domingo, 23 de novembro de 2014

Três decisões que vão mudar sua vida financeira


Não há nada pior do que uma pessoa rica que se apresenta cronicamente com raiva ou triste. Não há realmente nenhuma desculpa para isso, mas isto é um fenômeno que pode ser encontrado todos os dias. É o resultado de uma vida extremamente desequilibrada, com muita expectativa e avaliação insuficiente para o que está acontecendo de real.
Sem gratidão e apreço por tudo aquilo que já se possui, nunca será possível alcançar a verdadeira realização. Mas como cultivar este equilíbrio na vida? Qual é o ponto de realização, se a vida pessoal não tem equilíbrio?
Pessoas podem ser treinadas para a caminhada de vida, incluindo alguns dos mais poderosos homens e mulheres do planeta. Estes podem incluir presidentes de países, bem como proprietários de grandes ou pequenas empresas.
No entanto, praticamente em todas as situações as pessoas costumam tomar três principais decisões que ditam a qualidade de suas vidas.
Ao tomar essas decisões inconscientemente, a maioria das pessoas vai acabar ficando fora de forma fisicamente, exaustas emocionalmente e financeiramente muitas vezes estressadas. Mas essas decisões forem tomadas de forma consciente, o curso da vida pode mudar literalmente. Vejamos quais são essas decisões.

Decisão 1: escolher cuidadosamente o que focar

A cada momento, milhões de coisas disputam a atenção das pessoas. As pessoas podem se concentrar em coisas que estão acontecendo aqui e agora, ou sobre o que desejam criar no futuro. Ou podem mesmo, se concentrar no passado.
Para onde for o foco, a energia fluirá. Aquilo que for focado e o padrão estabelecido, moldará o resto da vida de cada pessoa.
Devemos considerar qual área deve receber a maior dose de concentração: o que já possuímos ou o que está faltando na vida?
As pessoas fatalmente pensam sobre esses dois lados da mesma moeda, quase que simultaneamente. Mas se examinarem, com cuidado, seus pensamentos habituais, poderão descobrir o quê consome a maior parte do tempo de cada um.
Em vez de nos concentrarmos naquilo que não temos e invejarmos aqueles que estão em melhor situação financeira, talvez devêssemos reconhecer que temos muito a agradecer, talvez algumas coisas que não tem nada a ver com dinheiro. Podemos ser gratos pela saúde que temos, pela família, pelos amigos, pelas oportunidades e pela mente.
Desenvolver o hábito de apreciar o que temos pode criar um novo nível de bem-estar e riqueza emocional. Mas a verdadeira questão é, as pessoas têm tempo para se sentir profundamente grato para com a sua mente, para com o seu corpo, para com o seu coração e para com a sua alma? É aí que a alegria, a felicidade e a realização podem ser encontradas.
Podemos também considerar um segundo padrão de foco que afeta a qualidade de vida de cada um: tendemos a nos concentrar mais no que é possível controlar ou no que não é possível?
Ao nos concentrarmos no que pode ser controlado, isto acarretará mais estresse na vida. Podemos influenciar muitos aspectos da vida, mas geralmente não podemos controlá-los.
Quando é adotado esse padrão de foco, o cérebro tem que tomar uma outra decisão:

Decisão 2: descobrir "o que significa isso tudo?"

Em última análise, o que sentimos sobre a vida não tem nada a ver com os eventos que ocorrem, ou com a condição financeira, ou com o que temos (ou não temos), ou seja, com cada coisa que acontece na vida. A qualidade de vida é controlada pelo significado que atribuímos a cada uma dessas coisas.
Na maioria das vezes não podemos estar conscientes do efeito daquilo que se passa na mente inconsciente, quando atribuimos significado a cada acontecimento da vida.
Quando acontece alguma coisa que perturba a vida (um acidente de carro, um problema de saúde, uma perda de emprego), a tendência será pensar que este é o fim, ou o começo?
Se alguma pessoa confronta outra, a primeira pessoa estará insultando a segunda, treinando a segunda, ou realmente cuidando desta segunda pessoa?
Poderia até mesmo ser questionado se um problema devastador que surge na vida de cada um, significa que Deus o está punindo ou o desafiando? Ou poderá ser considerado que este problema é uma dádiva de Deus?
A vida de cada pessoa toma o rumo que a pessoa faz por onde. Cada significado tem uma sensação, ou uma emoção, única e a qualidade de vida decorre de como esta pessoa vive emocionalmente.
Quando estamos em um grupo grande de pessoas e surge a pergunta: "Quantos de nós conhecemos alguém que toma antidepressivos e ainda está deprimido?" Normalmente, 85 por cento a 90 por cento das pessoas levantam suas mãos.
Como isso é possível? As drogas deveriam fazer as pessoas se sentirem melhor. É verdade, mas os antidepressivos vêm com etiquetas de advertência, de que pensamentos suicidas são um possível efeito colateral.
Mas não importa o quanto uma pessoa use estas drogas, se ela constantemente se concentra no fato daquilo que ela não pode controlar na vida e daquilo que está faltando; é a forma mais fácil de ela se desesperar. Ela estará construindo o modelo de que "a vida não vale a pena viver", que é um cocktail emocional que nenhum antidepressivo pode consistentemente superar.
No entanto, se essa mesma pessoa puder encontrar um novo significado para a vida, uma razão para viver ou uma crença de que tudo isso era para acontecer, então ela será mais forte do que qualquer coisa que já aconteceu com ela.
Quando as pessoas mudam seu foco habitual e os significados para cada coisa que acontece em suas vidas, não há limite para o quê sua vida pode se tornar. A mudança de foco e uma mudança de significado pode literalmente alterar a bioquímica de alguém em minutos.
Assim, as pessoas devem assumir o controle das situações vividas a cada momento e se lembrarem sempre: os significados das coisas são iguais à emoção e a emoção é igual a vida. Devemos escolher conscientemente e com sabedoria. Encontrar um significado crescente para cada coisa na vida ou seja, em qualquer caso, é importante crescer em seu sentido mais profundo, o que representará o sucesso a cada dia.
Depois de criar um significado importante em nossa mente, será criada uma emoção, e a emoção levará a um estado tal que permitirá tomar a terceira decisão:

Decisão 3: o que devemos fazer?

As ações que tomamos são poderosamente moldadas pelo estado emocional em que estamos. Se estamos com raiva, nos comportaremos de maneira muito diferente do que se estivéssemos nos sentindo brincalhão ou ultrajante.
Se queremos moldar nossas ações, a maneira mais rápida é mudar o que focamos e, portanto, mudar o significado para algo mais poderoso.
Duas pessoas que estão com raiva vão se comportar de forma diferente. Algumas puxam para trás. Outras empurram para a frente.
Alguns indivíduos expressam a raiva em silêncio. Outros o fazem em voz alta ou violentamente. No entanto, outros aguardam o momento exato para procurar uma oportunidade passivo-agressivo e recuperar a vantagem ou mesmo a vingança.
De onde é que esses padrões vêm? As pessoas tendem a modelar o seu comportamento em relação àqueles que respeitem, desfrutam e amam.
Existem pessoas que nos frustram ou nos irritam? Muitas vezes rejeitamos as suas abordagens.
No entanto, demasiadas vezes podemos nos encontrar mudando os padrões que construimos em nossa juventude e que nos incomodavam um tanto.
É muito útil para as pessoas se tornarem conscientes de seus padrões quando  estão frustradas, irritadas ou tristes ou se sentindo solitários. As pessoas não podem mudar seus padrões, se não estão cientes deles.
À medida que nos sentimos cientes do poder destas três decisões, podemos começar a procurar os modelos que nos permitirão experimentar o que queremos da vida. Com certeza aqueles que têm relacionamentos apaixonados têm um enfoque totalmente diferente e chegam a significados totalmente diferentes para os desafios nos relacionamentos do que as pessoas que estão constantemente brigando ou lutando.
Esta não é uma ciência de foguetes. As pessoas que se tornarem cientes das diferenças na forma como se aproximam destas três decisões, encontrarão um caminho para ajudá-las a criar uma mudança positiva permanente, em qualquer área da vida.

OBS: Este texto foi adaptado do novo livro de Tony Robbins,  Money Master the Game: 7 Simple Steps to Financial Freedom.  

Nenhum comentário: