sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O mercado de ações, mais uma vez, comprova máximas velhas

A Bolsa de Valores de São Paulo vinha com boa recuperação. Muito entusiasmo por conta de quê? Fatos novos existiam, mas sem grande fundamento. As comodities apresentavam alguma alta devido às declarações de Barack Obama e do desejado acordo com as montadoras americanas. Mas seria o suficiente para uma mudança de tendência?
Nos últimos dias falava aqui sobre a respeitada máxima muito utilizada no mercado acionário: comprar no boato e vender no fato. Na época, me referia às medidas anunciadas pelo presidente eleito Barack Obama, a partir de janeiro, com a mega projeto de infra-estrutura. Falava também que a quinta-feira poderia ser perigosa devido ao anúncio do indicador Unemployement Claims, lá nos EUA.
O indicador trouxe mais preocupaçãp com seu aumento. Mas acredito que outros fatores ocorridos nos EUA também tenham provocado a diminuição da alta aqui no Brasil, além dos pedidos de auxílio desemprego terem aumentado. Primeiro, o enfraquecimento do dólar americano nos mercados internacionais; segundo, o relatório apresentado pelo Banco Central americano (FED), mostrando que a dívida dos consumidores americanos teve a maior queda histórica desde 1951, quando a série começou a ser avaliada, sinal de que os consumidores já não estão comprando, preferindo poupar; terceiro, a diferença de uma hora no fechamento das Bolsas brasileiras e americanas. Quem havia aplicado em Petrobras, por exemplo, função do crescente preço do petróleo no exterior e já vinha tendo um ganho de até 7% no dia, resolveu vender e o papel fechou com alta de praticamente 1,8%.
Esperemos o que acontecerá hoje. As notícias não são muito animadoras. Ontem o Senado americano rejeitou a ajuda à indústria automobilística. Como consequência, as Bolsas asiáticas já fecharam com fortes quedas e as européias estão apresentando quedas expressivas. Até o momento, 09:49 horas daqui (por volta de 12:00 horas na Europa- dependendo do fuso horário, uma hora a mais, ou a menos), Londres perde 3,91%, Paris perde 5,45% e na Alemanha a queda chega a 4,85%.
Quando o pregão da Bolsa brasileira abrir, daqui a cerca de duas horas, a situação não deve ser muito diferente, até por que não conseguiu se manter acima da resistência rompida na quarta-feira e o Dow Jones, ontem, fechou com baixa de 2,2%.
Vamos continuar acompanhando os humores do "mercado".

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