teria me casado com você". 
Quantos de nós nos casaríamos com uma pessoa que não tivesse proveito nenhum para nós? Com efeito, o principal problema dos solitários deprimidos é que eles simplesmente não conseguem encontrar alguém que tenha interesse em usá-los.

Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros. Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos. 

domingo, 7 de agosto de 2016

Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016


Jogos Olímpicos de 2016 oficialmente Jogos da XXXI Olimpíada, mais comumente Rio 2016, é um evento multiesportivo realizado no segundo semestre de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
A escolha da sede foi feita durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu em Copenhague, Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. Os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 serão sediados na mesma cidade e organizados pelo mesmo comitê.
É a primeira vez que os Jogos Olímpicos são sediados na América do Sul e a segunda vez na América Latina, depois da Cidade do México 1968. É também a terceira vez que acontecem no hemisfério sul, depois de Melbourne 1956 e Sydney 2000. Além disso, é também a oitava vez que o Brasil sedia um grande evento multiesportivo.
O evento ocorre entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016 e as Paraolimpíadas serão entre 7 e 18 de setembro do mesmo ano. O local de abertura e encerramento será no Estádio do Maracanã. Serão disputadas 28 modalidades, duas a mais em relação aos Jogos Olímpicos de Verão de 2012. O Comitê Executivo do COI sugeriu as inclusões do rugby sevens e do golfe, e foram aprovados durante a 121ª Sessão.
Na Assembleia Geral do COB do dia 22 de dezembro de 2009 foi criado o Comitê Organizador dos Jogos Olimpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujo presidente é Carlos Arthur Nuzman.
Locais e infraestrutura
Os eventos serão distribuídos em quatro regiões espalhadas pelo Rio. A maioria dos eventos será realizada na zona oeste da cidade, na região da Barra da Tijuca. Os locais na área do Parque Olímpico do Rio fazem parte de uma ampliação do Complexo Esportivo Cidade dos Esportes.
O maior espaço para os jogos em termos de capacidade é o Estádio do Maracanã, oficialmente conhecido como Estádio Jornalista Mário Filho, que pode abrigar 90 mil espectadores, sendo a sede das cerimônias de abertura e encerramento do evento, bem como das finais de futebol. Além disso, cinco locais fora do Rio de Janeiro serão sedes de eventos do futebol, nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo.
Pela primeira vez na história, as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão não serão realizadas no mesmo lugar que os eventos de atletismo e todos os eventos de ginástica serão na mesma arena.
Parque Olímpico
O Parque Olímpico do Rio de Janeiro é um conjunto de instalações no Complexo Esportivo Cidade dos Esportes que está sendo expandido no bairro da Barra da Tijuca. A construção teve início no dia 6 de Julho de 2012.
O complexo inclui nove espaços esportivos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, sendo que sete deles são estruturas permanentes. Após os jogos são concluídas, a Arena Carioca 3 irá se tornar uma escola de esportes, enquanto os outros seis locais farão parte do Centro Olímpico de Treinamento.
Uma parte do Cidade dos Esportes que foi originalmente construída para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007,será reutilizada, sendo composto pelo Parque Aquático Maria Lenk, Velódromo Olímpico do Rio e a Arena Olímpica do Rio, que no ano seguinte foi privatizada, tornando-se a HSBC Arena. Em agosto de 2011, foi divulgado o escritório de arquitetura britânico Estúdio Aecom como responsável pelo projeto.
Porto Maravilha
O centro histórico da cidade está passando por um projeto de revitalização urbana beira-mar em grande escala chamado "Porto Maravilha". Ele abrange 5 quilômetros quadrados de área. O projeto visa a reestruturação a zona portuária do Rio de Janeiro, com a crescente atratividade do centro da cidade, e melhorar a posição de competitividade da cidade na economia global. A chamada "Região Portuária" (parte do Caju, Gamboa, Saúde, Santo Cristo e parte do Centro), que sofreu grande degradação a partir dos anos 1960 por falta de incentivo às indústrias e residências na região.
A renovação urbana envolve: 700 km de redes públicas de abastecimento de água, saneamento, drenagem, eletricidade, gás e telecomunicações; 4 km de túneis; 70 km de estradas; 650 km² de calçadas; 17 km de ciclovias; 15 mil árvores e três estações de tratamento de esgoto.

Fonte: Wikipedia