sábado, 24 de janeiro de 2009

Conhecendo um pouco do Pará

O Pará é o segundo maior estado do país com uma extensão de 1.247.689,515 km² (pouco maior que Angola) e está situado no centro da região norte e tem como limites o Suriname e o Amapá ao norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, Tocantins a sudeste, Mato Grosso ao sul, o Amazonas a oeste e Roraima e a Guiana a noroeste.
A capital é Belém e outras cidades importantes são Santarém, Ananindeua, Marabá, Altamira, Itaituba, Castanhal, Abaetetuba, Barcarena e Tucuruí. O relevo é baixo e plano; 58% do território se encontra abaixo dos 200 metros. As altitudes superiores a 500 metros estão nas serras de Carajás, Caximbo e Acari.
Os rios principais são Amazonas, Tapajós, Tocantins, Jari e Pará.
O Pará é o resultado de uma mistura de ritmos e de raças convivendo harmoniosamente.
O jeito de ser paraense chama a atenção. Seja na forma de falar, de cantar, de dançar ou de vestir. Apesar das influências do resto do país, o paraense mantém, com fervor, o gosto pelas coisas da terra.
Visitar o Pará é descobrir todos esses segredos. Receber o carinho e a hospitalidade do povo, saborear seus pratos e não resistir a seus ritmos.
No Pará a música ecoa pelos quatros cantos do Estado. De norte a sul os ritmos vão ganhando novas cores e passos de acordo com a História de cada região. A gente dessa terra tem no sangue o gosto pela dança animada de rua ou pela sensualidade de ritmos "calientes", como o Lundu. Percorrendo o interior do Estado se ouve de longe a batida forte do carimbó ou o arrasta-pé do xote bragantino.
As danças são espontâneas e tradicionais, não têm data certa para acontecer. Dependem mesmo é da vontade de se divertir e de manter vivo o nosso ritmo e a nossa cultura.
No Pará, lendas não faltam! A mais conhecida e mais forte é a do Círio de Nazaré. Conta a lenda que era fim de 1700. Plácido era um caboclo da região. Certo dia, saiu para caçar no rumo do igarapé Murutucu. Horas depois, após muito caminhar na mata, parou para refrescar-se nas margens do igarapé e viu a imagem da Santa entre as pedras cheias de lodo.
Plácido levou a imagem para sua casa e ali num altar humilde passou a venerar a Santa. Mas, no dia seguinte a imagem havia sumido. Sem saber o que acontecera, Plácido saiu andando pela estrada indo parar nas margens do Murutucu. Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras, no mesmo lugar onde fora encontrada.
Dizem os devotos, que a Santa sumiu outras vezes e essa história chegou ao conhecimento do governador, que mandou levar a imagem para o palácio e a manteve sob severa vigilância. Mas, pela manhã a imagem havia sumido novamente. Os devotos concluíram que a Santa queria ficar às margens do igarapé e lá construíram a primeira Ermida.
O povo vem desde então invocando a Santa e atribuindo a ela as muitas graças recebidas. Foi assim que o culto nasceu e evoluiu.
A transladação no Sábado e o Círio no 2º Domingo de Outubro reproduzem simbolicamente o milagre, fazendo o trajeto da Santa das margens do igarapé Murutucu (atual Colégio Gentil) até a cidade (atual Catedral na Cidade Velha) e seu retorno (atual Basílica de Nazaré).
O Círio é a expressão de dois sentimentos fortes do povo brasileiro: a fé religiosa e o gosto pela festa.
Durante os quinze dias que duram a festa, Belém é envolvida por um espírito de união, onde a família paraense se confraterniza.
O ponto alto da festa é o almoço do Círio. Com mesa farta de comidas típicas de dar água na boca: o pato no tucupi, a maniçoba, o tacacá ou o casquinho de caranguejo....
Outra lenda famosa no Pará é a lenda do Boto. Conta a lenda que o boto, peixe encontrado nos rios da Amazônia, se transforma em um belo e elegante rapaz durante a noite, quando sai das águas à conquista das moças. Elas não resistem à sua beleza e simpatia e caem de amores por ele. O boto também é considerado protetor das mulheres, pois quando ocorre algum naufrágio em uma embarcação em que o boto esteja por perto, ele salva a vida das mesmas empurrando-as para as margens dos rios.
As mulheres são conquistadas pelo boto às margens dos rios, quando vão tomar banho ou mesmo nas festas realizadas nas cidades próximas aos rios. Os botos vão aos bailes e dançam alegremente com elas, que logo se envolvem com seus galanteios e não desconfiam de nada. Se apaixonam e engravidam deste rapaz. É por esta razão que ao boto é atribuída a paternidade de todos os filhos de mães solteiras.
O boto anda sempre de chapéu, pois dizem que de sua cabeça exala um forte cheiro de peixe. Quando chega à festa geralmente é desconhecido de todos, mas logo consegue conquistar uma moça bonita e com ela dança a noite inteira. Porém, antes que o dia amanheça, ele vai embora sem que ninguém o veja mergulhando no rio.
A música aplicada ao vídeo-clipe é intitulada Olho de Boto e faz parte do folclore do Pará.
Quer saber mais, inclusive sobre outras lendas? Viste o Pará. Não irá se arrepender!

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