segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bárbara, primeira colocada em Concurso Literário

Pessoal, recebi hoje email de minha sobrinha Carla, comunicando que sua filha mais velha Bárbara "participou do Concurso Literário[bb] do QI, envolvendo as 7 unidades do colégio, categoria crônicas, com o tema "Comunicação Virtual" e ficou em 1º Lugar Geral (Ensino Fundamental)".
Achei um tremendo barato e vibrei de montão e de emoção. Não resisti e transcrevo abaixo o texto[bb] vencedor. Nos dias de hoje, encontrar uma jovenzinha, ainda em formação, escrevendo assim, e sendo da Família[bb], é só motivo para orgulho e satisfaçao! Ao lado, a carinha doce, dela, Bárbara! Bola[bb] prá frente
Babi. Olá Carla e Paulo: também quero "corujar" um pouco!

Má Idéia

13 de junho de 2009, meu aniversário de 30 anos. Minha casa vazia e serena, iluminada pela luz do sol que entrava pela varanda. A maior vantagem de morar sozinha é que você controla o seu horário de sono, mas pena que seus vizinhos fazem obra em casa o tempo todo, inclusive aos sábados de manhã.
Ainda com a minha linda cara de sono, fui até a cozinha e bebi um copo de leite para calar o meu estômago gritante. Comecei minha rotina de sábado, como se fosse outro dia qualquer. Escovei os dentes, troquei de roupa, arrumei o cabelo, li a revista feminina semanal, chequei os compromissos de hoje na minha agenda e as mensagens eletrônicas no telefone. De repente, o interfone tocou. Não podia ser o síndico, eu já havia pagado o aluguel. Não podia ser o vizinho, ele estava muito ocupado com a obra. E não podia ser o carteiro, afinal, para isso servia a caixa de
correio. Fui muito curiosa atender o interfone, só ouvi a voz do porteiro.
- Senhorita Rodriguez? – perguntou o porteiro.
- Sim, é ela mesma. – respondi.
- Seus pais deixaram uma caixa aqui em baixo, gostaria que eu subisse com ela?
- Claro, eu adoraria.
Desliguei o interfone e fui correndo para a porta da frente esperando ansiosamente a caixa de presente dos meus pais. Depois de alguns longos segundos, o porteiro chegou e entregou nas minhas mãos a caixa.
Se duvidasse, naquela caixa havia o dobro de meu peso. A força que eu fazia para apoiar aquilo no sofá era suficiente para arrancar meus braços fora.
Apoiei a caixa levinha no sofá e peguei o bilhete preso na parte de cima. Nele dizia:
“Filha, nós te desejamos Feliz Aniversário, até porque não é todo dia que se faz 30 anos! Mas enfim, esse presente nós escolhemos com muita cautela e nós esperamos que te adiante tanto no trabalho, quanto no seu dia-a-dia. Nós te amamos. Beijos, papai e mamãe.”
O bilhete só alimentou minha curiosidade. Joguei-o longe e fui direto para a caixa. Tirei o enorme laço de cetim rosa com brutalidade de dois tigres e depois rasguei o embrulho.
Fiquei parada olhando aquele enorme cubo de papelão com a ilustração de um laptop que havia visto na televisão na noite anterior. Um computador portátil? Pra que? Eu já tinha um computador em meu quarto. Bom, ele era fixo, era mais velho que eu mesma e eu só usava para digitar meus artigos para a revista onde eu trabalhava, só essa função para mim estava ótimo. Agora, teria que aprender a mexer nessa coisa excessivamente tecnológica.
Abri a caixa de papelão e vi uma coisa plana e brilhante chamando meu nome, metaforicamente, é claro.
O que eu tinha para fazer no meu aniversário? Ah sim, a festa à noite. Tinha o dia todo de bobeira, já tinha ido ao salão no dia anterior. Então, iria passar o dia aprendendo a mexer no computador. Não podia trocá-lo por outra coisa, meus pais se chateariam, e eu tinha que me atualizar, realmente. Jogaria o meu computador fixo fora e o substituiria pelo novo.
Detalhe: Eu morava sozinha, como iria aprender a mexer na coisa? Comecei a revirar a caixa, procurando o manual. Lembrei de uma coisa que minha mãe dizia: “Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.”
Então, rapidamente parei de procurar e peguei o computador. Fiquei desesperada procurando o botão de ligar, até que vi um enorme botão escrito: “POWER”. Burra! Apertei-o e um clarão surgiu na minha frente.
E assim passei à tarde, aprendendo a mexer naquela coisa brilhante e excepcionalmente útil. Toda minha vida foi facilitada desde então. Naquela noite estreei a internet sem fio e mostrei meu novo computador aos amigos; Joguei tanto o computador de casa quanto o de meu escritório fora e passei a usar o laptop no lugar dos dois; Instalei a internet sem fio em toda minha casa; Criei uma conta de email e no fim tudo se encaixou.
Passei a me comunicar com o lado social e profissional do mundo através da internet. Passei a entrar mais em contato com meu chefe, ele começou a me dar mais tarefas para a revista e acabei sendo promovida, ganhando uma coluna sobre casais. Como fui promovida, mudei de escritório, e em frente a esse novo lugar ficava o escritório do outro colunista de abdômen definido. Passamos a trabalhar juntos na minha nova coluna, então, consequentemente, acabei pegando o seu telefone e seu e-mail. Falávamos todas as noites por e-mail sobre a vida amorosa,
sobre a coluna e sobre o decote da minha blusa no trabalho. Todas as tardes depois do trabalho nós saiamos para tomar um café. Depois de seis meses gastos com cafeína, começamos a namorar sério. E por fim, depois de três anos de beijinhos, abraçinhos e olhares indiscretos no escritório, ficamos noivos e casamos logo em seguida. Fui de Senhorita Rose Rodriguez para Senhora Rose Rodriguez Vianna.
É parece que o computador não é uma má idéia...

Barbara Doti Dias Ripper

Sugestões para compras:
- Brinquedo: Notebook da Turma Cocoricó c/ 24 Atividades.
- Livro: Renato Russo: O Filho da Revolução.
-
Game: Acessório Controle Dual Shock 3 Preto - PS3.

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