quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Que tal mudarmos a maneira como vemos o dinheiro?


Quando pensamos em dinheiro, ora achamos que tê-lo é bom, ora achamos que tê-lo nos traz problemas. Também costumamos dizer que o dinheiro não é tudo - dinheiro não traz felicidade.
Mas que tal mudarmos a maneira como vemos ou tratamos o dinheiro? 
Por que só pensamos em ganhá-lo, seja como remuneração do trabalho, rendimento de investimentos, economias? Por que não pensarmos em formas inteligentes de gastá-lo e que nos trarão prazer e novos valores?
Os ensinamentos básicos que os mais experientes nos passam incluem; ganhar dinheiro, guardar dinheiro, poupar dinheiro. Será que precisamos mesmo considerar o dinheiro segundo sua forma de ganhá-lo, mantê-lo, aumentá-lo e controlá-lo? Será isto o mais inteligente, ou será ter o dinheiro administrado de forma cuidadosa para manter uma vida confortável?
A formas de gastar o dinheiro que ganhamos muitas das vezes se apresentam como a parte difícil da administração financeira de qualquer ser humano. Se não for feito de forma cuidadosa e planejada passa a se tornar dolorosa. 
Fala-se muito em cortar as despesas com os cartões de crédito, pagando tudo que consumimos em dinheiro vivo; diminuir os itens de diversão de forma a sobrar mais dinheiro para outras finalidades julgadas mais importantes e outras mais criativas. Via de regra concluímos que ao economizar nos sentimos bem, ao gastar nos sentimos mal.
Mas será este, realmente, o foco que precisamos, ou devemos, dar ao dinheiro que ganhamos o destino que mais nos deixa confortável? 
Como exemplo, vamos considerar uma fábrica, que investe em ferramentas para melhorar sua produção, aumentar sua produtividade. O investimento realizado por um empresário consciente pelo crescimento de seu negócio, é gerado, normalmente, com parte do lucro auferido pelo giro de seus produtos. As ferramentas adquiridas representarão a economia realizada para tornar mais dinâmico e atraente seu negócio. O dinheiro investido representa uma economia feita, e também passa a ser a ferramenta alavancadora dos negócios. Ambas ferramentas, capital reinvestido e ferramentas físicas colaboram decisivamente para o crescimento dos negócios e maiores lucros.
Por que não considerar o dinheiro ganho com nosso esforço, como a ferramenta que precisamos para alavancar nossa vida pessoal e familiar. Precisamos entender como utilizar bem esta ferramenta (dinheiro), em benefício próprio e familiar. A ferramenta dinheiro deve ser considerado da mesma forma que as ferramentas físicas em uma empresa: não foram adquiridas para ficarem em uma prateleira, ou em um canto da empresa, acumulando poeira. As ferramentas físicas foram adquiridas para gerarem riqueza. Por que não adotamos o mesmo conceito com a ferramenta dinheiro, em nossas vidas particulares? Por que não desenvolvemos formas inteligentes de bem usar o dinheiro que recebemos por nosso esforço?
A forma como resolvermos utilizar esta ferramenta em nossa vida representará o melhor uso dela, ou não, de acordo com os objetivos que traçamos para nossas vidas, nossas metas, nossas realizações.
Almejamos uma viagem com a família, a compra de uma nova casa, a compra de um novo automóvel? Usemos o dinheiro de forma parcimoniosa, sem nos sentirmos culpados. Usemos o dinheiro como a ferramenta mágica que nos dá a oportunidade de realizar, com prazer, aquilo que desejamos e que julgamos o melhor.
Mudemos nosso paradigma sobre o uso do dinheiro. Esta é a ferramenta que pode mudar nossas vidas. Basta que procuremos a forma inteligente de usá-la. Usemos esta ferramenta para produzir os valores nos quais acreditamos.
Precisamos entender que a expressão "meio circulante" tão usada pelos economistas para traduzir o dinheiro que circula em uma sociedade, precisa ser entendida em sua plenitude. Precisa ser entendidao como: o dinheiro que gastamos hoje, vai para outras pessoas, mas sem dúvida, em algum momento, retornará para nós. 
Quando usamos o dinheiro hoje, seja o que temos em mãos no momento, ou aquele que economizamos por um período, não estamos simplesmente gastando-o, estamos simplesmente utilizando a melhor ferramenta de que dispomos para gerar nossa satisfação. Existirá algo mais prazeroso?
Mas precisamos estar atentos! Esta mudança de paradigmao não pode nos levar a abandonar o sentido de poupança (economia). Precisamos entendê-la como a forma que precisamos desenvolver para que não venhamos a nos sentir mal toda vez que utilizamos nosso dinheiro para a realização de um desejo, ou para a aquisição de algo que acrescente valor à nossa vida.

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